✩。•.─── ❁Liza❁ ───.•。✩Paola retornou de seu nado, submersa nas águas aquecidas, e apoiou as mãos na borda da piscina, saindo dela como se viesse em câmera lenta para mim.—Não sabe o que está perdendo! —Tremendo pelo frio, acenou para que uma empregada lhe trouxesse um roupão, assim sendo. —Eu estou louca que esse lugar amanheça logo pra você ver o quão lindo isso é quando o sol está tocando tudo.As poças de água foram secando gradativamente quando a madeira em baixo de seus pés foi aquecendo aos poucos. Era reconfortante.—Você bebe tão pouco que eu me vejo depravada ao seu lado. —Ela sorriu se divertindo com suas próprias palavras. —Como você consegue deixar os seus cabelos tão volumosos? As pontas dele são tão encorpadas... —Passou a mão sobre minha cabela como se acariciasse.—Não tenho muitos segredos. Talvez a idade... —Sorri, bocejando. —Eu acho que... O vinho me deixou sonolenta, Paola... —Bocejei outra vez.—Tudo bem. Algumas pessoas são mais fracas com bebidas e outras...
✩。•.─── ❁Chris❁ ───.•。✩Meu coração estava batendo em retumbadas profundas. Sentia o peito afundar, sufocando meus órgãos.O mastigar do cavalo recém alimentado era um barulho nada suave no estábulo.—Você me agrediu, Chris... Fique longe de mim. —Enzo secou o canto dos olhos e se esforçou para levantar, recusando minha ajuda. Eu estava decepcionado comigo mesmo. Estiquei os braços para ajudá-lo, mas ele me recusou outra vez.—O pior de tudo... —Levou a mão aos lábios outra vez, reclamando o sangue que vinnha de sua boca. —O pior de tudo foi ter aceitado essa porcaria desse emprego por sua causa!Recuei. Do que ele estava falando?—Como assim? —Estreitei o cenho, tornando os olhos mais pequenos à medida em que ele revelava seus pensamentos. Enquanto ele me falava, me esforçava para segurar os olhos cheios e culpados. O nó na garganta deixou de ser metafórico para ser uma dor física e real.—Eu procurei por você por todos os malditos dias da minha vida, desde que você se foi!! Eu br
✩。•.─── ❁Chris❁ ───.•。✩Eu gostaria de dizer que respeitei minha primeira vez com um cara. No entanto, eu parecia um esfomeado em cima dele.Enzo entrelaçou as pernas em minha cintura e eu segurei o pau duro na mão. Confesso, eu estava nervoso. Porém, ao penetrá-lo, sentia que ia rasgá-lo ao meio. Seus gemidos, suas súplicas... Todas as suas reações se esmbargaram á um pedido solene:—Por favor, me fode... Por favor, C-Chris...Aquele tom de voz era incomum, para mim, vindo dele. Num movimento que vai e vem, afundava o rosto em seu pescoço, sentindo o seu cheiro doce de baunilha me preencher os pulmões. Estava explodindo. A cada estocada, esquecia de quem eu era. Eu só queria ser a pessoa ideal para ele. Naquele momento, eu só queria ser o seu cara não importasse como aquilo chegaria aos olhos dos outros.Eu era um monstro por nutrir tantos sentimentos por ele? Eu deveria me perdoar por isso?Aquele sexo durou e se repetiu por horas. Estávamos ofegantes, mas ninguém quis desistir. Eu
✩。•.─── ❁Liza❁ ───.•。✩Já dormiu sem conseguir sonhar com nada? Eu havia adormecido naquele estado. Meus olhos se abriram com o cantar dos pássaros na janela. Era meu sinal de que, ao menos, não haveriam bombardeios.Um barulho de água vinha do banheiro.Wictor...Joguei as pernas para fora da cama e me levantei, atravessando o quarto entre passos curtos e tropeços.Estiquei o braço para empurrar a porta e senti o chão se distanciar dos meus pés. Mas que porra...—Elizabeth? —Wictor puxou a porta antes que eu pudesse abri-la e me olhou confuso. —O que aconteceu?Estiquei as mãos para ele, pedindo apoio. Wictor me segurou, ajudando-me a voltar para a cama.—Vai ficar deitada e vai descansar. Eu vou busca uma água pra você. —A convicção em sua voz dizia que haveria confusão se eu o contrariasse.—Eu não estou doente, fui drogada! —Protestei.Ele parou no meio do quarto. Nu, com água ainda escorrendo pelo corpo. Endireitou suas costas, enrijecendo os ombros, e suspirou girando para mim.
