Louie caminhou a passos largos pela empresa.
Em sua mente a decisão de Rosalie ainda o irritava profundamente, sua determinação em continuar não cedendo a ele o deixava louco.E agora ela havia sido aprovada, isso devido a sua pequena invasão em sua reunião com alguns acionistas e diretores.Mas não tinha problema, ainda havia muitas pessoas que não apoiaria uma mulher como CEO.Louie Valois caminhou pela empresa Empire, de queixo erguido ele entrou no escritório do diretor de Marketing.O homem se voltou para ele, surpreso com sua entrada.— Sr. Valois. — Pronunciou o diretor.Louie olhou ao redor, e caminhou até a cafeteira sem olhar para o diretor.Em seguida se serviu de café, ficando de costas para o outro homem.Após alguns segundos, Louie ouviu o diretor de Marketing, Bresson, pigarrear tentando chamar sua atenção.Louie Valois se virou lentamente e olhou para Bresson, que estava agora de pé o encarando.— Precisa de algo, Sr. Valois? — perguntou-lhe, Bresson.Louie bebeu um pouco de seu café, então olhou para o diretor.— Há quanto você trabalha para o Grupo Empire, Bresson?Aquela pergunta o intrigou, mas ele logo respondeu.— Há cerca de quinze anos.Louie assentiu, e perguntou se Bresson queria um pouco de café, o homem aceitou.Quando Louie se aproximou para lhe entregar o copo, ele lhe perguntou:— Você acredita nesta companhia, Bresson?O diretor assentiu.— E acredita que ela tem futuro com a viúva que só se casou com meu irmão por dinheiro?Suas palavras fizeram Bresson segurar com mais firmeza o copo, fazendo barulho.Louie viu como o olhar do diretor vagou para a janela, e seus dentes trincaram.Era exatamente a reação que Louie desejava, que o diretor de Marketing, Bresson se sentisse indignado, insultado.— Rosalie era uma pobre coitada, saída do meio do lixo de Lille, meu irmão se apaixonou por ela perdidamente. — Louie caminhou até a janela, então ficando de costas para o diretor, ele continuou, seu olhar fixo na cidade de Lille. — Rosalie, claro, viu apenas o dinheiro.— O que ela pensa que pode obter desafiando todos assim? — se questionou Bresson.Louie se virou para ele, e de modo direto, disse:— Poder. Rosalie sempre almejou o poder, toda sua vida. Mas verá, Bresson, que ela não é qualificada para o cargo, e isso não afeta apenas a ela. Afeta a todos nós.Bresson concordou com Louie.O homem jogou seu copo vazio no lixo, então caminhou até o diretor e lhe entregou um papel.Bresson olhou para o endereço no papel, então voltou seu olhar para Louie.— O que é isso?— Meu endereço. — respondeu Valois. — Se não quiser ver o Grupo Empire ruir, e consequentemente você, apareça nesse endereço, e traga os outros diretores.Louie o deixou sozinho em seu escritório, segurando o papel.Naquela noite, Louie Valois se serviu de vinho e observou os diretores, cada um deles sentados em sua sala de estar.Louie serviu um Whisky importado aos diretores, havia muitos deles naquela reunião em seu apartamento.— Bresson disse-nos que o Sr. Valois nos chamou aqui, embora nós compartilhemos as mesmas opiniões sobre sua cunhada, de nada pode nos ajudar apenas desaprová-la, Sr. — pronunciou Rondel, o diretor de operações.Louie assentiu, então caminhou entre os homens.— Você subestima nosso poder na companhia, meu amigo. Digo-lhe, Rondel, que a viúva Valois não é nada sem nós, que o Grupo Empire nos pertence muito mais do que a ela! — exclamou Louie, e os homens se entreolharam.— Ela tem a permissão tem o aval dos acionistas para estar como CEO, não vejo como possamos impedir isso! — Rebateu Rondel, e outros concordaram com ele.