Ele balançou a cabeça, irritado. Uma despedida de solteiro em um clube? Ele entendia que as mulheres poderiam querer fazer isso, assim como muitos homens, mas ela poderia ter escolhido outro lugar. Se ela queria se exibir em um poledance, poderia ter ficado no seu quarto de hotel. Pelo menos ali, o único público masculino que ela teria era o Miles, mas ele não precisaria se preocupar com isso.— Você não devia acreditar em tudo que lê nas revistas. — Camila disse baixinho.— Idem. Agora você sabe como eu me sinto.Camila parou para pensar no que sua tia Beatriz tinha dito. Que ela não deveria acreditar em tudo que lia sobre o Eduardo porque ela mesma já tinha sido vítima de fofocas e exageros.Ela olhou de relance para ele e viu que ele continuava muito irritado, mesmo quando estacionaram no hotel. Eduardo praticamente arrastou Camila para fora do carro e entrou exasperado com ela no elevador. Ele sentiu vontade de encostá-la na parede daquele lugar apertado e mostrar a quem ela perte
“Quando você sorri o mundo inteiro para e fica olhando por um tempo. Pois, garota, você é incrível. Do jeito que você é.” — Bruno Mars.Com um som rouco de macho completamente satisfeito, Eduardo segurou o corpo leve de Camila em seus braços poderosos. Ele a estava segurando com tanta força contra seu peito que ela mal conseguia respirar profundamente sem sentir que suas costelas estavam se esmagando. Então Eduardo a colocou no chão, e a olhou profundamente, com seus olhos cheios de fome.— Eu sou todo seu, Camila. Enquanto eu estiver com você, não haverá mais ninguém na minha vida. E eu espero que para você as coisas também sejam assim. — Seu olhar procurou pelos olhos dela. Ele queria a confirmação.Então sua boca de especialista desceu novamente sobre a dela em uma série de beijos ásperos e tentadores. O contato leve dos seus dentes no lábio inferior de Camila e o toque aveludado e sensual da sua língua a fez tremer e suspirar.— Eu amo a sua boca, eu amo sua pele... mas, acima de
Eduardo se sentiu derrotado. Ele esfregou o rosto com a mão.— Ok, eu admito. Mas em minha defesa eu digo que estava ligando como um louco para você e você não atendia. Eu pedi ao Bruce para procura-la. Ele viu onde você estava e me mandou fotos.— Oh meu Deus! Não bastava mandar me seguir, você ainda mandou tirar fotos? Eu esqueci o celular no hotel, por isso não atendi.— Como eu ia saber? Eu estava com saudade e queria ouvir sua voz. Camila, eu fiquei preocupado. — Ele disse com a voz profunda e frustrada.— Isso não justifica a perseguição. Você poderia apenas ter pedido aos seus homens para dizerem onde eu estava quando me encontraram na academia. Não deveria ter pedido para continuar seguindo e tirando fotos. — Ela colocou as mãos nos quadris e ergueu o queixo.— Eu sinto muito. Eu não estava pensando direito. Eu não fazer isso de novo, querida, eu juro.— É bom mesmo que não faça. Ou então eu vou procurar outra pessoa para casar. Isso me assusta. — Ela franziu a testa para ele.
