Rosalie passou a primeira noite pensando em François, em como ele estava perto. O último homem que ela cuidara daquela forma havia sido Duncan, seu marido. Rosalie fecho u os olhos, ciente da dor em seu coração... Bastava pensar em Duncan, que ela sentia como se estivesse se afogando, e ninguém jamais a salvaria. A mulher se levantou, e foi se arrumar para o trabalho. Os dias passaram, enquanto ela evitava totalmente François, saindo cedo e chegando tarde. Ela deixou que François se recuperasse ao seu tempo, em sua casa. [...] No sexto dia, Rosalie novamente chegou tarde do trabalho, no momento que Rosalie atravessou a sala ela paralisou. E ouviu um som que não ouvia há muito tempo... Era o som da risada de Bastien... Ela se voltou para o som, caminhando em direção a cozinha. Quando a mulher apareceu na entrada, se deparou com seu filho sentado em uma cadeira, próximo a mesa. François estava perto dele, cozinhando algo enquanto ambos riam e conversavam sobre o jogo na TV
Rosalie suspirou, e quando François a soltou, ela se amaldiçoou. Por que o havia comparado com Duncan? Aquilo era a pior coisa para se dizer para um homem que estava tão perto como ele estava. François a olhou, mas Rosalie se surpreendeu com o que viu. Havia uma escuridão naqueles olhos, uma que não estava ali antes. Eram como se a noite estivesse surgindo em seus olhos, e ao mesmo, parecia que aquele homem estava prestes a chorar. Aquilo não fazia o menor sentido para ela. Rosalie engoliu em seco, e tentou consertar as coisas. — Eu não quis dizer que você se parece com Duncan, não nesse sentido de... — Da forma como a toquei? — ele foi direto demais. O coração dela aumentou as batidas. Rosalie engoliu em seco novamente e se virou de costas para ele, sua mão foi involuntariamente para o seu coração, como se pudesse fazê-lo bater mais devagar. Ela ouviu os passos dele atrás dela, e de repente as mãos dele a envolveram novamente. Envolvendo sua cintura, seu calor a invadind
Duncan retornou para casa após lidar com a máfia, garantiu que seus homens descobrissem tudo sobre os trabalhos criminosos de Jacopo. Quando ele retornou ao enorme apartamento de Lecomte, ele atendeu diversas ligações de trabalho. Por hora, Rosalie estava protegida. Havia colocado mais homens seus ao redor da casa, e em seu trabalho. Ele também observou pelas câmeras que possuía em sua empresa tudo que ela fazia. Ele também observou Louie, aparentemente seu irmão caçula estava quieto. Devido ao recente sucesso de Rosalie, ele imaginou que o homem estivesse se mantendo na margem. Duncan não pregou o olho aquela noite, o aroma doce de Rosalie ainda estava intenso em sua mente, o toque das mãos dele na pele dela, o modo como o corpo dela havia correspondido a ele... Tudo aquilo o atormentava de modo enlouquecedor, tudo que ele desejava naquele momento era se levantar de sua cama e seguir até suas chaves, pegar o seu carro e dirigir até o casarão. Desejava entrar em sua anti
Duncan retornou para o apartamento de Lecomte. Quando o homem se deitou em sua cama, ele se lembrou de sua filha, fazendo de tudo para que ele se revelasse. Ele suspirou pesadamente, ciente de que não era hora para fazer aquilo. Como explicaria algo que nem mesmo ele entendia? E se ela mesmo desconfiando que havia algo errado, não acreditasse nele e contasse tudo para Rosalie? Se ele fosse visto por sua família como um louco imposto e decidissem o afastá-lo ele não suportaria... Duncan decidiu mudar as coisas. A falta que Rosalie fazia estava o esmagando profundamente, mas sabia que ela não deixaria que ele se aproximasse dela enquanto seu coração estivesse tão agarrado a memória de seu antigo eu. Ela ainda se via e se portava como a mulher de Duncan Valois, não como sua viúva. Ele estava no corpo de Lecomte, precisava conquistá-la. O homem se levantou da cama e caminhou até a escrivaninha, pegando papel e caneta, ele começou seu plano. [...] Quando Rosalie atravessou a sal
