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Era uma vez, um... piano mágico?

Como Dorothea deduzira, era um piano por baixo daquele pano branco, um piano marrom e um banquinho acolchoado com uma almofada estampada com flores em vermelho. Ele parecia ser antigo por sua aparência e ao contrário do que Dorothea estava acostumada a ver nos filmes, onde sempre mostram os personagens encontrando coisas antigas empoeiradas e em estado de degradação, o piano de seu avô estava o oposto do quê a menina pensara. Pois o mesmo não estava empoeirado, e sim impecável e em perfeito estado!

Dorothea aproximou-se do piano e se sentou no banquinho, o piano estava aberto e pronto para que alguém tocasse alguma melodia em seus teclados de cores brancas e pretas. Dorothea estava curiosa e queria ver o que ele fazia caso tocasse uma melodia ou nota, então ela arriscou-se tocando no teclado com dois dedos, o som saiu agudo com uma melodia suave. Logo, ela havia tocado as outras teclas do piano com sua mão esquerda, que fez com que saísse uma mistura de melodias. Despertando sua alegria por conseguir mexer no piano, não satisfeita ela decide tocar a melodia que seu avô uma vez a tinha mostrado em seu quarto enquanto ela brincava com seu teclado de brinquedo.

A melodia era calma e tinha uma combinação de sons suaves e belos, Dorothea conseguia tocar o piano facilmente imitando a melodia que seu avô lhe tinha ensinado uma semana antes de morrer a última visita que ele fez a ela, isso a animava a continuar tocando no piano, até que de repente o piano fizera um barulho enquanto ela tocava o piano. Ela pulou do banquinho assustada, e fora olhar o que tinha dentro do piano para ter causado aquele barulho estranho e repentino.

Dentro do piano ela havia achado uma pena colorida e um pequeno buraco no piano por onde esta mesma pena parecia ter saído.

______ Mas o quê é isso? ______ Perguntará a menina achando incomum tal situação. 

A pena não parecia ser de algum pássaro, até porquê, era impossível uma ave ter penas com as cores do arco-íris!

Olhando atentamente para a pena colorida, Dorothea estava indo pegá-la, entretanto sua atenção fora desviada por sua mãe que estava a procura de Dorothea e as malas que ela estava carregando.

______ Dorothea! 

Dorothea assustou-se e virou-se para sua mãe, que havia enfado na sala aonde ela estava mexendo no piano, ela lhe olhou nos olhos e apenas respondeu "sim mamãe".

_______ O que está fazendo aqui? Era para você ter levado as malas que você estava carregando para o quarto de hóspedes Dorothea! 

_______ Mas mamãe eu estava levando, mas elas estavam muito pesadas e acabei deixando elas caírem no chão. 

_______ Deixou as malas caírem no chão Dorothea? Dorothea são suas coisas como pôde deixar elas caírem?

_______ Mas essas malas estão pesadas para mim mamãe! 

_______ Para mim não estão e eu as consigo carregar até com um dos meus dedos apenas Dorothea! 

Dorothea ficara cabisbaixa e colocou suas mãos atrás de suas costas, Margot notara que ela estava na sala aonde seu pai tocava piano, e novamente como de costume, ela gritou com a filha.

______ Dorothea por que está aqui?

______ Porque deixei a bolsa cair e quando eu tentei carregar a mala eu fiz muita força e anti a porta sem querer.

_______ E quanto a este pano aqui no chão? Estava mexendo nas coisas do seu avô? Estava Dorothea?

Dorothea e manteve em silêncio até a chegada de Sue, que estava incomodada com os gritos da filha direcionada a sua neta, ela ficara ao lado de Margot e questionou assim que aproximou-se de Margot.

