Antônio
Apavorado não era a definição correta para o que eu estava sentindo naquele momento. Acredito que incapaz, defina melhor o que eu estou sentindo no momento. Álvaro está desesperado, andando de um lado para o outro na sala, roendo as unhas e quase arrancando os cabelos. Meu pai está sentando no sofá olhando para o nada e minha mãe ao seu lado alisando suas costas só para ter o que fazer e não pensar que um ano atrás a nossa felicidade se transformou em tragédia. André nos olhava com cuidado, ele, assim como eu, não sabia o que fazer para elim
RoseAntônio e eu passamos a noite sentado no sofá da sala, em dado momento acabei adormecendo em seus braços e acordamos com Hortência nos chamando para tomar café da manhã.Eu estava quebrada depois daquela noite, mas sabia que minha irmã iria precisar de minha ajuda, mesmo com minha futura sogra e minhas irmãs aqui para ajudar. Estar presente era algo que eu não poderia negar a ela, mesmo que atrasasse algumas decis&o
RoseEnfim chegara o grande dia. O dia em que eu me uniria de uma vez por todas ao homem que me salvou de meu próprio pai, que me confiou seu maior tesouro e que me amou por quem eu sou. Hoje era o dia que eu nunca imaginei que existiria em minha vida, onde o sonho de pequena se tornava realidade.— Está me ouvindo?— Dulce falou enquanto eu olhava para um ponto fixo pensando em como tudo estava perfeito.
Me levantei da cama indo em direção a Emma. O vestido era simplesmente perfeito, com uma saia em voal reto. A parte superior era toda rendada, com um discreto decote e mangas trabalhadas. Acho que nunca tinha visto algo tão lindo como aquele vestido.— Gostou?— sua pergunta era carregada de expectativa.— Você está brincando? Eu amei! Como sabia que eu queria algo assim?
AntônioOlho para todos que estão na igreja nos aplaudindo ao sairmos e é surreal tudo que está se passando em minha mente. Finalmente o nosso sim foi dito, nossas vidas estão entrelaçadas da forma que deveria ser desde o começo. E o sorriso dela, nossa, nem sei como descrever a forma que ele me rouba o ar toda vez que vejo.Quando entrou na igreja, tive vontade de correr e abraçá-la, dois dias sem ela eram demais para
— Se comporte meu anjinho, não faça bagunça com os vovôs— ele a abraçou parecendo saber que não ficaria com ela. Seus pequenos olhos se encheram de lágrimas quando minha mãe tentou pegá-lo e desatou a chorar quando o afastaram de Rose.— Não sei se posso suportar isso— ela me falou suplicante.— Ele vai ficar bem— ela me olhou desolada da mesma forma que meu filho a olhava.
AntônioAcordo antes de Rose e observo como ela está tranquila ao meu lado. Sempre gostei de admirá-la enquanto dormia, mas agora parecia que tudo estava mais claro. Saber que seria assim para o resto de nossas vidas me fazia sorrir que nem um bobo.Levanto-me na ponta dos pés para não acordá-la e pego uma roupa básica apenas para descer, queria levar um café na cama para ela e tinha quase certeza que Luana e Bianca já deveri
3 meses depois.RoseNão havia um dia que eu não acordasse sem acreditar que aquela era a minha vida. Minha cabeça só conseguia registrar a emoção de ter conquistado um lugar naquela família, de ser importante para eles da mesma forma que eles eram para mim. Era um sonho que eu tinha muito medo de acordar. Antônio— O que faz aqui debaixo desse temporal?— dei espaço para ela entrar e sair da chuva.— Por favor senhor Campos, me ajude— ela se ajoelhou aos meus pés e a segurei pelos ombros para se levantar.— Eu não tenho para onde ir.—Como assimCapítulo 66