— Ela não atende! Não atende!Gritou Angelika e bateu o telefone.Ela olhou para seu irmão, sentado em sua cama.Ele parecia estar perdido, sua expressão era incrédula, e ele esfregava as mãos uma na outra.Aquele era seu jeito de mostrar que estava preocupado.— Talvez ela esteja em algum hotel se divertindo... — sugeriu, mas não olhou para sua irmã.Ela o fitou, sabendo que nem mesmo ele acreditava naquilo que dizia.Angelika foi até o telefone novamente, e ligou para o telefone da mãe, e novamente não obteve resposta.Ela se voltou para Bastien, ainda sentado encolhido na ponta de sua cama, e decidiu que ele precisava reagir.— E desde quando nossa mãe iria viajar sem falar conosco? Você é louco?Bastien reagiu ao tom de voz elevado da irmã, ele se levantou e caminhou até o telefone, então discou o número e aguardou na linha exatamente como Angelika acabara de fazer.Quando o mesmo que aconteceu com a irmã, aconteceu com ele, o garoto a olhou.— Vê o que digo? Ela não faria isso. Ah
Duncan caminhou de um lado para o outro.Ele havia visto nas câmeras Rosalie sendo simplesmente arrastada pelo corredor, e pela quantidade de diretores em sua sala, sabia que haviam armado para ela.Agora quem se sentava em sua cadeira da presidência era seu irmão Louie, e Rosalie não havia retornado para casa.Ele não tinha acesso a todas as câmeras do prédio, e não tinha ideia de onde ela estava.Recebera a ligação de sua antiga secretária, dizendo-lhe que ela havia sido levada e presa em algum lugar.Quando ele ouviu aquela notícia ele largou o telefone.Que caiu no chão com um estrondo.Duncan sentiu seu coração sendo esmagado, e sentiu que estavam estrangulando-o.Ele se sentia completamente sufocado, aquela sensação em seu coração o estraçalhava.Saber que a mulher que amava estava presa, provavelmente sendo machucada...Ele gritou, o ódio o consumindo.O queimando de dentro para fora, deixando-o insano ao ponto de socar a parede a sua frente.Socar até que sua mão direita começ
O homem caminhava devagar, seguido de mais dois homens.Ele entrou em seu Bugatti preto, acompanhado dos dois homens que agiam como seus seguranças.Ele dirigiu até a famosa boate noturna da cidade de Lille, chamada Lupanar.Duncan Valois estava atrás de seu alvo, segundo as informações que obteve o homem estava comemorando sua aparição no famoso programa de entrevistas.Duncan dirigia rápido, ultrapassando o limite de velocidade sem se importar que fosse parado pela polícia, ele apertava com força o volante do carro luxuoso.Ele precisava eliminar aquele homem, mas antes, teria que obter provas consistentes para que pudesse ajudar Rosalie.Ele estacionou o carro e caminhou até a enorme fila de Lupanar, Duncan Valois não esperou na fila, apenas pagou um alto valor para entrar.Quando entrou as luzes azul e roxo reluziam mostrando um amplo ambiente.Ele viu dezenas de pessoas dançando na pista de dança, e foi até o bar lotado e pediu um whisky.Seus homens o acompanhavam todo o tempo, e
Quando Rosalie ouviu os sons estranhos do lado de fora, ela logo correu pelo pequeno quarto e pegou um abajur para usar como defesa.Não sabia quem poderia estar chegando, muito menos o que estava acontecendo, então ela o segurou firme e quando a porta foi aberta, ela se deparou com François.A mulher arfou, sem acreditar que ele estava mesmo ali.Mesmo que o tenha chamado, deixando pistas para Leonor.François a olhou, e havia algo em seu olhar, algo intenso e majestoso.Como se ela fosse a visão que ele tanto ansiava, como se o seu coração estivesse sangrando para recuperá-la.Rosalie percebeu que aquela impressão devia se dar ao fato de ter ficado tantos dias presa, e sua percepção das coisas devia estar confusa.Ela não percebeu, mas largou o abajur que se estilhaçou ao chão.Rosalie não queria deixar que as lágrimas caíssem, mas quando aquele homem que era amigo de Duncan caminhou em sua direção, ela não se conteve.Ele a puxou para seus braços e se não tivesse feito isso, ela com
