Louie a olhava como se fosse um animal encurralado.Ela sabia que era isso que ele pensava dela, que não passava de um maldito animal sem inteligência e em apuros.A mulher sabia que todos os seus problemas eram causados por ele.Louie observou a expressão ansiosa de Rosalie, seu olhar vacilou por alguns instantes e ele sabia que ela estava perto do seu limite.Ele deu mais alguns passos, e ficou satisfeito quando ela não recuou, lentamente ele diminuiu a distância entre eles, quando estavam a centímetros um do outro, ele puxou lentamente o objeto da mão dela.A mulher não resistiu, e manteve seu olhar fixo nele.— Tudo será fácil, ninguém a questionará. A vida simples que levava com Duncan você poderá ter comigo, eu serei como ele foi.Sua voz era suave, quase um ronronar.Ele tentava abertamente seduzi-la, envolvê-la em sua teia mortal.O homem levantou sua mão devagar, e acariciou com a ponta dos dedos o rosto de Rosalie, que permaneceu impassível.— Apenas diga que sim. E tudo acab
Louie entrou em seu carro caro e se dirigiu para a cobertura de Bresson.Alguns dias haviam se passado desde seu confronto com Rosalie, suas palavras ainda queimavam em sua mente.Seu olhar de desdém fazia seu sangue esquentar em suas veias.Como ela ousava desprezá-lo daquela forma? Era apenas uma mulher, que chance acha que tinha no mundo empresarial?Enquanto dirigia ele ouviu novamente suas palavras, o fazendo parecer inferior a Duncan.Ele apertou o volante com força, e trincou os dentes, viu como os nós de seus dedos se tornaram brancos enquanto a voz dela se repetia em sua mente.Ele estacionou na frente do prédio de Bresson, quando atravessou o saguão olhou seu relógio.Esperava que todos os diretores que convocara estivessem o esperando.Louie foi recebido por um dos empregados de Bresson, e quando foi levado a sala de estar ficou satisfeito com o que viu.Todos os diretores que desprezavam Rosalie Valois estavam presentes, todos compartilhando uma bebida.Ele iniciou a reuni
Casarão Dos Valois.Alguns dias depois, Angelika caminhou cautelosa pelo corredor.Sabia bem que Bastien estava acordado, ele ficava altas horas vendo filmes em seu quarto. Desde a morte de seu pai, ele acabou por se isolar mais.Quando Angelika chegou até a porta de seu quarto, foi capaz de ouvir um som que a surpreendeu muito.Seu coração se comprimiu no peito, e logo sentiu um nó na garganta, seu nariz começando a coçar, seus olhos ardendo.Parecia quase impossível conter aquilo, aquele choro preso em seu peito, mas tinha que se manter calma.Ela não bateu, apenas girou a maçaneta, e como imaginou estava destrancada.Quando o seu olhar se encontrou com o de Bastien, ele não teve reação.Na TV gigante estava passando um filme que ela conhecia bem." Vamos Bastien, chute para o papai" dizia o pai vários anos mais jovem no vídeo.Ele vestia uma camiseta verde, e boné branco, enquanto incentivava Bastien a jogar futebol.O garoto tinha apenas sete anos na época, e obedeceu ao pai.Dunca
Duncan caminhou de um lado a outro no escritório de Lecomte.Embora não houvesse mais vestígios de sangue em seu corpo, o sangue daqueles homens ainda o marcava.E sempre marcaria, contudo, não conseguia se arrepender do que fez.Ele ligou a TV para ver as últimas notícias, e como imaginou, não havia nenhuma.Mas não era sobre seu assassinato que estava o fazendo caminhar de um lado a outro, e sim o pedido que havia feito a um de seus empregados.O criado bate à porta, e Duncan o manda entrar.— Você conseguiu?O homem assente, e abre mais a porta dando espaço para um outro homem entrar, ele usava boné e Duncan o guiou até seu computador.Graças aquele hacker, conseguiria o acesso as suas câmeras escondidas no seu antigo escritório. Desse modo, iria conseguir observar Rosalie.***************Rosalie olhou para o resultado das vendas de peças daquelas semanas após assumir a empresa.Ela não podia acreditar naquilo.Havia despencado drasticamente suas vendas, e logo desceriam do rankin
