Fabiana – Alô, Elaine?
Elaine – Sim, é você Fabiana? Me desculpe a surpresa, não nos falamos a meses desde que tudo aconteceu.
Fabiana – Exatamente, acabei de sair da loja em que Consuelo trabalha. Ela está brincando com fogo e você sabe muito bem o porquê.
Elaine – Eu não tenho nada com isso, minha filha é uma mulher feita e que responde pelo que faz.
Fabiana – O que aconteceu no passado entre nós duas não justifica nada do que ela está fazendo, anda de novo atrás do meu marido e se ela não se afastar eu nem sei do que sou capaz.
Elaine – Eu fiquei longe dessa história pelo bem de todos inclusive o seu, mas não aceito que faça mal a minha filha...ela também foi vítima no passado.
Fabiana – Então se não está do meu lado...passa a estar no meu caminho, assim como ela.
Elaine – Fabiana escute...
Fabiana desliga na cara da irmã e no fim daquele dia Consuelo chega em casa jogando a bolsa na mesinha de centro e se sentando no sofá.
Elaine – Como foi hoje no trabalho?
Consuelo – Foi...foi tudo igual mãe, como sempre...
Elaine – Não minta! Ela foi lá, não é? Me diga que não tem visto mais André e que não
vamos recomeçar essa guerra.
Consuelo – Ele foi me ver no trabalho e eu não sei como a bruxa da ti...da Fabiana ficou sabendo e foi me ameaçar, mas a senhora sabe que eu não vou me acovardar por causa dela.
Elaine – Vou falar com André, ele tem que se afastar ou eu prevejo uma desgraça.
Consuelo – Mais uma mãe?
Elaine – Eu conversei tanto com você, achei que nesses oito anos tudo havia mudado e tivesse esquecido. Foi um erro enorme te mandar para cuidar dela, mas eu não podia imaginar!
Consuelo – Que eu iria me deitar com o marido dela para me vingar da safadeza que ela fez com a senhora e meu pai?
Elaine – Isso é passado filha, você era uma criança e o tempo passou. Nesses últimos anos você tinha se achegado mais a ela, achei que havia perdoado.
Consuelo – A senhora ainda chora por ele e pela traição dela, acha que eu também não sofro até hoje? Quando vi meu pai ir embora de casa para se juntar com a minha tia? Poderiam ter passado mil anos...eu não me esqueceria de cobrar.
Elaine – Você não demonstrou ser melhor do que Fabiana foi comigo no passado, eu quis te aproximar dela para que a perdoasse de verdade e agora, tudo o que conseguiu foi causar ainda tempestade e desunião na nossa família.
Consuelo – Sabe o que o que me consola? Que meu pai não suportou ficar com ela sequer um ano, por alguns momentos eu senti remorso e culpa de estar com André na casa dela, mas passou. Não me arrependo de ter deitado com o marido daquela víbora!
Elaine – Por favor, esqueça André e esqueça Fabiana.
Consuelo – Se me afasto dele é pela senhora que já sofreu demais e também por ele, que não merece o que está acontecendo.
Elaine – Não me diga que gosta dele de verdade?
Consuelo – Ele é um cara legal mãe e por isso mesmo vou deixar ele, em paz.
Elaine – Então n]ao permita aproximação, já pensou no que ele pode sentir ao saber que foi usado em uma vingança?
Consuelo – Ele não vai saber de nada, Fabiana não tiraria a máscara de boa mulher na frente dele.
As duas se abraçaram.
...
Fabiana estava em casa ainda tentando engolir tudo o que havia escutado da sobrinha naquela loja. Andou pela casa inteira, encheu uma taça de vinho e foi até a sala pegando o celular.
Fabiana – Passe minha ligação para o André, por favor.
Sec. – Ele não está na sala dele, saiu da loja agora a pouco para ir verificar um problema com um fornecedor.
Fabiana desligou na cara da secretária e ameaçou arremessar o próprio celular, até pensar melhor no que fazer e agir com a razão.
Fabiana
Fornecedor o caralh*! Se ele tiver ido procurar aquela vadiazinha eu nem sei o que faço.
