— Como é?— Mas que boca grande! — reclamei irritada.Guilherme cruzou os braços, olhando na minha direção. Será que algum dia a gente vai parar de discutir?— Que história é essa, Daniela?— Você não queria que contasse a verdade? — Rafael perguntou confuso.— Não agora!— Quer me explicar o que está acontecendo? — Guilherme perguntou irritado.— Em casa eu explico. Vamos! — Agarrei a mão dele e puxei para sair dali.Dessa vez ele veio, mas não falou nada. Fomos o caminho todo em silêncio. Não tenho paz! A gente se acerta e aí algo acontece, pronto, discussão e briga... M*****a loira peituda!Ao chegarmos, eu segui para a cozinha, ia beber um copo de água antes da discussão. E quem disse que Guilherme deixou? Quando viu que eu estava indo para a cozinha, passou um dos braços pela minha barriga e me ergueu do chão. Sei que sou magra, mas como ele fez isso? Guilherme me colocou no chão e fechou a porta do seu quarto. Logo virou de frente para mim e cruzou os braços. Respirei fundo.— Me
Ele soltou uma risada e eu mordi o lábio.— Não é bem dizer... — Se aproximou de mim. Minha respiração acelerou, assim como meu coração.— É o que então?— Eu quero você.— É mesmo? — perguntei em dúvida. Ele sempre correu de mim! O que mudou?— Por que está surpresa?— Ah! Você sempre me negou!— Não era negação! Eu só queria...— Que fosse especial. Eu sei, você disse mil vezes.— Você não é fácil nem nessas horas, hein! — Rimos.Ficamos em silêncio um olhando para o outro por um momento. Guilherme acariciou meu rosto levemente e sorriu. Sorri de volta e ele se aproximou.— Você quer? — sussurrou. Fiz que sim com a cabeça.— Você sabe que quero.— Mas pode mudar de ideia.— Tá! Depois de tanto tempo, você finalmente quer e eu vou mudar — falei revirando os olhos.Guilherme soltou uma gargalhada e me enlaçou pela cintura. Ele acariciou o meu rosto com uma das mãos e ficou me olhando nos olhos por um longo tempo. Então se aproximou e me beijou. O beijo foi lento e calmo. Apesar de dize
Guilherme saiu de cima de mim e se deitou ao meu lado. Fiquei em silêncio olhando-o. Ele me puxou para perto e me envolveu em seus braços.— Está tudo bem? — Concordei com a cabeça. — Tem certeza? Estou te achando estranha.— Você disse que me ama...— O que tem?— Tem certeza?— Sim. Eu não consigo ficar longe de você e adoro suas provocações. — Sorri e ele também. — Mas o principal de tudo, é que quero loucamente você e não gosto de pensar em você machucada.— Por que me machucaria? Caindo?— Em todos os sentidos. Eu queria você loucamente, mas não queria te machucar agora... Fiquei puto comigo mesmo por não ter acreditado em você e ter te feito sofrer por isso. — Abri a boca para falar e ele colocou o dedo. — E depois por descobrir o que Aline fez.— Ela é uma grande filha da puta!— Sim. Espero que não tenha feito mais nada...Mentalizei aquela ameaça e olhei nos olhos do Guilherme. Não vou contar isso a ele.— Que eu saiba não fez.— Que bom.— Por que estamos falando dela? Vamos
Sorri largamente. Finalmente terminamos de ver o filme. Estava com a cabeça apoiada no peito de Guilherme e ele acariciava os meus cabelos.— Posso fazer uma pergunta?— Claro.— Se você tem essa casa maravilhosa, por que mora com seu pai?Guilherme ficou em silêncio um grande momento. Levantei a cabeça e olhei o seu rosto. Estava pensativo.— Não queria morar sozinho.— Só isso?— Minha mãe me ajudou a mobilhar essa casa para morar com alguém.— Alguém?— Vamos mudar de assunto.Saltei na cama e o encarei com fúria.— Fizeram essa casa para você morar com a Aline?Guilherme não respondeu, mas sua expressão disse tudo.— Não acredito que você me trouxe aqui pra... — Não consegui nem terminar a frase. Estava furiosa. Como ele me traz para viver esse momento maravilhoso na casa que pensou morar com aquela vadia? Me levantei da cama com fúria e peguei minhas roupas do chão. Guilherme levantou também e se aproximou de mim.— Daniela...— Não toca em mim! — Tirei a mão dele do meu braço.—