— Você diz a verdade, Rondel, não podemos tirá-la de CEO, mas isso não significa que não possamos mostrar-lhe que ela não tem nossa aprovação, faremos Rosalie desejar voltar a sua vida de dona de casa! — retrucou Louie, e viu como orgulho o brilho e entusiasmos nos olhos de seus aliados.Rosalie se arrependeria de não ter se submetido a ele, pensou Louie Valois.[...]Rosalie se levantou com os primeiros raios de sol.Estava sentindo fortes dores, isso era devido as lesões em seu corpo por causa da explosão.Ela tomou seus remédios e se arrumou para mais um dia na empresa, fazia alguns dias que estava trabalhando duro para entender tudo sobre o Grupo Empire.A mulher entrou no carro e seguiu até o edifício empresarial, havia marcado naquela manhã uma reunião com alguns diretores, queria um relatório de seus setores.Precisava entender como cada um funcionava.Rosalie atravessou o saguão e notou alguns olhares estranhos.Ela entrou no elevador e os ignorou, sabia muito bem que a maioria dos funcionários era leal a Louie, ou ao menos tinham simpatia por ele.Essa era a jogada de Louie, ele envolvia as pessoas que não o conheciam em uma rede de sedução perigosa.Ela apertou o número do décimo primeiro andar, onde se prepararia a reunião com os diretores.No terceiro andar o elevador abriu, e ela se deparou com Louie Valois.O homem sorriu suavemente para ela, e Rosalie cogitou a ideia de sair do elevador.No entanto, Louie se apressou para entrar, e bloqueou sua saída com seu corpo.— Não precisa sair, entendo que ficar em um espaço fechado comigo deve ser inquietante. — Murmurou ele enquanto as portas se fechavam.Rosalie não se moveu, apenas encarou Louie e respondeu:— Inquietante não é como eu descreveria, está mais como... Enojada. Sim, essa é a palavra!Rosalie apreciou o olhar irritado que Louie lançou em seguida, sua expressão sempre que ela deixava claro que não tinha interesse nele, era mais do que satisfatória.Quando as portas se abriram e ela avançou para sair em seu andar, foi puxada com brusquidão e encurralada contra a parede do elevador.Enquanto ele a segurava com uma mão, com a outra ele apertou outro botão do elevador. O botão de parada.Então, quando as portas se fecharam ele se voltou totalmente para ela a pressionando contra a parede gélida do elevador.Seus rostos a centímetros um do outro, a mulher tentou lutar contra ele, mas Louie era mais jovem e muito mais forte.— Por que se julga tão superior? — o homem a questionou, ele a pressionava com os cotovelos em seu pescoço e torso, e isso só lhe causava mais dor.Ainda não estava completamente recuperada da explosão.Ela não lhe daria o prazer de demonstrar dor.— Por que não vai buscar alguma jovenzinha que se impressione com você? — perguntou com dificuldade.Ele trincou os dentes e aumentou a pressão, ela sentiu que desmaiaria. Mas suportou.— Vai ser minha, assim como tudo que foi dele. — ele jurou.Ela sentiu sua boca ficar seca, e seu sangue pareceu correr mais rápido em suas veias, seu corpo parecia febril e suas pernas estremeceram.Rosalie estava sendo consumida pela raiva.Louie a olhava sem ter a intenção de soltá-la, e quando a pressionou mais Rosalie gemeu de dor, quando o homem percebeu isso não a soltou de imediato.— Está com dor, Rosalie? — perguntou com escárnio. — Estou segurando-a muito forte?Rosalie fechou os olhos.Quando os abriu, não havia mais nenhum medo em seus olhos quando lhe disse:— Você deve chorar em sua cama toda noite, pensando que eu, uma mulher com infância pobre se senta na cadeira da presidência e você não.Havia chamas intensas nos olhos de Louie, porém, as portas do elevador se abriram.Louie havia apertado o botão novamente, e em seguida a libertou.Rosalie saiu do elevador sem olhar para trás.Seu coração batia descompassado, suas mãos estavam formigando, suas pernas trêmulas.Quando girou a chave para entrar em sua sala da presidência a de
