Rosalie olhou para o tempo chuvoso.Ela sabia que seus dias de folga estavam terminando, e só de pensar em encarar Louie ela sentia calafrios.Não porque tivesse medo dele, e sim porque estava nutrindo um ódio profundo daquele homem.Ele queria derrubá-la a qualquer custo, sabia disso.Rosalie saiu de perto da janela, e decidiu que iria encará-lo naquele momento.Não suportava mais o silencio dele, fingindo que não havia tramado contra ela, ele precisava pagar.[...]Louie jogou a taça de vinho contra a parede.Ela se estilhaçou espiralando vinho por toda a parte.Ele então caminhou até seus homens que estavam em pé a sua frente, e os encarou.— Como isso aconteceu? Como puderam deixá-la fugir! — esbravejou Louie.Os três homens ficaram em silencio, com as mãos na frente do corpo e o olhar em seus próprios pés.Louie estava furioso com seus capangas, que tinham somente um trabalho. Manter uma mulher de 50 quilos como prisioneira.Será que aquilo era tão difícil assim?Ele voltou a gri
Ela tentou se desvencilhar dele, sair de seu controle e quando não conseguiu, apelou.Rosalie lhe deu uma joelhada bem na sua fraqueza masculina.Louie gritou de dor e a soltou imediatamente.Ele colocou as mãos no meio de suas pernas, enquanto estava abaixado e lentamente caiu de joelhos, sua expressão era de dor.Ela apenas o olhou com satisfação.— Existem outros meios de puni-lo, cunhado. Foi pra isso que vim.Rosalie caminhou até a porta, e deixou que um de seus homens entrasse.Aquele homem era Aeron, um segurança que havia contrato fazia alguns dias.Aeron era um homem alto, seu porte físico era impressionante, medindo quase dois metros, com ombros largos e braços poderosos.Era musculoso, com pernas longas e musculosas.Usava um corte militar, e seus olhos eram escuros, sua barba baixa.Ele entrou no escritório e olhou de modo ameaçador para Louie que ainda tentava se recompor.— Por que trouxe esse homem aqui, Rosalie?— Para puni-lo de uma forma que você entende. — Ela se vo
Rosalie soltou o ar que prendia ao abrir a porta para François.— Graças a Deus! Não sei o que fazer, e ele estava sangrando.François a olhou, então entrou apressado.Rosalie o levou até o quarto, e quando pararam em frente a porta ela bateu algumas vezes, e chamou seu filho.Quando não obteve resposta e estava prestes a chamar novamente, ele a silenciou com uma mão em seu ombro e seu olhar.— Espere em seu quarto. — disse ele.Ela balançou a cabeça, discordando, mas o homem a segurou pelos ombros e a encarou:— Confie em mim.Ela olhou naqueles profundos olhos verdes, e simplesmente confiou.Rosalie voltou ao seu quarto, e ficou sentada com suas mãos tremendo.Seus lábios secos, e aquele nó em sua garganta.Aquilo devia ser algum tipo de punição, por ter espancado Louie.Sabia que não deveria ter cedido as maldades dele, e agora estava pagando o preço.Ela havia pagado o mal com o mal, e agora estava sendo punida.Ela se levantou de sua cama, e começou a caminhar em círculos, e perc
Rosalie olhou para François, parado ao lado de sua filha.Angelika na mesma hora foi até ela, perguntando sobre Bastien.— Ele está bem mãe?Ela segurou as mãos de sua filha, e disse suavemente:— Está melhor agora, fui até seu quarto e o vi dormindo.As duas se abraçaram e Angelika deixou a área da piscina.Ela queria ver com seus próprios olhos.Quando a garota se foi, o olhar de Rosalie se voltou para o homem parado perto da piscina.— Por que veio até aqui?Ele se aproximou, e quando parou ao seu lado olhou para o céu que começava a escurecer, a lua já bastante visível.— Eu precisava respirar um pouco apenas, e acabei chegando aqui sem querer.Ela assentiu e suspirou seguindo seu olhar para o céu.— François? — ela o chamou.Ele a olhou, seu rosto estava reluzindo na luz azulada das pequenas lanternas ao redor da piscina e do caminho de pedra para o interior do casarão.Seus olhos eram como pedras preciosas, e seus cabelos castanhos como ondas de seda ao seu redor. Isso tudo o fez