______ Mas o que está acontecendo aqui para ter toda essa gritaria Margot?

______ Dorothea, olha sóo que ela fez! Menina sem noção não co segue fazer nada sem ter que mexer nas coisas dos outros!

A avó da garota desviou seus olhos da neta e os focou para o piano. Ela demonstrou um sorriso fraco e então dissera enquanto a lembrança de seu marido ficava guardada em sua memória _______ Ainda me lembro da primeira música que ele havia cantado para mim. 

A tristeza de Dorothea se despersava sempre que ela akava de seu avô, como agora, e por conta disso sua curiosidade para perguntar as coisas também aumentava. 

______ E qual era o nome da música vovó? 

______ "Back to november". Ele tinha escrito para mim no dia em que completamos sessenta e cinco anos casados no dia vinte e três de novembro. ______ enquanto sorria, ela continuara: apesar disso, sete de janeiro é a data mais especial para nós dois, pois foi o dia em que tivemos as nossas filhas, e como queríamos, eram trigêmeas. _____ Sue se lembrava de vários momentos alegres que tivera com seu marido e sempre contava tais histórias sorrindo, até para falar os nomes de suas três filhas ela sorria. Margot, Marjorie e Marie. Como sempre sonhamos Addam. ______ Continuou. Sabe Dorothea, a última vez que ele te visitou, ele disse que queria que você aprendesse a tocar piano. 

Os olhos azuis de Dorothea brilharam e se tornaram azuis cintilantes como safiras, e seu sorriso de orelha a orelha fez expelir sua alegria. _____ queria vovó? Dissera, entrelaçando suas mãos umas as outras próximo ao seu peito demonstrando bastante alegria perante ao que estava a ouvir ali.

Sue dera um pequeno sorriso e afirmou que Addam queria que Dorothea aprendesse a tocar piano, entretanto, a velha tinha acabado com a felicidade da menina que ao pedir permissão para tocar músicas no piano do avô, amargamente Sue dissera que não. Implorando e insistentemente Dorothea pedia a permissão de Sue para deixar ela tocar músicas no piano, e novamente recebera amargamente da avó sua negação quanto ao seu pedido e os gritis de sua mãe rigorosa para guardar todas as suas coisas no quarto de hóspedes, que ficava no segundo andar da casa aonde se tinha uma escada "caracol" para subir. Dorothea reclamara, dizendo a sua mãe:

_______ Mas mamãe eu não consigo carregar isso sozinha! É muito pesado!

_______ Pois que aprenda a como carregar algo assim ao invés de mexer no que é seu.

______ Mas mãe...

______ Calada Dorothea. 

Sua fala fora interrompida por sua mãe e sua atenção focada para ao que a sua avó estava fazendo, Sue estava indo até a sala que Dorothea tinha descoberto e colocando o mesmo pano branco que ela tirou do piano, logo assim, ela fechou a porta, e com um molho de chaves nas mãos, ela pegou uma chave prata que possuía uma marca de tinta vermelha e trancou a porta. 

______ Vovó o que está fazendo?

______ Trancando a porta para você não entrar mais nesta sala. _____ a avó se vira para a neta e dissera olhando nos olhos azuis de sua neta, que antes estavam brilhantes como safiras, e agora estavam tristes e vazios como simples cristais quebrados. Dorothea saiu de perto de sua mãe enquanto chorava e subiu as escadas correndo até chegar ao seu quarto, ao qual seu avô fez questão de fazer um apenas para ela com tudo o que ela gostava. Margot seguiu sua filha aos gritos e quando Dorothea percebeu a presença de sua mãe, ela se levantou rapidamente de sua cama e fechou a porta, e logo a trancou. Ela voltou a se sentar na cama, e começou a olhar para a foto do avô e a entrar em prantos, Margot, que estava brigando com sua filha por coisas banais, agora demonstrava raiva perante tais situações rotineiras. Quando ela tentou abrir a porta do quarto da filha, não havia conseguido por estar trancada. Isso lhe causou frustração e ainda mais motivo para continuar com as brigas banais que eram cansativas e repetitivas.

