Lá estava Beatrice dentro de um avião, sentindo o coração acelerar ao lembrar do dinheiro que havia roubado do velho que se envolveu com ela. A adrenalina ainda pulsava em suas veias, mas agora ela precisava se concentrar no próximo passo.Um homem com um cheiro embriagante sentou-se ao seu lado, mergulhado em um jornal que parecia ser sua única companhia. Beatrice tentou olhar para ele, mas a visão dele era obscurecida pelas páginas amareladas do periódico. Decidida a quebrar o gelo, tentou puxar assunto, mas o homem não lhe deu atenção, deixando-a frustrada.— Eu nunca fui ignorada assim por alguém — pensou consigo mesma, a determinação crescendo. — Preciso mudar essa situação.Com um movimento elegante, ela abriu sua nécessaire de maquiagem e começou a se maquiar, cuidadosamente retocando o batom vermelho que realçava seus lábios. Depois, aplicou seu perfume francês favorito, cujos acordes florais e frutados preenchiam o ar ao redor dela.Mesmo assim, o homem permaneceu alheio às s
O homem olhou para ela e perguntou, olhando dentro dos olhos: —Por que você tem tanto medo? O que você fez de tão errado para sua irmã?Ela suspirou. —Eu não fiz nada demais, mas estava prometida a um casamento forçado. Com o homem de uma família cruel, eles desprezam totalmente as mulheres. Elas usam roupas caras e joias apenas nos eventos, o que quer dizer que têm muito dinheiro. Na verdade, eles são muito ricos, bilionários, mas tratam as mulheres como lixo. Até batem nelas e dizem que elas merecem. Elas têm que ser submissas. Eu não nasci para ser submissa.Dentro da casa, há uma regra entre eles: todos moram juntos, parece que escravizam as mulheres e ninguém sabe dos tormentos que elas passam lá dentro. E quem faz tudo são elas, não têm uma empregada para ajudar em nada. Eu não nasci para isso, nasci para ser princesa. Então, eu fugi do casamento, deixando a bomba para os meus pais resolverem e enviarem a Bianca, que é minha irmã mais nova ela é muito feia e insuportável. Ningué
Assim que o avião pousou, Leonardo levantou a mão, sinalizando para duas mulheres que o aguardavam. Com um olhar frio e determinado, ele ordenou:—Levem-na para Fortaleza. Façam com que limpe tudo, especialmente os banheiros, assim como ela costumava fazer com a própria irmã. E só deixem ela comer se o serviço estiver bem feito. Se ela se cansar, coloquem-na para dormir no chão sem lençóis, da mesma forma que tratava Bianca. Eu vou deixar esse vídeo com vocês; assistam e vejam todas as maldades que ela cometeu contra a própria irmã. Depois disso, vocês também não sentirão pena dela.As mulheres assentiram com um sorriso cruel e agarraram o braço de Beatrice, arrastando-a para fora do avião. Ela se debatia, gritando e implorando por ajuda, mas Leonardo estava decidido a não ter misericórdia. As memórias do sofrimento de Bianca, sua cunhada, surgiam em sua mente como um filme angustiante — cada lágrima derramada, cada momento de dor.Agora era a vez de Beatrice pagar por tudo o que havi
Leonardo pegou sua arma favorita: uma pistola prateada, com um design elegante e detalhes em dourado que ostentavam as iniciais de seu nome. Era uma arma silenciosa, perfeita para suas operações discretas. Como sempre, ele abriu o armário multiuso e retirou uma de suas máscaras, deslizando-a sobre a cabeça até que se ajustasse perfeitamente, transformando seu rosto em uma nova identidade.Com determinação, Leonardo caminhou em direção à sala de torturas no galpão. Seus homens estavam posicionados do lado de fora, prontos para qualquer eventualidade. Ele deu um chute na porta, que se abriu com um estrondo.Assim que a porta se abriu, a projeção foi ativada imediatamente, mergulhando o ambiente em uma realidade distorcida que deixaria Dante confuso e vulnerável.—Eu entrarei sozinho,—disse Leonardo, com firmeza. —Fiquem atentos a qualquer movimento suspeito.Dentro da sala, Dante estava preparado, segurando uma metralhadora e mirando na direção da porta. Dois homens estavam destelhando
