Ao chegar no shopping,Mirella olhava para todos os lados, admirando a beleza do lugar. Ela estava com as mãos geladas, apenas sorrindo. Leonardo, por sua vez, olhava para a linda jovem à sua frente. Seus olhos desceram até os lábios dela; tudo que ele queria era beijar essa mulher, mas ela estava tão fragilizada que ele não se atreveria a fazer isso. Uma moça chegou para atendê-los.— Bom dia, senhor. Bom dia, Moça — comprimentou a atendente com um sorrisoEnvergonhada, Mirella respondeu quase como um sussurro.— Bom dia.Leonardo nem se deu ao trabalho de responder deixando a mulher sem graça—O que vocês querem? Perguntou um pouco constrangida— Eu quero a coleção mais nova que vocês tiverem de roupas para ela. Falou Leonardo sem dar atenção a elaA moça olhou para Mirella com uma pontada de inveja . O homem que estava ao lado da jovem era diabolicamente lindo, o sonho de qualquer mulher.— Ok, senhor. Só um momento. Qual o seu número?— perguntou a atendente olhando diretamente
O senhor Menezes olhou para a filha e perguntou:— Quem nos resgatou dos bandidos?— Sim, papai — respondeu Nágila.Ele abraçou a filha com preocupação.— Tá tudo bem, pai. O médico disse que não foi nada demais, só uma torção. Vou ficar bem em breve. Mas estou preocupada com vocês. Estou vendo que estão muito machucados.— Estamos bem, querida — responderam os pais.De repente, o senhor Menezes parecia lembrar de algo importante.— Nágila, onde você dormiu? Não me diga que dormiu...O rosto de Nágila corou. Ela tentou falar, mas foi interrompida por uma batida na porta. Rapidamente, a porta foi aberta e Vincenzo entrou, vestido em um terno preto sob medida com uma camisa branca com os dois primeiros botões abertos. Seus cabelos ainda estavam molhados.— Essa pergunta eu posso responder — disse Vincenzo. — Ela dormiu comigo.— Bom dia, senhor e senhora Menezes.— Bom dia, meu jovem — responderam em uníssono, encarando o homem. — Você está dizendo que dormiu com nossa filha?— Sim, eu
Vincenzo olhou para Leonardo com uma expressão de incredulidade. Era difícil acreditar que o homem à sua frente era seu sobrinho favorito. —O que aconteceu com ele? Alguém fez uma lavagem cerebral?—, pensou, enquanto uma risada interna se formava em sua mente. A rejeição foi mais um espetáculo do que uma dor real quando Leonardo o expulsou do quarto. Vincenzo suspirou dramaticamente, como se estivesse interpretando um papel dramático fingindo tristeza—Realmente, as pessoas que se apaixonam mudam.—Tudo bem,—disse ele, levantando as mãos em um gesto exagerado de rendição e forçando uma expressão de tristeza. —Vamos embora daqui, Nágila. Estou sendo rejeitado pelo meu próprio sobrinho! Ele é tão cruel!— Disse ele tudo isso porque viemos aqui preocupados com a Mirella, mas agora somos indesejados.Leonardo nem se deu ao trabalho de olhar para o tio e continuou alimentando Mirella, enquanto Vincenzo saía do quarto, quase dramatizando cada passo. Assim que a porta se fechou atrás dele, Vi
Os pais de Nágila a abraçaram com força, seus corações apertados pela preocupação. A mãe, com a voz trêmula, perguntou:—Querida, o que aconteceu? Por que os seus olhos estão cheios de lágrimas?—Não é nada, mãe, está tudo bem — respondeu ela, tentando esconder a dor.Mas as lágrimas continuavam a escorrer pelo seu rosto enquanto ela arrastava os pais para longe. A mãe, aflita, indagou:—O que houve, meu amor?— Está doendo mãeO pai, ao ouvir as palavras da filha, rapidamente interpretou que o pé dela estava doendo por estava machucado. Com um gesto protetor, ele a pegou nos braços e a levou para o quarto. Ao chegar lá, deitou Nágila na cama, mas o choro dela não cessava. A mãe, tomada pela preocupação, correu para buscar um remédio.Nesse momento, Nágila segurou o braço da mãe e, com a voz embargada, perguntou:—O que eu faço, mãe?A mãe não compreendeu de imediato e questionou:— O que?— Eu confundi as coisas... eu sou tão idiota! - desabafou Nágila.— Filha, você não está falan
