✩。•.─── ❁Wictor❁ ───.•。✩Uma moça elegante nos trouxe lanches. Estava vestindo trajes elegantes como uma aeromoça de primeira classe.—Não vai comer nada, Wic? —Elizabeth esticou a mão até a bandeija prateada e puxou uma maçã.—Não sinto fome.—Você nunca come quando tá preocupado, mas deveria. —Encolheu a mão, levando a maçã vermelha e apetitosa aos lábios. —Não percebe que a nossa família sempre faz isso com você e sempre vai fazer?Parei por alguns segundos e refleti sobre suas palavras ácidas. Nada como uma irmã sincera demais para azedar ainda mais o seu dia.—Você pode me trazer um suco doce, por favor? Enzo passou pela aeromoça e se curvou para sentar em sua poltrona.—O banheiro estava lotado, Enzo? —Questionei com ironia.—Não, mas eu... Tive uns probleminhas. —Sorriu, espremendo os olhos. A sua falsa inocência imbecil não me atingia.—De onde você é, Enzo? —Elizabeth sorriu, simpatizando com a víbora.—Daqui, dali... Não tenho um lugar certo e Lorenzo Monttene não nos deixa
✩。•.─── ❁Wictor❁ ───.•。✩Elizabeth estava começando a suspeitar, mas eu precisava ficar calado dessa vez.Estiquei a mão até sua cabeça e a encostei em meu peito, abraçando suas suspeitas, mas sufocando sua vontade de se expressar sobre aquilo.No fundo do meu coração, temia que ela deixasse Monttene saber sobre suas desconfianças e ela passasse a ser uma inimiga para ele. Eu não poderia deixar aquilo fugir para fora das paredes dos meus pensamentos.—Vamos descer. Aposto que estão nos esperando pra comer seja lá o que a Paola esquisitona tenha mandado prepararem para nós. —Brinquei, amenizando aquele clima fúnebre entre nós dois.O abraço se desfez aos poucos e nós deixamos o quarto tão rápido quanto....Descendo por um lance de escadas encaracoladas, avistamos a herdeira de Monttene de frente para a lareira. Estava abraçando os próprios braços enquanto se aquecia. Pernas juntas, vestido longo e justo. Ela era como uma vampira dos contos de terror, mas tinha uma aparência impecável.
✩。•.─── ❁Wictor❁ ───.•。✩Que Lorenzo Monttene não era flor que se cheirasse, disso eu já sabia. Ainda naquela conversa, enfiei as mãos nos bolsos da calça e o deixei falar por alguns segundos ininterrúptos. Preso em meu martírio, engolia os sapos de um terreno enlameado no qual a cena da minha situação se repetia com frequência.—Sabe, garoto... —Atravessou a sala a passos curtos e tranquilos. Ele estava confortável. —Há poucas coisas na vida pelas quais eu prezo, e o meu sossego é uma delas. —Monttene me olhou por cima dos ombros e sorriu. Dessa vez, seus lábios se curvam em uma linha completamente torta. Sem sorrisos de meia boca, Apenas... Um sorriso satisfeito e sincero. —Se eu pudesse descrever um grande momento de vitória, seria esse.Ouvia em silêncio, vencido pela desânimo.—Desde muito jovem eu me acostumei com a ruindade do ser humano. Tiraram tudo de mim, e... Num certo dia, me deixaram sem absolutamente ninguém. Há vinte anos o seu avô assassinou o meu pai por uma concilia
✩。•.─── ❁Liza❁ ───.•。✩Eu não estava querendo pensar na burrice que o Wic estava querendo fazer. Me mantive em silêncio, observando no canto escuro do cenário que era a nossa vida. Porém, na mansão dos Monttene, a irmã do Lorenzo parecia ser alguém em quem confiar. Eu considerei que, talvez... Só talvez, Lorenzo ou Paola pudessem fazê-lo mudar de ideia sobre voltar aos nossos pais e assumir os crimes acusados pelo meu pai.Eu ainda tinha esperanças.—Você parece muito pensativa. Sabe o que dizem sobre pessoas que pensam demais? Um dia enlouquecem! —Brincou, servindo-me um pouco de vinho. —Eu gostava desse lugar quando era completamente cheio, mas... O meu irmão passou a ser mais rigoroso depois do último ataque. Até os melhores seguranças foram obrigados a ficarem espalhados e não dentro da mansão conosco. Apenas Enzo, Chris e outros quinze são de altíssima confiança. Os demais são apenas... Seguranças muito bons. —Explicou, esvaziando a taça de cristal.—O que aconteceu com vocês doi
