Os pais de Nágila a abraçaram com força, seus corações apertados pela preocupação. A mãe, com a voz trêmula, perguntou:—Querida, o que aconteceu? Por que os seus olhos estão cheios de lágrimas?—Não é nada, mãe, está tudo bem — respondeu ela, tentando esconder a dor.Mas as lágrimas continuavam a escorrer pelo seu rosto enquanto ela arrastava os pais para longe. A mãe, aflita, indagou:—O que houve, meu amor?— Está doendo mãeO pai, ao ouvir as palavras da filha, rapidamente interpretou que o pé dela estava doendo por estava machucado. Com um gesto protetor, ele a pegou nos braços e a levou para o quarto. Ao chegar lá, deitou Nágila na cama, mas o choro dela não cessava. A mãe, tomada pela preocupação, correu para buscar um remédio.Nesse momento, Nágila segurou o braço da mãe e, com a voz embargada, perguntou:—O que eu faço, mãe?A mãe não compreendeu de imediato e questionou:— O que?— Eu confundi as coisas... eu sou tão idiota! - desabafou Nágila.— Filha, você não está falan
Vincenzo entrou no quarto, com um cuidado quase reverente, e colocou Nágila sentada em suas coxas. Seus seguranças, secreto,já havia se livrado da mulher que antes estava ali. O olhar de Nágila se fixou no lugar onde a mulher estivera, e essa reação não passou despercebida pelos olhos atentos de Vincenzo.Com um aperto no coração, ele rapidamente ligou para o médico, pedindo que viesse o mais rápido possível. O pé de Nágila estava vermelho, resultado do esforço que ela fizera, e a preocupação dele era visível. Quando o médico chegou, Nágila se sentiu envergonhada e quis descer, mas Vincenzo a segurou firme, sem permitir que ela se movesse. Após o exame, o médico prescreveu alguns remédios e saiu, achando que Vincenzo estava sendo exagerado.Assim que o médico partiu, Vincenzo perguntou com um tom suave:— Você está desconfortável nesse quarto?Ela negou com a cabeça.— Tudo bem se você não quiser ficar aqui. Posso pedir outro quarto até nossa partida.Nágila olhou para ele incrédula
Vincenzo entrou no quarto de Carrick, seu olhar determinado. —Senhor Menezes, preciso saber se o senhor decidiu ir com a gente para a Itália ou se vai permanecer aqui.—O homem mais velho olhou para ele, seu semblante carregado de preocupações. —Se eu decidir ir para a Itália, você realmente acha que, na minha idade, consigo encontrar emprego? Não posso ficar em um lugar sem trabalhar para sustentar a minha família.Ele sorriu, mas havia uma tristeza subjacente em suas palavras. Vincenzo respondeu com entusiasmo: —Claro que sim! Emprego lá não vai faltar, se o senhor quiser. E mesmo que não consiga um trabalho imediato, sou homem o suficiente para sustentar meus sogros.—Ele enfatizou a palavra "sogros" como se fosse a coisa mais natural do mundo, esquecendo-se que há pouco tempo havia afirmado que jamais se casaria. Para ele, o casamento era como uma condenação a prisão perpétua; havia milhões de mulheres no mundo para lhe fazer feliz porque se prender a uma?Quem diria que aquele hom
Ao ver Leonardo entrando com Mirella nos braços, Bianca e Giulia correram ao seu encontro.— Seja bem-vindo de volta ao lar, meu filho! — exclamou Giulia, o sorriso iluminando seu rosto.— Cunhado, seja bem-vindo! Estávamos ansiosas para conhecer sua futura esposa! — completou Bianca, cheia de expectativa.Leonardo retribuiu o sorriso, mas fez um gesto discreto com o dedo para que falassem baixo, pois Mirella estava dormindo serenamente em seus braços. O ar estava carregado de uma tensão suave, mas palpável.Naira, a pequena o acompanhava tímidamente , ficou logo atrás, observando a cena com curiosidade e timidez. Bianca notou a menina e se agachou para falar com ela, sua voz doce e acolhedora. Mas Naira permanecia em silêncio, olhando para Bianca com uma expressão confusa, sem entender as palavras que saíam da boca da mulher.Leonardo percebeu a situação e lançou um olhar protetor para Naira antes de chamar uma empregada.— Prepare um quarto para a Naira — ordenou ele. — Certifique-
