Caminhei cegamente pelo corredor em direção, ao que poderia o quarto de Roberta, nela estava escrito com um piloto preto. NÃO ENTRE! Tipico de adolescente em fases, de crises aborrecentes, o que não fazia tanto sentido assim pra mim, ela tem o que? Vinte e um anos? Era o que eu poderia deduzir.—Roberta? — Bati na porta e chamei, demorou um bom tempo, nesse caso, movi a maçaneta. — Roberta? — Não me lembrava que horas poderia ser, não estava tendo bem uma noção de dia, tampouco de horas, estava a dias remoendo a minha culpa dentro do meu quarto. — Não enche!Gritou impaciente, não me surpreendi quando a porta foi aberta como um relampago, tipico Roberta. — Você... — Desceu os olhos em mim de cima a baixo. — Podemos convers... — Seus olhos ainda me variam, quando comecei a dizer.— Claro que não se veio aqui pra pedir ajudar com o meu irmão, nem tenta, nunca escondi que não vou com a tua cara garota. Só pra que saber que depois de tu, a cama dele não ficou vazia nenhum dia. — Sorri fraco,
O meu cérebro estava em crise, como um turbilhão de informações que lhe eram jogadas a todo instante, as fotos do meu pai no quarto rosa não fazia sentido algum para mim.- Ele era perfeito, o melhor homem no mundo. - Engoli em seco, sem ter noção do mundo ao meu redor, meus batimentos estavam mais que acelerados, para mim o mundo poderia acabar naquele momento.Não tive consciência alguma, eu jamais aceitaria aquilo, levantei da cama como estava, não quis saber se estava nua, vestida, ou descalça, só levantei.- Ei pra onde... - Não dei ouvidos pra Roberta, apenas abrir a porta querendo fugir de tudo aquilo, na minha cabeça não fazia sentido, nem ia fazer.- Tessália?- Não olhei para trás cheguei ao fim do corredor indo em direção a porta, sai por ela andando, eu me viraria de qualquer maneira, a minha mente estava num colapso enorme, eu precisa correr, precisava fugir daquele lugar.Não dei conta em como esbarrei em algo ao chegar no portão, só abrir de imediato, sentido o vento no meu r
Mais uma vez que tudo estava bem, tranquilo, a minha vida seguia na paz, não completamente mas seguia, eu não lembrava nem mesmo da existência de Tessália, quando ela simplesmente aparece, surge outra vez na minha vida, e como sempre, sem parecer nem que era por mim.Estava mais magra, marcas preta ao redor dos olhos, os cabelos mais ralos, distante, alcool, festa, descabelada, descalça, e ainda assim era ela, eu nunca ia conseguir me livrar daquela maldição, o poder que aquela mulher ainda exercia sobre mim, só me remetia a duas sensações, sua ingenuidade corrompida e os nossos momentos juntos.Todos, tudo ficava tão invesível na prenseça dela, parecia desproporcional o mundo competir com ela perto de mim, o que não bastava era perceber que não estava nem ai pra mim. Depois de lhe deixar em casa, voltei pra o morro ter encontrado com a mulher do cabo foi bom, pelo menos dava pra perceber que ela seguiu em frente.Ainda nem dava pra acreditar que ele tinha morrido, mas acontece com todo
Ela não parou de insistir em ligações, era hora de realmente acabar com tudo isso, pela manhã acabei cedendo, ao chegar em Manguinhos no carro da minha mãe, disposta a escutar tudo que Roberta tivesse a me dizer.Eu sairia magoada mais uma vez daquela situação, e por mais que saisse, nada mudaria mais, a verdade já havia acontecido em algum lugar, evita-la não mudaria nada. Pensei isso até chegar no morro, e o meu desejo ser apenas um, eu o veria?Não, eu não deveria desejar ver Rodrigo, mas queria mesmo que fosse contra qualquer coisa. Para me distrair prendi a minha atenção ao celular. " Tá vindo? " Mandei a mensagem para Roberta, ainda era díficil pensar que ela poderia vir a ser a minha madrasta." Descendo, tenho vontade de te deixar plantada aí como me deixou ontem" Ela não ia mudar, mas para o seu gênio complicado, tem o meu, que tem se tornado muito pior. "Ok, quem perde?" Respondi diretamente, só enviou uma mulher correndo nada mais.Esperei no carro, não ia subir só pra não corr
