Keenan olhou para os membros da corte sentados nas cadeiras e fez uma reverência respeitosa.— General Bentley, que prazer vê-lo novamente. — Leopold começou com um sorriso.— Está com uma nova aparência, general. — Thomas comentou, sorrindo. — A barba lhe caiu muito bem, não é mesmo, Griselda?— Sim, ficou maravilhosa. — Ela concordou com um olhar apreciativo.Keenan sorriu e colocou a mão no coração, inclinando-se levemente na direção deles.— Obrigado, majestades.Leopold voltou-se para Esteban, ainda com um sorriso.— Esteban, agora que nosso garoto está aqui, podemos dizer o motivo de estarmos reunidos: nós votamos, e as Justas retornarão.— Justas?! — O rei os encarou, surpreso. — Não foram banidas há anos?— Sim, mas decidimos trazê-las de volta. Precisamos oferecer alguma emoção a este povo.— E o prêmio será o quê? Os participantes serão ordenados cavaleiros? — perguntou Esteban, desconfiado.— Não. — Leopold sorriu, revelando o plano. — O prêmio será a senhorita Annabeth Ril
Um sorriso se formou no rosto de Sinan ao abrir a caixinha com o anel que pertencera à sua mãe. Ele estava completamente pronto para dar mais um passo em sua vida. Claro, aquilo não estava em seus planos, mas agora tinha um motivo pelo qual viver, e esse motivo se chamava Martina. Sua Tina.No início, quando conheceu Martina, pensava que era apenas uma atração física, e se divertia a irritando com algumas palavras para conquistá-la. Era engraçado. Mas o jogo foi mudando. Ele foi se apaixonando e se afastando, mas Tina não o deixou livre. E agora, lá estava ele, prestes a pedi-la em casamento. Deveria ter feito isso há muito tempo, mas queria ter certeza de que as coisas ficariam bem.Ele guardou a caixinha no bolso, ajeitou o cabelo loiro e úmido do recente banho. Olhou para a comida preparada especialmente para aquela ocasião e para a garrafa de vinho sobre a mesa.Pela janela, viu Tina subindo a passarela que dava até sua casa. Ela estava indo até a porta para recebê-la, mas cambale
— Aí!Keenan sentiu o impacto do tronco de madeira arremessá-lo diretamente contra os sacos de feno, que amorteceram sua queda. Ele se levantou com a ajuda enquanto Sinan e Apolo colocavam o tronco de volta na posição inicial.— Está tudo bem? — Apolo perguntou.Keenan riu, batendo na armadura amassada.— Não senti quase nada. Essa aqui é mais forte do que as outras. — Respondeu, arrancando risadas dos garotos que assistiam.Ele observou o pai e o primo baterem as mãos, satisfeitos com o teste.— Conseguimos! Só precisamos ajustar a armadura, está amassando com facilidade.— Melhor a armadura do que sua cabeça. — Apolo brincou, fazendo Keenan revirar os olhos enquanto testava os movimentos.O treinamento continuou, e os dias que se passaram foram exaustivos. Keenan sentia o peso do esforço no corpo, dolorido e coberto de hematomas. As justas eram ainda mais difíceis do que ele imaginava, especialmente ao se equilibrar no cavalo enquanto segurava a lança.No início, ele havia caído de
O dia do baile chegou, e a aldeia estava animada. Anna, por sua vez, estava ansiosa; seria a primeira vez que conheceria a corte. Sua mãe a ajudou com o vestido, já que Tina não havia aparecido naquele dia.Seu vestido era de duas cores: um creme misturado com vermelho-escuro. Anna o achou lindo assim que o viu. A camponesa que fazia os vestidos delas havia se superado dessa vez, criando algo confortável e sem as camadas volumosas típicas das mulheres da realeza.Bozena terminou de fazer uma trança embutida no cabelo da filha, deixando alguns fios soltos. Anna dispensou o pó de arroz, pois achava que a deixava muito pálida. Apenas passou o suco de morango com maçã nos lábios.— Pronto, já estou pronta.Bozena sorriu ao olhar para a filha.— Você não precisa de quase nada mesmo, é tão linda assim.Anna sorriu, mordendo os lábios. Antes que a mãe saísse, segurou as mãos dela, sentindo-se culpada por esconder tantas coisas.— Mamãe, eu amo o Keenan.— Eu sei — Bozena respondeu, sentando-
