A tarde estava chegando ao fim e, até aquele momento, tudo estava indo maravilhosamente bem para Antonella. A Sra. Doina e sua filha Romina passaram a tarde toda ensinando a ela o básico da magia sem hesitar, sem questionar nem por um momento sua condição de boa moça.Doina havia explicado a Antonella inúmeros conceitos sobre o que envolve a tal magia: feitiços de proteção, outros para boa sorte, para se comunicar com o universo; as leis inerentes da magia branca, o propósito benevolente dela com todos os benefícios que sua prática traz para a pessoa e aqueles ao seu redor.Tudo soava ótimo em teoria, mas o que a Sra. Doina não sabia era que aquela "boa moça" não passava de uma ilusão com um passado sombrio e sinistro. Mas elas não precisavam saber disso de jeito nenhum.Enquanto Antonella sorria com gentileza e mostrava luminosidade em seu rosto, além de total disposição para seguir as regras naqueles simples, mas eficazes exercícios de respiração para autocontrole que dominava perfe
De fato, a expectativa de Antonella havia sido correta, mas por alguma razão ela havia se animado um pouco quando Mireya mencionou a palavra "fogo". A mente da ruiva havia imaginado a ideia de uma grande fogueira ao ar livre onde talvez realizariam uma dança intensa ou algo parecido, mas aquilo se mostrou diferente.O grupo de mulheres começou a acender velas brancas e a se sentar em círculo enquanto faziam algum pequeno discurso de boas-vindas. Era praticamente como uma apresentação, como na escola, quando era o primeiro dia e todos tinham que dizer seus nomes. Isso a desapontou, especialmente porque Antonella não queria se lembrar dos nomes daquelas mulheres.Primeiro, pediram a Antonella que se apresentasse de forma mais resumida. Depois foi a vez de Doina, depois Romi, depois Mireya, Raiza, Angeli, Sam e Carmina."Vamos, Antonella, você está aqui agora. Terá que aprender pelo menos os nomes delas e ser uma boa garota enquanto estiver com elas, o que será por um período indetermina
Os raios de sol iluminaram o rosto dele, e foi aí que ele percebeu a chegada de um novo dia. Sorin abriu os olhos e se mexeu entre os lençóis; o peso do estresse não o deixava em paz, nem dormindo nem acordado.Ele esfregou os olhos com as mãos cerradas, bocejou porque dormir no sofá era a pior coisa do mundo, e depois de se espreguiçar, deixou a preguiça enroscada entre os lençóis e se preparou para começar um novo dia: o dia em que Ileana Enache finalmente lhe traria respostas.Já havia passado uma semana desde que aqueles traidores que outrora haviam sido seus camaradas se atreveram a roubar o que haviam renunciado horas antes: suas capas e kits de Virtudes. Sorin se sacudiu para não pensar mais nisso e decidiu virar a página.Ele se despiu com pressa, entrou no chuveiro e relaxou com a água que começou a acariciar todo o seu corpo. A verdade era que ele estava esperando por alguém e estava quase certo de que ela o ajudaria em algum tipo de sequestro.Aquela mulher, que dizia se ch
Sorin decidiu estacionar seu carro na garagem para ter mais privacidade, mas, sendo um estacionamento comum usado por todos os vizinhos, naquela sexta-feira à noite, havia alguns vizinhos conversando, talvez sobre fofocas diversas, pois não pareciam ter pressa de sair dali.– Descemos agora? – perguntou Megara, mas Sorin negou com a cabeça e com a testa franzida – É que... Acho que ela vai acordar – sussurrou a médium.O sangue de Sorin começou a ferver de desespero por se sentir impotente, e ele desejou com todas as suas forças que Ileana não gritasse ou algo do tipo. Ele olhou para trás e, de fato, o saco estava se mexendo, ou melhor, a garota estava se mexendo.– Oi, senhora... – sussurrou Sorin, mas foi interrompido por Megara.– Senhora? Senhorita ou apenas Megara, mais respeito – reclamou muito ofendida.Sorin revirou os olhos e suspirou de frustração. Ele não sabia de onde tirar mais paciência para lidar com as tolices de Megara.– Apenas escute, tenho uma ideia, não posso expl
