HenryMeu celular tocava insistentemente enquanto eu me negava a abrir os olhos. Eu estava cansado e precisa dormir um pouco mais. Bufei esticando o braço até a mesinha e tateei a mesma até encontrar o celular abrindo um pouco os olhos apenas para deslizar pelo lado certo."Quem é?" - Perguntei sem esconder meu mau humor."Sua mãe desgraça. Onde você passou a noite Henry?""Laura?""Você pediu para que eu te esperasse para jantar e sumiu!" - Exclamou irritada."Eu jantei em outro lugar, desculpa, esqueci-me de avisar que não iria para casa." - Murmurei olhando para Mary que continuava adormecida em meu peito."Vai vim para casa não?""Agora não. Em duas ou três horas eu estou ai.""Não esquece que eu vou embora hoje à noite.""Tudo bem, vou desligar Laura.""Manda um beijo para a loira do jornal. É com ela que você tá, né?""Tchau.""Trás ela hoje, um almoço aqui.""Vou ver.""Tchau Henry."Desliguei o celular colocando ele onde estava anteriormente e suspirei frustrado pelo sono pe
MaryMinhas malas estavam arrumadas no canto da porta enquanto esperava Henry chegar. Estava ansiosa com o fim de semana, nunca havíamos passado dois dias inteiros juntos sem contar com as noites e isso era um avanço no que seja lá que estamos tendo.Ouvi a batida suave na porta e abri a mesma sorrindo para José.- Boa noite senhorita, onde estão as malas? – Perguntou simpático como sempre.- Aqui ao lado da porta José. – Disse pegando minha bagagem de mão e José pegou a outra. Tranquei a porta e joguei a chave dentro da bolsa seguindo para o elevador. – Onde está Henry?- Ele irá encontrá-la no jato senhorita.José seguiu para o aeroporto no Alfa Romeo de Henry. A cidade estava movimentada como sempre está à noite e a minha ansiedade por essa viagem apenas aumentava.Assim que chegamos ao aeroporto José nos encaminhou para a pista privada onde o jato das empresas S.C já aguardava. Henry caminhava pelo lado de fora com as mãos nos bolsos e o celular no ouvido enquanto parecia gr
MaryDormir era o novo item da minha listinha de "coisas que eu não conseguirei fazer essa noite" estava exatamente abaixo de "conseguir uma certeza de um futuro relacionamento com Henry" e acima de "uma longa noite de amor."Era frustrante perceber que mesmo sem nenhuma base eu continuava aqui pelo simples fato de que seria ruim quando acabasse, mas seria pior se acabasse agora. Talvez eu não conseguisse me apaixonar, sentir e esquecer... Ao menos não rapidamente.Alguma parte burra ou ingênua de mim acreditava que a qualquer momento ele diria o que e se sente alguma coisa. Eu queria que ele dissesse.- Mary? - Sua voz grave me despertou dos meus devaneios e desviei o olhar das grandes janelas para ele. - Não consegue dormir?- Não. - Murmurei e o mesmo puxou o ar levantando da cama. Henry estendeu sua mão para mim e peguei a mesma sendo puxada para ele.- Por favor. - Sussurrou. - Não complique o que não precisa ser complicado. - Pediu e o abracei.- Eu sou complicada. - Sorri. Henr
MaryO celular tocou fazendo-me despertar e Henry apertou mais seu braço em volta da minha cintura suspirando em meu pescoço. Alcancei o celular estendendo a mão e atendi o mesmo."Henry você está atrasado!" – Uma voz feminina soou e arqueei as sobrancelhas."Desculpe, quem é?" "Mary? É Vivian, pode avisar ao Henry que ele está atrasado para o café da manhã que havíamos marcado?" "Só um minuto." Deixei o celular na cama querendo estapear Henry, mas apenas o balancei fazendo o mesmo resmungar.- Vivian está no telefone, disse que você está atrasado para o café que marcaram. – Disse jogando o telefone em seu peito e me afastei sentando na cama."Vivian? Oi... Não eu não vou poder ir, desculpe... Não te dei certeza ontem Viv, você decidiu isso sozinha... Nos falamos depois... Tudo bem, tchau." Espreguicei-me abaixando a blusa que usava e Henry jogou o celular no colchão.- Não precisamos levantar agora. – Murmurou segurando em meu pulso.- Achei que tinha um café ou uma reunião, sei