A garota ficou momentaneamente paralisada. François estava com quase todo o seu corpo em cima de sua mãe, ela pronunciou: — Mãe? O homem se levantou em um instante, e Angelika não ficou para ver como sua mãe estava indecente. A garota correu pelo casarão, descendo algumas escadas em direção ao quarto secreto da família. Sentia que precisava ficar sozinha. Ela ouviu as vozes vindo atrás dela, e os passos cada vez mais perto. Angelika finalmente chegou ao quarto secreto, e usou o reconhecimento facial para entrar. A garota entrou no quarto sem janelas, ela passou as mãos pelo rosto e suspirou. Seu coração batia forte. Sua mãe e François estavam juntos, pensou ela. [...] Rosalie se levantou do sofá, seu rosto queimava enquanto Angelika atravessava todo o cômodo correndo. — Espere, Rosalie! — François a segurou pelo braço e envolveu-a em seu casaco. Por Deus... Ela estava apenas de sutiã. Ela assentiu, sem coragem de olhar nos olhos dele. Estava terrivelmente constrangid
A mulher olhou para a propaganda a sua frente, o marketing havia feito um excelente trabalho na divulgação de suas novas peças. Tudo do mais moderno do mercado. Ela estava em pé, parcialmente sentada sobre a sua própria mesa atrás dela. A sua frente, o quadro com o trabalho do marketing, e Leonor estava ao lado dele. Rosalie estava com os cabelos presos para trás, e usava um casaco escuro. — Quando essa campanha será lançada? — perguntou a Leonor. A secretária respondeu prontamente: — Daqui a uma semana, senhora. Rosalie fez os cálculos. Então a campanha do novo modelo de peças de carros do Grupo Lecomte sairia antes. — Faça-o sair em dois dias. — disse ela. Leonor a olhou surpresa, era no mesmo dia que a campanha de Lecomte sairia. Contudo, ela não perderia de lançar no grande evento de carros do país. Era uma grande oportunidade. — O grupo Lecomte verá isso como um ataque pessoal, as outras empresas não lançam seus produtos no mesmo dia que eles. — lembrou
Ela estremeceu, sentindo o cheiro agradável e masculino dele. François tinha um efeito avassalador sobre Rosalie, a fazendo se sentir nervosa em sua presença. O fato dele ser tão confiante e seguro de si poderia ter algo a ver com isso. O homem parecia desejá-la intensamente, mas quando a mulher olhava em seus olhos, parecia haver algo mais profundo e complexo por trás de suas investidas. Rosalie recuou, separando ambos daquela proximidade tão ardente. A mulher levantou o olhar para mirar naqueles olhos verdes, decidida a por um fim naquilo. Mesmo que tivesse cedido naquele dia, ao beijá-lo... Sabia que não estava pronta para deixar de ser a mulher de Duncan. Não importava se ele estava morto. Ela abriu a boca, mas antes que pudesse proferir as palavras, ele a interrompeu: — Não diga nada. Eu sei o que dirá, e peço para que não diga. Ela piscou, incapaz de compreender aquilo, ele estava tentando silenciá-la para que não o dispensasse? — Eu sei que tem medo, do que sente. Nã
Todos no saguão observavam a mulher, que não se intimidava com os olhares ou até mesmo as câmeras. Rosalie sabia que essa era sua intenção, fazê-la passar por aquele constrangimento, punir sua filha por não ceder seu dinheiro. Rosalie sentia um nó se formar em sua garganta, a cada passo que dava em direção a mulher que era sua mãe. Quando Agrippina a viu se aproximar se virou imediatamente para ela, sua carranca era visível. Seu irmão estava ao seu lado, e Rosalie sabia que aquele plano era dele. — Finalmente! A grande CEO do grupo Empire está aqui. Veja como estou vestida, toque em meu rosto e veja como estou suada e doente. É isso se recebe após cuidar a vida toda de uma filha. Depois de dedicar meus melhores anos a uma filha, é isso que eu recebo! — exclamou Agrippina. Rosalie olhou nos olhos da mulher, e sem dizer uma palavra, assentiu para os seguranças que esperavam suas ordens. Ela se virou de costas e apenas ouviu enquanto sua mãe e irmão eram arrastados para for