_______ Dorothea, se eu fosse você eu abria a porta se não eu irei arrombar ela! Está me ouvindo garota?

Dorothea estava deitada de bruços abraçando um travesseiro contendo os suspiros de seu choro para que sua mãe não os ouvisse, ela também estava com a foto de seu avô nas mãos e e perguntando o por quê de ele te-lá deixado... Do por quê o mundo era injusto com ela por roubar seu único melhor amigo.

Incansavelmente, Margot continuava a bater na porta do quarto de Dorothea e a gritar com a garota do outro lado da porta, Darwin havia acabado e retornar a casa, carregando várias sacolas com o que tinha comprado antes de encostar o carro e deixado todas na cozinha. Sue, tinha lhe perguntado do motivo da demora e ele lhe respondeu em um tom leve de ironia enquanto apontava para as sacolas de compras, e em tom interrogativo e irônico respondeu a sogra: _______ Deve ser porque eu fui ao mercado e fiz compras?

______ Dorothea se você não sair deste quarto eu mesma irei arrombar a porta garota petulante! 

Darwin enquanto retirava os produtos das sacolas de compras ouviu os gritis da esposa com a filha e perguntara para a sogra: _______ Mas o que estava acontecendo aqui desde que saí?

_______ O mesmo de sempre. Sua esposa está gritando com sua filha. Dissera Sue dando de ombros e demonstrando indiferença em seu semblante e olhar, Darwin foi até ao quarto onde Dorothea costuma dormir sempre que vai para a casa de seus avós e encontrou Margot batendo na porta insistentemente e gritando com Dorothea do lado da porta.

______ O quê é isso Margot? Questionou seu esposo ficando ao lado de sua esposa, que bufou.

______ Dorothea não quer abrir a porta, e sinceramente, isso está me esgotando.

______ Dorothea, abre a porta querida, sou eu seu papai. Dissera Darwin batendo na porta suavemente, Margot demonstrou contradição com o jeito com que Darwin tratava Dorothea, por estar exausto com as implicâncias de Margot, amargamente disse a esposa:______ Eu não preciso ouvir seus gritos sobre como devo ou não falar com minha filha. ______ O olhar fixo de Darwin fazia Margot se calar perante ao conflito, a atenção de seu foco é dispersada quando ambos ouvem a porta se abrir e Dorothea indo até seu pai de braços abertos, que a abraça carinhosamente e logo a colocá em seu colo. Margot sai em silêncio enquanto Darwin e Dorothea entram no quarto para conversarem com a porta fechada e trancada. Darwin a coloca sentada sobre sua cama e se senta em uma poltrona de cor rosa em tom pastel, ficando em sua frente, logo a garotinha com seus olhos tristes perguntou ao seu pai:

______ Vai gritar comigo também? 

Os olhar passivo de Darwin apenas se mostrava paciente quanto em lidar com Dorothea, mas como ela ainda estava cegada pelo o seu desânimo, ele a explicou sobre como estava a se sentir.

______ Sabe que não gosto de gritos Dorothea.

Com seus ombros encolhidos ela apenas respondeu tristemente "ainda bem", mas seu pai sabia que estava triste, então pacientemente ele decidiu ouvir o seu lado da história.

_____ Filha, antes de sua mãe gritar com você o quê aconteceu antes disso?

Dorothea dera um suspiro, _____ quando eu estava carregando as malas elas estavam muito pesadas, daí eu fiquei perto de uma porta do corredor e acabei caindo dentro da sala. A porta estava aberta e acabei deixando a mala cair no chão junto comigo.

_______ Foi só isso ou teve algo a mais?

_______ Eu me virei para trás, porquê tinha caído de costas e quando me virei vi algo parecido com um piano coberto com um lençol branco. 

______ E depois?

______ Depois eu tirei o lençol e me sentei no banquinho e comecei a tocar o piano como o vovô tinha me mostrado com o meu teclado.

Darwin dera gargalhadas ao ouvir a última frase e dissera em seguida. ______ Filha, sabe que aquele teclado é de brinquedo não sabe? 