✩。•.─── ❁Wictor❁ ───.•。✩Apesar de ser um grande rato imundo, Monttene não me morderia naquela noite.—Você não fuma e não bebe, garoto?—Me diga você! —Arqueei as sobrancelhas, mostrando uma expressão divertida no rosto. —Me investigou por tanto tempo... —Brinquei, tirando as mãos dos bolsos da calça. Estiquei o braço até a mesinha com os whiskys e me servi de uma boa dose.Álcool era a resposta.—Investiguei sua família, não você. Não tinha muito interesse em você até descobrir as pedras preciosas nos seus bolsos... Se é que me entende. Meu olhar cortou o ar quando o olhei pelo canto dos olhos. Encarando a bebida que despencava no copo transparente e largo, sorri sabendo que meus cabelos loiros cobririam parte da minha expressão, escorrendo até os ombros.—Um brinde a isso então! —Ajustei a coluna e segurei o copo firmemente, erguendo-o para Monttene. Girando em sua direção, o encontrei olhando através da janela. Parecia se deliciar no vislumbre de uma vista, e me senti curioso sob
✩。•.─── ❁Liza❁ ───.•。✩Paola retornou de seu nado, submersa nas águas aquecidas, e apoiou as mãos na borda da piscina, saindo dela como se viesse em câmera lenta para mim.—Não sabe o que está perdendo! —Tremendo pelo frio, acenou para que uma empregada lhe trouxesse um roupão, assim sendo. —Eu estou louca que esse lugar amanheça logo pra você ver o quão lindo isso é quando o sol está tocando tudo.As poças de água foram secando gradativamente quando a madeira em baixo de seus pés foi aquecendo aos poucos. Era reconfortante.—Você bebe tão pouco que eu me vejo depravada ao seu lado. —Ela sorriu se divertindo com suas próprias palavras. —Como você consegue deixar os seus cabelos tão volumosos? As pontas dele são tão encorpadas... —Passou a mão sobre minha cabela como se acariciasse.—Não tenho muitos segredos. Talvez a idade... —Sorri, bocejando. —Eu acho que... O vinho me deixou sonolenta, Paola... —Bocejei outra vez.—Tudo bem. Algumas pessoas são mais fracas com bebidas e outras...
✩。•.─── ❁Chris❁ ───.•。✩Meu coração estava batendo em retumbadas profundas. Sentia o peito afundar, sufocando meus órgãos.O mastigar do cavalo recém alimentado era um barulho nada suave no estábulo.—Você me agrediu, Chris... Fique longe de mim. —Enzo secou o canto dos olhos e se esforçou para levantar, recusando minha ajuda. Eu estava decepcionado comigo mesmo. Estiquei os braços para ajudá-lo, mas ele me recusou outra vez.—O pior de tudo... —Levou a mão aos lábios outra vez, reclamando o sangue que vinnha de sua boca. —O pior de tudo foi ter aceitado essa porcaria desse emprego por sua causa!Recuei. Do que ele estava falando?—Como assim? —Estreitei o cenho, tornando os olhos mais pequenos à medida em que ele revelava seus pensamentos. Enquanto ele me falava, me esforçava para segurar os olhos cheios e culpados. O nó na garganta deixou de ser metafórico para ser uma dor física e real.—Eu procurei por você por todos os malditos dias da minha vida, desde que você se foi!! Eu br
✩。•.─── ❁Chris❁ ───.•。✩Eu gostaria de dizer que respeitei minha primeira vez com um cara. No entanto, eu parecia um esfomeado em cima dele.Enzo entrelaçou as pernas em minha cintura e eu segurei o pau duro na mão. Confesso, eu estava nervoso. Porém, ao penetrá-lo, sentia que ia rasgá-lo ao meio. Seus gemidos, suas súplicas... Todas as suas reações se esmbargaram á um pedido solene:—Por favor, me fode... Por favor, C-Chris...Aquele tom de voz era incomum, para mim, vindo dele. Num movimento que vai e vem, afundava o rosto em seu pescoço, sentindo o seu cheiro doce de baunilha me preencher os pulmões. Estava explodindo. A cada estocada, esquecia de quem eu era. Eu só queria ser a pessoa ideal para ele. Naquele momento, eu só queria ser o seu cara não importasse como aquilo chegaria aos olhos dos outros.Eu era um monstro por nutrir tantos sentimentos por ele? Eu deveria me perdoar por isso?Aquele sexo durou e se repetiu por horas. Estávamos ofegantes, mas ninguém quis desistir. Eu