Prólogo
Bernadette Torres - Força Alice, seu filho está vindo. Eu podia sentir todo meu corpo vibrar pelas dores de parto, eu estava a mais de duas horas tentando trazer meu filho ao mundo. Meu pequeno filho, fruto de estupro. Nós estamos na chácara onde passei meus 7meses escondida do mundo para que ninguém soubesse que estou grávida. Eu fui estuprada, e mamãe concordou que depois de eu dar a luz eu poderia ficar com o bebê. Meu coração encheu de alegria e esperança quando soube que tinha permissão para cuidar dela. Máfia é rigorosa, ninguém podia cuidar de uma filha fruto da desonra. Esse bebê é a minha vergonha, mas, meu coração de mãe só sabe amar, e amar este bebê. Foram 9meses carregando-a no meu ventre, nove meses amando meu filho, é minha esperança e vontade de viver. É tudo para mim. - Quanto tempo mais temos que esperar? Ouço a voz da minha mãe, ela não está muito feliz por estar aqui e ter que acompanhar meu trabalho de parto. Não há como evitar, ela nunca foi um bom exemplo. - Alice, pense no seu filho. A parteira disse me apoiando. - Seu filho está a caminho, seu filho amado. Meu filho amado, meu bebé. Meu corpo exerce uma força sobrenatural e empuro o bebê entretanto, todo o esforço é nulo. - Não aguento mais. Eu grito de dor, angústia, sentimentos mistos de desamparo e desespero. - Mais uma vez Alice. A parteira gritou e eu soltei um grito desesperador, um belo grito é ouvido. - É uma menina, é uma menina. Meu corpo caí no colchão exausta e tudo fica escuro. Quando acordei e virei meu corpo lentamente, notei que não havia ninguém ao meu lado da cama. onde está minha filha? - Alice querida. Mamãe disse para mim. - Onde está minha filha? Eu questionei com lágrimas nos olhos, onde está meu bebê? Porque ela não está comigo agora? -Eu sinto muito, sua filha não resistiu. Não, não, não, eu ouvi o choro dela, eu ouvi o choro dela, como é possível. - Não. -Alice. Mamãe tocou meu braço. - Eu te odeio. Eu te odeio. - Eu sei que está com dor. - É sua culpa, é sua culpa. Eu te odeio, eu te odeio, eu te odeio. ~~CAPÍTULO 1~~ TRISTEN ROSS Sentei na poltrona e olhei para o belo escritório instalado em um dos mais importantes prédios da cidade de São Francisco, é puro prazer admirar o trabalho que tenho feito. Trabalho árduo, para legalizar cada centavo conquistando no mercado negro, quando me aposentar, eu quero sentar aqui, assinar papeis e ser um executivo como qualquer um. Enquanto esse dia não chega, eu vou me preocupar em ganhar mais dinheiro com próxima carga de droga que está sendo monitorada desde a cidade do México em direção a minha cidade. Drogas geram muito lucro, mais do que imaginei, a demanda é maior, especialmente cocaína pura. Em troca, eu entrego, armas e munições para que eles continuem com guerras de gangues, enquanto eles se ocupam matando um ao outro, eu saio lucrando. Victor abre a porta do meu escritório e entra, ele está vestido correspondente ao cargo que exerce, meu braço direito, parceiro e amigo. Victor trabalhou como fuzileiro, ele não fala muito sobre seu antigo trabalho, e muito menos mencionou porque abandonou o exército. — Senhor, a previsão da chegada da carga, hoje à noite. Tal como imaginava, eles não tiveram contratempos pelo trajeto isso é bom para os negócios. — Prepare a quantidade exata combinada de munição e armamento. Não pretendo perder muito tempo na troca. Tempo é ouro nas negociações, quanto menos atrair policiais melhor. — Sim senhor. — Senhor Ross, sua mulher está aqui, deseja vê-lo. A voz veio do interfone. — Obrigado Samantha, senhorita Margaret é minha ex esposa. A corrigi. Suspirei fundo e fiquei de pé, com toda a certeza do mundo ela veio com o intuito de me irritar e cobrar a m*****a mesada que eu não depositei na sua conta propositadamente. — Senhor me desculpe pelos transtornos, posso autorizar sua entrada? — Sim. O interfone fica mudo, abro um mini cofre na gaveta a minha atrás com uma chave, conto 50mil dólares e coloquei sobre a mesa. — Minha mesada está atrasada. Margaret é uma mulher muito atraente, seus cabelos loiros iluminados balançam tranquilamente enquanto sua expressão facial denuncia o desagrado. Não é nenhuma novidade que ela não compartilha os mesmos, ideias comigo, mal nos conhecíamos quando ela engravidou da minha filha, era apenas um caso de uma noite que virou dias infernais históricas da minha vida. Margaret é apenas um rosto lindo, um corpo quente. Nada mais que isso. Ela vale muito pouco como mulher. — Seu novo namoradinho não banca suas despesas? Provoco. Soube