~~CAPÍTULO 2~~
BERNADETTE TORRES Meu rosto estava completamente fechado quando o carro deslizou para longe dos portões da minha casa, meu peito ardia de dor, desespero, desamparo, aquelas noites doloridas estão marcadas na minha cabeça e meu corpo. Eu sou obrigada a seguir em frente como se nada tivesse acontecido. Eles querem casar-me com um viúvo amigo do meu pai. Eles desejam encobrir a minha desonra, pois para eles, eu não passo de uma vergonha, para eles eu sou um estorvo. Uma maldição nascida no berço de ouro. Uma vergonha sobre a família mais importante da Itália. A máfia Belucci. Sobre a bandeira com símbolo de um cavalo e espada, a família Belucci é uma máfia tradicionalmente conhecida por todo o pais, nossa família dita regras, minha família comanda essa merda. Todos respeitam o mau e sucumbem por eles. Uma maldição. Eu sou o patinho feio. Eu sou ato proibido, a desgraça e vergonha. Eu sou o nojo. De repente, eu senti uma forte batida no carro, meu corpo foi suspenso no ar, eu ouvi estrondo, meu corpo caindo na terra e o carro continuando rolando até bater em uma arvore. Arrastando cautelosamente meu corpo para deixo das arvores e me escondendo de quem seja o atacante, eu me sentei entre as inúmeras arvores quando eu ouvi uma estrondosa explosão. O carro explodiu. Eu olhei para o fogo, naquele momento, eu soube que para todos eu estaria morta. Eu havia tomado uma decisão, não seria mais a Alice Belucci. Eu estou recomeçando. Eu levanto da cama exaltada, meu corpo coberto por gotas de suor, estou assustada e nervosa, eu não posso acreditar que depois de tantos anos esse acidente voltou, assombrar-me. Não. Eu não posso permitir que o passado seja meu presente, escapei para me livrar dessa dor, não para vive-la. É início de verão, cidade de São Francisco, faz muito calor, desço da cama e giro os calcanhares em direção a cozinha do meu apartamento, abro a geladeira e retiro uma jarra de água. Suspirando fundo, eu peguei um copo e me servi água, faz tanto tempo que eu tive esse tipo de lembranças em forma do sonho, quase 10 anos. Não posso acreditar que se passaram 15 anos depois do acidente proveitoso que eu tomei a decisão de fugir e viver em um pais completamente diferente do meu. Completamente diferente da minha cultura, do meu idioma. Eu consegui. 15 anos. Logico que consegue recomeçar, eu comprei um apartamento enorme, concluí meu doutorado em pedagogia e leciono em uma das melhores escolas do país. Eu consegui. E o meu passado não atropelará tudo o que eu conquistei. Não mesmo. Olhei para palmilha na mesa de centro, eu planifiquei as aulas de amanhã, ser professora de 4ª serie pode ser incrível e desafiador. Sem sono, sentei-me na poltrona e organizei as aulas seguintes, no entanto, as memorias voltaram, aquele dia, aquele trágico dia há 15anos atingiram minha mente e o meu corpo caiu um colapso de choro fatal. Não. O tempo cura as feridas. O tempo, leva tudo ruim. Porque infelizmente o tempo está crucificando-me? Não, eu não tenho culpa que essa dor quebra meus ossos. Não. Eu recuso-me a desabar.Deslizei meus sapatos altos e caminhei em direção a sala de aula, colégio STAFFORD HAUSE é o mais caro da cidade, reconhecido pelos seus estatutos como o melhor colégio do país. Com meu curriculum impecável eu fui escolhida entre os demais candidatos. O salário é bem generoso e estou muito feliz em lecionar para crianças.— Senhorita Torres, diretor Arnie solicita sua presença na sua sala, com urgência.Disse senhorita Sandy, secretária do diretor Arnie me surpreendendo por seu chamado repetino. Encolhendo os ombros, eu segui os passos da senhorita Sandy até a ala diretiva que fica em outro edifício longe dos alunos.— Bom dia senhor, solicitou minha presença?Eu questionei depois que, Sandy fechou a porta atrás de si. Eu olhei para diretor Arnie, ele parece mais jovem detrás daquela cadeira diretiva. Entretanto há coisas que não fazem muito sentido. Ele não pertence à família Stafford diretamente. Como ele conseguiu um cargo diretivo? Todos sabem que não foi por mérito.— Sim. Profes
