A casa estava às escuras, e o silêncio reinava por todo o lugar com tanta intensidade que martelava os tímpanos de Ileana. Ela estava sentada no chão, com as costas apoiadas na cama da sua amiga, que não estava lá com ela; tinha desaparecido do seu lado.Ileana estava aterrorizada mais uma vez. Tinham levado Nadia, e ela nem sequer tinha notado até depois de algumas horas, porque estava escrevendo no seu diário. Como ela tinha sido tão má amiga?Na verdade, a ansiedade que sentia era que não conseguia tirar Velkan dos seus pensamentos, muito menos do seu coração, e, inevitavelmente, o seu interior dizia-lhe que talvez ele estivesse vivo em algum lugar, o que a atormentava. Ela queria encontrá-lo, mas sabia que não poderia fazê-lo escondida ali.Também, embora odiasse admitir, não conseguia deixar de pensar em Antonella, em todo o ódio que a consumia. Sabia perfeitamente que ela já não era humana, que tinha perdido essa humanidade há muito tempo. Quando leu o seu diário, Ileana até tin
A jovem se encostou na parede do quarto e abriu a cortina com muito cuidado para ver quem eram. Sendo no segundo andar, isso facilitava sua ação.Lá estavam cinco indivíduos, imóveis em frente à casa. Ela ainda não sabia se eles conseguiam ver através de seu campo de força, mas estava muito certa de que eles tinham habilidades sobrenaturais; caso contrário, não teriam conseguido encontrá-la em primeiro lugar.– Ileana Enache! – gritou novamente uma voz masculina, completamente desconhecida. – Sabemos que você está aí dentro.– Precisamos falar com você por um momento! Não vamos fazer mal se você decidir sair por bem – exclamou outra voz, desta vez feminina e muito alta.Ileana não podia acreditar. Ela estava petrificada que essas pessoas soubessem seu nome completo, mas ao mesmo tempo algo dentro dela estava provocando... raiva?Aquelas vozes soavam ameaçadoras e isso a havia ofendido profundamente. Ela franziu a testa e tentou se lembrar do poder com o qual havia golpeado aquele lobo
Aviso: conteúdo para maiores de 18 anos!! Leia por sua conta e risco.Ela não sabia como ou por que, mas Ileana se sentia nas nuvens, enquanto as mãos grandes e fortes do homem que ela amava, que estava logo atrás dela, passavam de roçar seus lábios com os dedos indicadores, para depois descerem por seu pescoço. e chegar aos seios, que já estavam excitados por estarem expostos e afetados pelo clima temperado.Eles estavam de pé e ele, que naquele momento já não tinha nenhuma peça de roupa no corpo, despiu-a quase toda a roupa com amor e delicadeza, deixando-a quase nua, vestindo apenas a calcinha branca.Ela, que mantinha os olhos fechados pelo prazer que sentia com aquelas carícias, mordeu o lábio inferior ao sentir como os lábios macios dele deixavam uma fileira de beijos em seu pescoço enquanto aquelas mãos travessas não paravam de brincar com seus mamilos duros. e a boca da jovem se abriu de prazer ao sentir aquelas fricções e leves beliscões que causavam uma sensação de formigame
Todos estavam diante de Ileana, que a cada segundo parecia olhar para eles com mais repulsa e desconfiança. Eles nem sequer se deram ao trabalho de sentar; não havia mais necessidade do que explicar o necessário para que a jovem cooperasse da melhor maneira possível.– Cerca de um mês atrás, Ar... – Raguel pigarreou para se corrigir. – Alder chegou a viver perto da sua casa com a missão de tirar os objetos que continham a magia da vampira que você tanto mencionou no hospital.Ileana ficou boquiaberta. Eles sabiam de tudo, e isso começava a assustá-la.– Desculpem, mas... de onde vocês tiraram essas informações? Vocês têm alguma relação com esse homem? Quem são vocês? Explicação agora – exigiu Ileana desesperadamente.– Bem... você vê – respondeu Daniel. – Em primeiro lugar, já nos apresentamos ontem à noite, bela dama – elogiou com um de seus amplos sorrisos, e Gabrielle deu um cutucão nele para impedi-lo de se desviar com suas galanterias. – Nós somos as Virtudes Divinas e nossa miss
