Assim que eu cheguei ao meu quarto eu vi o livro que tinha ganhado de minha mãe sobre a minha cama, porém eu tinha certeza de que o tinha deixado sobre a cômoda.
- O que você faz aí?
Eu disse me aproximando dele e o pegando com cuidado, assim que o toquei eu o senti vibrar, assustada com aquilo o soltei novamente e recuei.
- Mas o que é isso?
Sem saber o que fazer rapidamente tranquei a porta do quarto e voltei até ele, dessa vez o peguei com mais firmeza e não senti mais ele vibrar, porém assim que eu o abri percebi que havia algo diferente ali, novamente o que eu tinha escrito naquelas páginas tinha sumido por completo, porém agora eu podia ler:
“Querida Anna, lamento que as coisas tenham saído de controle, e lamento mais ainda não poder estar aí para ajudá-la, ainda assim sempre que quiser conversar pode vir até mim, não garanto responder logo, porém farei um esforço para responder o amis breve possível, com carinho H.”.
Co
Demorei mais do que eu esperava no banho, devo ter afundado na água pelo menos umas cinco vezes até que tive coragem de sair e me vestir, respirei fundo e me vesti para o jantar, assim que sai no corredor Parvii veio até mim e me abraçou pelo braço.- O que há?- Estou irritada com seu irmão! Olli não se decide, esses dias brigou comigo por conta do feitiço que você fez, hoje ele disse que tem o interesse de falar com meu pai para pedir permissão de me cortejar.- E você?- Eu? Eu não sei nem o que pensar! Ele podia se decidir se gosta ou não me mim!Eu suspirei, adoraria ter Parvii como minha cunhada e desde o início achei que ela e Olli faziam um belo par, porém eu não podia forçar nada, se ele ou ela não tinha certeza talvez os dois precisavam de um tempo a mais para se decidirem sobre seus reais sentimentos.Assim que en
No dia seguinte Kaarl atravessou o corredor apressado, ainda tinha o gosto dos beijos em sua boca como se eles tivessem sido reais, os sonhos estavam ficando tão intensos que ele já não tinha mais certeza do que era real ou não, temia acabar invadindo o quarto dela em algum momento e isso seria sem dúvidas uma loucura, ainda mais agora que ela o odiava com todas as forças. Assim que alcançou a porta da sala de aula ele se pendurou para dentro, todos olharam diretamente para Anna esperando que ele quisesse falar com ela, mas não foi o nome dela que ele pediu ao professor. - Professor Mäkinen... Desculpe atrapalha-lo, mas por gentileza poderia me ceder o Olli por alguns minutos? O professor olhou para Olli ainda confuso, mas assentiu com a cabeça, Kaarl e Olli não eram exatamente amigos, mas ultimamente muitas pessoas os estavam vendo andar por aí, devia ser a proximidade do noivado e o fato de agora eles serem cunhados, Anna viu uma turma de garotas suspirar a
Atravessei o pátio e encontrei Olli do outro lado do centro de treinamento, ele estava em uma conversa animada com Makki, mas assim que me viu me olhou e sorriu e como se pudesse ler meus pensamentos se afastou do guardião e veio em minha direção. - Maninha... Eu apenas sorri. - Ainda não estou acostumada com isso. Ele me alcançou o braço e saiu andando comigo calmamente pelo pátio. - Na realidade eu também não, mas estou fazendo um esforço pelo papai, é importante para ele que nós dois nos demos bem. - Marshall tem sido legal comigo, demonstra estar preocupado e parece querer me ajudar, porém espero que ele compreenda que para mim ainda é difícil confiar. - Ele entende o povo de Taika não é exatamente hospitaleiro e você foi julgada desde que chegou aqui, até mesmo eu fui hostil e muito mal educado com você com relação a sua mãe, sinto muito se a ofendi, agi com muita estupidez. - Você apenas quis ser um bom filho para
E assim como o combinado assim que almoçamos saímos para o meu mundo, porém dessa vez Kaarl avisou a todos para onde estava indo e eu também avisei Olli, Parvii, e Aila que voltaria o mais rápido possível. Meu avô estava abaixado arrumando o jardim de minha avó, estávamos nos aproximando do verão e ela adorava redecorar o jardim com flores novas nessa época, assim que nos viu ele sorriu, porém seu olhar mudou assim que ele notou que Kaarl estava de mãos dadas comigo e carregava minha mochila, algo que ele fez questão de fazer um pouco antes de nos aproximarmos da casa. - Olá vovô! Eu disse soltando a mão de Kaarl e caminhando até meu avô para abraça-lo, minha vó logo veio para fora seguida por meus tios e minha tia. - Anna! Já está de volta... Sim eu pensei, não fazia muito que eu estivera em casa, como Kaarl tinha comentado eles não cairiam tão facilmente na ideia de que já nos amávamos naquela época a menos que nós os fizemos acreditar