...
Elaine havia saído, trabalhava no turno da noite como enfermeira. Consuelo havia tomado um banho e lavado os cabelos, colocou um vestido justo e simples e com os cabelos ainda presos a toalha foi abrir a porta depois de ouvir o toque da campainha.
Consuelo – André?
Ela tentou fechar a porta na cara dele, mas ele a impediu e entrou.
André – Por favor, não me mande embora sem me ouvir antes...
Consuelo – Minha mãe já vai chegar, por favor te pedi para não me procurar e muito menos aqui.
André – Está mentindo vi quando ela saiu de uniforme agora a pouco, quero ouvir da sua boca que não me quer mais. Por mensagem fica fácil bancar a durona, olha para mim e fala.
André a agarrando pela cintura, escorou na parede comendo–a aos beijos. Alisando sua pele como se quisesse de fato adentrar seu corpo de todas as formas possíveis. Consuelo o correspondeu, mas em um lapso de juízo o afastou repentinamente.
Consuelo – Vai embora daqui ou eu vou gritar e armo um escândalo.
André – Faça isso, assim a polícia vem e todos descobrem que ainda estamos nos vendo.
Consuelo – A pior merda que eu podia ter feito nessa vida era ter ficado com você.
Ele sorriu e a beijou novamente levantando seu vestido e acariciando sua peça íntima, ela deixou escapar um gemido de desejo.
André – Você me quer tanto ou mais do que eu a você, não pode me pedir para esquecer das noites que tivemos.
Consuelo – Por tudo o que é mais sagrado, me solta.
Ele a soltou ainda respirando pesado e demonstrando o quanto estava excitado.
André – Amanhã às 20:00 eu venho te buscar...
Consuelo – Pode esquecer dessa loucura, volte para sua mulherzinha...ela já deve estar te ligando.
André – Morre de ciúmes, por que não aceita que me ama?
Consuelo – Não sei se tenho pena de você por estar com ela ou por ser tão pretensioso. Eu não estou mais livre...eu tenho alguém e isso muda tudo, por que não sou uma safada como você.
André – Não brinque comigo, Consuelo.
Consuelo – Não estou brincando e agora volte para sua mulher, ou para onde diabos quiser!
André – Todos tinham razão quando disseram que a culpa de tudo isso era sua, brinca com os sentimentos das pessoas como se não fossem nada.
Consuelo – Não sei se você recorda, mas traiu sua mulher comigo. O que queria? Fidelidade e respeito de uma amante? Nós erramos e o que começa errado não termina certo...pelo bem de todos vá para casa.
André não disse nenhuma palavra, apenas saiu daquela casa batendo forte a porta.
Consuelo correu para o notebook e fez uma chamada de vídeo para Ludmilla, que não atendeu. Ficou chorando um tempo na cama e pensando no que havia acontecido, até que a amiga retornou à ligação.
Consuelo – Lud, graças a Deus. Preciso desabafar e só posso com você.
Ludmilla – André de novo?
Consuelo – Sim, ele veio aqui e brigamos. Além disso, minha mãe e eu tocamos naquele assunto de novo depois de tantos anos, ela finalmente admitiu para si mesma que eu fiquei com o marido da minha tia por vingança.
Ludmilla – Eu te disse que devia ter deixado isso para lá.
Consuelo – Eu sempre quis me vingar dela e quando cheguei naquela casa e conheci aquele homem tão bonito eu não resisti a tentação de ficar com ele e ainda por cima me vingar. Ele veio aqui e nos beijamos, quase fizemos sexo encostados na parede...a gente não pode se tocar de novo!
Ludmilla – Pediu para ele sumir?
Consuelo – Claro e ainda disse que estou em um relacionamento, que ele devia ir para casa e ficar com a bruxa.
Ludmilla – Você gosta dele, não é?
Consuelo – Não posso mentir para você.
Ludmilla – Então diga a ele para se separar dela de uma vez!
Consuelo – Minha mãe me mata e ainda por cima, tenho certeza de que se eu ficasse com ele Fabiana faria o inferno na nossa vida. E tem o meu pai que nem sonha com essa confusão toda, ele iria me matar.
