Quando Rosalie ouviu os sons estranhos do lado de fora, ela logo correu pelo pequeno quarto e pegou um abajur para usar como defesa.Não sabia quem poderia estar chegando, muito menos o que estava acontecendo, então ela o segurou firme e quando a porta foi aberta, ela se deparou com François.A mulher arfou, sem acreditar que ele estava mesmo ali.Mesmo que o tenha chamado, deixando pistas para Leonor.François a olhou, e havia algo em seu olhar, algo intenso e majestoso.Como se ela fosse a visão que ele tanto ansiava, como se o seu coração estivesse sangrando para recuperá-la.Rosalie percebeu que aquela impressão devia se dar ao fato de ter ficado tantos dias presa, e sua percepção das coisas devia estar confusa.Ela não percebeu, mas largou o abajur que se estilhaçou ao chão.Rosalie não queria deixar que as lágrimas caíssem, mas quando aquele homem que era amigo de Duncan caminhou em sua direção, ela não se conteve.Ele a puxou para seus braços e se não tivesse feito isso, ela com
Rosalie olhou-se no espelho.Ela vestia um vestido até quase os joelhos, que se ajustava perfeitamente em seu corpo.O tecido era leve, e a cor a favorecia, um azul-celeste intenso. O corte reto no busto não era muito revelador, e os brincos de ouro que usava combinavam.Ela passou as mãos pelo vestido novamente, suas curvas eram belas, e quando suas mãos desceram passando por sua cintura ela viu sua aliança em seu reflexo.Lentamente as mãos delicadas que passavam por seu corpo foram sendo substituídas por mãos maiores, com dedos mais longos.Mãos masculinas.Ela ouviu a voz de Duncan, sussurrando em seu ouvido e sentiu o calor dele, sendo envolvida por seus braços quentes.Como em um sonho ela foi levada por aquilo.— Você causa inveja as estrelas. — Sussurrou Duncan.Ela olhou em seus olhos cinza no reflexo e sorriu, então se virou para ele.— Você é um mentiroso, Duncan.Ele não disse nada, apenas a soltou e caminhou até a varanda.Rosalie o seguiu e admirou suas costas musculosa
Duncan sentia-se doente.No instante que pusera os pés no casarão quis cair de joelhos e implorar para que pudesse tocar Rosalie, abraçá-la não como um desconhecido que a resgatou.Mas como seu marido, pegá-la em seus braços e gritar ao mundo que nem a morte fora capaz de afastá-los.Mas sabia que aquilo o faria parecer louco, ela e seus filhos não tinham como entender aquela brincadeira do destino, ele próprio não entendia porque estava de volta.Ele havia se preparado o dia todo para aquele jantar, pedir que ela cozinhasse para ele fora uma manobra ousada, mas queria entrar em sua vida.Desejava estar por perto, e desejava que ao menos pudesse por algumas horas fazer algo que fazia em família, como jantar.Ele se sentia um maldito por querer aquilo, ela estava sofrendo por ele, enquanto o mesmo tentava entrar em sua vida com outro rosto.Ele falara diversas vezes para si mesmo que agiria normalmente, mas no momento que viu a foto de seu casamento correu até ela como um tolo.E vê-la
Rosalie olhou para o tempo chuvoso.Ela sabia que seus dias de folga estavam terminando, e só de pensar em encarar Louie ela sentia calafrios.Não porque tivesse medo dele, e sim porque estava nutrindo um ódio profundo daquele homem.Ele queria derrubá-la a qualquer custo, sabia disso.Rosalie saiu de perto da janela, e decidiu que iria encará-lo naquele momento.Não suportava mais o silencio dele, fingindo que não havia tramado contra ela, ele precisava pagar.[...]Louie jogou a taça de vinho contra a parede.Ela se estilhaçou espiralando vinho por toda a parte.Ele então caminhou até seus homens que estavam em pé a sua frente, e os encarou.— Como isso aconteceu? Como puderam deixá-la fugir! — esbravejou Louie.Os três homens ficaram em silencio, com as mãos na frente do corpo e o olhar em seus próprios pés.Louie estava furioso com seus capangas, que tinham somente um trabalho. Manter uma mulher de 50 quilos como prisioneira.Será que aquilo era tão difícil assim?Ele voltou a gri
