Depois de suas palavras serem ditas, ele abraçou meu ombro e isso me fez recostar minha cabeça em seu ombro e observar as pequenas ondas se formando no mar. Depois de alguns minutos, ele me soltou e deitou na canga.
— O que está fazendo? — pergunto.
— Nada. Só deitei. É melhor para observar as estrelas.
Deitei ao seu lado.
— Talvez eu ache sua irmã ou a sua Maldita Estrela — continuou ele e sorriu.
— Dani — chamei com voz calma e baixa.
— Diga, Hello Kitty.
Deitei em seu peitoral.
— Eu queria ser sua estrela — sussurrei, fechando os olhos, sentindo o sono chegar.
Nossas mãos s
— Muito bom o que você fez — disse o Dani. — Obrigada. Ela já teve aquela conversa que eu te falei? — questiono. — Ainda não. — Eu deveria ter deixado ela lá. Não perderia nada por isso. Eu ganharia a corrida, você continuaria sendo meu amigo e ela não brigaria com você — Hm, é, em algumas coisas você pode ter razão, mas suas atitudes bondosas são excelentes. Não pare. São poucas pessoas que são assim. Você foi atrás do bem e não das oportunidades — Agradeço mais uma vez seu grande elogio — respondi com um sorriso bobo no rosto. — O que você acha de irmos tomar um sorvete?&
Confesso, diário. Eu devolvi o beijo. Não consegui me conter. Quando eu teria uma chance dessa de novo? E também, eu estava com saudade de beijar alguém. Diário, você sabe o que é ficar quase um ano sem dar nem mesmo um selinho? É muito triste. Nem sei ao certo o por quê de eu ter passado tanto tempo encalhada. Começamos a trocar beijos maravilhosamente bons. Suas mãos já estavam na minha cintura e meus braços enlaçavam sua nuca. O que eu estava fazendo? Estou louca? Bati a cabeça em algum lugar? Eu realmente sinto algo por ele? Ou isso é só a minha carência de beijos? Alessandra Goulding Marie, o que você está fazendo? Isso não é certo. Não posso iludi-lo. Não posso continuar. Seria errado. É errado.&nb
Respondi a mensagem:Alessandra: Dani!! Aguente firme, meu amigo. Estou chegando. Me desculpe a demora. Vamos, só mais cinco minutos e eu já estarei ai para lhe ajudar. Desculpe também por só ter respondido essa mensagem. Aguente firme Em frente a sua porta, já dava pra ouvir os gritos da Carol. Era irritante e ao mesmo tempo assustador. Antes de entrar, respirei bem fundo para me acalmar um pouco e arrisquei. — E da próxima vez que isso acontecer, espere coisas piores! — gritou ela e logo em seguida me viu entrando. Sinceramente, eu fiquei com medo de ter vindo. Sempre dizem que nunca é bom interferir em briga de namorados. Havia me esquecido dessa pequena e verdadeira frase. O quarto estava uma bagunça. Todas as coisas estavam espalhadas, ou pelo menos o que era do Dani. Eu nunca
Eu estava muito ofegante. Coloquei o ouvido na porta para saber se elas ainda me seguiam. — Diga o motivo do seu desespero. Me assustei ao ouvir uma voz atrás de mim. Era o Dani. Ainda bem. Ele estava sentado na cama, estranhando o grande desespero exposto no meu rosto. — As meninas querem me bater — falei deslizando as costas pela porta até sentar-me no chão. — Por quê? Pensei em dizer a verdade, mas fiquei um pouco com medo dele ficar magoado com tudo o que estava acontecendo, mesmo sem ter certeza se ele gostava de mim ou não. — Nada. Você não entenderia — digo. — Como quiser. Depois de falar suas míseras duas palavra
— Então diga — pede ele. — Por favor, pare! — grito, mas minha voz não sai com tanta intensidade. — Não vou parar até que me diga. — Eu só disse que queria que você me beijasse como fez no vestiário — digo finalmente. — Ah, por que não disse logo? Sem ao menos me deixar pensar na situação, ele fez de novo. Beijou meu pescoço como havia feito no vestiário. Não tem como esquecer os beijos suaves dele. E aquele mesmo calor voltou a percorrer por todo meu corpo enquanto sua boca trabalhava em cima de minha tatuagem. O que eu deveria fazer? Por quanto tempo ele ficaria ali? Ah, Dani, por favor, quero que fique pra sempre beijando meu pescoço deste jeito. É tã
O resto da viajem não foi muito agradável. O ar de ódio e brigas havia voltado entre nós duas. Eu queria sair. Ser livre. Ficar perto dela era como pisar em pregos. Não quero mais. Acabou. Quando eu era criança, não sabia das coisas que sei hoje, por isso a amava, mas hoje em dia, tudo não passa de lembranças fúteis. Quando pisei os pés em casa, eu me sentia estranha. Estava acostumada a apenas duas camas, TV sofá... Resumindo, eu estava acostumada ao colégio. A morar em apenas um quarto e nada mais. Entrei em meu quarto, joguei minhas malas e meu tênis no chão e pulei na minha cama desconfortável e nem um pouco parecida com a do colégio. Olhei pro relógio e já eram 19:00. Eu não poderia dormir sem jantar, então teria que esperar minha mãe fazer algo.
No meu relógio são 01:18 da madrugada. Por que eu estou acordada até agora? Tudo bem, confesso que um dos motivos é que não consigo dormir. Pensamentos rodam cruelmente em minha mente. Um desses “pensamentos” na verdade é apenas um sentimento: raiva.Meu quarto estava totalmente escuro. Meus olhos, inquietos, batiam em várias partes daquele lugar estranho. Por que lugar estranho? Porque acabei de me mudar. Recentemente, minha mãe aceitou um emprego aqui em Finsta. Um lugar mais cheio de pessoas riquinhas do que árvores. Não nos encaxávamos nessa sociedade de ricos, e, se não fosse por mim... Quero dizer, se não fosse pelo dinheiro que eu guardava na minha poupança, não teríamos comprado essa casa. Juro que minha mãe, Sabrina, ajoelhou para usar o dinheiro que havia lá e, não sei por que, meu coração amo
— Eu não acredito... — ele estava tão surpreso que não conseguiu terminar a frase. — Eu tentei avisar — digo. — Como você pôde ter jogado esse monte de... — Coloquei a minha mão em sua boca. Ter a absoluta certeza que aquilo aconteceu na minha frente era humilhante demais. — Não diga, por favor. Eu tenho consciência do que acabou de acontecer — falei, tirando minha mão da sua boca. — Mas como você pôde ter feito uma coisa dessas? Por que não deu uma verificada rápida para ter certeza de que não jogasse uma mala cheia de roupa íntima feminina? — Na hora em que a joguei, não tinha notado qual mala eu estava segurando.&nbs