✩。•.─── ❁Wictor❁ ───.•。✩Após aturar Monttene e suas confissões, me recolhi em direção ás escadas na intenção de retornar ao quarto. Ao adentrar ao cômodo, encontrei Paola sentada na poltrona, ao lado da cama, conversando com Elizabeth. A minha irmã estava com os olhos vermelhos e com leve inchaço nas pálpebras superiores. Ao me ver, escondeu o rosto, virando a cabeça em direção a janela.—Paola? —Estreitei o cenho. —O que faz aqui?—Apenas vendo se Liza está bem, depois do vinho de ontem. Acho que da próxima vez devo lhe oferecer um vinho mais suave para festejarmos juntas. —Ergueu o queixo para mim, e desdenhou com um sorriso unilateral. —Não se preocupe, vou deixá-la descansar. Já estava de saída mesmo.O empregado bateu na porta, fazendo-me abrir para que passasse com o carrinho cheio de comidas requintadas, mas não demorou no cômodo e rapidamente se retirou. Me segurei para não discutir com Paola. —Posso falar com você lá fora, Paola? —Pedi, mordendo a mandíbula ao final. Sentia
✩。•.─── ❁Wictor❁ ───.•。✩Eu era um problema ambulante. Motivado a apenas dar continuidade no que importava, continuei investigando aquele lugar com cuidado para não ser flagrado.—Garoto, eu não vou ficar em casa hoje, preciso resolver uns assuntos particulares. —Explicou Monttene, sendo acompanhado por alguns seguranças que o cercariam durante todo o seu dia.Pensei no que fazer. Eu não queria perdê-lo de vista, mas aquela também era uma ótima forma de vasculhar mais cômodos e desenterrar segredos sobre ele.—Tá. Se não sei mporta eu vou... Dar uma volta pela propriedade mesmo. —Troquei alguns passos até uma das poltronas e me sentei, encenando um cansaço.—Fique a vontade, tem muito o que se fazer aqui, acredite. Os empregados já estão cientes sobre quaisquer que sejam suas necessidades e de sua irmã, então... Pode fazer o que quiser. —Ele levou um daqueles palitos fedidos à boca e o jogou de um lado para o outro. —Só não chegue perto do meu escritório. Aquela é uma área restrita at
✩。•.─── ❁Wictor❁ ───.•。✩Olhava aos arredores, encontrando tudo, menos pássaros.—Sabe, eu lia alguns livros do meu pai e... Eles revelavam que, durante a guerra, os soldados e refugiados ficavam em lugares onde poderiam ouvir os pássaros cantarem. Isso porque os pássaros só cantam em locais quando se sentem seguros. Lugares onde estão seguros. —Olhei para Chris e ele me olhou por cima dos ombros, segurando um tufo de feno fresco. —Chris, não tem pássaros aqui, muito menos o cantarolar deles. Que estufa não tem pássaros em volta?Chris ergueu a mão com o tufo de feno fresco e arqueou as sobrancelhas.—Que estufa produz feno fresco? —Se questionou, concordando com minhas suspeitas.Continuamos a vasculhar o local. O chão estava empoeirado e abandonado, mas, julgando o estado de deterioração de parte da estrutura, aquele chão de madeira não tinha terra suficiente para um lugar inteiramente abandonado. Chris começou a dar pisadas fundas no chão, pesando os pés sobre a madeira.—Chris! O
✩。•.─── ❁Liza❁ ───.•。✩Paola não parecia alguém ruim. Enquanto eu estava sozinha no quarto ela me fez companhia e me contou sobre o que havia acontecido durante o tempo em que eu fiquei apagada."Ele parecia tão maduro... Era como olhar para um homem viril. O seu irmão só tem dezesseis anos mesmo? Olhando de perto, ouvindo sua voz... E aquele corpo? Céus! Ele é o protótipo perfeito de como ser bom em tudo. Ele nem parece ser só um adolescente. Não sei onde ele conseguiu aqueles braços fortes, abdômen sequinho, pernas grossas, ombros largos... Eu sinceramente me pergunto se ele é só um adolescente imaturo. Aquele olhar não me dizia que ele era menos do que um homem viril, pra mim."Suas palavras reverberavam em minha mente enquanto eu me via sozinha outra vez depois da briga. Wictor havia passado por muita coisa e eu queria entendê-lo, mas as coisas que Paola havia me dito eram sinceras: ele era tudo aquilo e mais um pouco. Ele sabia como enlouquecer a cabeça de qualquer pessoa e parec