~~CAPÍTULO 3~~TRISTEN ROSSO som do meu telefone ecoou no meu bolso, olhei para o desgraçado fodido na minha frente, seu rosto coberto de sangue que ele poderia imaginar que tem em sua vida. Seus pés trêmulos na posição na qual se encontra, suas mãos esticadas para o alto e suas pernas amarradas. Ele não sairá daqui até que abra a porra daquela boca. — Fala.Eu disse, para quem que fosse que estivesse do outro lado da linha, olhei para o pequeno cenário formado, uma poça de sangue com algumas ferramentas que pretendo usar para exercer força bruta e muita dor.Ele vai abrir a boca.Eu quero saber quem informou a polícia sobre a localização onde aconteceria a troca da carga com os mexicanos. — O senhor se esqueceu do compromisso com Chloe.Michi, minha governanta informou, que compromisso?— O jantar, senhor.Merda.— Eu sinto muito, me esqueci totalmente do jantar. Ela está muito chateada?Eu questionei, devo admitir que não tenho tempo para cuidar da Chloe, sou o único parente di
Nós saímos da porta principal, alcançamos o carro, ela colocou o urso no banco traseiro carro, depois entrou segurando o par de botas.Quando chegamos no colégio, desço do carro para ajudar Chloe com suas coisas, quando de repente, eu noto uma mulher muito, muito linda, ela tem cabelos caramelos, um sorriso doce, eu suspirei vendo a perfeição do seu rosto lindo.Porra, ela veste roupas formais, meus olhos param na sua bunda redonda, um pouco grande que valoriza todo aquele corpo magnifico. Eu gemo vendo ela de sapato alto vermelho, porra, uma professora que calça sapato alto é muito, muito sexy. Ela conversa com alguns alunos que descem do ônibus, sorri para eles e acena.— Senhorita Dette.Chloe gritou, então ela é a nova professora da minha filha. Maravilhoso. Tiro sua mochila e lancheira do carro enquanto aguardo aproximação da professora.— Bom dia pequena, senhor.Eu olhei para seu rosto totalmente deslumbrado com a sua beleza, ela tem olhos azuis cristalinos, cabelos caramelos,
~~ CAPÍTULO 4~~BERNADETTE TORRESQuando todos os meus alunos chegaram, peguei meus pertences no carro e caminhei em direção a sala de aulas, quando entrei, fui recebida calorosamente pelos alunos com um saudoso bom dia.— Bom dia meninos, descansaram bem?— Sim, senhorita Dette.Eles responderam em simultâneo.— A senhorita Dette, também descansou muito bem.Abro uma caixa com adesivos.— Estão vendo aquela mesa enorme atrás de vocês?— Sim.— Muito bem, senhorita Dette, ontem pediu para trazerem qualquer brinquedo, de forma ordeira, vocês vão colocar sobre a mesa.A palavra ordeira não funcionou hoje, eles se levantaram em simultâneo e começou uma bagunça, apenas para colocar um simples objeto na mesa.— Não é para brigarem. Há espaço para todos.— Eu quero colocar aqui.— Jack comporte-se, Franie para com isso.Com certeza, eles serão meus alunos favoritos e problemáticos.— Minha boneca é mais cara professora.— Franie, eu não vou repetir. Todos de volta aos seus lugares.Eu comen
— Está bem.— Vamos, seus coleguinhas estão muito adiantados.Eu peguei sua mãozinha e ergui minha estrutura corporal, caminhamos até o jardim.— Sentem nos bancos.Eu disse a eles.— Hoje vamos aprender a importância das plantas e diferentes tipos, um por um, peguem aqueles vasos e voltem para seu lugar.Me levantei para auxiliar, quando todos seguravam os vasos, eu comecei a explicar sobre a importância das plantas explicando lentamente e divertido enquanto eu mostro como se planta uma.— Viram como a senhorita Dette fez?— Sim.— Vamos colocar as mãozinhas para trabalhar.Monitorando, eu ajudei-os ao colocar areia no vaso, depois as plantas, quando todos terminaram, nós fizemos um pequeno canteiro e montamos a rede para proteger dos animais.Quando terminamos, as crianças estavam muito animadas, o toque para o lanche veio, ajudei eles a retirarem as luvas e lavaram as mãos, lentamente, eles foram para o refeitório.— Oi professora Torres.Jack com seu modo operante desconfortante.