Logan gritou: —Leonardo!—Me chamou, senhor? — respondeu Logan, com uma expressão de seriedade.—Sim, quero que pegue dez homens e vá à casa do Paolo. Me traga a Kiara — disse Leonardo, encarando Dante. O rosto dele estava cheio de sangue, ainda molhado e tremendo de frio, uma visão que despertava tanto preocupação quanto desprezo em Leonardo.—Sim, senhor — respondeu Logan, saindo rapidamente para cumprir a ordem.Leonardo então chamou o médico que ficava na base. Ele sempre estava por perto para tratar dos ferimentos dos membros depois dos treinos pesados. Era um trabalho duro; sempre havia alguém machucado ou com costelas quebradas. Na família Denaro, só se tornavam soldados aqueles que realmente não temessem a forte pressão do treinamento e que fossem bons de briga e rápidos no gatilho. Os que não passavam no teste recebiam outras tarefas ou ficavam como reserva, como em um time de futebol.Todos treinavam, até as mulheres. Elas tinham funções importantes na máfia; algumas adminis
— Vamos começar, Dante? — perguntou Leonardo ironicamente, enquanto escolhia uma caixa de agulhas. O coração de Dante disparou, e o terror tomou conta dele ao ver as agulhas reluzindo sob a luz fria do ambiente. Assim que três agulhas foram cravadas em seus braços, ele não gritou, mas seus músculos se contraíram involuntariamente. O sangue escorria dos seus lábios, que ele mordia com tanta força na tentativa desesperada de controlar o grito de dor.Os olhos de Dante se arregalaram quando Logan entrou arrastando Kiara pelos cabelos.— Aqui está a bandida, senhor! Estava tentando fugir! — Logan anunciou, um sorriso cruel nos lábios.Leonardo apenas apontou para a cadeira ao lado de Dante. Logan prendeu Kiara com brutalidade, e Leonardo se aproximou dela com um olhar gélido.— Olá, Kiara. Você está contente? Me explique por que transou com o Vincenzo se estava em um relacionamento com o Dante.— Não! Eu não fiz! — ela exclamou, os olhos lacrimejando de medo e desespero.Leonardo se incli
Leonardo deixou os dois presos no galpão de torturas e fechou a porta, colocando a chave na fechadura. Ele se dirigiu até o quinteto.— Ajax, ligue a projeção e torture-os psicologicamente.— Sim, chefe! — respondeu Ajax, com um sorriso sádico, enquanto seus dedos dançavam sobre o teclado do computador.De repente, Dante e Kiara estavam em apuros. Dante estava amarrado a uma coluna fria, sem camisa, levando trinta chicotadas do próprio pai. A voz do homem ecoava em seus ouvidos:— Você pegou o doce do seu irmão. Como ousa pegar o que é dele?— Não fui eu! — murmurou Dante, sentindo a dor aguda em suas costas ensanguentadas.— Você não presta! Estou cansado de você! Já chega!O pai continuou a chicotear, cada golpe fazendo o desespero de Dante aumentar.— Você terá que pagar tudo que roubou do seu irmão. Como não tem dinheiro porque é um vagabundo e não trabalha, vou te vender. Encontrei um homem que gosta de homens e mulheres. Você vai ser o brinquedinho dele — disse o pai com um sorr
Dante, no galpão, continuava a gritar, mesmo sabendo que reviver aquelas lembranças era doloroso. No entanto, Leonardo não se importava; a única coisa que ocupava sua mente era Vincent, ferido e Vincenzo internado devido às torturas que sofrera. Se Vincent não tivesse invadido o local onde Dante estava sendo mantido prisioneiro, o pobre homem teria sido castrado.Leonardo entrou no galpão com um aparelho de choque. Assim que a projeção foi desligada, o corpo de Dante e Kiara recebeu uma descarga elétrica, intensificando ainda mais a dor das agulhas cravadas em suas peles e fazendo seus corpos se impulsionarem para cima.Os gritos ecoaram pelo espaço, misturando-se em um clamor de desespero e sofrimentoKiara gritava, pedindo misericórdia. Ela não suportava mais a dor e implorava: "Por favor, me mata logo! Tenha misericórdia!" Leonardo, imperturbável, não demonstrava nem uma centelha de compaixão. Continuou a aplicar choques e, achando que isso não era suficiente, arrancou as unhas dos