______ Sim sei, mas o que ele tinha me ensinado não era de brinquedo.

Pessimista, Darwin tentara interromper sua filha lhe jogando um balde d'água fria, porém a mesma o interrompeu dizendo demonstrando estar esperançosa. _______ O que ele me ensinou foi tão verdadeiro quanto a existência de desilusões que fazem acreditar que seja apenas minha imaginação por ser uma criança. 

_______ Mas filha...

_______ Papai, o pouco que ele me ensinou eu consegui tocar o piano. 

______ Jura? 

______ Juro! Eu até te mostraria, mas a vovó trancou a porta para que eu não entrasse lá mais. Ela terminara de dizer tais palavras cabisbaixa, até seu pai pensar sem lhe dar um piano como presente de aniversário, que estava próximo! Depois de duas semanas se passarem, no dia quinze de julho Dorothea iria completar nove anos, e um piano para lhe dar de presente seria tão bom quanto em fazer um bolo, já que através dele ela se lembraria de seu avô! Pensou o pai.

Naquele começo de tarde, todos estavam arrumados e na sala de jantar almoçando, Sue estava esperando pelo o seu irmão e amigos para irem ao funeral de Addam. Sue estava vestida de vermelho porque Addam antes de partir, disse para que ela usasse vermelho quando ele morresse e que colocasse em seu túmulo, lírios brancos. Ele queria que Sue usasse vermelho por ser sua cor favorita, pois esta era a cor do buquê de rosas vermelhas que ele dera a Sue e se apaixonou eternamente pela a mesma. Margot, estava a usar um vestido preto e um chapéu com véu da mesma cor, Darwin estava a usar um termo preto enquanto que Dorothea estava a usar um vestido simples branco. Pois Addam tinha dito a sua neta que ela ficava linda de vestido branco e isso a deixava melhor por se lembrar dele com carinho.

Poucos minutos após Sue sentar-se a mesa para almoçar ao lado de seu genro, filha e neta, a campainha havia tocado. Eram seus amigos íntimos, seus tios e suas outras duas filhas, ela é levantou rapidamente e atendeu a porta, e como era esperado, eram seus tios, amigos íntimos da família e suas outras duas filhas, Marjorie e Marie.

Todos estavam vestidos com roupas pretas, e para a surpresa da maioria Sue estava vestindo vermelho. 

Marjorie a abraçou primeiro, e logo depois sua filha gêmea mais nova, Marie. Seus tios logo a abraçaram e depois um casal de amigos que a questionaram dela usar vermelho. A mesma respondeu ambos dizendo que estava a usar por ser a cor favorita de Addam e que antes fel partir, ele pediu para que ela usasse. Os amigos demonstraram silêncio e todos entraram na casa. Margot ss levantou para abraçar as duas irmãs e todas, enquanto se abraçavam coletivamente, entraram em prantos. Darwin se levantou da mesa para comprimentar a todos os amigos amigos tios presentes de Sue com um aperto de mãos, um senhor de cabelos brancos lhe perguntara:

_______ Deve estar abalado não é mesmo? 

_______ Sim eu estou. Mas a minha esposa é quem mais está sentindo-se assim.

O velho desviara seu olhar para Dorothea, que estava a olhar a todos fixamente, vendo a menina o velho voltou seu olhar para Darwin.

______ Aquela ali é sua filha? Perguntou o homem apontando o dedo, o olhando nos olhos Darwin apenas responderá a pergunta com um mero "sim". Logo, horas haviam se passado, e todos tinham entrado em seus carros e ido ao funeral de Addam, que seria no cemitério mais conhecido de Quebec por todos deixarem várias flores nas sepulturas de seus ente queridos que partiram.