— O chefe de limpeza vai com o marcador para casa?— Sim, é função deles proteger o material, aqueles que querem se candidatar por favor ficam de pé.Quase a metade da turma levantou.— Eu quero ser representante de turma professora, sou inteligente.Frannie.— Não sou eu quem determino isso Frannie. A turma vota. — Não é justo.A vida não justa com ninguém.— Muito bem, quem deseja representar a turma venha até a frente.Eu disse, peguei uma caixa que tem papeis para eles escreverem o nome do aluno que desejam representar a turma.— Falta menino aqui, eu quero um menino e menina como representantes de turma.Eu disse.— João Miguel por favor.Escolhi.— Alex.— Eu quero ser chefe de limpeza professora.— Tudo bem. Mac, não adianta se esconder.Eu disse ao meu aluno de óculos.— Professora, eu não gosto.— Por isso mesmo. As meninas estão dominando o concurso.— Nós rapazes somos tímidos.Risos.— Nós temos, Frannie, Victoria, Chloe, Mac e João Miguel como candidatos para duas vagas
~~CAPÍTULO 5~~TRITEN ROSSEu olhei para maldita folha desejando rasga-la, maldita hora que a Margaret se recusou a vir a reunião, maldita professora por ocupar meu tempo com besteiras. Eu não sou criança, e mesmo assim estou nervoso sem saber o que escrever. Pareço um adolescente fazendo uma prova difícil. Ela disse qualquer coisa. Eu posso desenhar qualquer coisa.Eu olhei em volta, alguns pais estão mesm situação, outros estão escrevendo alguma coisa, quando a professora bonita levantou da poltrona e começou a observar as folhas eu peguei um lápis.Pois bem, Tristen, hora de inventar qualquer rascunho, não é difícil agradar uma professora.— Muito bem, Sófia é uma menina muito doce, agora, eu entendo porque.A professora Bernadette disse, isso não é uma avaliação, ela quer saber como é a convivência dos alunos em casa.— Bom, eu gostei desse patinho.Ela comentou para o encarregado de educação.— Minha filha ama lago.O encarregado de educação comentou entusiasmada.— Estou feliz e
~~CAPÍTULO 7~~TRISTEN ROSSSegurei minha filha em meus braços com força, enquanto via a professora Torres entrar no seu carro e fugir da minha vista, ela está furiosa comigo, com toda a razão, eu me esqueci completamente do compromisso que tinha com Chloe.Eu não posso continuar assim.Olhei para o papel em minha mão, havia um desejo de uma casa, um rabisco para ser exata, duas imagens vazias e palavras que fizeram meu corpo gelar, bem distante, e eu virei para ver melhor, era um caixão.Papai não me ama, mamãe não me quer.Entrei no carro e a coloquei no assento traseiro, não é adequando colocar ela sem o cinto de segurança, no entanto depois deste dia exaustivo, ela precisa descansar. Quando chegamos em casa, coloquei Chloe na cama e fui conversar com Michi.— Eu não sei nada sobre isso, senhor.Michi respondeu apavorada com o desenho. Porra. Eu me inclinei pegando avaliação da mesa. — Chloe sentisse solitária.Eu admito.— O senhor nunca está em casa, quantas vezes desmarcou um c