Embora a mulher estivesse sozinha com ele, não recuou.Ao invés disso, ela se aproximou dele.Olhando em seus olhos disse:— Não temo as cobras, eu as enojo.Ela viu em seu olhar por alguns segundos a raiva brilhar, e sabia que ele estava a ponto de explodir.Rosalie recuou alguns passos e viu Louie derrubar uma miniestátua disposta a alguns centímetros dele.A mulher não tremeu com o choque do objeto sendo partido ao tocar o piso.Louie gostava de intimidá-la.O homem caminhou em sua direção e pareceu sair de sua pose impassível, sua voz mudando completamente.— Por que quer essa vida? Nunca se interessou por negócios quando meu irmão era vivo, então eu volto a perguntar, por quê?Sua voz era baixa, e seus olhar exigia uma resposta, ao invés de lhe dar uma resposta, ela lhe fez uma outra pergunta.— Por quê? — Ele a olhou e franziu o cenho, seu olhar era confuso. — Por que deseja tudo que foi dele?Ele suspirou, e ela viu seu olhar endurecer ainda mais, então recaiu sobre seus lábios
Louie foi golpeado por aquelas palavras, que julgava tolas e cruéis.Ele diminuiu a distância entre os dois, e proferiu as seguintes palavras:— Está trilhando um caminho perigoso, e vai fracassar sem mim.— Apenas vá embora, e me assista vencer.Louie se retirou de sua sala e Rosalie se sentou em sua cadeira da presidência.Segundos depois de ser deixada sozinha ela teve uma crise de choro que durou alguns minutos.Rosalie olhou para o retrato de Duncan na parede, e percebeu que precisava ser forte.A mulher começou a trabalhar para encontrar uma maneira de alavancar as vendas de peças da empresa, falando ao telefone com diversas empresas na esperança de obter apoio, mas não teve sucesso.Horas depois sua secretária bateu à porta e Rosalie a deixou entrar.— Não queria interrompê-la, mas um motoboy deixou essa carta aqui, endereçada a Senhora.Rosalie acenou para que ela se aproximasse, e Leonor deixou a carta em suas mãos e se retirou:A mulher olhou para a carta e viu que não havia
Rosalie entrou na sala de reunião do conselho de diretores.Quando ela entrou, viu todos os pares de olhos fixos nela, e nas roupas que usava.Ela vestia um longo vestido vermelho-escuro, e seus cabelos estavam soltos caindo como ondas em suas costas.Louie foi o primeiro a falar, até mesmo antes dela.— Pensei que tivesse nos chamado aqui para uma reunião do conselho, Sra. Valois.Rosalie o olhou, seus olhos azuis estavam frios e astuciosos como sempre, contudo, ela não deixou se intimidar por isso.— Estou aqui para comunicar aos senhores que essa noite coloco em prática meu plano para trazer novos contratos com marcas de carros, vou a festa de Margot Bressan.Os diretores se entreolharam e ela sabia o que todos estavam pensando, contudo, ela iria fazê-los entender que aquilo fazia sentido.Antes que fizesse isso, porém, Louie se levantou e começou a falar.— O seu plano para nos tirar da crise é ir a festas caras? Esse é o seu plano?Em seguida ele riu com escárnio e se voltou para
Rosalie estacionou em frente ao prédio luxuoso de Margot Bressan, entregou as chaves ao manobrista, e entrou no saguão.Era enorme, com colunas da cor creme, um enorme candelabro com cristais luxuosos, móveis de cores quentes. Um tapete vermelho da mais alta costura. E havia dezenas de outras pessoas entrando, todas com roupas luxuosas, havia muito ouro brilhando no saguão.Ela seguiu para as grandes portas abertas que levavam ao salão, havia dois seguranças um de cada lado, e seu nome foi confirmado na lista.Rosalie respirou fundo e entrou no salão.As luzes eram de um azul marinho deslumbrante, com um lustre coberto do que parecia diamantes...Havia espaços reservado com poltronas luxuosas, negras. Estavam complementadas com mesas de aço com couro, havia alguns enfeites caros acima delas. Uma espécie de estatuas minúsculas de Margot Bressan. Era sua festa de aniversário afinal. Seu pai era um grande CEO da indústria de Hollywood. Rosalie percebeu logo que entrou que havia todo tipo