A casa estava às escuras, e o silêncio reinava por todo o lugar com tanta intensidade que martelava os tímpanos de Ileana. Ela estava sentada no chão, com as costas apoiadas na cama da sua amiga, que não estava lá com ela; tinha desaparecido do seu lado.Ileana estava aterrorizada mais uma vez. Tinham levado Nadia, e ela nem sequer tinha notado até depois de algumas horas, porque estava escrevendo no seu diário. Como ela tinha sido tão má amiga?Na verdade, a ansiedade que sentia era que não conseguia tirar Velkan dos seus pensamentos, muito menos do seu coração, e, inevitavelmente, o seu interior dizia-lhe que talvez ele estivesse vivo em algum lugar, o que a atormentava. Ela queria encontrá-lo, mas sabia que não poderia fazê-lo escondida ali.Também, embora odiasse admitir, não conseguia deixar de pensar em Antonella, em todo o ódio que a consumia. Sabia perfeitamente que ela já não era humana, que tinha perdido essa humanidade há muito tempo. Quando leu o seu diário, Ileana até tin
A jovem se encostou na parede do quarto e abriu a cortina com muito cuidado para ver quem eram. Sendo no segundo andar, isso facilitava sua ação.Lá estavam cinco indivíduos, imóveis em frente à casa. Ela ainda não sabia se eles conseguiam ver através de seu campo de força, mas estava muito certa de que eles tinham habilidades sobrenaturais; caso contrário, não teriam conseguido encontrá-la em primeiro lugar.– Ileana Enache! – gritou novamente uma voz masculina, completamente desconhecida. – Sabemos que você está aí dentro.– Precisamos falar com você por um momento! Não vamos fazer mal se você decidir sair por bem – exclamou outra voz, desta vez feminina e muito alta.Ileana não podia acreditar. Ela estava petrificada que essas pessoas soubessem seu nome completo, mas ao mesmo tempo algo dentro dela estava provocando... raiva?Aquelas vozes soavam ameaçadoras e isso a havia ofendido profundamente. Ela franziu a testa e tentou se lembrar do poder com o qual havia golpeado aquele lobo
Aviso: conteúdo para maiores de 18 anos!! Leia por sua conta e risco.Ela não sabia como ou por que, mas Ileana se sentia nas nuvens, enquanto as mãos grandes e fortes do homem que ela amava, que estava logo atrás dela, passavam de roçar seus lábios com os dedos indicadores, para depois descerem por seu pescoço. e chegar aos seios, que já estavam excitados por estarem expostos e afetados pelo clima temperado.Eles estavam de pé e ele, que naquele momento já não tinha nenhuma peça de roupa no corpo, despiu-a quase toda a roupa com amor e delicadeza, deixando-a quase nua, vestindo apenas a calcinha branca.Ela, que mantinha os olhos fechados pelo prazer que sentia com aquelas carícias, mordeu o lábio inferior ao sentir como os lábios macios dele deixavam uma fileira de beijos em seu pescoço enquanto aquelas mãos travessas não paravam de brincar com seus mamilos duros. e a boca da jovem se abriu de prazer ao sentir aquelas fricções e leves beliscões que causavam uma sensação de formigame
Todos estavam diante de Ileana, que a cada segundo parecia olhar para eles com mais repulsa e desconfiança. Eles nem sequer se deram ao trabalho de sentar; não havia mais necessidade do que explicar o necessário para que a jovem cooperasse da melhor maneira possível.– Cerca de um mês atrás, Ar... – Raguel pigarreou para se corrigir. – Alder chegou a viver perto da sua casa com a missão de tirar os objetos que continham a magia da vampira que você tanto mencionou no hospital.Ileana ficou boquiaberta. Eles sabiam de tudo, e isso começava a assustá-la.– Desculpem, mas... de onde vocês tiraram essas informações? Vocês têm alguma relação com esse homem? Quem são vocês? Explicação agora – exigiu Ileana desesperadamente.– Bem... você vê – respondeu Daniel. – Em primeiro lugar, já nos apresentamos ontem à noite, bela dama – elogiou com um de seus amplos sorrisos, e Gabrielle deu um cutucão nele para impedi-lo de se desviar com suas galanterias. – Nós somos as Virtudes Divinas e nossa miss