Passei a noite em claro naquela noite, muitas vezes me peguei chorando e afastei o pensamento negativo para longe, a probabilidade de dar errado também era muito alta, mas como o meu pai disse, havia polícia cercando os quatros cantos da escola, não era possível que o Daniel saísse sem que ninguém o pegasse, o céu trovoava nessa madrugada fria de Viseu, parecia que nunca acabaria, nada me distraia ultimamente, eu me sentia sufocada, mas quando tudo isso acabar, eu pediria para voltar a Lisboa.
Rolei de um lado para o outro na cama, meus pensamentos me matavam, quando olhei para o relógio já marcavam 06:00 da manhã, o tempo se passou e eu não havia percebido por causa da minha maldita mente. Eu precisava sair e mudar, sem falar que também teria que comprar o vestido do baile escolar, peguei meu celular e
Já se passaram dois dias desde que Davy esteve na minha casa e me pediu para desistir do plano como também se declarou para mim. Faltavam uma hora para o começo do Baile, o que não me agradava, o certo seria no final do ano e não no meio. Estávamos todos reunidos na grande sala do Davy, senhor Paulo, Joanne e Melina verificavam o rádio comunicador, enquanto meu pai e alguns policiais olhavam as rotas e possíveis lugares de fuga.O plano foi repassado três vezes, e as três vezes meu estômago se embrulhou, eu estava nervosa, a maneira que eu o atrairia será indo ao banheiro, mas duas polícias estarão disfarçadas e iram me ajudar a dar um jeito de desacordar o Daniel até que o senhor paulo dê a ordem para o restante entrar em ação. Davi tentava miseravelmente arrumar a gravata
Eu não sabia quantos dias já haviam se passado, mas todos os dias que eu estava aqui eles me torturavam de um modo diferente e não era só físico. Agora eu estava no chão em um colchão velho que haviam colocado, eu agradecia por mais ruim que fosse agora eu não estava mais na cadeira. Descobri que eu estava em uma espécie de porão que ficava embaixo da casa do Davy e tudo o que ele fazia eu escutava desse quarto sujo e com um odor desagradável.Muitas vezes escutei o choro alto do Davy, coisas sendo quebradas e o quão arrogante ele estava sendo com as pessoas que estavam me procurando, enquanto Daniel sorria pelo sofrimento do irmão, eu chorava pelo sofrimento do homem que eu amo. Eu o entendia, num ato de desespero eu corri sem pensar duas vezes para salvar a minha mãe, era isso o que o amor fazia.
一 Helena, não corre 一 Davy gritou quando viu que a helena ia batendo com o rosto na mesa do nosso quintal. Já se passaram dez anos desde o que aconteceu na cidade e comigo, minha vida realmente tinha mudado, me formei em psicologia e o Davy em administração, só assim, ele podia cuidar tranquilamente da empresa que sua família ainda tinha. A quatro anos atrás tivemos uma menina e demos o nome de Helena, não sou eu tive filhos como a Melina e o Pietro também, os gêmeos se chamavam Pedro e Kelin, o que achei bastante diferente a escolha da menina. Estávamos todos reunidos no quintal da casa dos Williams para o aniversário de quatro anos da Helena. Helena nasceu de parto prematuro, mas era uma criança com bastante energia, eu apenas estava observando ela e o restante das crianças correrem enquanto o Davy ficava atrás da menina me fazendo rir dele.
EPÍGRAFEAssim que se olharam, amaram-se; assim que se amaram, suspiraram; assim que suspiraram, perguntaram-se um ao outro o motivo; assim que descobriram o motivo, procuraram o remédio.PRÓLOGO1. Mudança2. Dia Sombrio 3. Festa4. Confusão5. Convite 6. Visita Inesperada 7. Incêndio 8. Descobertas 9. Desilusão 10. Plano11. Verdadeiro Sentimento 12. Impasse 13. Final14. EpílogoAPRESENTAÇÃOCaros leitores, venho por meio dessa pequena
Esse era o nosso plano, eu seria a isca para ajudar e proteger a todos que eu amo, eu estava com medo e não tinha vergonha de admitir para quem me perguntasse, mas a vida de pessoas inocentes e com futuros brilhantes pela frente estavam em jogo. Talvez se o plano não ocorresse como planejado e eu partisse para o outro mundo 一 Nunca pensei na minha morte até agora, eu esperava ter uma morte digna e ser lembrada, mas para mim seria um prazer morrer no lugar das pessoas que eu amava, contanto que os culpados também fossem pegos. Vir novamente para Viseu me fez perceber que as pessoas realmente não são nada, que julgar pela aparência e por algo que nem sabiam era normal para eles, as pessoas eram pobres de almas e não pensavam no bem das outras, mas isso mudaria assim que eles descobrissem quem realmente é o culpado. Davy Williams seria novamente feliz, e eu seria feliz por ele.
Minha mãe me olhava com o semblante triste enquanto dirigia o carro com as janelas abertas. Fazia 18 graus em Lisboa, um clima frio e agradável para quem gostava. Eu estava com minhas roupas favoritas — Uma blusa branca canelada de mangas, uma calça preta e uma boina, uma mistura das duas cores, sem falar do meu velho all-star branco. E aqui estava eu, voltando para o meu lugar de origem, voltando para Viseu, o lugar que eu sempre evitei nas minhas férias, diferente da minha irmã. Eram 2 horas e 54 minutos de viagem, mas o meu pai estará me esperando em Coimbra, então minha mãe não terá tanto contato com o meu pai. Eles se separaram no auge dos meus nove anos de idade, depois de 15 anos de casamento, ele acabou se desgastando, o que me deixou bastante triste, e desacreditada no amor, até conhecer ele, mas tudo mudou novamente. — Ester, Você tem certeza? — Per
Depois de tomar café com o meu pai, seguimos para a escola o que foi um evento silencioso. Assim que chegamos na frente ele me desejou boa sorte e eu agradeci, mesmo sabendo que a sorte e eu não nos dávamos bem.Pelo o que pude perceber, a escola era enorme, com certeza eu me perderia facilmente — O local era bem iluminado, e logo no começo, existia uma recepção, o que me lembrou um hospital, um carpete acabado estava bem à frente das cadeiras, por mais que fosse grande, o prédio escolar se encontrava todo acabado. Atrás do balcão se encontrava uma mulher alta e um pouco forte, ruiva e diria que no auge dos 46 anos, ela vestia uma blusa cor de zebra, o que me fez achar tosco, as pessoas dessa cidade não sabiam mesmo se vestir.A ruiva olhou
O dia seguinte foi pior, mas também teve o seu lado bom. As pessoas parecem que esqueceram do meu retorno a cidade, como também não me lembraram o quão meu pai era infeliz, aparentemente, ele nunca superou a separação, se fechando para as pessoas e não permitindo que ninguém chegasse ao seu coração. Kalina sentou-se comigo nas aulas, uma coisa que as pessoas da cidade não seguiam eram regras. Descobrir que Natan e Pietro eram amigos, eles também não largaram do meu pé, na hora do intervalo, chegamos no pátio e seguimos em direção ao refeitório, enquanto eu esperava a minha comida chegar pude observar o lugar, tinha musgos pelas paredes e pequenas rachaduras no teto, não sei como a escola ainda funcionava. No canto mais afastado do refeitório pud