Talvez fosse instinto, a reação natural do meu corpo ao ser beijada pelo homem por quem eu tanto me importava.

Ou talvez fosse hábito, adquirido de tantos beijos compartilhados em nossa juventude, ou desde que nos reunimos.

Seja qual for o motivo, quando Nicholas me beijou, meu corpo inteiro pareceu ganhar vida. Como se nos últimos dias desde nossa separação, eu tivesse ficado presa em algum tipo de estase. Eu tivesse sido mantida no gelo, fria e sozinha.

Agora, Nicholas soprava vida nova em mim.

Sua boca era uma fornalha. Suas mãos me seguravam com um aperto imóvel. Isso estava bom para mim. Eu não queria ser movida.

Eu queria ser segurada, acariciada, adorada.

Eu queria dar essas coisas em troca. Meus próprios dedos eram como garras enquanto eu agarrava seus ombros e o arrastava para mais perto, o mais perto possível, até que nenhuma distância separasse nossos corpos, apenas nossas roupas. Essas coisas irritantes. No entanto, ficar nua era muito perigoso aqui.

Estávamos em um armário