Guilherme demorou a entender que eu disse sim, isso porque enrolei ele e sabia que ia se confundir. Quando entendeu, sorriu largamente e me beijou. Os que assistiam bateram palmas e eu quis morrer nesse momento. Quando nos separamos, sorrimos. Ele pegou minha mão e colocou o anel no meu dedo. Observei o anel. Era lindo! Tinha um coração no meio e envolta era cheio de pedrinhas. Beijei ele de novo. Ele segurou minha cintura com as mãos e me puxou para mais perto.— Menos né gente! — Michelly fala sarcástica e a gente se separou.— Agora temos que comemorar isso — disse Alessandro. Maria se aproximou de mim e me entregou o buquê de Marias. Tinha um cheiro muito gostoso.— Parabéns!— Obrigada. — Peguei o buquê.— Deixa eu tirar uma foto desse momento — Michelly falou pegando a câmera.Ia protestar, mas Guilherme me abraçou por trás, envolvendo minha barriga com os braços. Apoiei os meus nos dele. Estava segurando o buquê com as duas mãos.Depois de algumas fotos e abraços de parabenizaçã
Pov GuilhermePlanejei tudo para pedir a mão dela depois da formatura. Claro que antes de fazer isso, conversei com o meu pai e a Maria. Isso porque queria saber a opinião deles antes. Não que fosse mudar de ideia caso eles discordassem, mas eu queria saber. Maria ficou muito empolgada. Mais do que o meu pai. Ele gostou da ideia e me deu força, mas a Maria estava animadíssima.— Quero tanto você bem!— Sabe que a Daniela não é uma pessoa fácil, não é?— Mas é o jeito dela. Você gosta dela, não é mesmo?— É claro que gosto. Se não gostasse nem estaria com ela.— Então pronto. Não importa a dificuldade, até porque nenhum relacionamento é fácil.— E essa menina conseguiu fazer você se soltar de novo. Por isso eu concordo e assino embaixo esse casamento — disse meu pai.— Que bom que concordam com a minha ideia. Será que ela vai gostar? Sabe como é, né? Se não quiser, vai dizer na minha cara...Os dois riram.— Não acho que ela negue — disse Maria.Seja o que Deus quiser!— Vamos ver então
Pov GuilhermeMe aproximei e puxei a mala dela. Daniela me encarou.— Eu não estou mandando você embora.— Não interessa! Eu vou mesmo assim!— E vai pra onde?— Pra onde o diabo me carregue! Você se importa mesmo com isso?— É claro que me importo.— Tá — disse cínica. — Solta minha mala. — Tentou puxar, mas eu segurei com força.— Para de ser criança, Daniela! — falei alto. Ela respirou fundo e tentou puxar de novo a mala, mas eu segurei.— Eu sou tudo de ruim, não é? Por que me pediu em casamento então? — perguntou me encarando. Estava tentando fazer cara de raiva, mas eu vi direitinho ela segurando o choro. Fiquei encarando-a em silêncio. Sei que é estourada e sabia que ia ficar irritadinha, mas não pensei que ia enlouquecer e juntar suas coisas... Realmente posso esperar qualquer reação dela. Qualquer mesmo!— Eu não disse que você é tudo de ruim...— Não precisa dizer com palavras tão precisas. Suas acusações e falta de confiança dizem muito.— O que você quer que eu pense? Você
Pov DanielaNão acredito que isso está acontecendo de novo! Estou com tanta raiva! Tanta que saí da casa dele feito louca e nem pensei em mais nada. Me sentia uma idiota de ter acreditado que ele nunca mais fosse me acusar de algo que não tem nada a ver. Claro que isso foi uma ilusão. Demorou, mas ele fez de novo e isso me tirou de mim. Só quando estava na rua e já distante do condomínio que pensei no que estava fazendo. Eu ia direto para a rodoviária e ia para casa, mas não podia largar a Teci aqui. E não acho que posso levá-la nas condições que está. Merda! Tudo tem que acontecer ao mesmo tempo! Se o Cometa não ficasse colado nela feito um chiclete e Miguel não tivesse saído de férias, ela estaria normal e eu pediria ao Alessandro para levá-la para casa, ou daria um jeito caso ele não quisesse ajudar. Mas agora não tem como fazer isso.Me sentei em um banco em uma praça perto da casa dele. Me sentia cansada. Cansada do dia que tive e cansada de ser acusada por algo que não fiz. Gabri
Pov Guilherme Não dormi a noite pensando no que a Camila e a Michelly falaram. Fiquei com tanta raiva, que não a deixei explicar que merda de beijo foi essa. Senti tanto ódio ao pensar nela nos braços dele que enlouqueci..., mas elas estão certas. Não devia ter feito isso. Ainda mais que a Daniela já foi muito perseguida por toda a história de que trocou meu pai por mim. Sei que estou muito errado e não sei o que fazer para consertar. Ela deve estar muito chateada.Merda!No dia seguinte, fui à casa do meu pai ver como ela estava. Ainda mais que meu pai disse que nunca viu ela daquele jeito. Assim que cheguei, encontrei meu pai tomando café da manhã.— Bom dia, filho.— Bom dia.Ele ficou uns segundos olhando meu rosto.— Noite ruim?— O que você acha? — perguntei de mau humor.— Quem manda fazer besteira?— Você não está ajudando, pai...— Bom dia, querido. — Maria apareceu e me deu um beijo no rosto.— Bom dia. Como ela está?— Acabou de me pedir para não deixar você falar com ela.
