“O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha.Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor.O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.” — Bíblia (I Coríntios 13: 4-7).Cinco Anos DepoisEduardo estava atrás da sua mesa em seu escritório de Nova Iorque, examinando as demonstrações financeiras mensais da empresa, quando a porta se abriu de repente.Ele levantou a cabeça e viu Camila caminhando em direção a ele.— Querida, que surpresa! Eu pensei que você fosse fazer compras. — Seus olhos se iluminaram.Ela parou na frente da sua mesa e mordeu os lábios.— Eu fiz. Eu comprei isso e queria que você desse sua opinião. É um pouco caro. — Ela encolheu os ombros. Suas mãos pousaram nas cordas do casaco bege que ela usava.— Quer minha opinião sobre o casaco?— Não. Quero sua opinião sobre isso. — Ela desembaraçou as cordas e imediatamente o casa
“Somos todos um pouco estranhos. E a vida é um pouco estranha. E quando encontramos alguém cuja estranheza é compatível com a nossa, nos juntamos a essa pessoa e caímos nessa esquisitice mutuamente satisfatória a que chamamos de verdadeiro amor.” — Robert Fulghum.Eduardo Villa-Lobos começou a perder a paciência, seus lábios estavam pressionados com irritação. Ele continuou a olhar para o topo da grande escadaria acarpetada da Mansão Cavalcanti, e em seguida, de volta para o seu Rolex.Onde diabos ela estava? Já tinha se passado quinze minutos desde que chegaram ali e ainda nenhum sinal dela. Porra, ela estava desperdiçando o seu tempo. Ele cerrou os dentes e passou a mão, frustrado, por seu cabelo preto incontrolável.Levantou-se e enfiou as mãos nos bolsos, enfatizando a sua altura e seu corpo magro, ainda que musculoso. O rico contorno dos seus ombros tensos contra o tecido do seu terno cinza Armani, exibia poder e confiança.Ele chegou mais perto do retrato em tamanho real que pai
"Me ame ou me odeie, ambos estão em meu favor... Se você me ama, eu estarei sempre em seu coração. Se você me odeia, eu vou estar sempre em sua mente." — William ShakespearePetrópolis— Camila! O que está fazendo aqui?— Olá, tia. — Camila parecia tão abatida, carregando uma maleta na mão esquerda e um grande saco em seu ombro. Seus óculos escuros escondiam seus olhos castanhos.— Meu Deus! O que está fazendo aqui? Você tinha que estar com o seu noivo agora, certo? — Sua tia Beatriz quase gritou. Ela estava chocada de ver a sobrinha em sua porta.Beatriz Rodrigues era a irmã mais nova da mãe de Camila, Márcia. Ela tinha quarenta e tantos anos, não tinha filhos e nem era casada. Morava em Petrópolis, onde a casa ancestral dos Cavalcanti estava localizada.— Ele não é meu noivo. Eu não vou casar com aquele idiota. — Camila disse enquanto entrava na casa da tia e sentava-se diretamente no sofá antigo.— Você o encontrou em sua casa hoje?— Não. Saí antes que ele me visse.— Oh, Deus. —
“Eu não posso te dizer que te amei no primeiro momento em que te vi, ou se foi no segundo, ou no terceiro, ou no quarto. Mas eu me lembro do primeiro momento que te vi andando em minha direção e percebi de algum jeito, que o resto do mundo parecia ter desaparecido quando eu estava com você.” — Cassandra Clare.PetropolisÁs oito da manhã do dia seguinte, Camila saiu do supermercado, carregando uma sacola cheia de frutas e legumes. Ela estava a poucos metros de distância do supermercado quando notou que alguém a seguia. Seu coração começou a bater muito rápido e um suor frio percorreu-lhe a espinha. De repente, ela diminuiu o passo e olhou para o lado. Camila virou-se lentamente, mas não havia ninguém. Então respirou fundo e suspirou.É apenas a minha imaginação, talvez por assistir muitos filmes de terror, ela sorriu para si mesma.Camila começou a andar novamente. Então viu através da sua visão periférica um homem com roupa preta, camisa de flanela e calça jeans, realmente seguindo-a
