Eu corri de volta para o quarto antes que Felipe se desse conta da minha ausência em nossa cama, levava dentro de mim uma enorme dúvida...e um sentimento que não podia mais existir. Quanta audácia fazermos amor aqui, mas sempre fomos assim tão errados.Entrei no quarto e devagar me deitei cobrindo meu corpo com o lençol, Felipe não merecia nada disso e de todas as pessoas inocentes naquela história ele era a que mais me doía enganar. No dia seguinte teríamos atividades programadas como gincanas em equipe e essas coisas, fiz tudo o que pude para convencer Felipe a me deixar no quarto, mas ele não quis.Consuelo – Nem sequer somo funcionários da empresa, não faz sentido entrar nesse jogo.Felipe – Já que estamos aqui temos que interagir.Consuelo – Vá você, prometo que não fico chateada.Felipe – Está bem então, teimosa.Fomos para a área externa, André já estava lá me olhando com tanto ódio que eu podia me basear nisso para mensurar a sensação que ele deveria ter por ter sido usado na
Dia de voltar para casa, Consuelo organizava as coisas para partirem. Felipe não conseguia disfarçar a insatisfação de ter passado um fim de semana inteiro com sua namorada em um lindo lugar e não terem tido absolutamente nada de sexo.Consuelo – Vamos?Felipe – Sim!No quarto de André e Fabiana eles faziam as malas para voltar, para André aquele fim de semana havia sido o melhor e o pior de sua vida. Havia matado a saudade de tocar a mulher que tanto ama, mas havia escutado coisas dela e que jamais esqueceria. André colocou tudo dentro do carro, ele e Fabiana partiram para casa.Fabiana – Está tão calado, parece que o fim de semana não te deu a paz que tanto queria.Ele freou bruscamente.Fabiana – Ficou maluco, estúpido? Tenho um filho seu aqui dentro!André – Será que tem mesmo?Fabiana – Claro que sim, por que acha que me sujeitaria a ainda estar tentando salvar essa droga de casamento se não fosse por um motivo maior?André – Não quero ouvir sua voz, me sufoca me irrita!Ele colo
Um mês depois, Felipe ainda tentava digerir o término dele com Consuelo, sempre telefonava, mas nunca era atendido. Consuelo esperava com ansiedade por aquela criança, talvez mais até do que Fabiana...ela queria por tudo, se acertar com André.André por sua vez, vivia das lembranças com ela, estava a cada dia mais aprendendo a desafogar suas mágoas na bebida.ConsueloEu estava em casa, olhando umas fotos da infância e me veio aquela sensação nostálgica de estar em família. Comecei a pensar se eu não estava sendo o mesmo que Fabiana foi para mim, uma pessoa que destruiu meu lar e tirou meu pai de nós. Sempre que pensava nessas coisas eu ficava emotiva e me desmanchava em lágrimas...minha mãe se afastou ainda mais de Fabiana, é claro que ela estava furiosa por tudo o que ela havia aprontado comigo.Elaine – Chorando outra vez filha, não fique assim não quero que entre em depressão. Logo Fabiana vai dar á luz e assim vai poder conversar com ele e dizer toda a verdade.Consuelo – Não sei
Consuelo foi para casa, Elaine ficou no hospital um pouco mais para acompanhar André e saber como ficariam as coisas, depois da suspeita do sobrinho ter aquela doença congênita.Elaine ele, aguardavam na sala de espera, ele andava de um lado para o outro enquanto ela rezava.André – Parece que o mundo inteiro quer desabar em cima de mim nos últimos meses.Elaine – Não lamente pelo seu filho, sempre é uma bênção. Isso são coisas da vida e temos que ser fortes o bastante para enfrentar o que vem com ela.André – Não estou assim só por ele e por essa possibilidade de doença, mas por que apesar de tudo o que sua filha me fez, não consigo tirar ela de dentro de mim. Me culpo por não estar com mente totalmente voltada a paternidade.Elaine – Não se culpe por amar tanto, não posso me meter na sua vida e na de Consuelo, mas te aconselho a falar com ela...não fique criando hipóteses para entender o que só ela pode te explicar.André – Para ouvir ainda mais humilhações? Sua filha te ama muito,