que está saindo com um modelo, algum filho da puta que aumente seus caprichos por coisas desnecessárias que ela chama de moda. — Não começa. — Engraçado, teve muito tempo para vir aqui, mas, faz 6 meses que não consegue ver sua filha. — Ela é sua também, acredito que ela está sendo muito bem cuidada, não preciso bancar uma boa mãe e sorrir nas fotos como se fossemos uma família feliz. Ela pegou dinheiro que estava na mesa e colocou na bolsa. — Foi muito bom vê-los. Victor. — Senhorita. Ela gira os calcanhares e caminha para saída. — O senhor não deveria dar dinheiro a ela. Victor diz olhando para cidade atrás dos vidros enormes do escritório. — Ela é mãe da minha filha, não deixarei ela passar necessidades. É extremamente doloroso passar fome, não adquiri este império por herança de uma máfia tradicional, construída a séculos pelos meus antecessores. Construí do zero, vendendo drogas pelos becos, manchando minhas mãos de sangue sem me importar em quantos corpos enterrar para conseguir chegar aonde estou hoje. De um adolescente problemático para um homem importante. — Ela será um problema. — Você é muito paranoico.~~CAPÍTULO 2~~ BERNADETTE TORRESMeu rosto estava completamente fechado quando o carro deslizou para longe dos portões da minha casa, meu peito ardia de dor, desespero, desamparo, aquelas noites doloridas estão marcadas na minha cabeça e meu corpo. Eu sou obrigada a seguir em frente como se nada tivesse acontecido. Eles querem casar-me com um viúvo amigo do meu pai. Eles desejam encobrir a minha desonra, pois para eles, eu não passo de uma vergonha, para eles eu sou um estorvo. Uma maldição nascida no berço de ouro. Uma vergonha sobre a família mais importante da Itália. A máfia Belucci. Sobre a bandeira com símbolo de um cavalo e espada, a família Belucci é uma máfia tradicionalmente conhecida por todo o pais, nossa família dita regras, minha família comanda essa merda. Todos respeitam o mau e sucumbem por eles. Uma maldição. Eu sou o patinho feio. Eu sou ato proibido, a desgraça e vergonha. Eu sou o nojo. De repente, eu senti uma forte batida no carro, meu corpo foi susp
Deslizei meus sapatos altos e caminhei em direção a sala de aula, colégio STAFFORD HAUSE é o mais caro da cidade, reconhecido pelos seus estatutos como o melhor colégio do país. Com meu curriculum impecável eu fui escolhida entre os demais candidatos. O salário é bem generoso e estou muito feliz em lecionar para crianças.— Senhorita Torres, diretor Arnie solicita sua presença na sua sala, com urgência.Disse senhorita Sandy, secretária do diretor Arnie me surpreendendo por seu chamado repetino. Encolhendo os ombros, eu segui os passos da senhorita Sandy até a ala diretiva que fica em outro edifício longe dos alunos.— Bom dia senhor, solicitou minha presença?Eu questionei depois que, Sandy fechou a porta atrás de si. Eu olhei para diretor Arnie, ele parece mais jovem detrás daquela cadeira diretiva. Entretanto há coisas que não fazem muito sentido. Ele não pertence à família Stafford diretamente. Como ele conseguiu um cargo diretivo? Todos sabem que não foi por mérito.— Sim. Profes
~~CAPÍTULO 3~~TRISTEN ROSSO som do meu telefone ecoou no meu bolso, olhei para o desgraçado fodido na minha frente, seu rosto coberto de sangue que ele poderia imaginar que tem em sua vida. Seus pés trêmulos na posição na qual se encontra, suas mãos esticadas para o alto e suas pernas amarradas. Ele não sairá daqui até que abra a porra daquela boca. — Fala.Eu disse, para quem que fosse que estivesse do outro lado da linha, olhei para o pequeno cenário formado, uma poça de sangue com algumas ferramentas que pretendo usar para exercer força bruta e muita dor.Ele vai abrir a boca.Eu quero saber quem informou a polícia sobre a localização onde aconteceria a troca da carga com os mexicanos. — O senhor se esqueceu do compromisso com Chloe.Michi, minha governanta informou, que compromisso?— O jantar, senhor.Merda.— Eu sinto muito, me esqueci totalmente do jantar. Ela está muito chateada?Eu questionei, devo admitir que não tenho tempo para cuidar da Chloe, sou o único parente di
