✩。•.─── ❁Wictor❁ ───.•。✩Eu não estava pronto para o que vinha, mas precisava acreditar que o coração do juiz Pietro Menezes amoleceria com um incentivo de Chris. Segurei a ansiedade e, com a saída de Gemma, deixei que a toalha branca caísse em volta dos meus pés, e puxei o macacão laranja, vestindo-me na sequência.A câmera acendeu novamente, vendo-me vestido e deitado balançando o pé com desdém.Eu sabia que sairia na manhã seguinte....✩。•.─── ❁Liza❁ ───.•。✩Após aquela conversa estranhamente confortável no jardim, Chris e eu adentramos à casa de titia. Ele se recolheu ao seu quarto e eu passei pela cozinha, na tentativa de comer algo.Se amanhã as coisas derem certo... Eu mal vou conseguir acreditar.Meus pensamentos fluíam enquanto eu estava sentada a mesa, diante de um prato com pipoca doce e folhas de hortelã.Estava delicioso.Ouvi passos se aproximando no corredor e me preparei para ver titia fazendo seus chás da madrugada. Me surpreendi ao ver um Chris vestindo calças larg
✩。•.─── ❁Wictor❁ ───.•。✩Romano e eu fomos para a salinha reservada, onde ficamos aguardando a hora do meu caso. —Farão uma revisão antes, mas nada como ontem. Não se preocupe. Não será tão cansativo hoje. O promotor fará a revisão de acusação. Eu farei a revisão de defesa e o juiz Menezes fará a revisão sobre o certo e o errado. Na verdade, o promotor e eu faremos discursos de manipulação, mas isso não pode ser apresentado dessa forma. Depois disso, o júri vai pra sala de deliberação e quando finalmente tiverem a decisão, será anunciada ao juiz. Me sentei.Mordi a mandíbula, encarando um quadro feio com uma pintura envelhecida pelo tempo. Quem pintaria aquilo? Pior! Quem compraria algo como aquilo?—Wictor! Está me ouvindo?Sobressaltei, arqueando as sobrancelhas para ele.—Hm? —O olhei diretamente.—Você precisa estar com a cabeça no lugar hoje, entendeu? Eles têm dúvidas sobre você e o que aconteceu ontem. Entendeu? Está entendendo o que está acontecendo? Foi bom? Foi! Mas, isso
✩。•.─── ❁Wictor❁ ───.•。✩Estar prestes a ter uma revelação sobre o seu destino é como estar sentado a mesa com uma cartomante. No entato, eu estava com um júri cheio nas costas e um juiz furioso em minha frente. E, antes que eu me esqueça, o FBI queria o meu cu no fim da festa.O juiz Pietro Menezes ordenou que os membros do júri fossem para a sala de deliberação para decidirem. Eu me recolhi ao lado de Romano para a maldita salinha na parte de dentro do tribunal. Os demais deixaram o tribunal pelas portas da frente para aguardarem a decisão.Enquanto seguia atrás de Romano, não ousei olhar para as pessoas que estavam assistindo. Eu não queria ver Elizabeth e fraquejar. Eu não queria vê-la naquela manhã.Se eu fosse culpado, não queria vê-la depois de uma notícia dessas....Reclinei as costas em minha cadeira, encarando o maldito quadro feio.—Eu não entendo. Eles... Eles estavam com uma cara péssima quando saíram pra sala de deliberação. Malditos! Romano andava de um lado para o o
✩。•.─── ❁Liza❁ ───.•。✩Eu preferia que me carregassem num caixão, a vê-lo ser sentenciado a um reformatório somente para ser julgado quando obtivesse a maioridade penal. Uma agonia se espalhou pelo meu corpo e não pude me conter. Apesar de todo esforço, não consegui.Seu olhar para mim, antes de sair de volta ao prédio do FBI, doeu em meu coração. Sentia que toda a dor sairia pelas lágrimas. Eu sabia que, depois que o levassem para sua cela, transfeririam ele para o instituto de merda.—Minha querida, precisa se acalmar. Você... Vai acabar passando mal outra vez. Tem que se acalmar-—Cala a boca, titia! —Gritei, escapando de seus braços.Wictor foi levado e o tribunal virou um caos.Corri para fora e estiquei as mãos para a frente, abrindo as portas de madeira.O ar ainda parecia sufocante.As cores turvas em minha visão me deixavam confusa. Era um olhar de aquarela.Seguia chorando e correndo desesperadamente pelos corredores, até finalmente encontrar o lado de fora. Barulho de carr