Rosalie olhou-se no espelho.Ela vestia um vestido até quase os joelhos, que se ajustava perfeitamente em seu corpo.O tecido era leve, e a cor a favorecia, um azul-celeste intenso. O corte reto no busto não era muito revelador, e os brincos de ouro que usava combinavam.Ela passou as mãos pelo vestido novamente, suas curvas eram belas, e quando suas mãos desceram passando por sua cintura ela viu sua aliança em seu reflexo.Lentamente as mãos delicadas que passavam por seu corpo foram sendo substituídas por mãos maiores, com dedos mais longos.Mãos masculinas.Ela ouviu a voz de Duncan, sussurrando em seu ouvido e sentiu o calor dele, sendo envolvida por seus braços quentes.Como em um sonho ela foi levada por aquilo.— Você causa inveja as estrelas. — Sussurrou Duncan.Ela olhou em seus olhos cinza no reflexo e sorriu, então se virou para ele.— Você é um mentiroso, Duncan.Ele não disse nada, apenas a soltou e caminhou até a varanda.Rosalie o seguiu e admirou suas costas musculosa
Duncan sentia-se doente.No instante que pusera os pés no casarão quis cair de joelhos e implorar para que pudesse tocar Rosalie, abraçá-la não como um desconhecido que a resgatou.Mas como seu marido, pegá-la em seus braços e gritar ao mundo que nem a morte fora capaz de afastá-los.Mas sabia que aquilo o faria parecer louco, ela e seus filhos não tinham como entender aquela brincadeira do destino, ele próprio não entendia porque estava de volta.Ele havia se preparado o dia todo para aquele jantar, pedir que ela cozinhasse para ele fora uma manobra ousada, mas queria entrar em sua vida.Desejava estar por perto, e desejava que ao menos pudesse por algumas horas fazer algo que fazia em família, como jantar.Ele se sentia um maldito por querer aquilo, ela estava sofrendo por ele, enquanto o mesmo tentava entrar em sua vida com outro rosto.Ele falara diversas vezes para si mesmo que agiria normalmente, mas no momento que viu a foto de seu casamento correu até ela como um tolo.E vê-la
Rosalie olhou para o tempo chuvoso.Ela sabia que seus dias de folga estavam terminando, e só de pensar em encarar Louie ela sentia calafrios.Não porque tivesse medo dele, e sim porque estava nutrindo um ódio profundo daquele homem.Ele queria derrubá-la a qualquer custo, sabia disso.Rosalie saiu de perto da janela, e decidiu que iria encará-lo naquele momento.Não suportava mais o silencio dele, fingindo que não havia tramado contra ela, ele precisava pagar.[...]Louie jogou a taça de vinho contra a parede.Ela se estilhaçou espiralando vinho por toda a parte.Ele então caminhou até seus homens que estavam em pé a sua frente, e os encarou.— Como isso aconteceu? Como puderam deixá-la fugir! — esbravejou Louie.Os três homens ficaram em silencio, com as mãos na frente do corpo e o olhar em seus próprios pés.Louie estava furioso com seus capangas, que tinham somente um trabalho. Manter uma mulher de 50 quilos como prisioneira.Será que aquilo era tão difícil assim?Ele voltou a gri
Ela tentou se desvencilhar dele, sair de seu controle e quando não conseguiu, apelou.Rosalie lhe deu uma joelhada bem na sua fraqueza masculina.Louie gritou de dor e a soltou imediatamente.Ele colocou as mãos no meio de suas pernas, enquanto estava abaixado e lentamente caiu de joelhos, sua expressão era de dor.Ela apenas o olhou com satisfação.— Existem outros meios de puni-lo, cunhado. Foi pra isso que vim.Rosalie caminhou até a porta, e deixou que um de seus homens entrasse.Aquele homem era Aeron, um segurança que havia contrato fazia alguns dias.Aeron era um homem alto, seu porte físico era impressionante, medindo quase dois metros, com ombros largos e braços poderosos.Era musculoso, com pernas longas e musculosas.Usava um corte militar, e seus olhos eram escuros, sua barba baixa.Ele entrou no escritório e olhou de modo ameaçador para Louie que ainda tentava se recompor.— Por que trouxe esse homem aqui, Rosalie?— Para puni-lo de uma forma que você entende. — Ela se vo