Vincenzo entrou no quarto, com um cuidado quase reverente, e colocou Nágila sentada em suas coxas. Seus seguranças, secreto,já havia se livrado da mulher que antes estava ali. O olhar de Nágila se fixou no lugar onde a mulher estivera, e essa reação não passou despercebida pelos olhos atentos de Vincenzo.Com um aperto no coração, ele rapidamente ligou para o médico, pedindo que viesse o mais rápido possível. O pé de Nágila estava vermelho, resultado do esforço que ela fizera, e a preocupação dele era visível. Quando o médico chegou, Nágila se sentiu envergonhada e quis descer, mas Vincenzo a segurou firme, sem permitir que ela se movesse. Após o exame, o médico prescreveu alguns remédios e saiu, achando que Vincenzo estava sendo exagerado.Assim que o médico partiu, Vincenzo perguntou com um tom suave:— Você está desconfortável nesse quarto?Ela negou com a cabeça.— Tudo bem se você não quiser ficar aqui. Posso pedir outro quarto até nossa partida.Nágila olhou para ele incrédula
Vincenzo entrou no quarto de Carrick, seu olhar determinado. —Senhor Menezes, preciso saber se o senhor decidiu ir com a gente para a Itália ou se vai permanecer aqui.—O homem mais velho olhou para ele, seu semblante carregado de preocupações. —Se eu decidir ir para a Itália, você realmente acha que, na minha idade, consigo encontrar emprego? Não posso ficar em um lugar sem trabalhar para sustentar a minha família.Ele sorriu, mas havia uma tristeza subjacente em suas palavras. Vincenzo respondeu com entusiasmo: —Claro que sim! Emprego lá não vai faltar, se o senhor quiser. E mesmo que não consiga um trabalho imediato, sou homem o suficiente para sustentar meus sogros.—Ele enfatizou a palavra "sogros" como se fosse a coisa mais natural do mundo, esquecendo-se que há pouco tempo havia afirmado que jamais se casaria. Para ele, o casamento era como uma condenação a prisão perpétua; havia milhões de mulheres no mundo para lhe fazer feliz porque se prender a uma?Quem diria que aquele hom
Ao ver Leonardo entrando com Mirella nos braços, Bianca e Giulia correram ao seu encontro.— Seja bem-vindo de volta ao lar, meu filho! — exclamou Giulia, o sorriso iluminando seu rosto.— Cunhado, seja bem-vindo! Estávamos ansiosas para conhecer sua futura esposa! — completou Bianca, cheia de expectativa.Leonardo retribuiu o sorriso, mas fez um gesto discreto com o dedo para que falassem baixo, pois Mirella estava dormindo serenamente em seus braços. O ar estava carregado de uma tensão suave, mas palpável.Naira, a pequena o acompanhava tímidamente , ficou logo atrás, observando a cena com curiosidade e timidez. Bianca notou a menina e se agachou para falar com ela, sua voz doce e acolhedora. Mas Naira permanecia em silêncio, olhando para Bianca com uma expressão confusa, sem entender as palavras que saíam da boca da mulher.Leonardo percebeu a situação e lançou um olhar protetor para Naira antes de chamar uma empregada.— Prepare um quarto para a Naira — ordenou ele. — Certifique-
Assim que Leonardo entrou no quarto, seu coração disparou ao ver Mirella em cima da cama, abraçando os joelhos como se estivesse presa em um pesadelo. Quando ela acordou, sua expressão de confusão se transformou em pânico ao perceber que estava em um lugar desconhecido, luxuoso e imponente. A ausência de Leonardo e de sua irmãzinha a envolveu em uma nuvem de desespero.As lágrimas começaram a escorregar pelo seu rosto enquanto ela chamava por ele, sua voz baixa e tremendo de medo. Foi nesse instante que Martinha, uma das empregadas, entrou para arrumar as roupas dela no closet. O ambiente parecia estranhamente acolhedor, mas a solidão a consumia.Leonardo havia decidido que Mirella não ficaria em um quarto de hóspedes; ele queria tê-la sempre por perto para não perdê-la de vista. Quando finalmente Ele apareceu na porta, o alívio iluminou os olhos dela como um raio de sol após uma tempestade. —É você mesmo?— Ela perguntou, estendendo as mãos na esperança de tocar seu rosto e confirmar