Estava com a cabeça apoiada no peito de Guilherme e apertava a sua camisa com força. Ele ficou abraçado comigo até que os soluços diminuíram.— Não fica brava comigo...— Por que me levou lá?— Porque é minha casa.— Mas foi feita para você morar com ela. — Engoli a vontade de chorar. Se começar de novo, ferrou...— Minha mãe me ajudou a mobiliá-la para morar com alguém. Na época eu até estava namorando-a, mas não pensei em morar com ela lá.Levantei a cabeça e olhei seu rosto.— Você não a levou lá?— Não. Quando pensei em levar, ela mostrou quem era de verdade.— Hum...— Eu não levaria você para termos uma noite dessas se ela tivesse passado lá.— Como eu ia saber? — perguntei começando a chorar tudo de novo. Guilherme me apertou com força contra seu peito.— Está tudo bem. — Beijou minha cabeça. — Não chora, por favor. — Segurou o meu queixo e me fez olhá-lo. Ele limpou as lágrimas que desciam do meu rosto.— Esse negócio faz efeito mesmo?— Faz.— Mas já teve casos de pessoas que
Entramos no quarto e ele era enorme, mas uma coisa me deixou incomodada... As janelas enormes de vidro. Se alguém vir a gente lá de fora? Guilherme me abraçou por trás e beijou o meu pescoço. Me encolhi pelo nervoso.— Isso está muito aberto...Ele parou de me beijar e olhou ao redor.— É só fechar.— Como assim?Ele não respondeu e se afastou de mim. Então apertou um controle que estava na mesa de cabeceira e uma cortina começou a descer, cobrindo o vidro. Uau!— Melhorou? — perguntou já de frente para mim.— Muito! — Pulei no colo dele e envolvi a sua cintura com as pernas.Guilherme me segurou com força. Trocamos um beijo demorado. Ele tinha uma das mãos na minha cintura e a outra na minha coxa. Senti que ele se sentou na cama e logo estava deitada por cima dele. Mesmo assim não paramos de nos beijar. Guilherme deslizou as mãos nas minhas costas levemente por baixo da roupa. Suspirei e o apertei com força. Ele tirou minha blusa e jogou por aí. Então me puxou para si e beijou um dos
Chegamos e eu estava extasiada. Tudo era novidade.— O que quer fazer primeiro?— Não sei. Tem tantas opções.— Vamos de Buggy primeiro então?— Vamos.— Eu não vou. Não gosto dessas emoções que eles oferecem.Guilherme riu quando Alessandro disse isso.— É só pedir sem emoção, pai.— Mesmo assim.— Tudo bem. Encontramos você na lagoa, pode ser?— Certo.Fui com Guilherme até o tal de Buggy. Já vi isso na tevê, mas nunca andei. Deve ser divertido. Nos sentamos na parte de trás.— Com ou sem emoção? — o homem perguntou.Olhei Guilherme e ele respondeu:— Com.Será que isso é bom ou ruim?É ruim! Muito ruim! O negócio andava de lado na areia. Eu ria sem parar, porque estava nervosa. Descia e subia uns morros. Vou morrer! Mas não posso negar, a vista era linda. O lugar simplesmente maravilhoso!— Está tudo bem? — perguntou rindo.Minhas pernas estavam bambas, tanto que não consegui me aproximar e socá-lo. Fomos para o lugar que marcamos com Alessandro. Encontramos ele perto de um negócio
Os dias correram rápidos demais para o meu gosto. Foram dias incríveis! Mas passaram muito rápido. Vimos os fogos de artifício na praia da redinha. Lá tinha uma ponte grande e foi um espetáculo muito bonito. Pena que não pude comemorar do jeito que queria, pois tive que ficar ao lado de Alessandro para que ninguém desconfiasse de nada. Alessandro é um cara importante e muitas pessoas o conhecem. Sei que essas muitas pessoas devem falar coisas sobre mim e claro que não quero dar mais motivos para falar, como eu ter um caso com o filho dele.Estávamos tomando café da manhã e íamos voltar para casa. Uma pena, mas sonhos não duram muito.— Seu aniversário é esse mês, não é?Arregalei os olhos. Esqueci do meu aniversário!— É sim.— Que dia mesmo? — perguntou dando um gole em seu café.— Oito.— Não está longe. Vai fazer dezoito aninhos. Como se sente?Guilherme apareceu na hora que ele falou isso e me olhou.— Bem, afinal, vou poder provar aqueles seus vinhos finalmente.Os dois riram.— V