Rose
Antônio saiu mais cedo que o normal de casa. Pude ouvir seus passos no corredor já que passei a noite em claro repensando tudo o que tinha acontecido no dia anterior.
O que mais eu senti foi a falta dele e isso me mostrou que mesmo com todos os nossos erros, eu era incapaz de me afastar dele por muito tempo. Eu precisava senti-lo perto de mim, como sempre foi, mesmo durante nossas brigas. Eu precisava do seu humor inconstante e de seus abraços apertados. Precisava de tudo de bom e de tudo de não era tão bom assim que ele tinha para me oferecer, afinal ele era humano assim como eu, cheio de falhas prontas para serem corrigidas.
Resolvi que hoje me sentaria com ele e resolveria todas essas pendências, deixaria claro que o que ele havia falado sobre eu não me preocupar com o bem-estar de Otávio estava completamente errado e que mais do que nunca eu queria voltar a ficar bem com ele. Porém deixa
AntônioSai de casa mais cedo para não ter que ver novamente o olhar triste de Rose. Eu sabia que tinha me excedido. Quando tudo se acalmou novamente eu percebi o quanto fui injusto com ela e fiquei ainda mais irritado.Realmente aquela mulher estava conseguindo acabar com a paz e a harmonia que existia em minha casa e eu não podia mais suportar isso. Eu precisada de uma saída e faria qualquer coisa para que não tivesse mais que deixá-la perto de Rose e Otávio.Álvaro tinha acabado de chegar na empresa quando passei pela porta e fui em sua direção.— Bom dia— falei o cumprimentando.— Bom dia Antônio— ele estava analisando um lote que tinha acabado de chegar.— Vou mandar Rose e Otávio para ficarem em sua casa por uns dias.— Ele se virou para mim.— Demorou para tomar essa atitu
— Acha mesmo que viria até aqui, tentaria dar um golpe em mim e em minha família colocando-os em risco e sairia ilesa?—Mas... mas...— gaguejou olhando para todos os lados procurando uma rota de fuga.— Mas nada, eu quero saber direitinho tudo desde o início. Tenho certeza de que alguém a está ajudando.— Me recostei na mesa de frente para ela e Rose se aproximou de mim. Ela era uma fortaleza, eu podia sentir o quanto ela queria nos proteger de tudo o que estava acontecendo.— Não tem ninguém. É somente eu.— falou novamente.— Pare de mentir— parei a frente dela.— Quem está por trás de toda essa falcatrua? O que vocês queriam?— Eu não sei do que o senhor está falando.— Se fez de desentendida.—Claro que não, vai
Antônio— Você só vai sair daqui quando falar tudo o que aconteceu.— falei novamente.— Eu ... eu não sabia quem era o senhor quando entrou no bar.— Ela começou sua história olhando somente para mim. Era impressão minha ou ela ainda tentava jogar seu charme?—E quem foi que disse quem eu era?— perguntei torcendo para que seu cumplice fosse o filho do duque. Assim eu me livraria de duas pestes de uma vez só.— Minha amiga de trabalho.— Amiga? Droga, não era isso que eu queria ouvir.— Que amiga?— olhei para Rose que estava com os braços cruzados encarando toda a situação. Minha esposa parecia uma rocha. Eu só sabia admirá-la.— Janice, ela já trabalhou para o senhor, mas por causa dessa ai você a colocou na rua.—
— Eu realmente estava grávida, mas o pai do bebê o rejeitou, disse que não tinha condições e não largaria a mulher por causa de mim. Eu também não o queria, ele não era um bom homem, então me lembrei do filho do conde e que era solteiro. Corri para cá no mesmo instante, mas escondido de Janice. Quando entrei percebi que existia um laço entre vocês dois, algo que eu não conseguiria quebrar tão facilmente, então pedi ajuda a minha amiga. Como ela nutri muito rancor por vocês ela disse que me ajudaria se eu repartisse o dinheiro que receberia com ela.— E achou que seria fácil eu cair nessa cilada?— me inclinei para frente.— O senhor não se lembrava de nada, seria mais fácil do que com os outros.— Bufei irritado e ela sorriu se achando esperta demais.— Então perdeu o beb&eci
RoseEra um alívio poder respirar tranquilamente sabendo que o peso tinha saído de nossas costas, agora não existia mais ninguém entre nós.Antônio me disse poucas palavras antes de ir até a delegacia acompanhando os policiais, por Olivia ter relatado tudo o que aconteceu, ele não iria pegar muito pesado com ela, porém Janice fez da vida dele um inferno nesses últimos meses e com certeza ele não teria pena alguma dela. Faria questão de ir ajudar com a prisão.— Senhora, senhora?— Bianca me chamou e fui até a sala, pegando Otávio do colo dela.— O que aconteceu?— eu não queria mais nenhum tipo de novidade hoje.— É verdade o que estão falando?— ela questionou.— O que estão falando?— Perguntei sem entender nada. Luana e
Eu sabia o que estava sentindo. Eu já tinha sido sequestrada uma vez, sabia qual era a sensação de pessoas te perseguindo.—Venha... vamos nos sentar— fui até a sala e ela pegou Otávio do meu colo, tentando acalmar o pequeno que não parava de chorar. Levei minhas mãos ao meu rosto tentando acalmar o choro que não parava de escorrer. Meu coração queria sair para fora do peito. Eu não tinha qualquer reação a não ser chorar.Dulce e Bria apareceram na sala atraídas pelo choro de Otávio e o meu e quando me viram correram até mim, me abraçando sem nem ao menos saber o que estava acontecendo. Circulei meu braço entre as duas e as abracei com força. Elas estavam ali e isso já me tranquilizava.— O que foi, irmã?— Dulce me apertou mais enquanto eu ainda soluçava, lutando brava
AntônioAssim que cheguei na casa se Álvaro eu desci correndo do carro e pedi para que Sérgio contratasse alguns seguranças. Não bastava ter tirado uma louca de perto da minha família, agora tinha alguém perseguindo Rose. Poderia ser alguém do passado delas, um dos homens que tentaram comprá-la no passado, ou poderia ser alguém somente querendo dar um susto em nós, e para falar a verdade estava fazendo um ótimo trabalho.Rose tremia tanto que eu tinha vontade de fugir com ela para qualquer lugar onde não exista mal algum que pudesse afetá-la, nem a ela nem a Otávio. Eles sempre estariam a minha prioridade.Voltamos do quarto assim que ela se acalmou e minha família inteira estava na sala nos esperando.— Antônio, já pedi que meus seguranças dessem uma verificada em volta de toda a casa e na pra&cce
RoseOs dias se passaram e aos poucos as coisas começaram a voltar ao normal. Eu não tinha coragem de sair de casa sozinha mais. Antônio solicitou que fosse feito uma busca por toda a região em volta da nossa casa e da casa dos irmãos e dos pais. Ele queria saber quem era e porque estava atrás de mim.Otávio parecia não se lembrar de nada daquele dia, e sempre que íamos até o jardim ele brincava e explorava tudo. Pelo menos ali eu ficava tranquila.Nem mesmo os seguranças conseguiam me passar algum tipo de tranquilidade.— Rose?— Quando Antônio chegou naquela tarde, eu ainda estava no jardim com Otávio brincando de colher folhas. Ele me trazia as mais variadas cores que ele encontrava e fomos colocando aos poucos em um potinho de vidro onde eu tinha levado suas bolachinhas, caso ele sentisse fome.— Aqui fora