"Você só precisa de um homem para amar você. Mas que te ame como a liberdade de um incêndio, louco como a lua, sempre como amanhã, súbito como uma inspiração e insuperável como as marés. Apenas um homem e tudo isso." — C. JoyBell C.Camila imediatamente subiu para se esconder. Ela estava andando em seu quarto tentando acalmar os nervos. Ela ainda se sentia brava com Eduardo Villa-Lobos por assustá-la como o inferno.— Como aquele idiota se atreve a me seguir? — Ela rangeu os dentes. Em seguida, se perguntou por que ele sabia onde ela estava. Ela não tinha contado a ninguém, nem mesmo ao seu melhor amigo, Toni.— Camila, venha aqui. — Ela ouviu a tia chamá-la.Camila suspirou. Ela realmente odiava a idéia de enfrentar Eduardo Villa-Lobos novamente. Ele era o homem mais arrogante que já ela tinha visto. Ela o odiava antes, quando seu pai a enchia com essa história de casamento, e agora que o conheceu, o odiava mais. Droga! No entanto, ela não tinha escolha agora, ele estava lá embaixo e
"O amor é como o vento, você não pode ver, mas pode sentir."— Nicholas Sparks.Dois dias depois, Gregório Villa-Lobos ligou para Eduardo e deu-lhe notícias inesperadas.— A filha pródiga voltou ontem. Fernando ainda está muito irritado, mas por causa do coração da sua esposa, ele decidiu perdoar a filha.— Então, o que acontece agora? Será que vamos esquecer esse negócio de casamento? — Eduardo perguntou, segurando o telefone entre o queixo e o ombro enquanto tirava a roupa para tomar banho na suíte presidencial do seu hotel no Rio.— Hmm... Fernando não prossiguiu mais com essa questão. Camila discorda vigorosamente do casamento. Ela não entende como isso é importante para nós. Ainda é jovem, na verdade, vinte e dois anos e se graduou agora em Gestão. Nós concordamos que devemos dar um tempo para ela amadurecer.— Bem, eu não estou com pressa também. Estou curtindo minha vida agora. — Eduardo disse, mas dentro dele, sentia-se rejeitado por Camila.Ele não queria realmente se casar,
“Você não ama uma pessoa, porque ela é perfeita, você a ama, apesar do fato de ela não ser.” — Jodi Picoult.Camila estava sentada no avião privado dos Villa-Lobos com o pai de Eduardo.Gregório a tinha buscado em sua casa havia algumas horas. Ele almoçou com sua família, falou de negócios e relembrou os velhos tempos com o seu pai. O Sr. Villa-Lobos pediu encarecidamente a seus pais que não se preocupassem com ela. Ele iria cuidar das suas necessidades e garantir que recebesse o melhor treinamento na gestão de uma empresa.Camila estava apenas ouvindo suas conversas. Ela se sentia como uma criança que não podia cuidar de si mesma. Ela já tinha vinte e dois anos de idade, mas ainda assim, seus pais eram muito protetores com ela.Eles estavam no avião havia quase uma hora, quando Eduardo apareceu, segurando um laptop e falando ao telefone. Ele apenas acenou com a cabeça para o pai e para Camila e então se estabeleceu na cadeira em frente a eles. Ele parecia sexy e lindo com calças jean
"O essencial é invisível aos olhos, e só se pode ver com o coração." — Antoine de Saint-Exupéry.Camila ouviu alguém chamando seu nome.— Camila! Camila!E lá estava de novo o tremor. Oh Deus! Por favor, faça isso parar!— Droga, Camila. Acorde! — Eduardo disse bruscamente e sacudiu seus ombros.De repente, Camila abriu os olhos. Ela engasgou e estremeceu em pânico. Ela sentou-se imediatamente, com o medo atado dentro dela. Ela examinou o lugar, sentindo-se perdida e desorientada. Seu rosto estava pálido como um fantasma.— O que aconteceu? Onde estamos?— Ainda estamos no avião. Você está bem? Você estava se mexendo, inquieta enquanto dormia. Estávamos brincando quando você cochilou.Eduardo tinha ficado um pouco decepcionado por ela ter adormecido em um momento tão agradável, quando os dois estavam flertando um com o outro, mas assumiu que ela deveria estar cansada. Então foi trabalhar um pouco em seu laptop, e depois de alguns minutos, notou que ela estava muito agitada. Ele começo