Felipe chegou ao hospital, queria ver a Fabiana e dar um pouco apoio moral a André. Chegou na recepção e se informou sobre o quarto em que ela estava, entrou e cumprimentou Fabiana e André.Felipe – Como está se sentindo? E o bebê como vai?Fabiana – Ainda não sabemos como tudo vai ficar, mas tenho fé que nosso pequeno André vai sobreviver.Felipe percebeu que a última cara que André queria ver era a dele, estava mais do que claro que ele queria Consuelo e sequer se sentiu lisonjeado ao ter o nome no filho.André – E você primo? Está feliz por aumentar a família?André – Claro que sim, filhos são sempre um presente de Deus.Felipe – Em pensar que Consuelo e irá me dar um presente como esses daqui a alguns meses.Fabiana – Quer dizer que Consuelo vai ter um filho seu?Fabiana não conteve a alegria e o deboche ao saber disso, fez questão de olhar bem para André com aquela expressão de: falta de aviso não foi!Fabiana – Fico feliz pelos dois! Pretendem se casar?Felipe – Farei o pedido,
Acordei deitada sobre o corpo de André naquele sofá apertado e sentindo os pelos do peito dele fazerem arrepiar minha pele desnuda, eu mal podia acreditar que estávamos juntos outra vez depois de tantas intrigas. Apesar da pouca idade eu sei que o que sinto por ele é amor, nunca tive tanta necessidade de estar junto de alguém, ouvir a voz e saber que está por perto. Tentei me levantar devagar para não acorda–lo, mas seria impossível e assim que ele me sentiu mover sobre seu corpo me abraçou de novo e eu sorri.André – Às vezes acho que estou sonhando em acordar e ter você assim sobre o meu corpo!Consuelo – Não é nenhum sonho, estou aqui com você.Demos mais beijos, eu sabia que ele ia querer mais e então fomos tomar um banho juntos tocando e ensaboando nossos corpos mutuamente. De repente ele me puxou com força para perto e nos olhamos nos olhos.André – Preciso tanto saber, esse filho que espera pode ser meu?Consuelo – Eu nem sei se estou mesmo grávida.André – Mas se estiver, fica
André estava disposto a terminar tudo com Fabiana de maneira honesta e em respeito ao filho que os dois tem agora, sabia que não seria nada fácil para ela receber aquele golpe junto com a doença do filho e a cirurgia complexa que ele deveria passar nos próximos dias.Chegou no quarto, Fabiana estava sentada e já havia recebido alta apesar de não poder sair do hospital pois queria ficar ao lado do filho.Fabiana – Amor, pensei que viria passar a noite aqui.André – Precisamos conversar e muito seriamente.Fabiana – Pense bem no que vai me dizer!André – Pensei sim e não podemos adiar mais esse assunto. Quero o divórcioFabiana – Não se atreveria a me deixar agora com nosso filho doente como está?André – Não posso adiar mais, a cada dia que passa vai se tornar mais doloroso para que você aceite meus sentimentos por Consuelo. Temos um filho juntos e nada disso vai mudar, sei das minhas responsabilidades e não vou fugir delas.Fabiana – Eu vou matar aquela miserável com minhas próprias m
Fabiana estava no hospital cuidando do filho, ainda amargando a possibilidade de Consuelo dar um herdeiro a André. Não sabia se podia confiar na astúcia de Felipe para separar os dois, ela estava olhando o bebê realizar alguns exames.Elaine está sozinha em casa, Consuelo havia ido até o aeroporto para receber a amiga Ludmilla que chegava do exterior. Ouviu tocarem a campainha e secou as mãos para atender, pois tinha terminado de lavar louça a poucos segundos.Carlos – Consuelo está?Elaine – Veio dar mais sermão a nossa filha?Carlos – Por favor, vamos conversar como dois adultos.Elaine respirou fundo e abriu a porta.Elaine – Ela não está em casa.Carlos – Conversamos nós dois!Elaine – Você foi muito frio e severo com ela, sei que não aprova as circunstâncias e nem mesmo saber quem pode ser o pai do filho dela.Carlos – E ainda tem mais essa dúvida sobre a paternidade da criança.Elaine – Sim, ela teve um namoro e acabou com ele por causa do que sente por André.Carlos – Eu não de