CAPÍTULO ONZE:
Era a primeira vez que Norberto precisava perseguir uma não lésbica e, de certa maneira, aquilo o incomodava. Mas aquela garota havia se metido com a pessoa errada e precisava pagar.
Hule acabara de fazer 16 anos, era ruiva natural e cheia de sardas. Tinha a pele branquinha e se vestia como uma boneca. Assim como Melíade, gostava de música e fazia aulas de balé desde os sete anos. Mas também tinha o seu lado mais frio. Tinha adoração por filmes policiais e jogos de zumbi. Sua mãe era uma perua aventureira que viajava pelo mundo, cantando e dançando em todos os palcos e quase nunca tinha tempo de ver a menina, apenas enviava alguns presentes ocasionalmente, por isso, Hule era tão apeg
CAPÍTULO DOZEA campainha tocou e Norberto foi até a porta. Viu Luciana e um outro homem pelo olho mágico.O que diabos aquela merda de policial quer aqui?, pensou ele, respirando fundo enquanto bolava um plano para fugir dela. Talvez, se simplesmente não atendesse, ela iria embora.— Norberto Miller, sabemos que está aí. É a polícia, abra a porta. — A policial pareceu ler seus pensamentos e isso o irritou
CAPÍTULO TREZE:— Foi preso nesta madrugada, o Maníaco do Vibrador. – Cristiane abriu o jornal da noite com a notícia mais importante.A câmera aberta mostrou Cristiane e Rafael lado a lado sentados à bancada.— Ele foi preso em flagrante em seu apartamento pela delegada Luciana Antunes. Ele mantinha em cativeiro a professora de música Melíade Albuquerque.— O repórter Paulo Teixeira está ao vivo com a delegada. É com você, Paulo. CAPÍTULO QUARTOZE:Já havia mais de uma semana que Hule estava trancada no quartinho da caixa d’água em seu próprio prédio. Presa com correntes grossas nas mãos e nos pés, fraca, suja e faminta.Hule estava passando mal, tinha alucinações. Estava com a barriga doendo de tanta fome. A boca estava tão seca, que nem saliva tinha mais.No segundo dia presa, ela já começava a entrar em pânico, lembrando-se da Regra de Três; o ser humano só consegue sobreviver por três minutos sem ar, três dias sem água e três semanas sem comida.O terceiro dia virou de uCapítulo quartoze:
CAPÍTULO QUINZE:A delegada chegou à casa de seus pais fazendo uma surpresa.— Filha! — Eles correram para a entrada e a abraçaram fortemente.— Como é bom vê-la. — Dona Lourdes, mãe de Luciana, já começava a lacrimejar enquanto Seu Alaor punha as mãos na cintura tentando segurar a emoção.— Mas eu ia te buscar no aeroporto, menina. Por que não avisou que chegou mais cedo?— Eu quis fazer surpresa, pai. — Ela sorria enquanto a mãe a amassava. — Também senti muito a falta de vo
CAPÍTULO DEZESSEIS.Norberto saiu do cativeiro e foi ao mercado 24 horas mais próximo de lá.Quarenta minutos depois, ele conseguiu encontrar.O atendente estava debruçado sobre o balcão assistindo ao jogo em um antigo miniaparelho de televisão.— Por gentileza, meu bom homem — ele sorriu —, mas eu vou fazer uma maratona com uns amigos aqui perto e preciso de algumas coisas. Tudo o que você tiver para fazer um bom churrasco.O homem entregou o que ele pediu e Norberto agradeceu, pagan
SOBRE A AUTORA:Fran Alves, desde a sua infância sempre gostou de ler e de escrever. Apaixonada por livros, a autora é uma colecionadora deles. Uma grande admiradora de Sidney Sheldon, autor no qual se inspira e de quem coleciona todos os livros. Ela veio morar no Rio de Janeiro com dezessete anos, em busca de um futuro melhor. Além de escritora, ela também é ativista do meio ambiente. Iniciou sua carreira por incentivo dos amigos, os quais sempre diziam que ela tem talento e que deveria mostrá-lo. Começou escrevendo textos poéticos, poesias contos e crônicas. E aí então escreveu o seu primeiro livro, o olhar de um psicopata.
PREFÁCIOO implacável serial killer Norberto Bastos está matando muitas mulheres. Seu principal foco são as lésbicas.Após ter sido deixado por sua noiva, Katerine, o maníaco começa uma caçada tenebrosa às lésbicas do Rio de Janeiro.Nessa história cheia de suspense, quem vence é o mais forte.Ele desafia a polícia, a mídia e também os seus pares, fingindo ser outra pessoa. Ele engana a todos ao seu redor. Às vezes, um psicopata está ao seu lado e você nem desconfia.Será que nascemos psicopatas ou nos tornamos um?
PRÓLOGOTeófilo Otoni, Minas Gerais, 198920h23— Betinho, vem, filho, o jantar está na mesa. — A mulher terminava de arrumar os pratos na mesa. — Norberto, anda logo, filho.Não houve resposta.— Marido, por favor, vá atrás dele. Nosso filho está quieto demais, a comida vai esfriar.Ele foi.— Filho, o que você está fazendo? — Disse o pai do menino, batendo na porta do quarto. — Vem logo!