A viagem tinha durado uma hora, e como se esperado, já estava no meio da tarde quando todos chegaram para o funeral de Addam. Na realidade, a semana seria agitada, pois no dia seguinte a família e os amigos de Addam iriam retornar a casa de Sue no mesmo horário para irem a cremação. Tudo estava triste e monótono... pensava Dorothea sentada no banco de trás do carro olhando a vista de Quebec pela a janela. 

Margot estava cabisbaixa e entristecida, Darwin colocou a mão em seu ombro e ficou em silêncio, logo, ele continuou a dirigir. Enquanto isso, Dorothea ainda pensava em um jeito de abrir a porta aonde está o piano de seu avô para toca-lo, mas nada a fazia pensar quê seria uma boa ideia fazê-lo, já que ficaria apenas duas noites na casa da avó.

Chegando lá, os carros estavam estacionados enfileirados e todos estavam caminhando sobre um piso de pedras brancas indo em direção á um jazigo aonde estava o corpo de Addam, lá seu corpo estava sobre um caixão preto envolto por rosas brancas. 

A primeira a demonstrar sua homenagem, havia sido Marie a filha mas nova, depois Marjorie e por último, Margot. Logo em seguida foram os amigos de Addam e seus genros, depois, Sue que começará sua homenagem ficando ao lado de Addam dizendo:

______ Hoje eu estou usando vermelho por que você me pediu para usar antes de partir, e este vestido eu usarei para te encontrar aonde você estiver Addam. Eu prometo. ______ Dissera, colocando uma rosa vermelha sobre o terno do homem e dando as costas para o mesmo cabisbaixa.

Dorothea estava olhando para seu avô e assim como todos, queria fazer uma homenagem para o seu avô, mas estava sendo impedida por sua mãe. Que segurando a mão da garota disse furiosa: _______ Você não vai fazer homenagem nenhuma Dorothea! É apenas uma criança! 

______ Por favor mamãe, deixa eu fazer uma homenagem para o vovô igual a vovó fez! _____ Insistiu.

_______ Já disse que não Dorothea! Disse Margot puxando o braço de Dorothea e andando em passos longos até o carro, a pobre garotinha estava a tentar controlar suas lágrimas pois sabia que se ela chorasse, iria levar tapas de sua mãe.

Margot e Dorothea entraram no carro enquanto Darwin as seguia, assim que o mesmo se sentou no banco do motorista, o casal começou a brigar.

_______ Margot, será que você não consegue passar um dia sem brigar, gritar ou bater na nossa filha? Mesmo no funeral do seu pai?

______ Darwin ela é apenas uma criança não entende o que está acontecendo. 

______ Eu entendo sim! ______ retrucou a garotinha em voz alta, logo, sua mãe lhe dera um tapa em sua bochecha a deixando vermelha. Darwin e Margot continuaram a brigar a caminho da casa de Sue, enquanto Dorothea permanecia quieta sentada no banco de trás agora chorando porque aquele tapa que receberá de sua mãe a tinha machucado mais ainda. Não apenas por fora, como também por dentro e as brigas não ajudavam a se acalmar.

Os pais de Dorothea brigaram durante toda a viagem de volta para Quebec, desde que seu avô morreu, tudo parecia deixar Dorothea mais infeliz. 

Ao chegarem à casa, o casal ainda estava a discutir, Dorothea tinha saído do carro sem seus pais perceberem, a mesma abrirá a porta da casa e subiu as escadas as pressas, indo até o seu quarto no segundo andar da casa. Enquanto Margot e Darwin gritavam um com o outro em frente a casa.

________ Toda vez que olho para você Darwin, penso em como tive coragem de me casar com alguém como você! 

Darwin olhou a esposa nos olhos, e por mais que ela fosse uma mulher amargurada, ela nunca esperava ouvir uma resposta tão rude vinda de seu marido, que lhe dissera em tom de voz elevado a calando logo em seguida: ______ Se quer saber de algo que nunca lhe contei Margot, é que todas às vezes que olho para você penso em divórcio por você ser ser a pior pessoa que já me apareceu! 

