Sinto-me flutuar, quando os seus dedos começam a passear pelo o meu corpo tão lentamente e tão suave, e quando os seus lábios começam a espalhar beijos calmos, seguindo o mesmo ritmo de seus dedos, meu coração chega a disparar e o meu corpo não sabe mais como reagir aos conflitos de sentimentos que fluem com violência dentro dele. Os meus olhos estão pesados de uma forma que eu mal consigo abri-los, mas ainda assim consigo vê-lo deleitar-se em meu corpo, quando encontra os meus seios e os segura em suas mãos, apalpando-os com uma força gostosa, apertando o bico entre os seus dedos. Ofegante, sussurrei o seu nome, não por causa do tesão, ou do êxtase, nem da adrenalina do prazer e sim, porque o meu coração estava tão cheio, que chegou a transbordar, e eu só conseguia pensar em chamá-lo, queria que ele soubesse o quão o queria. É
Meu Deus, os beijos desse homem não tem limites. É algo quase sobrenatural. Quentes demais, molhados demais e arrastados demais, e isso faz coisas comigo que eu nem consigo descrever. Só sei que estou em chamas, me afogando em seu prazer, e que o meu corpo perde totalmente o seu controle, só pelo fato de ele estar perto demais de mim. Então ele arrasta a sua língua comprida e úmida por toda a extensão do meu rosto, lambuzando tudo... Espera, lambuzando tudo? Eu abro uma brecha de olhos e encontro o focinho fino do Bolacha, que está se preparando para mais uma lambida épica. Merda, eu estava sonhando com o doutorzinho! Esses dias ele tem vindo muito ao meu apartamento e depois de alguns momentos família com o meu cãozinho, assistindo filmes e comendo besteiras, terminamos a noite sempre do mesmo jeito, aos beijos e com uma transa que me leva ao céu e ao inferno ao mesmo tempo.― Oh
Já assistiram A Ilha da Fantasia? Eu amava aquele filme da época da minha infância. Na verdade, ele não passava direto na TV, mas a Estrela tinha uma fita do filme e o repetia para mim sempre que eu pedia. Aquele lugar além de lindo, era mágico e todos os problemas se resolviam a partir do momento em que as pessoas colocavam os seus pés lá dentro. Eu me peguei por muitas e muitas vezes sonhando em ir àquele lugar e resolver o meu problema de aversão com os meus pais, mas descobri tempos depois, que aquele lugar simplesmente não existia, que tudo não passava de ficção e eu frustrei. Nunca mais quis olhar para uma TV na minha vida, até conhecer o Bolacha. Agora imagina que ao descer da lancha, segurando a mão do Heitor, eu me vi dentro daquele cenário, assim que pus os meus pés nessa ilha. As águas de um azul muito claro, mostra
A magia do banho a dois. Eu sempre vi isso acontecer em filmes e séries e, de verdade, eu não entendia o sentido daquelas cenas até agora. Santo Deus, sentir o toque das mãos de Heitor, misturada a espuma fina e perfumada do sabonete, escorregando pela minha pele úmida, provoca um desejo descabido. Eu tive um orgasmo fabuloso a pouco mais de meia hora e agora estamos debaixo do chuveiro, nos tocando e nos beijando com uma ousadia pra lá de envolvente, enquanto as suas mãos fazem coisas que me tiram a capacidade de raciocinar com coerência. Seus beijos se arrastam pelas extremidades do meu corpo, e mesmo com a água fria nos molhando constantemente, me sinto incendiar por dentro e por fora, e logo depois de uma breve degustação, ele ergueu as minhas mãos e as espalmou nos azulejos molhados, depois, segurou firme o meu quadril, me fazendo empinar um pouco para trás, e no segundo seguinte, sou pree
