Capítulo 8

Louie caminhou a passos largos pela empresa.

Em sua mente a decisão de Rosalie ainda o irritava profundamente, sua determinação em continuar não cedendo a ele o deixava louco.

E agora ela havia sido aprovada, isso devido a sua pequena invasão em sua reunião com alguns acionistas e diretores.

Mas não tinha problema, ainda havia muitas pessoas que não apoiaria uma mulher como CEO.

Louie Valois caminhou pela empresa Empire, de queixo erguido ele entrou no escritório do diretor de Marketing.

O homem se voltou para ele, surpreso com sua entrada.

— Sr. Valois. — Pronunciou o diretor.

Louie olhou ao redor, e caminhou até a cafeteira sem olhar para o diretor.

Em seguida se serviu de café, ficando de costas para o outro homem.

Após alguns segundos, Louie ouviu o diretor de Marketing, Bresson, pigarrear tentando chamar sua atenção.

Louie Valois se virou lentamente e olhou para Bresson, que estava agora de pé o encarando.

— Precisa de algo, Sr. Valois? — perguntou-lhe, Bresson.

Louie bebeu um pouco de seu café, então olhou para o diretor.

— Há quanto você trabalha para o Grupo Empire, Bresson?

Aquela pergunta o intrigou, mas ele logo respondeu.

— Há cerca de quinze anos.

Louie assentiu, e perguntou se Bresson queria um pouco de café, o homem aceitou.

Quando Louie se aproximou para lhe entregar o copo, ele lhe perguntou:

— Você acredita nesta companhia, Bresson?

O diretor assentiu.

— E acredita que ela tem futuro com a viúva que só se casou com meu irmão por dinheiro?

Suas palavras fizeram Bresson segurar com mais firmeza o copo, fazendo barulho.

Louie viu como o olhar do diretor vagou para a janela, e seus dentes trincaram.

Era exatamente a reação que Louie desejava, que o diretor de Marketing, Bresson se sentisse indignado, insultado.

— Rosalie era uma pobre coitada, saída do meio do lixo de Lille, meu irmão se apaixonou por ela perdidamente. — Louie caminhou até a janela, então ficando de costas para o diretor, ele continuou, seu olhar fixo na cidade de Lille. — Rosalie, claro, viu apenas o dinheiro.

— O que ela pensa que pode obter desafiando todos assim? — se questionou Bresson.

Louie se virou para ele, e de modo direto, disse:

— Poder. Rosalie sempre almejou o poder, toda sua vida. Mas verá, Bresson, que ela não é qualificada para o cargo, e isso não afeta apenas a ela. Afeta a todos nós.

Bresson concordou com Louie.

O homem jogou seu copo vazio no lixo, então caminhou até o diretor e lhe entregou um papel.

Bresson olhou para o endereço no papel, então voltou seu olhar para Louie.

— O que é isso?

— Meu endereço. — respondeu Valois. — Se não quiser ver o Grupo Empire ruir, e consequentemente você, apareça nesse endereço, e traga os outros diretores.

Louie o deixou sozinho em seu escritório, segurando o papel.

Naquela noite, Louie Valois se serviu de vinho e observou os diretores, cada um deles sentados em sua sala de estar.

Louie serviu um Whisky importado aos diretores, havia muitos deles naquela reunião em seu apartamento.

— Bresson disse-nos que o Sr. Valois nos chamou aqui, embora nós compartilhemos as mesmas opiniões sobre sua cunhada, de nada pode nos ajudar apenas desaprová-la, Sr. — pronunciou  Rondel, o diretor de operações.

Louie assentiu, então caminhou entre os homens.

— Você subestima nosso poder na companhia, meu amigo. Digo-lhe, Rondel, que a viúva Valois não é nada sem nós, que o Grupo Empire nos pertence muito mais do que a ela! — exclamou Louie, e os homens se entreolharam.

— Ela tem a permissão tem o aval dos acionistas para estar como CEO, não vejo como possamos impedir isso! — Rebateu Rondel, e outros concordaram com ele.

— Você diz a verdade, Rondel, não podemos tirá-la de CEO, mas isso não significa que não possamos mostrar-lhe que ela não tem nossa aprovação, faremos Rosalie desejar voltar a sua vida de dona de casa! — retrucou Louie, e viu como orgulho o brilho e entusiasmos nos olhos de seus aliados.

Rosalie se arrependeria de não ter se submetido a ele, pensou Louie Valois.

[...]

Rosalie se levantou com os primeiros raios de sol.

Estava sentindo fortes dores, isso era devido as lesões em seu corpo por causa da explosão.

Ela tomou seus remédios e se arrumou para mais um dia na empresa, fazia alguns dias que estava trabalhando duro para entender tudo sobre o Grupo Empire.

A mulher entrou no carro e seguiu até o edifício empresarial, havia marcado naquela manhã uma reunião com alguns diretores, queria um relatório de seus setores.

Precisava entender como cada um funcionava.

Rosalie atravessou o saguão e notou alguns olhares estranhos.

Ela entrou no elevador e os ignorou, sabia muito bem que a maioria dos funcionários era leal a Louie, ou ao menos tinham simpatia por ele.

Essa era a jogada de Louie, ele envolvia as pessoas que não o conheciam em uma rede de sedução perigosa.

Ela apertou o número do décimo primeiro andar, onde se prepararia a reunião com os diretores.

No terceiro andar o elevador abriu, e ela se deparou com Louie Valois.

O homem sorriu suavemente para ela, e Rosalie cogitou a ideia de sair do elevador.

No entanto, Louie se apressou para entrar, e bloqueou sua saída com seu corpo.

— Não precisa sair, entendo que ficar em um espaço fechado comigo deve ser inquietante. — Murmurou ele enquanto as portas se fechavam.

Rosalie não se moveu, apenas encarou Louie e respondeu:

— Inquietante não é como eu descreveria, está mais como... Enojada. Sim, essa é a palavra!

Rosalie apreciou o olhar irritado que Louie lançou em seguida, sua expressão sempre que ela deixava claro que não tinha interesse nele, era mais do que satisfatória.

Quando as portas se abriram e ela avançou para sair em seu andar, foi puxada com brusquidão e encurralada contra a parede do elevador.

Enquanto ele a segurava com uma mão, com a outra ele apertou outro botão do elevador. O botão de parada.

Então, quando as portas se fecharam ele se voltou totalmente para ela a pressionando contra a parede gélida do elevador.

Seus rostos a centímetros um do outro, a mulher tentou lutar contra ele, mas Louie era mais jovem e muito mais forte.

— Por que se julga tão superior? — o homem a questionou, ele a pressionava com os cotovelos em seu pescoço e torso, e isso só lhe causava mais dor.

Ainda não estava completamente recuperada da explosão.

Ela não lhe daria o prazer de demonstrar dor.

— Por que não vai buscar alguma jovenzinha que se impressione com você? — perguntou com dificuldade.

Ele trincou os dentes e aumentou a pressão, ela sentiu que desmaiaria. Mas suportou.

— Vai ser minha, assim como tudo que foi dele. — ele jurou.

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