Ludmilla – Nem parece a mesma que teve coragem de pegar o marido da tia na casa dela e ainda por cima fazer ela flagrar a cena! Deixa de covardia e pese bem as coisas, se vale a pena renunciar a esse homem que parece ter de verdade, te conquistado e dar ele de presente para sua tia safada e ladra de maridos!
Consuelo – Você é mais doida que eu, ontem mesmo me disse para dispensar ele.
Ludmilla – Não sabia que tinha se envolvido assim de verdade, conheço sua história amiga e como dizem ladrão que rouba ladrão...
Consuelo – Tem cem anos de perdão!
Ludmilla – Isso mesmo.
Consuelo – Mas e se ele não quiser se separar dela para ficar comigo?
Ludmilla – Aí o idiota é ele, converse e não tenha medo de ser sincera.
Consuelo – Ele vai me odiar se souber que usei ele.
Ludmilla – Por isso você tem que dizer logo.
As duas desligam, André ia de carro para casa se lembrando de tudo o que havia escutado.
André
Como eu pude ser tão otário? Ia largar um casamento por alguém que não sabe o que significa a palavra sentimento, não vale a pena...vou sufocar o que sinto por ela até que não sobre nada mais.
Consuelo – Se eu disser que mudei de ideia vou parecer maluca, mas se eu não fizer isso...jogo ele de volta na cama dela e dessa vez para sempre.
Mensagem no w******p:
André me perdoe pelo modo estúpido como falei contigo, disse coisas por impulso e sei que te magoei.
André digitando...
Você não me magoou, apenas me disse a verdade e agradeço que tenha sido sincera.
Consuelo digitando...
Ainda podemos conversar amanhã?
André digitando...
Achei que tinha me pedido para sumir da sua vida, mudou de ideia?
Consuelo digitando...
Não fui totalmente sincera com você, por causa da minha mãe...
André digitando...
Me dê um motivo para engolir o orgulho e ir te ver amanhã.
Consuelo digitando...
Talvez eu te dê um beijo.
André digitando...
É um bom motivo.
Consuelo digitando...
Aqui em casa não, me busque na rua de cima...é escuro e assim não os vizinhos não vão ver.
André digitando...
Está combinado então.
Consuelo digitando...
Boa noite.
André digitando...
Boa noite.
Fabiana tinha adormecido em casa esperando por ele, assim que André chegou, ela acordou.
Fabiana – Onde estava por volta das 17:00? Liguei na loja e você não estava.
André – Já vai começar com sermão? Fui falar com um fornecedor.
Fabiana – E depois? Agora são 21:30!
André – Fui dirigir sem rumo para adiar minha chegada aqui e ouvir todas as suas loucuras.
Fabiana – Não brinque comigo, André.
Ele foi tomar banho e ela aproveitou para pegar seu celular, cheirar suas roupas e procurar alguma prova. O celular tinha senha e com certeza ele não daria para ela, se lembrou que ele acessava pelo notebook apenas abriu e lá estava no w******p web várias conversas e um contato sem foto e com nome de Eduardo lhe chamou atenção, claro que aquela conversa era com Consuelo.
Fabiana – É a vagabunda, meu coração não mente, ela quer tirar ele de mim do jeito que tirei o pai dela de casa.
André – Tirou quem de casa?
Fabiana – Nada, só estou pesquisando um assunto do trabalho...já vai se deitar?
André – Sim, estou cansado.
Fabiana
Ele não vai desistir de ficar com ela, André fica correndo atrás dela feito um cachorrinho, tenho que dar um basta nessa vingança estúpida e não posso esperar mais.
