Santiago onCelina ia voltar de Londres. Faltavam apenas horas para ela voltar para casa. Eu estava tão arrependido por tê-la traído com a sua própria filha, que apenas queria voltar atrás do tempo e me impedir de fazer aquilo ou então esquecer, e fingir que não aconteceu para proteger meu casamento.Se Celina soubesse, iria me odiar. À Gabriela ela obviamente iria perdoar facilmente porque, ela é sua filha, mas à mim não. E eu estava muito apaixonado por ela, para permitir que aquilo acontecesse.Não sei o que me deu para fazer aquilo. Eu era o homem mais idiota do mundo. Celina era a pessoa certa para mim, e eu não devia estragar as coisas daquele jeito.Parei o carro no saguão, e desci. Eu precisava de alguém para conversar. E Garrett ia me ouvir e me aconselhar.Fui rapidamente para o seu apartamento, e toquei a campainha. Olhei para o relógio para saber se não era uma boa altura para aquilo, quando ele abriu a porta para mim.- Não me diga! Está fugindo da sua enteada! - Ele esta
- Gabriela, me ajuda com a maquiagem! - Michele olhava no espelho enquanto eu estava terminando de me vestir. - Estou indo! - Fui até ela e ajudei a colocar o rimel, a sombra e até o batom. - Obrigada amiga! Estou quase pronta. Apenas preciso de arrumar o meu cabelo novamente. - Tudo bem. - Falei enquanto passava o rimel nos meus cílios . Todos os dias em Madrid tem sido uma grande diversão. Baladas, visitas a museus, passeios, mais balada, e convívio com os lindos espanhóis .Estou aqui há seis meses. E estou adorando. Ainda não estou preparada para a vida de adulto e olha que eu tenho 24 anos. - Anda logo, vamos acabar chegando atrasadas. - Ela colocou a mão na cintura enquanto me olhava. Revirei os olhos. - Não precisamos chegar cedo! - Falei. - Já estamos muito atrasadas, eu não quero que os lindos espanhóis vão embora. Quer um namorado ou não? - Maluca essa menina! - Eu quero é me divertir! - Então vamos nessa! - Ela puxou o meu braço quando guardei o rimel, e saímos do a
Coloquei as minhas coisas no sofá, e coloquei o meu pijama. Me deitei na cama, e como a curiosidade estava me matando, liguei para minha mãe. Eram apenas onze da noite. - Gabriela. - Vai me dizer o que é que aconteceu ? - Não quero voltas. - Você é impossível sabia? É o seguinte. Estou a 24 anos solteira, você sabe disso. E agora, eu... vou me casar. - Levantei da cama. Estou surpreendida ou chocada? - O quê? Você está brincando não é? - Porquê eu brincaria com uma coisa dessas? Eu quis dizer a imenso tempo, mas é que queria ver se era algo sério... - Há quanto tempo está com esse homem? - Desde que você foi para Espanha. Gabriela você sabe que eu te amo, e quando você nasceu me dediquei a você a 100%, mas preciso que entenda que eu preciso de alguém ao meu lado. Um homem. - Ela está com ele há seis meses e não me disse nada? Eu pensei que fosse a sua filha querida? - Eu sou culpada se você ficou solteira durante esse tempo todo? É isso que quer dizer? - Que o meu nascimento f
Porquê você está me ligando? Se enganou no número? Ou está bêbado? - Falei com raiva. - Não fale assim comigo, eu ainda sou seu pai. - Eu conseguia sentir o seu sorriso. Revirei os olhos. - Da última vez fingiu que não era! Mas qual é a novidade? - Eu não disse que me orgulho disso. Não disse que me orgulhava de ser seu pai! - Fechei os olhos. Aquilo doía de diferentes maneiras. - Então não ligue para mim! - Desliguei. Estou cansada disso. Ele só faz isso para me afetar. Me odeia tanto assim? O que eu fiz para que ele me odiasse? Eu sou inocente nisso tudo. Ouvi os passos de Michele voltando para a sala. Ela olhou para mim e limpou suas lágrimas. Olhei para o celular. - Não me diga. Seu pai. - Infelizmente. Não entendo porquê ele faz isso. Eu não fiz nada a ele. - Eu sei amiga. Mas há pessoas muito cruéis, por isso não vale a pena pensar muito niss