No final da tarde, Eduardo mostrou a Camila sua mansão enorme nos arredores de Nova Iorque. Ele comprou a casa havia um ano e tinha reformado.Camila se apaixonou completamente pela casa no momento em que a viu. Era uma mansão de dois andares toda branca. A estrutura era moderna e muito elegante. Tinha janelas grandes, corredores largos, teto alto, grandes quartos e a sala era muito espaçosa. Havia grandes árvores do lado de fora e um jardim muito bonito, infestado com as mais belas flores. O ambiente era muito tranqüilo e relaxante.— Você gostou?— Sim, sua casa é linda.— Não, querida. Esta é a nossa casa, agora. De agora em diante, tudo o que é meu, também é seu. — Ele passou os braços em torno dela. Ela relaxou, afundando-se em seu abraço quente.Eduardo fez um tour com ela. Mostrou-lhe o jardim, a piscina, o lago, a cozinha, a biblioteca e todos os quartos. O quarto do casal ficou por último.— Este será o nosso quarto. E bem ali no canto, vou mandar colocar um poste para você p
“Felizes para sempre, não é um conto de fadas. É uma escolha.” — Fawn Weaver.O sorriso que apareceu nos lábios de Camila era a coisa mais linda que Eduardo já tinha visto. Apesar da frieza da noite, ele estava suando bastante, ansioso pela resposta. Diga sim, Camila, por favor, diga sim! Ele pensou.Eduardo sabia que o amor entre eles era unilateral. Ele não tinha certeza dos sentimentos de Camila por ele. Mas seus sentimentos por ela eram muito profundos, obsessivos, e ele se casaria com ela de qualquer forma, mas se ela dissesse sim, era um sinal de que seu coração estava amolecendo por ele.Eduardo não tinha certeza do momento exato em que se apaixonou por ela, mas sabia que o amor que sentia era imenso. Desde que ele conheceu Camila, seu coração palpitava a toda hora, suas mãos tremiam e ele parecia prestes a perder a cabeça a qualquer momento. Ela o deixava assim. Ela o estragou para qualquer outra mulher.O instinto de Gregório foi preciso. Ele insistiu pelo casamento e agora E
“O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha.Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor.O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.” — Bíblia (I Coríntios 13: 4-7).Cinco Anos DepoisEduardo estava atrás da sua mesa em seu escritório de Nova Iorque, examinando as demonstrações financeiras mensais da empresa, quando a porta se abriu de repente.Ele levantou a cabeça e viu Camila caminhando em direção a ele.— Querida, que surpresa! Eu pensei que você fosse fazer compras. — Seus olhos se iluminaram.Ela parou na frente da sua mesa e mordeu os lábios.— Eu fiz. Eu comprei isso e queria que você desse sua opinião. É um pouco caro. — Ela encolheu os ombros. Suas mãos pousaram nas cordas do casaco bege que ela usava.— Quer minha opinião sobre o casaco?— Não. Quero sua opinião sobre isso. — Ela desembaraçou as cordas e imediatamente o casa
“Somos todos um pouco estranhos. E a vida é um pouco estranha. E quando encontramos alguém cuja estranheza é compatível com a nossa, nos juntamos a essa pessoa e caímos nessa esquisitice mutuamente satisfatória a que chamamos de verdadeiro amor.” — Robert Fulghum.Eduardo Villa-Lobos começou a perder a paciência, seus lábios estavam pressionados com irritação. Ele continuou a olhar para o topo da grande escadaria acarpetada da Mansão Cavalcanti, e em seguida, de volta para o seu Rolex.Onde diabos ela estava? Já tinha se passado quinze minutos desde que chegaram ali e ainda nenhum sinal dela. Porra, ela estava desperdiçando o seu tempo. Ele cerrou os dentes e passou a mão, frustrado, por seu cabelo preto incontrolável.Levantou-se e enfiou as mãos nos bolsos, enfatizando a sua altura e seu corpo magro, ainda que musculoso. O rico contorno dos seus ombros tensos contra o tecido do seu terno cinza Armani, exibia poder e confiança.Ele chegou mais perto do retrato em tamanho real que pai
"Me ame ou me odeie, ambos estão em meu favor... Se você me ama, eu estarei sempre em seu coração. Se você me odeia, eu vou estar sempre em sua mente." — William ShakespearePetrópolis— Camila! O que está fazendo aqui?— Olá, tia. — Camila parecia tão abatida, carregando uma maleta na mão esquerda e um grande saco em seu ombro. Seus óculos escuros escondiam seus olhos castanhos.— Meu Deus! O que está fazendo aqui? Você tinha que estar com o seu noivo agora, certo? — Sua tia Beatriz quase gritou. Ela estava chocada de ver a sobrinha em sua porta.Beatriz Rodrigues era a irmã mais nova da mãe de Camila, Márcia. Ela tinha quarenta e tantos anos, não tinha filhos e nem era casada. Morava em Petrópolis, onde a casa ancestral dos Cavalcanti estava localizada.— Ele não é meu noivo. Eu não vou casar com aquele idiota. — Camila disse enquanto entrava na casa da tia e sentava-se diretamente no sofá antigo.— Você o encontrou em sua casa hoje?— Não. Saí antes que ele me visse.— Oh, Deus. —