Rosalie o guiou pelo pequeno caminho de pedras, ele a seguiu de perto em silencio.Em um certo momento, Rosalie pisou de maneira errada e se desequilibrou, o homem a segurou pela cintura impedindo de cair.Ela arfou, ao sentir o toque firme de suas mãos segurando-o em sua cintura, ele acabou puxando-a para muito perto dele.Ela podia sentir o corpo dele atrás do dela, quente e sólido e isso apavorou, porque não sentiu repulsa e sim familiaridade.Uma espécie de conexão.— Obrigada.Ela agradeceu e tirou as mãos dele de seu corpo, por um momento ela sentiu que ele parecia relutante em soltá-la, mas logo ignorou isso.Eles continuaram seu caminho de volta ao interior do casarão, ela o conduziu até a grande cozinha.— Vou fazer um café. — Anunciou e apontou para uma mesa ao canto, onde ele poderia se sentar.O homem seguiu para a mesa, e puxou uma cadeira pesada para se sentar.Ela o viu se sentar e observá-la, enquanto ia até o pote de café e açúcar.Depois ela pegou uma pequena panela
Rosalie olhou para seu filho e o homem com ele, e se lembrou do momento que ele a segurou no caminho de pedras, depois o modo como tamborilou os dedos na mesa.Ela respirou fundo e pensou que entendia aquela sensação de familiaridade que ela sentia, ela havia sentido o mesmo.A mulher olhou nos olhos de sua filha, e viu como ela acreditava naquilo, que de alguma forma Duncan estava cuidando delas.Rosalie suspirou, e pensou que Duncan realmente estava morto.As duas se abraçaram.[...]Duncan olhou a hora em seu relógio e percebeu que já passava das dez da noite, por mais que quisesse ficar mais, ele tinha que ir.O homem se levantou do sofá e abraçou seu filho, ficaram por horas conversando e ele duvidava de que o garoto tivesse se dado conta da hora. Mas era hora de ir.Rosalie se aproximou ao ouvir os dois se despedindo, ela o olhou e o acompanhou até a porta.Duncan não se despediu de Angelika, que segundo Rosalie já havia ido se deitar, com aquela informação ele temeu que a garot
O coração dela congelou, e seu sangue começou a correr mais rápido, sua boca se tornou seca e ela sentiu que seus joelhos falhariam a qualquer momento.A mão de François ainda a mantinha firme atrás de seu corpo grande, e naquele momento ela se amaldiçoou por ter liberado Aeron.O homem com uma tatuagem levantou sua faca, que reluziu na luz do poste, e ela temeu pela vida de ambos.Rosalie olhou para o bandido que parecia ser o líder, seu olhar era negro e maléfico, ele segurava a faca de modo ameaçador, e olhou diretamente para ela.Então ele disse, em uma voz terrível.— Se afaste da mulher, ou matarei você.Os outros dois homens concordaram com o que seu líder dizia, e também puxaram suas facas.O coração dela bateu descompassado, sentindo que era seu fim, e se não fizesse nada seria o fim daquele homem que tentava protegê-la.— Não a terá. — Rebateu François.Seu corpo estava tenso, seu olhar firme no seu adversário que segurava aquela faca, os olhos daquele bandido estavam muito c
Suas pálpebras estavam pesadas, e todo o seu corpo doía.Ele se sentia esmagado, completamente quebrado.Quando finalmente abriu os olhos, viu a luz fraca de um amanhecer entrar pelas janelas da sala.Foi então que ele se deu conta de onde estava.Aquela não era a sala de Lecomte, e quando seu olhar correu pela ampla sala, viu não muito distante do sofá onde ele estava, sentada em uma poltrona de olhos fechados, Rosalie.Duncan olhou para seu relógio, marcava cinco e quinze da manhã.Ele percebeu que estava sem camisa, e os restos dela estavam largados em um canto, ela estava coberta de sangue seco.O homem passou a mão em sua barriga e sentiu o curativo, seu olhar retornou para Rosalie, adormecida.Seu rosto estava marcado por lágrimas recentes, como se ela tivesse passado a noite velando seu sono.Aquilo o tocou de uma forma, que o fez sentir uma falta terrível de quando era seu marido.E o fez desejar por contar quem era realmente.Quando ele tentou se sentar, um controle remoto qu