129. COMO É UM HOMEM COMO EU?

GABRIELLE

Ouço o som suave de roupas sendo retiradas e imagino aquele corpo alto, forte e bem trabalhado, agora nu.

Por alguma razão, o desejo de ver cada centímetro de sua pele toma conta dos meus sentidos.

Fantasio sobre como seria seu membro masculino — a forma, a cor, o tamanho — e engulo em seco ao que minha mente fervorosa me mostra.

Baixo a cabeça um pouco envergonhada.

Preciso me controlar ou meu cheiro vai me denunciar.

Somos mates, e assim como esse aroma sedutor de maçã e mel está me provocando, sei muito bem que ele também sentirá meu desejo.

O laço entre companheiros é algo extremamente sério.

Não conheço esse homem, mas sinto-me irresistivelmente atraída por ele.

Seus passos descalços ecoam nas lajotas.

Decido me levantar e mostrar minha autonomia.

Estou cega, e daí? Não sou inútil ao ponto de não conseguir tomar um banho sozinha.

No entanto, ao me levantar rápido demais da banqueta e dar um passo à frente, meu pé escorrega com a umidade que o vapor cria no ambiente.

Per
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