Eu permaneci mais um tempo no andar de cima até conseguir me recuperar e então desci como se nada tivesse acontecido antes, Kaarl conversava animadamente com todos e minha vó parecia realmente convencida de que nosso noivado tinha sido escrito pelo destino. Eu me aproximei dela. - Está feliz por mim vovó? Ela sorriu e me abraçou. - Sempre soube que o escolheria, desde o primeiro dia que eu os vi juntos pude sentir que havia algo entre vocês agora percebo o que era, como não percebi antes? Eu dei um sorriso amarelo, sim Kaarl tinha conseguido convencer a todos daquela mentira, minha tia desceu mais tarde do quarto eufórica por conta da festa do noivado e falando horrores sobre o vestido que usaria para a festa, eu abracei meu corpo com as mãos vendo como todos estavam sendo enganados tão facilmente, Kaarl parou ao meu lado. - Se você não tirar essa cara de preocupação do rosto não haverá feitiço que prove que está feliz. - Descu
As próximas horas foram uma verdadeira loucura eu mal tive tempo de respirar, do nada o castelo ganhou uma decoração festiva nunca vista, havia tantas flores que eu me sentia em um verdadeiro jardim, eu e Kaarl também recebemos muitos presentes coisa que eu nunca imaginei que pudesse acontecer, caminhei de um lado a outro no quarto enquanto Aila discutia com a Madame Nieminen sobre o comprimento do meu vestido. - Para quê tantos presentes? Eu e Kaarl não estamos nos casando! Em meu mundo as pessoas só ganham presentes no dia do casamento e na realidade não são tantos assim. – Indaguei, Aila parou o que estava fazendo e veio até mim sorrindo. - Todos em Taika estão animados com essa união, é uma união de dois reinos e para muitos isso prevê o fim da guerra. Eu sorri a contragosto. - Sabe que não é tão simples assim, ainda temos que derrotar a rainha e para ser sincera duvido que todos em Taika estejam felizes com isso, conheço pelo menos umas 30
Era muito estranho, mas eu não sentia absolutamente nada, se não fosse pelo odor forte e pelo gosto ruim eu acreditaria que tinha tomado água. Meu vestido era no estio vitoriano, bastante rodado no tom rosa claro, uma renda muito fina e delicada caia sobre a saia e trazia pequenas rosas bordadas com minúsculas pedrinhas brilhantes, meus cabelos foram presos para trás em um tipo de trança frouxa, a maquiagem era tão delicada quanto o vestido, pedi para que Aila tentasse fazer algo que não chamasse muita a atenção, ela protestou. - Mas é o seu noivado! - Tudo bem, pode fazer do seu jeito, porém nada de cores fortes. Ela assentiu empolgada. Quando eu já estava no corredor senti uma pontada forte no estomago e pendi para frente. - Tudo bem senhorita? Eu olhei para Aila que me acompanhava e sorri. - Sim, apenas pisei na barra do vestido. - Eu pedi para que o deixassem mais curto, mas parece que essas costureiras não
Abri meus olhos confusa de onde estava ao meu redor eu podia ver a nevoa branca se desfazendo calmamente, logo comecei a reconhecer aquele lugar, toquei meu corpo desesperada. - Não, isso não pode estar acontecendo... Não eu tenho que... Eu preciso voltar! Fechei os olhos com força e senti um tremor forte, minhas mãos estavam formigadas e meu corpo parecia adormecido e pesado, abri os olhos calmamente e deixei a respiração adentrar em meus pulmões mais calma, sobre mim eu podia sentir o peso do corpo de minha vó e meu vô que choravam descompassados, olhei ao redor e vi tarja de joelhos ao lado da cama. - Tia? Vô? Vó... Tomei coragem para poder falar, a cabeça de minha vó se ergueu do meu peito e eu vi seus olhos se explodirem de espanto. - Viva! Ela está viva! Eu sentia meu corpo inteiro doer como se muitos ossos tivessem se quebrado, mas sim ela tinha razão eu estava viva, minha tia levantou a cabeça e veio ao meu encontro segurando m