Não queria me importar com a amizade das duas, mas não gostava nada de ver Tessália e Roberta unidas, desde quando eram tão próximas?Não importava, sempre soube que a minha irmã não valia a comida que come, então aquela amizade duraria pouco, logo a minha vida voltaria a normal, tive certeza.A primeira semana, Roberta todos os dias passou a sair pela manhã, toda bem comportada de calça, mochila e até livros nas mãos, sempre cumprimentando os malocas na quebrada, falando pouco, seu mundo agora parecia ser mais do lado de fora do que em casa.Mostrei não me importar, ainda não descia na garganta a ideia de que ela me passou pra trás, Hernan era como se fosse um parceiro, não que fosse um amigão, ele fazia o trampo dele e eu pagava.Por não confia em ninguém de farda, a vida me ensinou desde cedo que a corda só quebra pra dois lados, pra preto e fraco, ele era um preto que já tinha escolhido seu lado, se tivesse de me passar pra trás, eu sabia que faria.No domingo era aniversário de Leleo,
Já havia muito tempo que eu não me sentia comigo mesma, era como se a tristeza tivesse dado uma pausa, ido embora de repente.Depois da minha conversa com Roberta, eu devia sentir ódio, rancor por ter sido enganada, mas, era justamente o contrário, alguem entendia a minha dor, os meus sentimentos, em relação a perda do meu pai.Finalmente parecia haver alguém como eu, a dor, o peso se dividia entre nós, fazendo com que um olhar se compreendesse diante do caos. Roberta estava me dando o apoio que a minha mãe, não compreendia que eu precisava, e de repente, já não havia mais amigos, ela ocupava o espaço de todos.Me fazendo ri de tolices, e achar alegria onde poderia nem haver, dando conselhos, abraços melancólicos onde pactuamos de uma amizade que eu jurei um dia conhecer, mas não conhecia em nada.A minha alegria também a libertava, Roberta precisava tanto de mim quanto eu dela, uma completava a outra, era o suficiente. Chegamos no morro pela manhã, tão cedo, mas ela queria estar ali.De i
A noite só tinha começado, os problemas eu resolvia depois, no momento o maior era aquele, segurar a minha cadelinha pelo o pescoço, enquanto de costas para mim, de joelhos na cama ela abria a boca me deixando entrar com a minha língua, socando com força, me afundando nela do jeito que eu queria a muito tempo.Senti ofegar em minha boca, mas não parei, Tessália tinha que aprender que no meu morro quem manda sou eu, e no seu corpo também, as ordens tem que ser minhas. — Rodrigo, a sua esposa... — a preta gemeu ofegante em minha boca, me fazendo morder do seu lábio, estava gostoso pra caralho, nem me lembrava mais como era esta dentro dela.Estapei de leve o seu rosto, sentindo esquentar a sua pele negra, deliciosa. — Quem te deu permissão pra falar ahm? — Os olhos verdes me mostravam como estava excitada, ela estava curtindo já tinha me dado um orgasmo e agora, me enfraquecia, ao ponto de me fazer apertar com força o seu pescço.A frenesi veio, lhe agarrei com força em meus braços, quand
Eu odiava sentir a sua falta durante outro beijo, a necessidade da sua lingua invasiva violenta, enquanto a sua mão grande e grossa sabia segurar de forma tão firme o meu queixo, o gosto dele, era único, o que me faz sentir então. Desavergonhada, Rodrigo esteve livre o tempo inteiro, e em nenhum momento eu estava aberta, disposta para ele.O conserto eu desejei que passasse rapido, era beneficente, para ajudar uma colega com leucemia, mas ali naquele teatro eu não conseguia pensar em mais nada, eu queria que a hora corresse, o tempo voasse. — O que vocês conversaram? — Roberta no meu pé, sempre perguntando em sussuro.— Transamos! — Respondo olhando pra frente, sabendo que ela vai surtar, mas me olhou com a boca semi aberta. — Tipo? No meu quarto? Ali... — Negou quando eu só molhei os meus lábios. — Ele vai vir me pegar na saída! — Terminei de dizer sem olha-la diretamente, não quis aprovação ou reprovação.— Tessália, a mulher dele esta gravida! — Sussurou baixo para mim, como se eu não