ELLIOT— Nena? — me inclinei um pouco ao ouvir o suave ronco.Observei seu rosto de lado sobre o colchão, ela respirava suavemente, com aqueles deliciosos lábios entreabertos.Não pude evitar sorrir como um idiota, sentia tantas coisas profundas no peito.Eu havia confessado de propósito que sabia sobre sua identidade.Tínhamos uma conversa sincera pendente, e eu realmente esperava conquistar minha melhor aliada, uma aliança para a vida toda.— Então eu tenho que ficar quietinho quando você me assalta, mas você só aguenta um round quando sou eu quem está por cima — sussurrei, chupando sua orelha.Um gemido baixo vibrou em sua garganta, mas ela continuava dormindo, cansada.— Depois eu te cobro, minha querida Duquesa. Agora é você quem me deve. Vou me certificar de cobrar por toda a vida, Katherine — murmurei, beijando sua têmpora, sibilando de prazer ao sentir meu membro mais flácido saindo do calor da sua boceta.Me levantei, olhando o estrago que fiz em seu corpo. Inclinei-me para l
ELLIOTSaí para o exterior por uma porta de serviço, meus sentidos me guiando em direção ao bosque, alerta a qualquer espião que pudesse me seguir.Me adentrei, afastando as ervas altas. Logo cheguei ao ponto onde um homem já me aguardava desmontado do cavalo.— Vittorio, o que aconteceu? — fui direto ao ponto.— Vossa Senhoria, trago notícias do sul. Um dos nossos espiões chegou gravemente ferido à fronteira e entregou uma mensagem aos sentinelas. Eles cavalgaram a noite toda para nos informar que nossos homens foram descobertos.Fechei os olhos por um segundo. Maldição, era o que eu temia.— Parece que os encurralaram nas montanhas da fronteira. O Duque Thesio descobriu a escaramuça; eles estão em perigo — soltou tudo de uma vez.Me tensei, preocupado, meu cérebro trabalhando a mil, cheio de planos e cálculos.Eu precisava salvá-los, salvar Aldo, Tomas e meus homens.— Prepare os guerreiros de elite, rápido, Vittorio. Quero todos armados até os dentes...— Senhor, já está feito. Ele
NARRADORAHORAS ANTES, NAS TERRAS DO DUQUE THESIO…— Aldo, Gordon e eu vamos entrar para falar com o capataz. Vamos distraí-lo o máximo possível, essa é a sua chance, não a desperdice.Um dos homens enviados por Elliot murmurava ao lado do robusto trabalhador rural.Ao redor da fogueira, comiam pão fresco e tomavam uma xícara de chocolate fumegante.Sempre ofereciam o melhor para suborná-los e fazê-los trair o lado do Duque de Everhart.— Certo, Tomas e eu vamos carregar as caixas que deixamos separadas e levá-las ao local combinado. Não demorem, logo perceberão que sumimos — respondeu Aldo, mordendo o pão.Seus olhos astutos não paravam de escanear os outros trabalhadores ao redor, que também conversavam e comiam antes de continuar descarregando a mercadoria.Hoje era o dia. Haviam conseguido a oportunidade de entrar nas terras de Thesio, estavam no lado dele do rio.O objetivo era roubar as caixas ali, porque uma vez que atravessassem o rio, seriam rapidamente levadas para longe, e
NARRADORAÁlvaro correu pela floresta em zigue-zague, usando as árvores altas como obstáculos.Ele ouvia o som dos relinchos, das folhas sendo esmagadas sob o peso dos animais que o perseguiam como uma raposa fugindo pela vegetação.O rio não estava muito longe; talvez tivesse a chance de se lançar nas profundezas e nadar, apesar do perigo.Já podia senti-lo e quase enxergá-lo.O estalo no ar o fez se retesar.Ao sair para uma área mais aberta, os cavalos ganharam vantagem sobre as duas pernas de um elemental.— Aaaggrr! — rosnou quando algo se enredou em suas botas e o puxou brutalmente para trás.Seu corpo caiu para frente, chocando-se contra a terra e a grama.Tentou proteger o rosto dos impactos e da fricção do arraste.A força do cavalo o dominou por completo.Não importava o quanto lutasse ou se debatesse para se livrar do chicote que enlaçava suas botas; o cavaleiro o mantinha prisioneiro.— Prendam-no e, se resistir, deem a ele o que merece esse maldit0 traidor, mas o deixem c