✩。•.─── ❁Wictor❁ ───.•。✩Eles me levaram novamente ao prédio do FBI. Voltei para minha cela. Quieto.Calado.Apático.—Senhor Wictor, o instituto irá cuidar de você e eu lhe visitarei toda semana, já que sou o seu advogado. Não irão permitir visitas durante esse tempo, mas... Se você se comportar, poderão abrir uma excessão em dois ou três meses. —Romano me dizia palavras de conforto enquanto minhas algemas eram removidas pelo agente no vão da porta. Recuei, tendo os tornozelos igualmente livres.—Ânimo, rapaz! Eu consigo reverter a sua situação e tirar você de lá muito antes disso!Ele sorria, mas eu sentia o quanto estava nervoso naquele momento.Alisei os pulsos, reclamando todas as horas com as algemas e andei em direção à cama de cimento. —Você não tem outros casos pra resolver? —Virei a cabeça para ele, relaxando os olhos. —O quê? Quinhentos mil euros pra você é alguma coisa? Porque, em condições normais, isso não compra nem um carro pra mim. Eu estava machucado e estava sof
✩。•.─── ❁Liza❁ ───.•。✩Chris me ajudou com tudo. Usando o telefone residencial de titia, ligamos para o médico da família após consultarmos a agenda dela. Ele pareceu esperançoso, até ver o quadro dela.Alzheimer foi seu diagnóstico.Esperando uma enfermeira terminar de aprontá-la, o médico conversava comigo enquanto Chris ficava de braços cruzados. Estava ao lado da porta de entrada, observando tudo como um cão fiel.—Por que ela não pode ficar, doutor? Titia tem minha guarda temporária... —Reclamei, estreitando as sobrancelhas para ele.—A sua tia vai piorar, senhorita Konnor. É uma doença que evolui muito rapidamente e, em alguns meses, sua tia, sequer, irá lhe reconhecer. —E pra aonde o senhor indica que ela vá?—Eu tenho uma clínica para pacientes assim. Sua tia poderá ficar em um dos melhores quartos com todos os cuidados de uma equipe super preparada exclusivamente para ela. Não posso permitir que uma pessoa com o estado mental no qual a sua tia se encontra, possa ser responsá
✩。•.─── ❁Liza❁ ───.•。✩Um dia depois e titia permanecia dispersa.Acordei com um cheiro insuportável de gás vindo da cozinha. Estava prestes a adentrar ao cômodo, quando fui surpreendida com um pano em meu nariz, cobrindo parte do meu rosto.—Sinto muito, senhorita Liza. Não pode inalar isso. —Disse Chris, tirando-me daquele ambiente. Totalmente rendida, fui conduzida até a sala, onde ele finalmente me libertou daquele pano e andou pela sala, abrindo as janelas.Bufei.—Você não pode me surpreender desse jeito, sabia disso?!! —Cruzei os braços, olhando-o em completo estado de fúria.Ele me olhou calmamente, abrindo a última janela.—E a senhorita não pode inalar gás de cozinha. Pode causar má formação no bebê do senhor Konnor.Bebê do senhor Konnor?!—Chris, essa criança também me pertence. Não sei se percebeu, mas quem está gerando esse filho sou eu. Então, não se refira á ele como se fosse apenas do "senhor Konnor". —Reclamei, sentando-me na poltrona, ao lado de uma das janelas gig
✩。•.─── ❁Liza❁ ───.•。✩Titia assinou a papelada da minha emancipação e eu assinei como sua testemunha de sua doença. Parte de mim, sentia culpa por estar fazendo aquilo, mas a outra parte se sentia orgulhosa por conseguir se virar sozinha no meio de tantas decisões difíceis.Retornando para a sala com os papeis assinados, entreguei-os para Romano.—Aqui estão seus papeis. Tudo assinado. —Estiquei o braço para ele, entregando-o. —Agora, me diga qual notícia boa você tem pra me dar. —Me sentei de frente para ele, cruzando as pernas na poltrona.Ele abriu sua maleta de couro preto novamente e guardou os papeis importantes. Suspirou, arqueando as sobrancelhas ao me olhar novamente.—O senhor Wictor Konnor poderá receber uma última visita antes de ir para o instituto. A senhorita poderá visitá-lo e o seu amigo também. —Passou os olhos por Chris, desviando novamente.Eu podia ver que Romano o temia.—Quando? —Ergui o queixo para ele, pronta para para ver o Wic a qualquer momento.—Hoje a t