Os olhos castanhos de Margot e marejaram, e Darwin continuou a falar.

________ E se quer saber mais, eu não te amo mais eu só estou com você por causa da nossa filha que a amo mais que tudo neste mundo! Eu não me importo mais com suas implicâncias ou chiliques! Até porquê, eu já sei que você não é capaz de fazer ninguém feliz com sua presença muito menos a si mesma. ______ ele fez uma pausa longa e terminou de falar dizendo a Margot que queria o divórcio divórcio a guarda definitiva da filha. Cabisbaixa, a mulher saiu do carro em silêncio e fechou a porta que sua filha tinha deixado aberta quando saiu, sem olhar para trás ou para o rosto de seu marido ela entrou a casa e fechou a porta. Darwin respirou fundo e ligando o carro novamente, saiu dali indo para um bar no centro de Quebec, Margot pela a primeira vez estava a perceber que sua amargura e mal humor estavam destruindo e desgastando a todos principalmente Dorothea, ela estava em prantos como nunca antes e sentada no chão do corredor próximo a porta aonde encontrou a filha mexendo no piano de seu pai. Sentada no corredor com sua cabeça sobre os joelhos, Margot apenas chorava, como não tinha costume de fazer para se mostrar forte.

Dorothea estava ainda a sentir falta de seu avô e novamente ela estava a olhar a foto do retrato dela e de seu avô enquanto chorava. Ela estava triste e sem esperanças de que voltaria a ser feliz sem conseguir pensar em seu avô.

Com a cabeça sobre seus braços deitada em sua cama, sem ao menos Dorothea notar que aquela mesma pena colorida da qual tinha avistado no piano do avô, estava novamente lá. Dessa vez ao seu lado.

Dorothea sentiu algo fazendo cócegas em seu braço e logo levantou sua cabeça para olhar o que era. Seus olhos brilharam de curiosidade, pois a pena colorida como o arco-íris era a mesma que ela encontrou no piano! Mas... o que isso poderia significar?

Fascinada como da primeira vez, Dorothea tentou tocar a pena, mas ela escapara, pois os ventos a sopraram. Entretanto dessa vez Dorothea não iria desistir para achar o lugar aonde essa pena poderia a levar. _____ Ela se levantou da cama depressa para poder seguir a pena, que tinha saído pela a fresta da porta, a qual a menina desconfiara já que ela a havia fechado.

Ao abrir a porta, a pequena garotinha ficou espantada! Pois os corredores da casa já não estavam mais lá e muito menos as escadas! Nada havia para temer, pois aquilo não poderia ser nada demais.

A pena sobrevoou pela a casa vazia até a mesma parar e ficar na frente de uma porta branca, Dorothea seguiu o mesmo caminho da pena até chegar a porta a qual ela estava parada. Dorothea abriu a porta, e quando a abriu, se deparou com uma floresta, aonde se tinha cachoeiras, coelhos saltitantes, servos, borboletas e tudo o mais que poderia se imaginar. Ainda seguindo a pena, Dorothea correu sem sequer ao olhar ao seu redor enquanto a seguia. A pena havia desaparecido quando Dorothea parou em uma trilha que possuía dois caminhos, um à sua esquerda, e outro, a sua direita.

Confusa sob com o que iria decidir, Dorothea optou por ir  para o caminho a sua direita. No meio do caminho, ela passou pelos os arbustos até achar o caminho que a pena tinha percorrido, assim que ela passou por entre as folhas e enorme arbusto, ela avistou o piano de seu avô sob um gramado cor verde musgo próximo a uma cachoeira de água cristalina. 

Dorothea ficara boquiaberta com tudo o que estava a avistar, e a pena que ela estava a tentar encontrar, estava sobre o piano. Ela correu sob o gramado até poder chegar perto do piano marrom, não acreditando no que estava a ver, Dorothea, tocou levemente todo o piano e logo o vasculhou por todos os cantos. _____ Está inteiro! _____ Exclamou.


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