NARRADORAAldo carregava Gordon como um saco de batatas em suas costas, enquanto Tomas levava a outra caixa.Agora, mais do que nunca, precisavam descobrir exatamente o que era essa feitiçaria perigosa.Correram sem parar, comunicando-se o tempo todo em suas mentes.Não importava o que acontecesse, seriam capturados se continuassem assim.— Me deixem para trás, porra, me deixem, vão embora vocês, senão também serão capturados! Avisem ao Ducado!— Cala a boca, maldição! — Tomas gritou para Gordon.Ele largou a caixa e a colocou na beira do rio.Essa área era muito profunda e as correntes poderosas poderiam arrastar a caixa e o ferido, mas eles não se atreviam a se lançar na água e nadar.— Sobe nela, rápido! Tente chegar ao outro lado e buscar ajuda, vai! — Aldo o tirou de suas costas. O homem mal conseguia se manter de pé, mas resistiu.— Não, não, vamos todos, espera!... — Gordon protestou ao perceber suas intenções.Aldo e Tomas não podiam perder mais tempo com explicações.— Nós co
NARRADORAEles estavam encurralados.Conseguiram se esgueirar para dentro da gruta, mas era apenas mais um buraco sem saída.“Aldo, ficar aqui é pior.”“Espera, sshhh, não faça muito barulho, vamos esperar, Tomas. Nos custou trabalho encontrar esse esconderijo; talvez para eles também.” Aldo disse ao amigo inquieto.“Mas os cães...”Ele mal tinha mencionado e os ouvidos aguçados dos lobos captaram os sons das garras raspando contra a rocha.“Fica quieto.” Aldo ordenou, aproximando-se da tênue luz que emanava da estreita entrada.Seus olhos de predador observavam atentamente o exterior, brilhando perigosamente.Os cães haviam farejado seu rastro; no entanto, a enorme rocha havia bloqueado o caminho.Eles não eram tão grandes e ágeis quanto aqueles lobos gigantescos.— Ggggrrr — o lobo de Aldo soltou um rosnado ameaçador.Tente passar por aqui e eu vou te destroçar.Por mais corajosos que fossem aqueles cães, logo interceptaram o rosnado da fera escondida nas profundezas e o instinto de
NARRADORA— Senhorita, você não deveria estar aqui, o que...?— Saia e me deixe sozinha com o prisioneiro — Alexia disse com prepotência.— Mas, o general...— Eu mandei você sair, estou dando uma ordem! É óbvio que você não conseguiu arrancar nada dele, vou tentar a minha sorte — ela o interrompeu, exasperada.Embora não estivesse muito convencido, o capataz obedeceu, atirando o atiçador de ferro nas brasas e lançando um olhar mortal para Álvaro.Ele abriu a cortina da tenda e saiu.Detestava receber ordens daquela mulherzinha, mas fazer o quê? Um cu e dois peitos puxam mais que uma carroça, e ela tinha o general Arthur na palma da mão.— Querida, que surpresa me visitar — Álvaro tentou dar um sorriso torto.— Deixe de idiotices, Álvaro, você está acabado. Não pense que Arthur é benevolente, mas se falar, ainda há uma chance. Me ajude e eu intercederei por você, junte-se ao nosso lado...— Então foi por esse babaca que você me deixou — ele riu com uma voz rouca.A ardência em sua gar
NARRADORAKatherine olhava preocupada para a paisagem que passava rapidamente pela janela.Não conseguiu dormir mais depois que Elliot partiu. Passou o tempo todo pensando no encontro que tiveram antes.O Duque a havia desmascarado por completo. Devia ter imaginado, pois se dependesse de atuar, morreria de fome.Era temperamental demais e se deixava levar pelas emoções.Sua maior vantagem foi que as pessoas realmente não prestavam muita atenção em Rossella, que sempre ficava reclusa no castelo, sem ser apresentada à alta sociedade pelo Duque.Ainda assim, Elliot a descobriu. No entanto, ele era tão estranho quanto ela.— Um lobisomem… — murmurou, levando a mão à boca, com a testa franzida.As evidências estavam ali: aqueles rosnados selvagens, a mudança que ela já havia visto muitas vezes em suas pupilas, as vagas lembranças de quando foi esfaqueada, que incluíam o sabor de seu poderoso sangue.Seria por isso que se curou tão rápido?Além disso, seu jeito bestial e sexy de fazer amor