Já no avião, eu tentei relaxar e não pensar muito, apenas tentei ficar calma e aguardar o que aí vem. Uma vida nova (ter um padrasto) me espera. - Você não acha que as pessoas são muito estranhas? - Olhei ao meu lado e vi um homem loiro de olhos azuis sorrindo para mim. Ele estava com um livro nas mãos. - Eu tenho a certeza disso, e a prova são dos que me rodeiam. - Falei me encostando no assento, e fechando os olhos. - Você não gosta muito de conversar não é? - Acertou em uma parte. - Não gosta de conversar é com certas pessoas!- Ele corrigiu. - Isso mesmo. Se nota tanto assim? - Eu não sei, foi só uma opinião. - Senti ele fechando o livro. - Que tipo de pessoas você gosta de conversar? - Vários! - Ok. Que tipo de pessoas você não gosta de conversar? - Hipócritas, mentirosos, arrogantes, sem escrúpulos,
Olhei para o homem que dizia ser o noivo da minha mãe. Ele devia ter uns 29 quase trinta, já para não falar que ele é muito... muito atraente. Eu sabia que não havia problema em ele ser atraente, mas algo não batia certo. Não sei porquê mas isso me incomodava de diferentes maneiras que eu não sabia explicar. Depois de tanto olhar para ele finalmente respondi: - Olá, eu sou a Gabriela . - Sua mãe fala muito de você! - Ele tinha lindos olhos azuis, para pior a situação. Piorar, porquê? - Foi o que eu disse! - Lohan colocou as mãos no bolso divertido. Eu ainda estava com as malas na mão. - É bom saber! - Eu disse. - Deixa que eu levo as suas malas para o quarto. - Santiago olhou para as minhas malas, sorriu e pegou nelas. Eu não conseguia fazer nada a não ser olhar. - Santiago gosta de agradar! - Lohan falou. Santiago era bom comigo. Um homem me tratava bem. Não era
Minha mãe tinha saído antes que eu podesse conversar com ela, e infelizmente, Santiago ficou aqui comigo. Estava no escritório trabalhando. Entrei no quarto deles, e era duas vezes mais grande que o meu. Tinha uma King Size de madeira cinza, e mesas de cabeceira da mesma cor. Fui até o closet. Ele era grande, muito grande. Vi uma caixa cinza, grande e abri. Lá tinha o vestido de noiva da minha mãe. Ele era lindo. Muito lindo. Tirei da caixa e olhei para ele em mim no espelho. Rodopiei e quando voltei a olhar no espelho, vi Santiago na minha trás. Que vergonha! Coloquei o vestido dentro da caixa numa questão de segundos, e encarei Sebastian. - O que te deu para entrar aqui? - Perguntou. Eu nem conseguia olhar nos olhos dele. Olhava em sua boca. - Eu não sei. Eu não quero... - Não sabia o que dizer, por isso, tentei fugir, mas ele não deixou. - Nem pensar! Você n
Santiago p.o.v Finalmente chegou o dia. Eu ia me casar com a mulher da minha vida, e íamos adotar os nossos meninos com o tempo, visto que Celina já não podia engravidar. Também havia Gabriel. Ela não tinha estofo para ser minha filha, e ainda assim tinha que a tratar como tal, e isso não ia ser coisa fácil, porque ela não era fácil. Ela era uma menina bastante estranha. Ela parecia ter medo de mim, das vezes que eu estive por perto. Reparei muito bem. Já para não falar que nunca me chamou pelo nome. Ontem foi a primeira vez. E aquilo soou estranho. Fui para a sala e vi Celina lendo um livro distraída. Ela notou a minha presença e sorriu. Sentei ao seu lado. O que eu gostava nela? O seu rosto lindo, sua competência, sua independência, e sua habilidade de resolver qualquer problema. Sempre gostei de mulheres únicas, e Cecília era inigualável. A mulher mais perfeita para mim. - Você está nervosa? - Perguntei passando a mão pelo cabelo loiro dela. Ela me encantava por completo. -