Nós saímos da porta principal, alcançamos o carro, ela colocou o urso no banco traseiro carro, depois entrou segurando o par de botas.Quando chegamos no colégio, desço do carro para ajudar Chloe com suas coisas, quando de repente, eu noto uma mulher muito, muito linda, ela tem cabelos caramelos, um sorriso doce, eu suspirei vendo a perfeição do seu rosto lindo.Porra, ela veste roupas formais, meus olhos param na sua bunda redonda, um pouco grande que valoriza todo aquele corpo magnifico. Eu gemo vendo ela de sapato alto vermelho, porra, uma professora que calça sapato alto é muito, muito sexy. Ela conversa com alguns alunos que descem do ônibus, sorri para eles e acena.— Senhorita Dette.Chloe gritou, então ela é a nova professora da minha filha. Maravilhoso. Tiro sua mochila e lancheira do carro enquanto aguardo aproximação da professora.— Bom dia pequena, senhor.Eu olhei para seu rosto totalmente deslumbrado com a sua beleza, ela tem olhos azuis cristalinos, cabelos caramelos,
~~ CAPÍTULO 4~~BERNADETTE TORRESQuando todos os meus alunos chegaram, peguei meus pertences no carro e caminhei em direção a sala de aulas, quando entrei, fui recebida calorosamente pelos alunos com um saudoso bom dia.— Bom dia meninos, descansaram bem?— Sim, senhorita Dette.Eles responderam em simultâneo.— A senhorita Dette, também descansou muito bem.Abro uma caixa com adesivos.— Estão vendo aquela mesa enorme atrás de vocês?— Sim.— Muito bem, senhorita Dette, ontem pediu para trazerem qualquer brinquedo, de forma ordeira, vocês vão colocar sobre a mesa.A palavra ordeira não funcionou hoje, eles se levantaram em simultâneo e começou uma bagunça, apenas para colocar um simples objeto na mesa.— Não é para brigarem. Há espaço para todos.— Eu quero colocar aqui.— Jack comporte-se, Franie para com isso.Com certeza, eles serão meus alunos favoritos e problemáticos.— Minha boneca é mais cara professora.— Franie, eu não vou repetir. Todos de volta aos seus lugares.Eu comen
— Está bem.— Vamos, seus coleguinhas estão muito adiantados.Eu peguei sua mãozinha e ergui minha estrutura corporal, caminhamos até o jardim.— Sentem nos bancos.Eu disse a eles.— Hoje vamos aprender a importância das plantas e diferentes tipos, um por um, peguem aqueles vasos e voltem para seu lugar.Me levantei para auxiliar, quando todos seguravam os vasos, eu comecei a explicar sobre a importância das plantas explicando lentamente e divertido enquanto eu mostro como se planta uma.— Viram como a senhorita Dette fez?— Sim.— Vamos colocar as mãozinhas para trabalhar.Monitorando, eu ajudei-os ao colocar areia no vaso, depois as plantas, quando todos terminaram, nós fizemos um pequeno canteiro e montamos a rede para proteger dos animais.Quando terminamos, as crianças estavam muito animadas, o toque para o lanche veio, ajudei eles a retirarem as luvas e lavaram as mãos, lentamente, eles foram para o refeitório.— Oi professora Torres.Jack com seu modo operante desconfortante.
— O chefe de limpeza vai com o marcador para casa?— Sim, é função deles proteger o material, aqueles que querem se candidatar por favor ficam de pé.Quase a metade da turma levantou.— Eu quero ser representante de turma professora, sou inteligente.Frannie.— Não sou eu quem determino isso Frannie. A turma vota. — Não é justo.A vida não justa com ninguém.— Muito bem, quem deseja representar a turma venha até a frente.Eu disse, peguei uma caixa que tem papeis para eles escreverem o nome do aluno que desejam representar a turma.— Falta menino aqui, eu quero um menino e menina como representantes de turma.Eu disse.— João Miguel por favor.Escolhi.— Alex.— Eu quero ser chefe de limpeza professora.— Tudo bem. Mac, não adianta se esconder.Eu disse ao meu aluno de óculos.— Professora, eu não gosto.— Por isso mesmo. As meninas estão dominando o concurso.— Nós rapazes somos tímidos.Risos.— Nós temos, Frannie, Victoria, Chloe, Mac e João Miguel como candidatos para duas vagas
~~CAPÍTULO 5~~TRITEN ROSSEu olhei para maldita folha desejando rasga-la, maldita hora que a Margaret se recusou a vir a reunião, maldita professora por ocupar meu tempo com besteiras. Eu não sou criança, e mesmo assim estou nervoso sem saber o que escrever. Pareço um adolescente fazendo uma prova difícil. Ela disse qualquer coisa. Eu posso desenhar qualquer coisa.Eu olhei em volta, alguns pais estão mesm situação, outros estão escrevendo alguma coisa, quando a professora bonita levantou da poltrona e começou a observar as folhas eu peguei um lápis.Pois bem, Tristen, hora de inventar qualquer rascunho, não é difícil agradar uma professora.— Muito bem, Sófia é uma menina muito doce, agora, eu entendo porque.A professora Bernadette disse, isso não é uma avaliação, ela quer saber como é a convivência dos alunos em casa.— Bom, eu gostei desse patinho.Ela comentou para o encarregado de educação.— Minha filha ama lago.O encarregado de educação comentou entusiasmada.— Estou feliz e