Aline me falou estar recebendo umas mensagens de ódio e o problema é que não era só ela. Eu também vinha recebendo mensagens, uma semana, diariamente, e eram mensagens, mas nenhuma eram dirigidas a mim. Todas eram sobre como essa pessoa odiava minha mulher, e como ela queria ver minha mulher sofrendo. Parecia que quanto mais eu tentasse proteger minha família, mais ameaça aparecia. Já minha mulher não quis baixar a guarda, ela continuou vivendo como tudo não passasse de uma piada. Ela queria continua com todos os planos do batismo de Ian, mas eu falei que iriamos fazer algumas mudanças.Troquei o local do batismo, onde ao invés da igreja, seria na casa do meu irmão. Eu já tinha olhado umas casas, não queria ficam dependendo de Augusto todo o tempo. E após o que aconteceu com Sônia é que eu quero distância mesmo. Sônia tirou o meu filho do meu antigo quarto sem pedir permissão, nos deixou achando que o pior tinha acontecido, e ainda tentou me impedir de pegar Ian. Por um momento eu ach
Era horrível ficar em casa sem poder respirar um ar fresco. Eu não tinha feito nada de errado, então não entendia o motivo de ficar igual um passarinho preso em uma gaiola. Ele era o bandido e eu que tinha que ficar presa. Já estava a quase dois meses sem colocar os pés fora de casa, isso estava me deixada com os nervos à flor da pele. Murilo falava todo dia para eu ter paciência que logo isso teria fim. Estava tão cheia de tudo que mandei ele se lascar, não queria mais ouvir promessas, eu queria resolução. Em uma das nossas muitas discussões, onde mais eu falava e ele só ouvia, eu perguntei se eu tinha que larga meu filho e ir atrás do meu pai sozinha, já que ele não dava conta.— Você não vai pisar o pé para fora dessa casa enquanto eu não colocar as mãos naquele desgraçado. — Murilo falou num tom raivoso.— Eu estou cansada de viver rodeada de segurança e continua correndo risco. — Eu me sentei na cama. — Só quero não me sentir presa, afinal, não fiz nada de errada para estar sendo
Minha mulher estava parecendo uma amazona defendendo o que era dela. Nunca imaginei que um dia eu iria ver a minha Aline quebrando o pulso de alguém. Eu sempre achei mulher barraqueira feia, mas a minha mulher não foi em nenhum momento barraqueira, pelo contrário ela agiu com classe. Ela não gritou, ela não esperneou. Minha mulher foi espetacular. Ela soube colocar minha irmã e Bruna no seu devido lugar sem dizer nenhum palavrão. Eu apenas pedi para ela não se machucar, pois, se surgisse pelo menos um arranhão na minha mulher eu iria ter que tomar a frente e castigar às duas encrenqueiras. Fiz de tudo para nossa noite ser perfeita, Aline estava a dias se sentindo esgotada, por conta de tudo que aconteceu, eu pedir para ela evitar sair de casa, porém não vi o quanto eu deixar pressa. Eu pensava que se ela estivesse em segurança então estava tudo bem, mas não pensei nos sentimentos dela. Eu passava o dia fora trabalhando e Bernadete às vezes saia com seu namorado. Aline deveria se sent
Nos meus primeiros meses de relacionamento com Breno, foram excelentes. Nós dávamos bem, mas nosso namoro nunca tinha passado de uns beijos ou uns amassos. Ele já tinha tentado dar o próximo passo, mas eu não me sentia a vontade. Eu só tinha feito sexo uma vez com o meu primeiro namorado, não me sentia bem em repetir a dose, pois não foi a primeira vez que as mulheres sonham. A minha foi mais dor e menos prazer, e isso me deixava um pouco tensa. Eu sabia que teria que ceder algum dia e ter minha primeira vez com Breno, mas não esperava que ele iria me forçar a fazer algo que eu não estava preparada. No dia que Aline e Murilo saíram para curtir sua noite e eu fiquei em casa para cuidar do meu afilhado. Eu ajudei Aline a se arrumar e ficar linda para seu marido. Minha amiga estava precisando muito de uma noite apenas dela. E eu sabia que Murilo faria tudo para que minha amiga se divertisse. Era em torno de sete e meia da noite quando eles saíram. Coloquei Ian no bebê conforto e o leve