Pov Guilherme Não fiquei sabendo que ela estava trabalhando no Haras, pois depois dessa confusão toda, não fui mais trabalhar. Se soubesse, tinha ido. Mas agora que sei, vou voltar. Quem sabe não consigo falar com ela?Só que isso não aconteceu. Ela me evitava e fingia que não me via quando falava com ela. Sei que mereço, mas não aguento mais isso! Não sei o que fazer para ela me ouvir. Um dia fiquei esperando-a chegar, ia segurá-la e obrigá-la a me ouvir. Já estava de saco cheio dessa situação e queria resolver logo. Ela chegou com o Gabriel. De moto. Agarrada nele. Estava em um lugar estratégico para pegar ela. Estava na luta para conversar com ela há quase três meses! Isso tem que acabar. Nem que ela me xingue e não me queira mais.— Quer que eu te busque?Daniela tirou o capacete.— Não precisa. Eu me viro.— Você que sabe. — Pegou o capacete dela e colocou no braço. — Até mais tarde.— Até. Quero passar na clínica e ver se a Candy está bem.Gabriel sorriu e me senti incomodado pe
Pov Guilherme— Você está muito estressada... — Beijei ela antes que brigasse comigo ou me respondesse com deboche.Pensei que fosse me empurrar e falar mil palavrões, mas não. Me beijou de volta na mesma hora. Segurava meus braços com força e não fez nenhum gesto de que ia resistir. Que bom, assim eu sei que ainda sente algo por mim... Encostei ela na parede e continuei beijando sua boca. Agora ela tinha as mãos no meu cabelo, onde puxava levemente. Senti tanta falta disso... Ela passou as unhas no meu pescoço e me arrepiei inteiro. Me afastei um pouco e olhei seu rosto. Tinha um olhar intenso na minha direção. Não vi nenhuma mágoa agora.— Quer isso mesmo? — perguntei confuso.— Cala a boca e anda logo!— Você que manda.Beijei ela de novo e puxei uma de suas pernas para cima. Coloquei ela em volta da minha cintura e me aproximei mais do corpo dela. Daniela suspirou e arranhou minha nuca. Resmunguei e ela sorriu. Nos beijamos por um longo período. Apesar da baia não ser um local conf
Pov DanielaLentamente segui até o estábulo. Minha cabeça estava um turbilhão! Não sei o que fazer. Já me acostumei com os animais daqui e não queria outro lugar, mas também se ficar muito perto de Guilherme, pode acontecer muitos daqueles encontros que tive naquela baia. Na hora isso não é ruim, sabe? Mas no dia seguinte, me senti uma fracassada! Gosto dele e não queria ficar longe como as pessoas acham que quero, só que ficar com alguém que não acredita em você é muito difícil. Imagina... qualquer coisinha que aparecer ele te julgar e criticar? Ainda mais se você não tiver feito nada! É muito complicado.Entrei na baia da Teci e ela estava deitada. Me aproximei e me sentei ao seu lado. Ela esticou o focinho na minha direção.— Sei que te deixei um tempo sozinha, mas isso não vai acontecer de novo — falei acariciando o focinho dela.— Que bom que voltou!Olhei a porta e Miguel estava sorrindo.— Ela ficou mal, não é?— Só ficou triste, mas agora que apareceu, ela vai ficar boa.— Espe