272. PERTO DA DESPEDIDA

NARRADORA

Sigrid abaixou a mão com um nojo infinito, agarrando-a com uma força descomunal pelo cabelo murcho e ressecado, forçando-a a se ajoelhar.

—Olhe para mim! —ordenou, encarando-a.

Lucrécia não tinha forças nem para gritar, lágrimas de sangue escorriam pelo que um dia foi um dos rostos mais belos desta era.

—Só lamento não poder ficar para sempre e destruí-la uma e outra vez. Eu a manteria viva apenas para despedaçar cada centímetro da sua alma, como você fez com ele —disse com um tom frio, baixo e feroz.

A magia de Sigrid emanava furiosa de seu corpo, queimando o couro cabeludo de Lucrécia, que já estava à beira da morte.

Sigrid convocou uma adaga em sua mão.

—Silas, liberte-os com sua magia —pediu ao companheiro.

Ele a encarou intensamente e assentiu. Logo, dois espectros gigantes surgiram ao seu lado e saltaram no vazio, corroendo o ferro das correntes.

Gritos assustados ecoaram nas profundezas. Gemidos trêmulos e arfadas quebradas preenchiam o ar.

O tilintar dos grilhões res
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