MaryAs últimas semanas seguiram corridas. Os preparativos do casamento estavam a todo o vapor e Nanda nos apressava cada dia mais com medo de que Theo escapasse de sua coleira.Estava evitando ao máximo o assunto Henry. Não estava realmente a fim de me aborrecer com isso, acabou e pronto, ele mesmo disse que deveria esquecê-lo.- As amostras das cortinas chegaram, pode levar para Nanda? – Ana perguntou enquanto pegava seus celular e sua bolsa. – Preciso resolver o contratempo do bolo, erraram no pedido.- Tudo bem, eu levo. – Disse levantando e peguei minha bolsa. Ana me entregou a pasta com as amostras de tecidos e sai do escritório sinalizando para um táxi.Entreguei o endereço para o taxista e peguei meu celular que vibrava.De Henry: Aceita jantar comigo essa noite?De Mary: ?De Henry: Precisamos conversar, por favor.De Mary: Preciso trabalhar essa noite, e todas as outras até o casamento. Desculpe.De Henry: Sei que fui duro com você Mary, sei que fui injusto na maior parte do
MaryEu estava completamente exausta para pegar o celular que tocava em minha bolsa do outro lado da sala. A tarde começava a cair e o sol começava a se por enquanto Henry e eu estávamos enroscados um ao outro no sofá.- Você quer ir atender? – Perguntou acariciando minhas costas nuas e balancei a cabeça.- Não. – Murmurei e o mesmo sorriu. Um lençol cobria nossa cintura enquanto eu estava deitada em cima dele com as minhas pernas entre as suas. Eu não queria sair daqui, por nada nesse mundo.- Pode ser a Ana, você saiu para almoçar e não apareceu mais. – Henry sorriu beijando a ponta do meu nariz.- Que horas são agora? – Perguntei e ele esticou o braço alcançando seu relógio.- Quase seis. – Disse voltando o relógio para o lugar.- Passamos a tarde inteira aqui? – Sorri preguiçosa.- Foram quase duas semanas sem nada. – Justificou.- Eu estou com fome. – Resmunguei.- Eu vou fazer alguma coisa rápida pra gente, você pode atender seu celular enquanto isso. – Beijou meu ombro e choram
MaryAssim que sai do escritório avistei o carro de Henry parado a frente do mesmo e, José sorriu abrindo a porta.- Achei que me deixaria ir a casa antes do jantar. - Murmurei.- Eu levarei você lá para tomar banho e se trocar, fiz reservas para nós em um dos meus restaurantes preferidos.- Não jantaremos em casa? - Perguntei enquanto José guiava o carro pelas ruas.- Não, essa noite não.Assim que chegamos ao restaurante que Henry havia reservado me surpreendi com a beleza do mesmo. Era um dos mais caros, situado em uma parte bem frequentada da cidade. Atualmente o que eu tenho ganhado daria para uma sobremesa e um copo d'água por aqui. José abriu a porta do carro e me estendeu a mão para sair do mesmo.Ajeitei meu vestido alinhando-o um pouco mais para baixo e Henry entrelaçou sua mão a minha.- Bem vindo ao Pierre's. Sr. Salt. - A recepcionista cumprimentou nos encaminhando para a nossa mesa. Passamos por todo o salão luxuoso e perfeitamente decorado até outra porta que dava a
MaryJosé, Hector e mais alguns seguranças revistaram todo o apartamento de cabo a rabo, mas Lizz não estava mais aqui. Já se aproximava das seis da tarde quando Henry bateu na porta do quarto.- Eu esquentei o jantar. - Disse parado perto da porta. - Você está bem?- Você iria me dizer que ela estava aqui? - Perguntei.- Talvez, mais tarde.- Por quê?- Porque eu não queria estragar a ótima tarde que estávamos tendo. - Resmungou desencostando-se da porta e se aproximou. - Quer que eu traga o seu jantar aqui?- Não, eu estou bem. - Murmurei levantando e ajeitei a camisa de Henry que usava por cima do biquíni que coloquei essa tarde.Henry me abraçou por trás puxando-me para ele e apoiou o queixo em meu ombro beijando minha bochecha.- Não fica estranha assim, eu odeio quando fica assim.- Eu fiquei com medo. - Confessei. - Muito.- Eu sei querida, mas eu estou aqui e vou protegê-la. - Sussurrou virando-me para ele e abracei sua cintura encostando meu rosto em seu peito.- Eu... Agrad