Rosalie olhou indignada para a porta de sua sala, enquanto menos da metade dos diretores que convocou para a reunião apareciam.Quando ela viu que nem mesmo Louie compareceu, ela quis afundar sua cabeça na terra, aqueles homens não a respeitavam de modo algum.Ela iniciou a reunião mostrando como as vendas haviam caído.É claro que os diretores a culparam por isso, e dois deles ficaram ao seu lado.Rosalie terminou a reunião sem nenhuma solução para o problema, eles agiam como se ela fosse a única culpada por aquilo estar acontecendo.Ela foi para casa e se preparou psicologicamente para a reunião com os acionistas.Três dias depois.Ela olhou para os rostos dos acionistas, enquanto cada um deles se levantava sem lhe dizer uma palavra. Contudo, suas expressões lhe diziam tudo.— Vou resolver isso, senhores. É uma crise que estou levando a sério, e farei de tudo para resolver. — Garantiu-lhes.Enquanto eles se encaminhavam para a porta, um deles parou e a olhou:— Não faça promessas qu
Alguns dias depois Rosalie folheava alguns documentos, quando um dos diretores entrou em sua sala.— Porque não fomos informados que o Grupo Lecomte tem feito propostas para comprar ações do Grupo Empire? Será que não vê que eles querem nos cercar? Todos os nossos clientes estão assinando contratos com eles, querem nos deixar vulneráveis, para assumir o controle! — Esbravejou o diretor de operações.Rosalie levantou o olhar de seus documentos, e encarou o homem de terno.Seu rosto estava vermelho, e seus punhos cerrados.Logo atrás dele apareceram outros diretores, e começaram a fazer perguntas sobre aquela situação.— Estou há vários dias senhores, tentando fazer com que compareçam em uma reunião de conselho, mas se recusam a me ver como sua superior. Me ignoram.— Essa não é a questão aqui, Sra. Valois. — Rebateu o diretor de Marketing.Ela se levantou de sua cadeira e caminhou até aqueles homens.— Precisamos de uma solução, ou o Grupo Empire pode continuar caindo.Rosalie olhou pa
Embora a mulher estivesse sozinha com ele, não recuou.Ao invés disso, ela se aproximou dele.Olhando em seus olhos disse:— Não temo as cobras, eu as enojo.Ela viu em seu olhar por alguns segundos a raiva brilhar, e sabia que ele estava a ponto de explodir.Rosalie recuou alguns passos e viu Louie derrubar uma miniestátua disposta a alguns centímetros dele.A mulher não tremeu com o choque do objeto sendo partido ao tocar o piso.Louie gostava de intimidá-la.O homem caminhou em sua direção e pareceu sair de sua pose impassível, sua voz mudando completamente.— Por que quer essa vida? Nunca se interessou por negócios quando meu irmão era vivo, então eu volto a perguntar, por quê?Sua voz era baixa, e seus olhar exigia uma resposta, ao invés de lhe dar uma resposta, ela lhe fez uma outra pergunta.— Por quê? — Ele a olhou e franziu o cenho, seu olhar era confuso. — Por que deseja tudo que foi dele?Ele suspirou, e ela viu seu olhar endurecer ainda mais, então recaiu sobre seus lábios
Louie foi golpeado por aquelas palavras, que julgava tolas e cruéis.Ele diminuiu a distância entre os dois, e proferiu as seguintes palavras:— Está trilhando um caminho perigoso, e vai fracassar sem mim.— Apenas vá embora, e me assista vencer.Louie se retirou de sua sala e Rosalie se sentou em sua cadeira da presidência.Segundos depois de ser deixada sozinha ela teve uma crise de choro que durou alguns minutos.Rosalie olhou para o retrato de Duncan na parede, e percebeu que precisava ser forte.A mulher começou a trabalhar para encontrar uma maneira de alavancar as vendas de peças da empresa, falando ao telefone com diversas empresas na esperança de obter apoio, mas não teve sucesso.Horas depois sua secretária bateu à porta e Rosalie a deixou entrar.— Não queria interrompê-la, mas um motoboy deixou essa carta aqui, endereçada a Senhora.Rosalie acenou para que ela se aproximasse, e Leonor deixou a carta em suas mãos e se retirou:A mulher olhou para a carta e viu que não havia