Assim que Leonardo entrou no quarto, seu coração disparou ao ver Mirella em cima da cama, abraçando os joelhos como se estivesse presa em um pesadelo. Quando ela acordou, sua expressão de confusão se transformou em pânico ao perceber que estava em um lugar desconhecido, luxuoso e imponente. A ausência de Leonardo e de sua irmãzinha a envolveu em uma nuvem de desespero.As lágrimas começaram a escorregar pelo seu rosto enquanto ela chamava por ele, sua voz baixa e tremendo de medo. Foi nesse instante que Martinha, uma das empregadas, entrou para arrumar as roupas dela no closet. O ambiente parecia estranhamente acolhedor, mas a solidão a consumia.Leonardo havia decidido que Mirella não ficaria em um quarto de hóspedes; ele queria tê-la sempre por perto para não perdê-la de vista. Quando finalmente Ele apareceu na porta, o alívio iluminou os olhos dela como um raio de sol após uma tempestade. —É você mesmo?— Ela perguntou, estendendo as mãos na esperança de tocar seu rosto e confirmar
Na sala, Giulia sentou-se no sofá, segurando a mão de Vincenzo com ternura.— Filho, sente-se aqui. Vamos conversar — disse ela, a voz carregada de preocupação.Vincenzo se acomodou ao lado dela, sua postura imponente contrastando com a fragilidade do momento.— Me conta um pouco sobre a viagem — pediu Giulia, tentando ler os sentimentos dele.— Deu tudo certo, mãe — respondeu ele, um sorriso forçado nos lábios.— O Guido está sob controle. O Leonardo vai acertar as contas com ele assim que a Mirella estiver confortável — continuou Vincenzo, mas sua voz falhou ao mencionar a situação.— Querido, não estou querendo saber dos problemas da máfia — Giulia interrompeu suavemente, olhando nos olhos dele. — Eles são importantes, mas não mais que o coração dos meus filhos.— Fique tranquila, mãe. O Leonardo só está preocupado porque a Mirella disse que não pode atrapalhar a vida dele; que ela não merece estar com ele por causa do status... Mas o jeito que ela olha para ele é com amor e ternur
Ele se aproximou e sentou-se na beira da cama, suavemente afastando uma mecha de cabelo que cobria o lindo rosto de Nagila. Com um sussurro suave, ele disse: "Eu sei que você está acordada. Podemos conversar?—O corpo dela se encolheu com a voz do homem, e um arrepio percorreu sua pele, mas ela não abriu os olhos. Vincenzo sorriu e beijou delicadamente atrás da orelha da garota, fazendo seu coração disparar.—Nágila,—ele continuou, —vamos conversar. Eu preciso te contar algo. Não posso esconder isso de você. Depois, se você quiser me odiar, tudo bem."Ela suspirou e abriu os olhos lentamente, encontrando um par de olhos como água cristalina fixos nela. "O que você quer, Vincenzo? Estou com sono e não estou afim de conversar, por favor, deixe eu dormir.—Nágila, olhe para mim. Não posso adiar essa conversa. Minha mãe me convenceu a não esconder nada de você,— disse ele.—Eu não preciso que me fale nada! Você não me deve satisfação! Te disse uma vez e vou repetir: faça o que quiser, eu n
A razão do meu medo é que não sou quem você pensa que sou. Eu não sou o herói que você imagina. Minha família e eu temos alguns negócios ilegais, e isso nos coloca em perigo. Quando vocês chegaram aqui, seu pai me perguntou por que vivemos em uma fortaleza, então vou te explicar: vivemos em uma fortaleza para nos proteger dos nossos inimigos. Matteo Denaro, meu irmão mais velho e meu pai de criação, é o Dom da máfia italiana. Era para eu ser o subchefe, mas me recusei a casar. Assim, Vincent se tornou o subchefe, enquanto eu sou o capo, abaixo do subchefe. Leonardo é o conselheiro. Esses são os quatro maiores cargos na máfia, e somos os criminosos mais perigosos de toda a Sicília. Até hoje, nunca ninguém nos desafiou e saiu vitorioso. Mas isso vem com um preço muito alto. As mulheres são mais frágeis — não todas, mas muitas se tornam alvos fáceis para os nossos inimigos. Por isso, nunca demonstramos carinho em público; fingimos que as mulheres não são importantes para nós, para que