Queria ter a encontrado antes. Nunca pensei que depois dos trinta e cinco anos eu me veria com tanta obsessão por uma menina. Desde que Bernadete veio para minha cidade, ela conseguiu virar o meu mundo de cabeça para baixo. Eu dormia pensando nela e acordava com uma vontade enorme de a ter comigo. Depois do nosso beijo tudo, se complicou, eu não conseguia chegar perto de Sônia, e sem falar que a própria atitude dela estava me afastando. Ela insistia que por eu ser padrinho e tio de Ian, eu tinha a total liberdade de pegar ele quando ela quisesse. Eu sabia o tanto que Sônia queria ter um filho, mas Deus não nos tinha abençoado com tamanha dadiva. Ser pai também era meu sonho, mas nem assim eu me sentia no direito de tomar posse pelo filho do meu irmão, sabia lá fundo do meu ser que o meu dia de ser pai chegaria. Sônia parecia estar perdendo a razão, ela encheu nosso quarto com coisas de crianças, roupinhas, beb conforto até mesmo um berço ela colocou lá. Eu não conseguia dormir mais
Após o banho de Murilo, fomos para sala. Eu não conseguiria dormir antes de saber que estava tudo bem com minha amiga. Berne esteve sempre ao meu lado e eu tinha certeza que depois de tudo que aconteceu hoje ele precisaria de mim. Me sentei no sofá e Murilo foi a cozinha pegar algo para nos. Fiquei no sofá com o coração apertado, pois estava muito preocupada com minha amiga, nunca tinha visto ela chorando. Ver ela daquela forma partiu o meu coração. Eu já tinha percebido que ela vinha tendo algum sentimento por meu cunhado.— Parece que os homens da tua família foi criado para fazer, eu e minha amiga, por outro lado, para sofrer. — Falei para Murilo, ao ver ele sentar ao meu lado.— Meu amor, eu nunca tive intenção de te fazer sofrer. — Ele falou colocando a bacia de fruta na mesa de centro.— Deus me livre se você tivesse intenção. — Falei rindo da sua resposta.— Oh! Ternura, eu te abandonei achando que seria a melhor opção para ti. Nunca pensei que você iria passar por tantas coisa
Em toda minha vida eu só vi Augusto chorando duas vezes. A primeira vez quando ainda éramos crianças, não recordo bem o motivo e... a segunda vez foi quando o vi sair do meu escritório depois de uma conversa com Bernadete, ali eu tive total certeza de que ele realmente tinha sentimentos por ela. Ao vê-lo saindo do escritório enxugando o rosto, fui em direção a ele.— Você está bem, meu irmão? — Ele me olhou nos olhos e balançou a cabeça negado.— Não, meu irmão, eu não estou nada bem. — Sua voz saiu trêmula, mas logo ele tratou de normaliza-la com um pigarreio. — Acho que não sei mais o que é estar bem desde quando eu a conheci. — Augusto se virou para o escritório. — Cuide bem dela, por favor. — Nós já cuidamos muito bem dela, meu irmão. Ela faz parte da nossa família.— Não deixe mais aquele canalha pisar os pés aqui. Se eu não tivesse chegando a tempo... — Ele fechou as mãos em punho. — Não gosto nem de imaginar o que teria acontecido.— Ele fez algo contra a Bernadete? Fiquei perd
Estava escovando os dentes no banheiro, e ouvi Murilo dizendo que meu celular estava tocando, pedi para ele atender. Ao voltar para o nosso quarto, Murilo estava com um olhar assassino. — O que tem de tão serio no meu celular que te deixou com um olhar matador? — Ele me entregou o celular e pediu para eu ler a mensagem. Peguei meu celular, e minhas mãos começaram a tremer. Havia nele uma mensagem recém-recebida, cada palavra contida naquela mensagem me arrepiava. Primeiramente, foi a mensagem ter vindo de uma pessoa que eu achava que nunca mais teria noticias. Segundo por saber que as mensagens que vinha recebendo alguns dias atrás não eram trotes ou brincadeira de alguém que não tinha nada melhor para fazer. Mensagem recebida. “Oi, Line! Sei que já faz um bom tempo que não nos falamos. Eu tinha prometido para mim mesmo que jamais iria voltar a dirigir alguma palavra para você, mas não ache que é porque te odeio ou algo assim. Muito pelo contrário, eu me odeio por tudo que eu fiz