一 Helena, não corre 一 Davy gritou quando viu que a helena ia batendo com o rosto na mesa do nosso quintal.
Já se passaram dez anos desde o que aconteceu na cidade e comigo, minha vida realmente tinha mudado, me formei em psicologia e o Davy em administração, só assim, ele podia cuidar tranquilamente da empresa que sua família ainda tinha.
A quatro anos atrás tivemos uma menina e demos o nome de Helena, não sou eu tive filhos como a Melina e o Pietro também, os gêmeos se chamavam Pedro e Kelin, o que achei bastante diferente a escolha da menina. Estávamos todos reunidos no quintal da casa dos Williams para o aniversário de quatro anos da Helena. Helena nasceu de parto prematuro, mas era uma criança com bastante energia, eu apenas estava observando ela e o restante das crianças correrem enquanto o Davy ficava atrás da menina me fazendo rir dele.
EPÍGRAFEAssim que se olharam, amaram-se; assim que se amaram, suspiraram; assim que suspiraram, perguntaram-se um ao outro o motivo; assim que descobriram o motivo, procuraram o remédio.PRÓLOGO1. Mudança2. Dia Sombrio 3. Festa4. Confusão5. Convite 6. Visita Inesperada 7. Incêndio 8. Descobertas 9. Desilusão 10. Plano11. Verdadeiro Sentimento 12. Impasse 13. Final14. EpílogoAPRESENTAÇÃOCaros leitores, venho por meio dessa pequena
Esse era o nosso plano, eu seria a isca para ajudar e proteger a todos que eu amo, eu estava com medo e não tinha vergonha de admitir para quem me perguntasse, mas a vida de pessoas inocentes e com futuros brilhantes pela frente estavam em jogo. Talvez se o plano não ocorresse como planejado e eu partisse para o outro mundo 一 Nunca pensei na minha morte até agora, eu esperava ter uma morte digna e ser lembrada, mas para mim seria um prazer morrer no lugar das pessoas que eu amava, contanto que os culpados também fossem pegos. Vir novamente para Viseu me fez perceber que as pessoas realmente não são nada, que julgar pela aparência e por algo que nem sabiam era normal para eles, as pessoas eram pobres de almas e não pensavam no bem das outras, mas isso mudaria assim que eles descobrissem quem realmente é o culpado. Davy Williams seria novamente feliz, e eu seria feliz por ele.
Minha mãe me olhava com o semblante triste enquanto dirigia o carro com as janelas abertas. Fazia 18 graus em Lisboa, um clima frio e agradável para quem gostava. Eu estava com minhas roupas favoritas — Uma blusa branca canelada de mangas, uma calça preta e uma boina, uma mistura das duas cores, sem falar do meu velho all-star branco. E aqui estava eu, voltando para o meu lugar de origem, voltando para Viseu, o lugar que eu sempre evitei nas minhas férias, diferente da minha irmã. Eram 2 horas e 54 minutos de viagem, mas o meu pai estará me esperando em Coimbra, então minha mãe não terá tanto contato com o meu pai. Eles se separaram no auge dos meus nove anos de idade, depois de 15 anos de casamento, ele acabou se desgastando, o que me deixou bastante triste, e desacreditada no amor, até conhecer ele, mas tudo mudou novamente. — Ester, Você tem certeza? — Per
Depois de tomar café com o meu pai, seguimos para a escola o que foi um evento silencioso. Assim que chegamos na frente ele me desejou boa sorte e eu agradeci, mesmo sabendo que a sorte e eu não nos dávamos bem.Pelo o que pude perceber, a escola era enorme, com certeza eu me perderia facilmente — O local era bem iluminado, e logo no começo, existia uma recepção, o que me lembrou um hospital, um carpete acabado estava bem à frente das cadeiras, por mais que fosse grande, o prédio escolar se encontrava todo acabado. Atrás do balcão se encontrava uma mulher alta e um pouco forte, ruiva e diria que no auge dos 46 anos, ela vestia uma blusa cor de zebra, o que me fez achar tosco, as pessoas dessa cidade não sabiam mesmo se vestir.A ruiva olhou
O dia seguinte foi pior, mas também teve o seu lado bom. As pessoas parecem que esqueceram do meu retorno a cidade, como também não me lembraram o quão meu pai era infeliz, aparentemente, ele nunca superou a separação, se fechando para as pessoas e não permitindo que ninguém chegasse ao seu coração. Kalina sentou-se comigo nas aulas, uma coisa que as pessoas da cidade não seguiam eram regras. Descobrir que Natan e Pietro eram amigos, eles também não largaram do meu pé, na hora do intervalo, chegamos no pátio e seguimos em direção ao refeitório, enquanto eu esperava a minha comida chegar pude observar o lugar, tinha musgos pelas paredes e pequenas rachaduras no teto, não sei como a escola ainda funcionava. No canto mais afastado do refeitório pud
O restante da semana foi um pouco mais calmo, tanto na escola quanto na cidade, meu pai ainda não havia me tirado o castigo, mas pelo menos eu ainda tinha meu celular, o que não era muita coisa, minha mãe me ligou duas vezes nessa semana, e combinamos que iríamos nos encontrar novamente no meu aniversário de dezessete anos, o que me deixou bastante feliz, desde que cheguei aqui, senti várias emoções diferentes, fiz amizades, e perdoei uma pequena parte do meu passado.Desde a festa, eu não tinha visto mais o Williams, nem na escola e muito menos na rua, o que era uma pena, porque eu realmente desejava, e no restante dos dias eu realmente esperava vê-lo passar, mas era como se ele não existisse. Os meus colegas estavam bastante animados para uma pequena festa na Praia fluvial de Pouves, não seriam só eles,
Não preguei os olhos um momento sequer nessa noite que passou, a imagem do homem atormentava minha mente me causando arrepios, eu estava com medo e quase pensando em voltar para casa, minhas olheiras estavam roxas e fundas, e meu semblante cansado. Diferente dos dias que passaram, a manhã estava um pouco ensolarada, mesmo que ainda temessem em aparecer nuvens densas, hoje seria um tempo pouco caloroso. Olhei pela janela e sorri, finalmente um dia de calor, mesmo que por pouco tempo. Meu pai saiu para trabalhar cedo novamente, mas prometeu estar em casa antes que eu pudesse largar da escola, morar com ele é calmo e tranquilo, como se eu fosse dona da minha própria casa, já que eu passava a maior parte do tempo digamos que sozinha. Eu já estava pronta para ir a escola, engoli rápido uma t
A semana foi turbulenta e conturbada, as manchetee dos jornais desta semana só eram sobre o assassinato da adolescente Krista Leonel, no bar local onde eu estive na mesma noite do assassinato com o Davy. A escola estava em luto pela morte da garota, eu não a conhecia muito bem, mas éramos da mesma turma. Segundo a amiga que a acompanhava, ela tinha ido ao banheiro e os seus amigos que também estavam com ela notaram a demora e foi então que perceberam que ela já não estava mais no estabelecimento, mas ao fazerem as buscas pelo local, a polícia a encontrou na floresta com uma parte do crânio exposto, uma morte horrível para uma menina tão jovem.Eu não me sentia bem com tudo o que estava acontecendo, poderia ter sido eu ou até mesmo o Davy no lugar dela, aconteceu na mesma noite que eu havia ido para lá, tantas pessoas e nenhum evito