Girou o corpo e saiu da cama abocanhando o sanduíche do lado. Desastrosamente, Megan esbarrou em uma caixinha do lado do abajur e ela se abriu no chão. Pegou a armação em cima da cama e se abaixou para recolher tudo, chamando a sua atenção algumas fotos de Tyler mais jovem com alguém ao lado. Megan observou atentamente cada uma delas e conseguiu ver bem apagado o nome de Clince no verso de uma delas. Megan fez questão de decorar esse nome e colocou lá de volta. Outra questão curiosa para ela é que lá ficava uma chave semelhante a que ele usara para trancar a porta impedindo a sua entrada no primeiro dia que ela vasculhava pelos cantos. Assim que ouviu os passos de Tayler, Megan se apressou para colocar tudo de volta no lugar. - Droga! - Exclamou baixo. - Megan, está tudo bem? - pergunta passando a toalha pelos cabelos, enquanto outra está amarrada na cintura, fazendo Megan o observar demais. - É..., sim, eu acho. - tenta sorrir. - Me desculpe por dormir. - Não se desculpe. Já está
- Não é nada de mais. - Disse o mais rápido possível percebendo seu erro. - Ele sumiu depois daquele dia e eu estou preocupada. Tayler sentou ao seu lado em silêncio e os dois começaram a observar o céu repleto de estrelas, como se cada constelação estivesse parado para observar os dois. - São quadros na sala trancada, Clince era um artista, ele ia expor todos os quadros na semana do seu aniversário, mas não sobreviveu para isso. Eu pedi que guardassem todos lá, e nunca entrei, apenas Antony. - Você fez a sua tatuagem por isso? - pergunta e Tayler balança a cabeça em um sim. - Ele amava os lobos e era seu sonho conhecer um pessoalmente. - Os olhos pretos de Tayler ficam ainda mais sombrios e distantes. - E por minha culpa tudo isso acabou. - Sua culpa? Por quê? - Naquela noite eu tinha saído para beber no happy hour direto do expediente na Walther de carona, meu carro ficou no estacionamento, todos nós nos embriagamos e eu liguei tarde da noite para que ele pudesse pegar o meu ca
Tayler foi até o fim do corredor, onde parecia um quarto a princípio até que girasse a manivela de decoração e abrisse uma porta que dava para uma sala de jogos de pôquer. - Você j**a pôquer? – pergunta admirando o local de pouca luz e com um bar no canto, repleto de garrafas antigas e raras. - É o que parece, não é? - pegou as cartas e jogou sobre a mesa, fazendo sinal para que sentasse. - É melhor ter aprendido alguma coisa com seu pai. – bateu a garrafa de whisk na madeira. – Assim ganhar de você terá mais emoção. - Você sabe que eu não bebo, não pode colocar isso como consequência. – Fala indignada. - Na verdade, eu estava pensando... quem perder tira uma peça de roupa, eu vou adorar te ver nua. - Não se eu fizer isso primeiro. – Rebate misturando as cartas. A primeira rodada se inicia e Tayler ganha. Megan tira a blusa vagarosamente e j**a no chão, deixando o homem sorridente. Ele vira a garrafa e toma dois goles distribuindo as cartas novamente, sem deixar de analisar seus
No fim de semana, tudo estava lindamente decorado. Megan sentia como se estivesse de volta com dezoito anos, quando saiu com um garoto pela primeira vez. Tayler estava do seu lado e segurava seu braço como uma debutante e seu príncipe. A diretora anunciou que a votação para o rei e rainha estava aberta e após todos ovacionarem, uma música lenta começou a tocar. - Me concede essa dança? – Perguntou, estendendo a mão para pegar. - Oh, Tayler, eu sou um desastre para isso! – Balançou a cabeça em um não. - Então eu terei que usar meu favor pendente. - Isso é golpe baixo! - Você está me devendo, Megan! Chegou a hora de pagar. Sem outra alternativa, ela se segurou nele e foi até a pista. Um de seus braços pousou na cintura de Megan e a outra levou a mão esquerda para seu ombro, trazendo a outra para o alto em seguida. - Apenas siga os meus passos. – Falou alto para escutar. Megan fez o que pediu, mas tropeçou algumas vezes em seu pé, sendo fortemente segurada por ele. - Até que não