Já haviam se passado algumas horas desde o amanhecer, e Sorin tinha ido trabalhar cedo. Apesar de não saber nada sobre enfermagem, o loiro reuniu coragem para remover com jeito todos os pontos, a fim de que o processo de cicatrização pudesse ser concluído sem problemas. Não houve complicações, pois o trabalho que Raziel havia feito era profissional, e suas feridas estavam começando a cicatrizar muito bem, embora ainda não estivessem completamente curadas.Ariel permanecia deitado no local de onde mal conseguia se mover, mas naquela manhã estava bem acompanhado. A jovem amiga de Ileana, que estava amordaçada por precaução caso acordasse e também estava ferida por razões desconhecidas, tinha ficado ao seu lado a pedido de Sorin.Ariel começou a lembrar da noite anterior:– Ei, Sorin, para onde você vai? – perguntou Ariel nervosamente. – Não deixe a garota aqui. Este é o meu quarto – reclamou, apontando para ele.– Você acha que eu tenho uma mansão? Não sou o Raguel – resmungou Sorin. –
Os dias de Sorin haviam sido mais exaustivos do que aquela noite em que ele pegou a pessoa errada e acabou levando a mulher errada. No primeiro dia que teve Nadia praticamente sequestrada, encontrou a garota amordaçada e na cama, exatamente como a havia deixado desde o momento do sequestro, e Ariel afirmou que ela não tinha sido um grande problema, ao contrário do que Sorin pensava sinceramente.Mas ele estava tendo problemas com a garota. Nadia tinha se revelado uma rebelde e pouco cooperativa, insultando-o toda vez que ele tirava a mordaça. Com o passar dos dias, ele percebeu que era pior mantê-la amarrada, então a deixou livre pela casa, embora não tivesse total liberdade para sair; ela era uma isca necessária para atrair Ileana Enache.Para piorar sua vida, Megara, a médium, não parava de assediá-lo para que formassem uma equipe de verdade, mas ele não estava mais interessado. Ela chegou ao ponto de dizer que agora estava "desinteressada" e que o dinheiro não importava mais.– Ei.
A Sra. Doina estacionou seu carro com muito cuidado, como sempre. Antonella e Romina haviam estado conversando muito, o que agradava muito a senhora, que olhava satisfeita enquanto sua filha finalmente se dava bem com uma garota da mesma idade.– Senhora Doina, por favor, nos permite ficar conversando um pouco aqui fora de sua casa – pediu Antonella enquanto piscava e com o movimento balançava seus cílios de cima para baixo, algo que Romina imitou, e sua mãe não pôde negar.– Está bem, meninas, vocês me convenceram – disse Doina com um largo sorriso. – Se estiverem com frio, podem entrar aqui e Antonia... Você sabe que pode ficar aqui sempre que quiser, não se sinta envergonhada.– De jeito nenhum, senhora Doina – respondeu Antonella com a expressão mais inocente que conseguiu fazer.Doina entrou em casa e disse algo à sua filha, mas parecia ininteligível para Antonella, e Romina apenas assentiu, como a boa e obediente filha que era; essa última era a melhor qualidade aos olhos da rui
Aquela noite de lua minguante tinha sido o prelúdio de uma série de perseguições indiretas e esforços de convencimento de Antonella para as Bruxas Brancas. Romina havia sido a primeira, depois de dias evitando a ruiva, e depois de pensar mil vezes, finalmente havia concordado em ter a vida eterna e deixar de lado os medos que a invadiam.– Espere, Antonia – suplicou uma dessas noites, enquanto uma de suas mãos se agarrava ao vestido de Antonella. Eles se despediram e a ruiva estava indo para casa. – Tenho pensado muito nisso e... Decidi que quero fazer isso, desejo ser algo mais do que uma simples mortal.Antonella a olhou com surpresa e notou que, apesar da escuridão, as bochechas de Romi estavam coradas, um sorriso tímido se formava em seu rosto, e suas mãos brincavam uma com a outra nervosamente.– Uau, minha querida Romina, você me surpreende – comentou Antonella. – Pensei que você me considerasse um monstro ou algo pior – suspirou aliviada. – Diga-me, o que a fez mudar de ideia?