Martina)
5 anos depois.
[Um mês antes]
Era apenas uma tarde fria de quarta-feira, caminhando pela cidade admirando os lugares pela última vez. O sol brilhava como nunca antes, apesar de não estar fazendo calor, eu sentia algo me queimando.
Era impossível ter alguém que me conhecesse aqui nesse lugar enorme. Eu claramente não quis ter nenhuma relação, e a maior parte do meu trabalho acabava sendo em casa mesmo. Em todo esses anos, eu evitei fazer amigos e me dediquei inteiramente na minha bonequinha.
Apressei meus passos como se estivesse com pressa, porém ainda sentia o mesmo que estava sentindo antes. Me virei para olhar para trás e nada, estava tudo certo. Poderia jurar que havia alguém me seguindo e me observando constantemente.
Desvie, e segui um caminho estreito e estranho qu
Um mês depoisPegamos o logo do avião para o méxico na manhã de quarta-feira. Aylin estava ansiosa por conhecer a minha cidade natal.— Mamãe, eu estou com medo. — sentada no seu acento, Aylin segurou minha mão por medo.— Mas com medo de quê meu anjo? — fiz careta e continuei. — Os aviões são como
Jorge Como eu amava a Martina e me apaixonei, pude sentir a paz que havia perdido há 5 anos. Portanto, não importa nem valor, sem um mínimo de consideração Eu nenhum mínimo merecia um sorriso para si mesmo. Jorge Pouco tempo depois já estávamos em uma lanchonete perto. Insisti em levá-la a um restaurante, porém ela recusou e disse que se continuasse assim, ela desistiria de sair para conversar. — O que você quer que eu escute?— enquanto puxava a cadeira, ela perguntou se sentando e olhando direto para mim, brava. Eu nunca havia a visto assim tão séria e sem paciência para me aturar. Na verdade nenhuma mulher antes já se dirigiu assim comigo. — O que vai pedir? — Quis deixar as coisas menos tensas que já estavam. — Não me faça perder mais tempo e fala logo o que você quer e me deixa em paz. Ou eu vou..— Seus lábios não paravam de se movimentar, parecia um robô que precisava de reparação. Antes mesmo dela terminar o que ia dizer, aproveitei o momento de tanta falação e a beijei. No começo ela reagiu bem, entretanto, depois dela perceber que estavCapítulo 26
MARTINADepois de tudo que Jorge falou, eu me senti confusa e sinceramente eu não queria deixá-lo ali, só. Não tive outra opção a não ser sair daí antes mesmo que eu o abraçasse e cedesse tudo como ele está acostumado.Contudo eu voltei para a lanchonete e me esbarrei com ele, no entanto não consegui segurar meus desejos e o beijei. Foi tão bom, poder beijar ele novamente e sentir aquele hálito quente, que me fazia ir aos extremos por seus beijos e carícias.Entretanto ele parou o beijo e me questionou:- O que estava fazendo na creche?- sem reação eu tentei pensar em uma coisa rápida para poder respondê-lo. Porém seu semblante estava sério e me parecia que ele estava desconfiado de alguma coisa.O olhei de relance e logo em seguida diss
JORGENotei Martina assustada, depois que Lyn, sim, esse é seu nome. Nunca poderia esquecer o nome dela, afinal no momento em que Mercedes a chamou, eu prestei atenção no que ela pronunciou.Aquele susto não foi por não gostar de crianças e tal. Alguma coisa estava acontecendo. Primeiro ela na praça com Mercedes, o que por sua vez estava procurando uma criança, que eu não sei de onde saiu, porque ela não fez mais nenhuma amizade com ninguém depois que Martina viajou. Bem, ela fez, porém não foram umas amizades com muito sucesso.Depois foi na creche onde a mesma disse que estava lá procurando emprego, o que achei um pouco estranho, porque ela disse que já tinha um outro emprego e logo depois disse que eram só horas extras e agora me vem essa menina nos questionando.Será que poderia el
Martina— Eu queria te contar. Ontem eu quase terminei de dizer tudo, mas você não deixou eu terminar por causa da chamada, e quando terminou de falar, você não me perguntou novamente o que eu estava falando antes do celular tocar. — Pauso. — O que queria? Que eu gritasse prós quatro ventos que tenho uma filha? E depois o quê? — Espero por sua resposta.— Devia ter insistido Martina, porah pah, Você parece uma criança se comportando assim. Eu podia entender. Eu ia entender e não ficaria tão puto da vida, quanto estou com você agora por me esconder algo tão importante assim. _ Gritou sem se importar se Lyn ouvia ou não seus gritos sem motivos.— Como? Você não sabe de nada. Como pode dizer tais palavras? — Questiono tendo a certeza que ele não
ValériaDepois de estar a me divertir com o que estou planejando, fui até o hospital procurar por um médico (um em específico) que me ajudasse. No início foi complicado, porém logo depois o tive em minhas mãos.Claro que nada comparado a Jorge, entretanto seu charme era bem maior. Fui saber se ele poderia me ajudar a engravidar. Porque na real, ele me devia uma.Voltei para casa e sosseguei por alguns dias. Desde que essa Martina voltou, Jorge não está sendo igual comigo, está indiferente e com muito pouco tempo pra mim.Estava assistindo a uma série na Netflix (Game of Thrones), segunda temporada, no capítulo 5, quando a campainha tocou e me vi obrigada a ir atender. Eu simplesmente adorava a forma que os personagens atuavam e como o sexo é real.— O que está
♡Jorge♡— É melhor que nunca mais encoste um dedo em frente a minha filha. — Martina segura mão da Lyn que estava ainda comendo.— Meu amor, vamos! — Carrega ela no colo e sai.— Tchau Lyn! — Faço com gesto um adeus e ela retribui, sorrindo pra mim.Eu estava pouco me lixando com o que ela estava dizendo, o que doeu mesmo foi o tapa que ela me deu, doeu ainda mais por estar uma criança aí observando tudo. Me sentei no mesmo banco em que nos despedimos sem saber. Pensei no que ia fazer, se o que eu estava fazendo seria o certo.Talvez eu só estivesse fazendo isso por ela, para estar mais próximo dela e se caso o teste de paternidade desse positivo, tudo não seria em vão, porque apesar de não nos conhecermos a muito tempo, nós nos damos bem, pelo menos