Capítulo 10Rosalie não podia acreditar no que Leonor acabara de revelar.Ela se levantou de sua cadeira e disse:— O que?Leonor não conseguia olhar em seus olhos, a secretária estava visivelmente desconfortável com os rumores maldosos que rondavam a CEO.— Chamam seus filhos de bastardos e a Senhora de assassina.Rosalie sentiu suas mãos tremerem, e todo o seu sangue ferveu em suas veias, sua boca ficou seca e seu coração martelava em seu peito.Ela teve que colocar as mãos na mesa e se apoiar, não porque iria desmaiar, e sim porque a raiva que a consumia implorava por sangue.Seu coração estava destruído pela perda de Duncan, seus dias sem qualquer alegria, e a dor do luto apenas aumentava.Agora a chamavam de assassina?Ela precisou respirar fundo enquanto tentava acalmar o espírito sanguinário que ameaçava lhe possuir o corpo.Leonor rapidamente se dirigiu até o bebedouro e lhe trouxe um copo de água, que Rosalie bebeu.Mas nada apagava as chamas em suas veias.A própria Leonor p
Capítulo 11Dias depois enquanto ainda era atormentada por esses pensamentos sem conseguir achar nenhuma solução satisfatória, Leonor rompeu pela porta.Ela estava com as bochechas coradas, como se tivesse vindo apressada, seus olhos arregalados.— Senhora Valois! — Arfou ao entrar.O coração de Rosalie acelerou novamente, que notícia ruim ela poderia ter desta vez?— O que está acontecendo desta vez, Leonor?A mulher levou alguns segundos para recuperar o folego antes de revelar:— O diretor de tecnologia acaba de fazer uma reunião com todos os funcionários. Ele anunciou que qualquer um que repetisse novamente os rumores sobre seus filhos ou a morte do Sr. Valois, seria imediatamente demitido, e até indiciado por calúnia!Rosalie abriu e fechou a boca.— Louie disse isso? Tem certeza?— Tenho, eu mesma vi. E além disso, afirmou que era uma ordem direta da CEO, que estava pronta para punir a todos. Ninguém o refutou, e nem ouvi mais cochichos depois, todos temem agora serem demitidos!
Louie a olhava como se fosse um animal encurralado.Ela sabia que era isso que ele pensava dela, que não passava de um maldito animal sem inteligência e em apuros.A mulher sabia que todos os seus problemas eram causados por ele.Louie observou a expressão ansiosa de Rosalie, seu olhar vacilou por alguns instantes e ele sabia que ela estava perto do seu limite.Ele deu mais alguns passos, e ficou satisfeito quando ela não recuou, lentamente ele diminuiu a distância entre eles, quando estavam a centímetros um do outro, ele puxou lentamente o objeto da mão dela.A mulher não resistiu, e manteve seu olhar fixo nele.— Tudo será fácil, ninguém a questionará. A vida simples que levava com Duncan você poderá ter comigo, eu serei como ele foi.Sua voz era suave, quase um ronronar.Ele tentava abertamente seduzi-la, envolvê-la em sua teia mortal.O homem levantou sua mão devagar, e acariciou com a ponta dos dedos o rosto de Rosalie, que permaneceu impassível.— Apenas diga que sim. E tudo acab
