Capítulo 22

Anarina recostou a cabeça junto ao peito de sua irmã, Bia. Os olhinhos atentos e os lábios selados, num silêncio absoluto. O ouvido colado permitiu que a menina ouvisse um som único que a encantou. Ela sentiu um calor preencher seu próprio peito enquanto um “Tum-dum” ecoava repetidamente. Aquela era a primeira vez que a pequena menina ouvia o som de um coração. Um som que continuou a ecoar durante anos em sua memória. Que criou um laço entre as duas irmãs. Mas isso foi há muitos anos. E permaneceu por anos esquecido, até que sua traiçoeira e impiedosa memória decidira desenterrar aquele nostálgico som enterrado no fundo obscuro do seu subconsciente. E inadvertidamente despejou lembranças de uma doce e alegre infância no pior momento possível.

***

A sala do necrotério ficava em anexo à delegacia. Um lugar frio, escu

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