Alguns dias depois.Rosalie ouviu o relato do diretor financeiro.De acordo com ele, o Grupo Empire estava começando a se estabilizar, seus clientes todos estavam ficando cada vez mais satisfeitos com seus produtos.Rosalie o agradeceu pelo relatório, e ligou seu computador.Leu seus e-mails e viu as notícias relacionadas ao Grupo Empire.“O grupo Empire campeão de vendas de autopeças retorna ao topo, mesmo que tenham sofrido uma crise interna após a morte suspeita de seu antigo CEO...”A notícia continuava, contudo, ela não quis continuar a leitura.Após ler outras notícias, Rosalie foi para a reunião com os acionistas e alguns diretores.Ela caminhou com seus saltos caros pelo corredor, até chegar ao elevador.Quando a mulher entrou na sala de reunião, ela estava ainda vazia.Chegara meia hora antes.Rosalie passou os dedos pela longa mesa de mogno, e suspirou.Aquela era sua primeira reunião com bons resultados.Enquanto suspirava e pensava nisso, um homem a observava do lado de fo
Rosalie ficou paralisada, olhando para o homem desconhecido.Lentamente ele saía das sombras da arvore, e a olhou nos olhos.Ele era alto, com um rosto um pouco quadrado, sobrancelhas espessas, nariz aquilino e seus olhos eram de um tom de verde profundo, e seus cabelos acobreados.O homem possuía ombros largos, e mãos grandes, ela notou. Por um instante ela temeu estar ali tão próxima dele e sozinha, principalmente por causa da maneira intensa e estranha que o homem a encarava.Ela se viu presa naquele olhar intenso, e não presa como ficava com Duncan, mas presa como se estivesse encurralada.Ninguém a olhava de maneira tão quente assim.Ela finalmente encontrou sua voz e o questionou:— Quem é o senhor e o que faz aqui?O homem se aproximou, e quando deu alguns passos em sua direção Rosalie de modo involuntário se viu recuando.O homem levantou as mãos, em sinal claro de que não pretendia lhe fazer mal.— Não tem nada a temer de mim, senhora Valois.Sua voz era grave, contudo, seu m
Rosalie deixou que o telefone caísse.Suas mãos tremiam, enquanto ela visualizava um acidente proposital contra o detetive Lohan.Ela teve que se sentar, incapaz de dizer qualquer palavra enquanto fechava os punhos, sentindo seu coração acelerar. Aquilo era obra de alguém culpado, e agora ela tinha mais certeza de que o Grupo Lecomte estava envolvido naqueles eventos monstruosos que tiraram a vida de seu Duncan.Enquanto refletia naquilo, alguém bateu na porta de seu quarto.Rosalie se levantou, enquanto Angelika entrava em seu quarto.A garota estava com o cenho franzido, e podia ver em seus olhos que estava preocupada.— Angelika, o que houve?A jovem fechou a porta e se sentou ao seu lado na cama, então Rosalie segurou suas mãos e a garota chorou.A mulher ficou com seu coração acelerado, sem saber a razão para as lágrimas de sua filha, ela a abraçou confortando-a mesmo sem saber o que a afligia tanto.Até que após vários minutos com Rosalie perguntando para ela, Angelika respondeu
Rosalie olhou para o jantar que havia preparado para seus filhos.Ela havia feito a comida favorita de Duncan quando era vivo, massa.Ela suspirou, olhando para a mesa, arrumando os pratos para aquele jantar que nem havia começado, mas já se sentia tão melacólica.Rosalie suspirou, enquanto olhava para o lugar que Duncan costumava a se sentar.Ela ainda arrumava a mesa, quando Angelika desceu as escadas e entrou na sala de jantar, a menina a olhou e lhe deu um sorriso triste.Hoje seria aniversário de Duncan, e aquilo feria não só o coração de Rosalie, mas de todos os seus filhos.Ela se encaminhou para Angelika que acendia as velas agora, e tocou em seu ombro.—Como você está?Angelika suspirou e respondeu:— Com saudades.Ela a abraçou forte, e quando a soltou, perguntou:— Onde está seu irmão?Angelika voltou a acender as velas, e Rosalie percebeu que sua atitude era para desviar seu olhar.Sem encará-la, a menina respondeu:— Ele está trancado em seu quarto, e creio que não vai de