Louie entrou em seu carro caro e se dirigiu para a cobertura de Bresson.Alguns dias haviam se passado desde seu confronto com Rosalie, suas palavras ainda queimavam em sua mente.Seu olhar de desdém fazia seu sangue esquentar em suas veias.Como ela ousava desprezá-lo daquela forma? Era apenas uma mulher, que chance acha que tinha no mundo empresarial?Enquanto dirigia ele ouviu novamente suas palavras, o fazendo parecer inferior a Duncan.Ele apertou o volante com força, e trincou os dentes, viu como os nós de seus dedos se tornaram brancos enquanto a voz dela se repetia em sua mente.Ele estacionou na frente do prédio de Bresson, quando atravessou o saguão olhou seu relógio.Esperava que todos os diretores que convocara estivessem o esperando.Louie foi recebido por um dos empregados de Bresson, e quando foi levado a sala de estar ficou satisfeito com o que viu.Todos os diretores que desprezavam Rosalie Valois estavam presentes, todos compartilhando uma bebida.Ele iniciou a reuni
Casarão Dos Valois.Alguns dias depois, Angelika caminhou cautelosa pelo corredor.Sabia bem que Bastien estava acordado, ele ficava altas horas vendo filmes em seu quarto. Desde a morte de seu pai, ele acabou por se isolar mais.Quando Angelika chegou até a porta de seu quarto, foi capaz de ouvir um som que a surpreendeu muito.Seu coração se comprimiu no peito, e logo sentiu um nó na garganta, seu nariz começando a coçar, seus olhos ardendo.Parecia quase impossível conter aquilo, aquele choro preso em seu peito, mas tinha que se manter calma.Ela não bateu, apenas girou a maçaneta, e como imaginou estava destrancada.Quando o seu olhar se encontrou com o de Bastien, ele não teve reação.Na TV gigante estava passando um filme que ela conhecia bem." Vamos Bastien, chute para o papai" dizia o pai vários anos mais jovem no vídeo.Ele vestia uma camiseta verde, e boné branco, enquanto incentivava Bastien a jogar futebol.O garoto tinha apenas sete anos na época, e obedeceu ao pai.Dunca
Duncan caminhou de um lado a outro no escritório de Lecomte.Embora não houvesse mais vestígios de sangue em seu corpo, o sangue daqueles homens ainda o marcava.E sempre marcaria, contudo, não conseguia se arrepender do que fez.Ele ligou a TV para ver as últimas notícias, e como imaginou, não havia nenhuma.Mas não era sobre seu assassinato que estava o fazendo caminhar de um lado a outro, e sim o pedido que havia feito a um de seus empregados.O criado bate à porta, e Duncan o manda entrar.— Você conseguiu?O homem assente, e abre mais a porta dando espaço para um outro homem entrar, ele usava boné e Duncan o guiou até seu computador.Graças aquele hacker, conseguiria o acesso as suas câmeras escondidas no seu antigo escritório. Desse modo, iria conseguir observar Rosalie.***************Rosalie olhou para o resultado das vendas de peças daquelas semanas após assumir a empresa.Ela não podia acreditar naquilo.Havia despencado drasticamente suas vendas, e logo desceriam do rankin
Rosalie olhou indignada para a porta de sua sala, enquanto menos da metade dos diretores que convocou para a reunião apareciam.Quando ela viu que nem mesmo Louie compareceu, ela quis afundar sua cabeça na terra, aqueles homens não a respeitavam de modo algum.Ela iniciou a reunião mostrando como as vendas haviam caído.É claro que os diretores a culparam por isso, e dois deles ficaram ao seu lado.Rosalie terminou a reunião sem nenhuma solução para o problema, eles agiam como se ela fosse a única culpada por aquilo estar acontecendo.Ela foi para casa e se preparou psicologicamente para a reunião com os acionistas.Três dias depois.Ela olhou para os rostos dos acionistas, enquanto cada um deles se levantava sem lhe dizer uma palavra. Contudo, suas expressões lhe diziam tudo.— Vou resolver isso, senhores. É uma crise que estou levando a sério, e farei de tudo para resolver. — Garantiu-lhes.Enquanto eles se encaminhavam para a porta, um deles parou e a olhou:— Não faça promessas qu