Ele pensou em dizer-lhe que mandaria alguém para verificar sua saúde e confirmar que ela não havia engravidado, mas recordou-se da noite antes do casamento. O que ela havia passado por culpa de sua avó. Talvez não se sentisse bem em adentrar no assunto com alguém ainda. Suspirando ele a viu agradecer, também se pondo de pé. Khalil se aproximou tirando algo do bolso, entregou para ela tocando em sua mão no processo. Ela curvou a cabeça levemente em sua direção e falou com um misto de felicidade apertando a chave do quarto em sua mão. — Eu irei primeiro! — era o modo de pedir permissão para fazer algo, e avisar que deixaria aquela pessoa antes de apenas dar-lhes as costas. — Vá em frente. — diz ele ainda pensativo. Ela deu as costas saindo dali rapidamente. Era notória sua empolgação e ansiedade. Khalil caminhou devagar até as escadas, convencido que ela não poderia ter filhos agora. Pensando na pequena porcentagem que aquilo vinha a preencher, ele tirou o celular do bolso e fez o
— Escolha não. Uma esposa a altura, não precisará de outra, serei o bastante! — Khalil estava desacreditado. Ela era pior que uma raposa na casa de seu marido. — Perdão, deve ter entendido errado... — ela o interrompeu. "Que petulante." — pensou o sheik. — Não. Estou aberta a quaisquer decisões que tome. Separo-me do meu marido hoje mesmo se me aceitar. — disse.Khalil se levantou, mas foi impedido de sair do lugar por sua mão espalmada em seu peitoral por cima da roupa. Ele a encarou desta vez. Retirou sua mão dali, mas ela quis continuar, segurou sua mão. — Sabe quanto tempo leva para alguém como eu poder me casar com alguém como você? — viu o interesse transbordar dela. — Não senhor. — respondeu, sua voz abaixou e teve uma mudança de tom. "Pior ainda pode ficar." — reclamou ele. — Seis meses. — puxou sua mão das suas. Se afastou mantendo uma distância segura da mulher. — Podemos fazer muitas coisas em seis meses. — continuou.Khalil respirou fundo internamente. — Nossa con
Aisha não conseguia pensar em nada além do medo do que estava prestes a descobrir. Mas ouviu a porta do quarto ser aberta naquele instante, seu coração acelerou assim como o sangue fugiu do seu rosto. Ela se apressou até a pia apenas apertando os aparelhos nas mãos e jogando-os no lixo embaixo da pia. Tudo estava tão apressado que ela não se certificou de como havia ficado, ou onde havia caído.A pessoa do outro lado ouviu o movimento dentro do banheiro, se aproximou parando na porta em passos pesados, demonstrando que não era a mesma mulher que havia a ajudado.— Aisha?! — a voz dele foi ouvida, trazia preocupação.Aisha sentia um suor fantasma em sua testa descendo. Respirou fundo antes de abrir a porta, quanto mais houvesse demora, mais suspeito seria. Como nunca fora aberta a surpresas, ela começava a senti-se tonta.Khalil estava lindo como sempre, parado em frente a porta, a estudou, como bom observador que era notou algo errado com ela além de sua palidez.— Você está bem? — per
Ele olhou novamente para o teste apenas para confirmar consigo mesmo. — Aconteceu mesmo. — murmurou para si, olhando para o outro com o mesmo resultado.Khalil voltou seu olhar para o seu reflexo, a confusão se dissipou aos poucos em seus olhos. Ele retirou as mãos do mármore frio, ligou a torneira sensível e juntou as mãos embaixo pegando parte da água que corria e logo jogando no rosto. Bufou recebendo um olhar cansado de seu reflexo.Logo que a água parou de cair ele apertou a toalha ao quadril. Pegou os testes já abrindo a tampa do balde de lixo, jogo-os de volta.Saiu do banheiro com as gotas de água escorrendo do seu rosto e cabelos correndo pelo pescoço e peitoral, algumas gotas mais rápidas que outras. Parou enfrente a cama dele novamente, ela continuava dormindo. Ele observou em silêncio seu corpo do mesmo modo que ele havia colocado sobre colchão. Seu vestido roxo chamava atenção para sua pele clara, os cabelos soltou quase tão comportados quanto antes com parte embaixo do