Anna o beijou novamente, passando os braços em volta do pescoço dele. O capuz caiu, revelando o cabelo escuro preso em um rabo de cavalo. Suas lágrimas não paravam de descer, agora de alívio e felicidade. Os dois homens por quem ela era apaixonada eram, na verdade, a mesma pessoa. Isso explicava tanta coisa e, ao mesmo tempo, significava que sempre foi Keenan. Por isso, a conexão imediata, a tensão, aquela vontade de estar junto. Sempre foi ele, mesmo quando pensava que era outro. Era o seu Keenan ali.Então, de repente, ela interrompeu o beijo, tomada por um acesso de fúria por ele não ter lhe contado antes. Começou a bater nos braços musculosos dele.— Não acredito que era você o tempo todo! — exclamou, enquanto o acertava.Keenan riu, se defendendo dos tapas dela.— Não tem graça, para de rir enquanto eu tento te bater, seu palhaço. — Ela deu outro tapa nele. — Todo esse tempo era você, mesmo quando é outro, é você!Keenan a puxou pela cintura e fez um carinho na bochecha dela.— M
Ele deu um sorriso e a beijou com vontade, puxando o corpo dela contra o seu. Os beijos desceram por seu pescoço, dando chupadinhas e lambidas. As mãos dele desceram até sua bunda e apertaram com força, enquanto voltava a beijá-la com mais desejo.Anna suspirou e passou a língua nos lábios dele.— Quero ser sua, estou pronta.— Tem certeza? — questionou, fazendo carinho no rosto dela.— Sim, eu quero você, não me importo com o que vai acontecer. — Ela colou a testa na dele.— Eu esperei muito tempo por isso, eu te amo, Anna. — Sussurrou.— Eu também te amo muito.Keenan a beijou com carinho e foi desamarrando o vestido dela sem pressa nenhuma. O coração de Anna estava disparado e a ansiedade a tomou. Finalmente iria fazer amor com o homem que amava, e não havia lugar melhor que aquele para isso.Quando o último laço se desfez, a primeira parte do seu vestido soltou. Ela o ajudou a tirar e ficou usando por baixo só o espartilho. Dessa vez, Keenan foi mais depressa e bem ágil, soltando-
Embora Milo nunca tivesse ido a um baile, naquele ele não teve vontade de ir. Suas visões estavam confusas, e isso o deixava bastante irritado. Ele passeou pela floresta, chegando perto da cachoeira, sentou-se em uma pedra e ficou olhando para a água congelada.Fechou os olhos e concentrou-se. Quando os abriu novamente, seus olhos estavam brancos, mas as visões apareceram borradas outra vez.Inferno!Então ele ouviu risadinhas perto da cachoeira e também uma voz feminina. Quando virou o corpo para trás, viu Jordan com uma garota. Ambos estavam completamente bêbados e animados. O romani agarrou a menina pela cintura, abraçando-a por trás e enchendo-a de beijos no pescoço.— Ah! Desculpe, acho que temos alguém de plateia, Jor — a garota riu.Jor?Jordan o encarou. Por um momento, pareceu levar um susto, mas logo assumiu sua máscara imparcial.— Hm, ele não vai ver nada do que vamos fazer — sussurrou Jordan, mas não baixo o suficiente.Milo revirou os olhos, reprimindo a vontade de balan
Anna acordou sentindo beijos sendo depositados em seu pescoço. Sorriu ao sentir a barba de Keenan arranhando sua pele e inclinou o pescoço, oferecendo mais espaço para ele.Durante a madrugada, Keenan a acordara para levá-la até a cama. Seria mais confortável e aquecido do que a casinha da árvore. Depois de buscar as roupas deles, ele trancou a porta do quarto e fechou a janela. Mais uma vez, fizeram amor, agora em sua cama.— Bom dia, dorminhoca! — a voz rouca sussurrou em seu ouvido, provocando um arrepio gostoso.— Bom dia. E aí, dormiu bem? — ela perguntou, abraçando-o.— Perfeitamente, melhor do que nunca. — Ele sorriu, aproximando-se para beijá-la.— Não! — Anna colocou as mãos no peito quente dele. — Estou com fome.— Bobinha, isso não é problema. — Ele apontou para a mesinha de cabeceira.Anna seguiu o olhar dele e viu uma bandeja com frutas cortadas.— Você assaltou a cozinha? — perguntou, rindo.— Dei uma passadinha rápida. — Keenan levantou-se, pegou a bandeja e a colocou n