Ela tentou se desvencilhar dele, sair de seu controle e quando não conseguiu, apelou.Rosalie lhe deu uma joelhada bem na sua fraqueza masculina.Louie gritou de dor e a soltou imediatamente.Ele colocou as mãos no meio de suas pernas, enquanto estava abaixado e lentamente caiu de joelhos, sua expressão era de dor.Ela apenas o olhou com satisfação.— Existem outros meios de puni-lo, cunhado. Foi pra isso que vim.Rosalie caminhou até a porta, e deixou que um de seus homens entrasse.Aquele homem era Aeron, um segurança que havia contrato fazia alguns dias.Aeron era um homem alto, seu porte físico era impressionante, medindo quase dois metros, com ombros largos e braços poderosos.Era musculoso, com pernas longas e musculosas.Usava um corte militar, e seus olhos eram escuros, sua barba baixa.Ele entrou no escritório e olhou de modo ameaçador para Louie que ainda tentava se recompor.— Por que trouxe esse homem aqui, Rosalie?— Para puni-lo de uma forma que você entende. — Ela se vo
Rosalie soltou o ar que prendia ao abrir a porta para François.— Graças a Deus! Não sei o que fazer, e ele estava sangrando.François a olhou, então entrou apressado.Rosalie o levou até o quarto, e quando pararam em frente a porta ela bateu algumas vezes, e chamou seu filho.Quando não obteve resposta e estava prestes a chamar novamente, ele a silenciou com uma mão em seu ombro e seu olhar.— Espere em seu quarto. — disse ele.Ela balançou a cabeça, discordando, mas o homem a segurou pelos ombros e a encarou:— Confie em mim.Ela olhou naqueles profundos olhos verdes, e simplesmente confiou.Rosalie voltou ao seu quarto, e ficou sentada com suas mãos tremendo.Seus lábios secos, e aquele nó em sua garganta.Aquilo devia ser algum tipo de punição, por ter espancado Louie.Sabia que não deveria ter cedido as maldades dele, e agora estava pagando o preço.Ela havia pagado o mal com o mal, e agora estava sendo punida.Ela se levantou de sua cama, e começou a caminhar em círculos, e perc
Rosalie olhou para François, parado ao lado de sua filha.Angelika na mesma hora foi até ela, perguntando sobre Bastien.— Ele está bem mãe?Ela segurou as mãos de sua filha, e disse suavemente:— Está melhor agora, fui até seu quarto e o vi dormindo.As duas se abraçaram e Angelika deixou a área da piscina.Ela queria ver com seus próprios olhos.Quando a garota se foi, o olhar de Rosalie se voltou para o homem parado perto da piscina.— Por que veio até aqui?Ele se aproximou, e quando parou ao seu lado olhou para o céu que começava a escurecer, a lua já bastante visível.— Eu precisava respirar um pouco apenas, e acabei chegando aqui sem querer.Ela assentiu e suspirou seguindo seu olhar para o céu.— François? — ela o chamou.Ele a olhou, seu rosto estava reluzindo na luz azulada das pequenas lanternas ao redor da piscina e do caminho de pedra para o interior do casarão.Seus olhos eram como pedras preciosas, e seus cabelos castanhos como ondas de seda ao seu redor. Isso tudo o fez
Rosalie o guiou pelo pequeno caminho de pedras, ele a seguiu de perto em silencio.Em um certo momento, Rosalie pisou de maneira errada e se desequilibrou, o homem a segurou pela cintura impedindo de cair.Ela arfou, ao sentir o toque firme de suas mãos segurando-o em sua cintura, ele acabou puxando-a para muito perto dele.Ela podia sentir o corpo dele atrás do dela, quente e sólido e isso apavorou, porque não sentiu repulsa e sim familiaridade.Uma espécie de conexão.— Obrigada.Ela agradeceu e tirou as mãos dele de seu corpo, por um momento ela sentiu que ele parecia relutante em soltá-la, mas logo ignorou isso.Eles continuaram seu caminho de volta ao interior do casarão, ela o conduziu até a grande cozinha.— Vou fazer um café. — Anunciou e apontou para uma mesa ao canto, onde ele poderia se sentar.O homem seguiu para a mesa, e puxou uma cadeira pesada para se sentar.Ela o viu se sentar e observá-la, enquanto ia até o pote de café e açúcar.Depois ela pegou uma pequena panela