— Eu não seria capaz de pedir tal coisa. Apenas um monstro faria isto! — assegurou vendo Aisha ainda com as mãos na barriga, assustada.Khalil se levantou assistindo-a recuar, ele deu a volta na cama se aproximando dela que caiu no sofá achando ter mais espaço.— Eu sabia dos riscos. Eu pensei neles, mas não haviam grandes chances disto acontecer. — se inclinou sobre ela que se encolheu.— Mais aconteceu. — ela murmurou mantendo contato visual.— É, e agora você está grávida e terei de pensar melhor da próxima vez que for brincar. — falou aproximando seu rosto dela, quase a beijando.Uma das mãos foi na direção do seu rosto, quando chegou perto apenas desviou para o lado pegando uma mecha dos seus cabelos com os dedos, apreciando a maciez de seus fios, soltando-os ele deixou seus dedos correrem ali.Quando Aisha percebeu que ele não era uma ameaça a ela e ao bebê, ela quis o beijo que ainda não havia recebido.— Amanhã estarei presente na sua consulta médica. — avisou se afastando."Q
O dia estava claro, o sol não estava muito quente como costumava estar.— Vamos papai! — ele o puxou pela mão até o fim do jardim.O garoto tinha cabelos castanhos escuros cortados um pouco abaixo das orelhas. Tinha rosto meio redondo mais tudo indicava que puxaria mais para ele, sobrancelhas quase retas, olhos meios amendoados com a íris entre a mistura de um verde acinzentado, nariz como o de Khalil quase arrebitado e bem feito, lábios finos e queixo quase quadrado. Ele tinha mais do pai que da própria mãe, até a pele mais corada puxava a ele.— Quando isto apareceu aqui? — Khalil perguntou para o garoto que o puxava insistente.— A mamãe o pediu para fazer, o senhor não lembra? — o garoto chamava atenção por puxar as boas partes de ambos.— E onde está me levando, posso saber? — Khalil sorrio vendo a mãozinha pequena o puxando para o fim do espaço.Seu coração encheu-se de amor, era a melhor sensação que ele já havia sentido.— Claro que pode. O Sheik sempre tem que saber, não é?
Aisha sentia seu coração pulando enquanto olhava na tela do celular os minutos se estendendo. Ouvindo passos se aproximando ela quis mover a cabeça para o ver chegar, mas não pôde, até mesmo por sua aparente timidez. Ele veio bem-vestido como um bom Sheik cobrindo os cabelos e pondo o smartfone no bolso da calça desta vez preta. Sentou-se ao seu lado no sofá, vestia uma camisa social cinza meio aberta no peitoral, a falta de quatro botões que poderiam tirar a concentração de Aisha se ela não estivesse ansiosa demais.Youssef se aproximou para examina-la agora que o marido estava presente. Depois de várias perguntas e uma bela revisão sobre seu estado ele constatou depois o que todos desconfiavam. Após confirmar sua gravidez ela sentiu seu coração galopar no peito enquanto encontrou o olhar com o do Sheik que estava ao seu lado, distraída de mais por seus sentimentos sufocantes ela não notou o que ele fazia naquele momento. Ele segurou sua mão por um instante, ela apenas compreendeu
Khalil se retirou da mesa depois de observar a alimentação da sua mulher. Tinha de resolver as questões antes da chegada do bebê.Aisha desenhou mais um vestido esperando um dia dá vida a ele, sua criatividade parecia ter evoluído. Ela fez mais esboços de como ficariam os vestidos já criados em vários ângulos para ela mesma ter a ideia exata de como ficariam depois.Sorrindo para suas criações ela sentiu-se realizada enquanto as apreciava. Aisha nem notou haver mais alguém dentro do quarto a observando a algum tempo.— Este ficará perfeito quando a barriga crescer. — ela falou-lhe em voz alta agora passando a mão sobre a barriga.— E aí, o quê acha? — ela perguntou timidamente, sua intenção era começar a estabelecer um contato com o bebê, para então criar uma relação com ele ou ela.— Olha não sou boa nisso ainda mais aposto que consigo! — ela falou alisando sua barriga escondida pelo vestido.— Assim como não sou uma boa esposa ainda. Pelo menos eu acho, visto que ele não sente nada