Aquele encontro que havíamos marcado havia me tirado o sono, por mais que Fabiana não seja flor que se cheire eu me sentia mal por desobedecer minha mãe que tanto já sofreu nessa vida. No dia seguinte fui trabalhar com uma baita ressaca de sono, mas tentei manter o foco para que ninguém desconfiasse dos dias terríveis que eu estava tendo. ...Fabiana sabia daquele encontro e não poderia jamais permitir que a fizessem de boba mais uma vez, ainda que fosse sangue do seu sangue Consuelo iria pagar caro por mais aquela afronta. Já sabia o horário e local do encontro dos dois...Maitê – Vai ter mesmo coragem de fazer o que disse? Isso é loucura e sabe que com certeza vai ter problemas com a polícia.Fabiana – Não me importo com mais nada, já paguei pelo trabalho e agora só me resta esperar que isso tire ela do meu caminho de uma vez. Acredita que antes de ir para o trabalho ele disse que não dormiria em casa hoje por que ia viajar para encomendar mercadorias da loja? Não se importa mais co
André estava esperando por Consuelo ansioso naquele restaurante, queria saber qual desculpa ela daria para não ter aparecido naquele encontro. Alguns minutos depois ele congelou ao ver Fabiana...Fabiana – Amor, resolveu vir aqui para espairecer?Ela sorriu, sabia que logo sua rival chegaria e os veria juntos, já foi logo puxando uma cadeira e se sentando.André – Fa..Fabiana...o que faz aqui?Fabiana – Gosto desse lugar, sempre venho quando você me deixa sozinha em casa.Ela não iria perguntar nada...já sabia o motivo dele estar ali.ConsueloCheguei naquele restaurante, ia dizer a ele tudo sobre aquela vira–lata, que se diz minha tia, contar que ela destruiu minha família sem a menor piedade. Quando olhei para aquela mesa no final do corredor, meu coração se rompeu em milhares de pedacinhos.Consuelo – Eu sou mesmo uma estúpida!André me viu e ficou nervoso, corri para fora daquele lugar aos prantos. Tinha ensaiado tantas formas de pedir perdão a ele por tê–lo usado naquela trama te
Fabiana suspirou e sentia tanta raiva que era capaz de atirar um vaso na cabeça dele e por um segundo aquilo lhe passou pela cabeça.Fabiana – André todos estão aqui para festejar o nosso filho e você se enche de bebida? Se não tem consideração alguma por mim, pelo menos pelo nosso filho, se tranque naquele quarto e não saia e lá até passar o efeito do álcool e todos tenham ido embora, eu darei uma desculpa qualquer.André – Não vou a lugar nenhum, você é a culpada de todo o meu sofrimento, se tivesse me deixado em paz.Fabiana – Fale baixo e anda logo, vamos para o quarto antes que algum convidado te veja nesse estado.Ela fez com que ele se apoiasse nela e ambos subiram as escadas, Fabiana o guiou até a cama e ele se deitou.André – Ela não pode ser feliz mim, não depois de tudo o que vivemos...os beijos o gosto dela!Fabiana – Trate de apagar essa mulher da sua mente, não te ama e nem nunca amou. Deixe de ser tão ingênuo!Ela saiu e trancou a porta por fora se debruçou nela de cost
Eu estava terminando de fechar minha mala com as coisas para irmos a esse hotel fazenda, logo Felipe buzinou na porta de casa.Consuelo – Já vamos mamãe.Elaine – Juízo e se divirtam!Partimos então para lá, era perto da cidade e aquele encontro com André na loja havia mexido comigo demais e eu não pude disfarçar o semblante preocupado.Felipe – O que foi minha linda, parece distante?Consuelo – Me desculpe, só estou ainda triste por ter saído do emprego...apesar de tudo eu gostava do meu trabalho e dos meus colegas.Felipe – Logo você consegue outro e bem melhor!Entramos em uma estrada de terra.Felipe – Veja, parece que enfim chegamos.Era um hotel muito bonito, já tinham algumas pessoas que estavam chegando assim como nós.Felipe estacionou e foi logo a recepção mostrar os nossos convites para a recepcionista.Elen –Sejam bem vindos, seu quarto é o 21...aqui está a chave e podem me chamar pelotelefone caso precisem de alguma coisa. Há e antes que me esqueça, pediram para que os c