Eu nunca fiz sexo de reconciliação, até porque não tinha uma relação firme o suficiente para enfim fazer algo do tipo, caso viéssemos a brigar. Mas se eu tivesse feito sexo de reconciliação algum dia, com certeza seria como o que eu e Heitor acabamos de fazer. Minha nossa senhora do sexo com amor intenso e arrebatador! Pela primeira vez eu e Heitor fizemos sexo onde os dois agiam na cama. Eram mãos que pegavam e apertavam em todo lugar, ao mesmo tempo e sem limites, bocas que se devoravam e que devoravam as nossas peles suadas, famintas e sedentas. Corpos molhados, escorregadios e cheios de desejos e os barulhos e gemidos que preenchiam o quarto, e quem sabe a mansão inteirinha não nos ouviu? Sexo comigo tinha que ter muitas palavras sujas, algumas surras bem obscenas e uma pegada muito, muito forte. Mas fazer amor, ouvindo sussurros e aquela frase que fazia o meu coração inflar cada ve
― Nossa, você está linda! ― A voz grossa e firme do homem que aprendi a amar de alguma foram surge atrás de mim. Através do espelho, noto os seus olhos passearem com liberdade pelo vestido longo verde água, de alcinhas finas e delicadas e que tem uma flor delicada atada na cintura, feita com o mesmo tecido. Seu olhar especulativo para no pouco do salto alto, que quase não aparece debaixo do tecido delicado e suave. Suspiro ao vê-lo vestido em um smoking negro, a cor predominante do seu vestiário, que tem uma rosa bege descansando em sua lapela, quebrando um pouco daquela escuridão em seu corpo, e o seu cabelo muito bem arrumado para trás e brilhante, por conta do gel que está usando. Confesso que a roupa escura com alguns poucos detalhes brancos ― no caso da camisa que veste por dentro ― deixou o seu rosto quadrado ainda mais sexy e lhe deu um ar de mistério. Ele adentra ainda mais o quarto e
Beijar Heitor, como sempre parece o paraíso. Sou levada a um patamar ainda mais delicado e sensível desse sentimento tão singular. É incrível amar alguém, juro que não pensei que seria assim. A gente flutua e ao mesmo tempo tem os pés enraizados no chão. Estou presa e ao mesmo tempo liberta. É tão forte que é possível rir e chorar ao mesmo tempo. É confuso e complexo além do que eu possa imaginar, e ao mesmo tempo, é singular. Um mar de ondas calmas, que tem o poder te puxar para longe de onde você sempre esteve. Confuso? Eu sei que é, mas é exatamente assim que eu estou me sentindo agora. Em meio a esse beijo, minhas mãos seguem se arrastando por seu abdômen, encontrando os botões da sua camisa e começo a desabotoa-los um a um. Afasto o tecido pelos seus braços e a deixo cair pelo chão. Quantas iguais a essa eu
Alguns dias depois...Sabe aqueles casais chicletes? Aqueles que vivem grudados um no outro, que não se largam por nada desse mundo, que dão beijos estralados a todo momento e que sorri por qualquer besteira? Eu já vi muitos casais assim. A Kell e a Cris faziam esse tipo de casal com seus namorados e embora eu desse a maior força para as minhas amigas, eu juro que morria de nojo daquilo. Sério, eu evitava o máximo dos máximos estar por perto e tinha até medo de me melar todinha naquela gosma pegajosa deles. Por muitas vezes eu me perguntei, qual é a graça disso? Parecia que elas não tinham vida, que tudo girava em torno dos seus namorados. As amigas ― no caso eu — era deixadas para trás e elas só se lembravam de mim quando eles não estavam por perto.Era muito injusto!Mas passar esses dias com o Heitor fungando no meu pescoço, sempre me tocand
Choramingos e lambidas se tornaram o meu melhor ritual matinal. Nada de deprê e nem de rock para estimular a minha fake-alegria. Um pouco mais de quinze dias depois que eu encontrei o Bolacha e tudo na minha vida mudou, tudo mesmo, até um certo doutorzinho que nem estava na minha e só me dava patadas, agora se tornou o meu namorado. Mais lambidas e choramingos me fazem abrir os olhos pesados de sono e encontrar o focinho fino do meu cachorro, esbanjando um sorriso canino, que como vocês já sabem, eu aprendi a amar. Eu me espreguiço em cima do colchão macio e ele salta para fora da cama, dando um latido alto, seguido de alguns pulinhos animados.― Nossa, bom dia pra você também! ― resmunguei abrindo um sorriso, embora ainda esteja com a voz sonolenta e me forcei a sentar-me na cama.Bolacha adquiriu o hábito de me acordar para o nosso passeio matinal, não importa se é dia de sem