Os dois vão até o provador e Megan é a primeira. Ao abrir a cortina, seu tronco está preenchido com um vestido branco tomara que caia e curto, mas ainda assim um pouco rasgado nas coxas e barriga, cheio de sangue falso. O chapéu de enfermeira combinava perfeitamente com as meias arrastão decoradas com nó em arco, a deixando extremamente sexy. - O que achou? - pergunta um pouco envergonhada. - Eu não estava esperando algo tão chamativo. - O que eu acho é que essa fantasia foi a melhor coisa que já vestiu, com certeza vou ter que me segurar para não te fuder no primeiro lugar escuro que encontrar. - pega sua mão e gira para dar uma voltinha. - Tudo bem. - se esquiva. - Agora é sua vez. - Entrega os panos. - Tenho certeza que não vou gostar. - Entre. - Megan ordena e ele pega seu rosto mordendo levemente o lábio inferior. - Gostosa! - solta e faz o que pede. A camiseta xadrez dele estava com dois botões desabotoados mostrando todo o seu peitoral definido. Uma calça larga preta e um
- Sua mãe ligou. - Megan invade a sala, avisando Tayler. - Me diz que você não atendeu. -Fala impaciente. - Sim, eu atendi. - segura o caderno de recados. - O que ela queria dessa vez? -levanta indo olhar a paisagem na janela. - Garantir que você iria ao Natal da família. - Você disse não, não é? - A olha esperançoso. - Me desculpe Tayler, mas ela disse que você sempre ia, eu não quis recusar. - Céus Megan! Eu não suporto esse tipo de evento. - Tayler, é uma tradição familiar. - Não importa. Saia! Megan olhou uma última vez para Tayler que estava de costas e esfregando as mãos nos cabelos, irritado. - Por que Tayler tem que ser tão fechado, Antony?! - Ah, ele se fechou bastante depois que perdeu Clince. - E você? - Eu soube lidar melhor, mas a culpa não consegue o deixar em paz, infelizmente. Tenha calma. - Ele vira o corpo para sair, mas ela o chama. - Por que é tão distante dos pais?... Quer dizer, eu entenderia se ele se importasse em ser alguém gentil e bem diferente
Faltava pouco para Tayler sair, quando o celular de Megan tocou. Era uma mensagem anônima, da pessoa que ela menos queria ver, o provável assassino de seu pai. "Espero que tenha gostado da minha surpresa, eu alertei para tomar cuidado com suas atitudes, é uma pena ter que te punir dessa forma. Sei que está louca para descobrir quem sou eu, e acho que estou pronto para iniciar nossa brincadeira. Minha primeira dica é: esteja atenta aos convidados, talvez ouça falar de mim. Megan não fazia ideia do que aquilo significava, mas tinha certeza que era algo no jantar com a família de Tayler, então por algum motivo quem quer que fosse por trás daquelas mensagens, tinha a lembrado de que ela ainda podia fazer algo por seu pai, ela ainda poderia vingar a sua morte. - Tayler, espere. - Chamou quando colocou a mão na maçaneta. - Eu irei com você. Os olhos dele brilharam ao olhar para trás e ver sua esposa em um vestido vinho que grudava em cada centímetro de seu corpo, ela estava divina, como s
Depois que Megan se acalmou e percebeu que já não estavam procurando e sim bem longe dali, ela desceu apreensiva. Os olhos passeavam por toda a sala querendo evitar qualquer contato com quem quer que seja. Sua mente não parava de se questionar se ela tinha realmente escutado certo, se realmente Tayler estava sofrendo todo esse tempo enquanto o pai sabia da verdade. Ela passou despercebida por todos, e saiu para a entrada se escondendo atrás de um pilar. Com as mãos trêmulas e o coração acelerado, Antony apareceu no meio da escuridão, a assustando. - Megan, o que foi? Aconteceu alguma coisa? Tayler está bem? - Antony, não, não é nada. - Megan, sua voz parece trêmula, você está me deixando preocupado. - É melhor não me fazer perguntas, Antony. - fala baixo, lembrando do que fizeram com seu pai e decidindo que poderiam fazer ainda pior com quem quer que ela ousasse contar algo. - Eu não vou te deixar em paz enquanto não me disser, eu sei que tem algo e se for preciso eu fico na sua