Eu corri de volta para o quarto antes que Felipe se desse conta da minha ausência em nossa cama, levava dentro de mim uma enorme dúvida...e um sentimento que não podia mais existir. Quanta audácia fazermos amor aqui, mas sempre fomos assim tão errados.Entrei no quarto e devagar me deitei cobrindo meu corpo com o lençol, Felipe não merecia nada disso e de todas as pessoas inocentes naquela história ele era a que mais me doía enganar. No dia seguinte teríamos atividades programadas como gincanas em equipe e essas coisas, fiz tudo o que pude para convencer Felipe a me deixar no quarto, mas ele não quis.Consuelo – Nem sequer somo funcionários da empresa, não faz sentido entrar nesse jogo.Felipe – Já que estamos aqui temos que interagir.Consuelo – Vá você, prometo que não fico chateada.Felipe – Está bem então, teimosa.Fomos para a área externa, André já estava lá me olhando com tanto ódio que eu podia me basear nisso para mensurar a sensação que ele deveria ter por ter sido usado na
Dia de voltar para casa, Consuelo organizava as coisas para partirem. Felipe não conseguia disfarçar a insatisfação de ter passado um fim de semana inteiro com sua namorada em um lindo lugar e não terem tido absolutamente nada de sexo.Consuelo – Vamos?Felipe – Sim!No quarto de André e Fabiana eles faziam as malas para voltar, para André aquele fim de semana havia sido o melhor e o pior de sua vida. Havia matado a saudade de tocar a mulher que tanto ama, mas havia escutado coisas dela e que jamais esqueceria. André colocou tudo dentro do carro, ele e Fabiana partiram para casa.Fabiana – Está tão calado, parece que o fim de semana não te deu a paz que tanto queria.Ele freou bruscamente.Fabiana – Ficou maluco, estúpido? Tenho um filho seu aqui dentro!André – Será que tem mesmo?Fabiana – Claro que sim, por que acha que me sujeitaria a ainda estar tentando salvar essa droga de casamento se não fosse por um motivo maior?André – Não quero ouvir sua voz, me sufoca me irrita!Ele colo
Um mês depois, Felipe ainda tentava digerir o término dele com Consuelo, sempre telefonava, mas nunca era atendido. Consuelo esperava com ansiedade por aquela criança, talvez mais até do que Fabiana...ela queria por tudo, se acertar com André.André por sua vez, vivia das lembranças com ela, estava a cada dia mais aprendendo a desafogar suas mágoas na bebida.ConsueloEu estava em casa, olhando umas fotos da infância e me veio aquela sensação nostálgica de estar em família. Comecei a pensar se eu não estava sendo o mesmo que Fabiana foi para mim, uma pessoa que destruiu meu lar e tirou meu pai de nós. Sempre que pensava nessas coisas eu ficava emotiva e me desmanchava em lágrimas...minha mãe se afastou ainda mais de Fabiana, é claro que ela estava furiosa por tudo o que ela havia aprontado comigo.Elaine – Chorando outra vez filha, não fique assim não quero que entre em depressão. Logo Fabiana vai dar á luz e assim vai poder conversar com ele e dizer toda a verdade.Consuelo – Não sei
Consuelo foi para casa, Elaine ficou no hospital um pouco mais para acompanhar André e saber como ficariam as coisas, depois da suspeita do sobrinho ter aquela doença congênita.Elaine ele, aguardavam na sala de espera, ele andava de um lado para o outro enquanto ela rezava.André – Parece que o mundo inteiro quer desabar em cima de mim nos últimos meses.Elaine – Não lamente pelo seu filho, sempre é uma bênção. Isso são coisas da vida e temos que ser fortes o bastante para enfrentar o que vem com ela.André – Não estou assim só por ele e por essa possibilidade de doença, mas por que apesar de tudo o que sua filha me fez, não consigo tirar ela de dentro de mim. Me culpo por não estar com mente totalmente voltada a paternidade.Elaine – Não se culpe por amar tanto, não posso me meter na sua vida e na de Consuelo, mas te aconselho a falar com ela...não fique criando hipóteses para entender o que só ela pode te explicar.André – Para ouvir ainda mais humilhações? Sua filha te ama muito,