Quinta-feira, 21 de novembro de 2013Harold segurou a minha mão, enquanto o avião taxiava na pista do aeroporto em Londres – Ei, eles vão amar você. Fique tranquila. Nós vamos para o hotel, jantaremos lá e só precisamos nos encontrar com eles amanhã. Assim você vai ter algum tempo pra se acalmar, ok?Eu acenei concordando. Nós viajamos em um avião particular. Eu não perguntei se era de Harold ou alugado, nem ele fez qualquer comentário a respeito, mas eu não me surpreenderia. Era extremamente luxuoso e confortável. Com um serviço de bordo de tirar o fôlego. Por conta do fuso horário, era quase cinco da tarde em Londres. O céu ainda estava claro e o vento estava incrivelmente frio. Eu havia reservado um sobretudo marfim para usar sobre uma calça legging de cor preta, própria para ser usada no frio e um vestido godê de mangas compridas de mesma cor. Eu enrolei os braços em volta do meu corpo quando saí da aeronave. Clark, que havia viajado na mesma aeronave conosco, e Harold cuidaram da
Nós caminhamos para fora do aeroporto onde dois carros enormes e pretos com vidros escuros nos aguardavam. O trio seguiu para um deles e nós entramos no segundo carro. Clarck entrou na frente no banco do passageiro junto com o outro motorista. Assim que Harold entrou e sentou-se ao meu lado ele me puxou para o seu colo e me beijou intensamente. Em seguida ele se afastou, mas manteve as suas mãos no meu rosto – Obrigado por isso.- Pelo que?- Por aceitar ficar na casa dos meus pais. Eles ficariam chateados se não aceitasse.- Você deveria ter me dito antes. Não deveria ter reservado o hotel se sabia que eles não ficariam satisfeitos.- Eu sei. Foi estúpido. Eu só pensei em fazer você ficar à vontade.- Eu aprecio isso, mas você os conhece melhor. Então me ajude a não cometer gafes como essa. E eu sei que você só estava pensando em mim, por isso agora eu quero que relaxe. Não quero que essa viagem seja um martírio pra você e me desculpe, por favor, se o fiz se sentir tão pressionado.-
Eu me voltei para admirar a paisagem e Harold envolveu os braços em volta do meu corpo, seu queixo descansando sobre a minha cabeça. Nós ficamos assim por alguns minutos. Apenas curtindo a presença do outro e admirando a vista – Tem tanta coisa pra se ver aqui. Tantos lugares que eu sonhei em visitar.- Infelizmente, temos apenas alguns dias e, mesmo assim, temos alguns compromissos que nos impede de explorar. Eu adoraria te mostrar os lugares e falar um pouco sobre a história de cada um deles. Mas, é apenas a sua primeira visita à Londres. Eu venho muito aqui, tanto por causa da minha família, como por causa do meu trabalho. Então, você terá outras oportunidades.- Eu adoraria.Eventualmente, Harold me levou para conhecer o resto do quarto. Havia um Closet enorme, cheio de roupas elegantes de Harold. Eu, finalmente, entendi por que ele praticamente não trouxe nada. A não ser uma maleta de mão e sua bolsa com Laptop e documentos. Ele abriu outra parte do closet e eu fiquei surpresa ao
- Baby, acorde.- Não – eu resmunguei, sonolenta.- Nós vamos perder o jantar.Eu dei um pulo e fiquei sentada na cama – Oh, droga! Esqueci que vocês são pontuais. Que horas são?- Você tem meia hora ainda.- Ok, vamos lá. Vou me arrumar.Meia-hora mais tarde descíamos a escada em direção à sala de jantar. Todos já se encontravam presentes. Percebi que Bart se levantou assim que chegamos e ele e Harold só se sentaram depois que eu estava acomodada.- Descansaram? – Charlie perguntou.- Sim. Bastante. Saímos muito cedo de Nova York e a viagem foi bem cansativa. Essas últimas horas de sono foram revigorantes – respondi.A mesa estava tão elegantemente posta que eu fiquei até com medo de derrubar alguma coisa ou cometer alguma gafe. Felizmente, apesar de toda a pompa, o jantar foi bem descontraído, com Charlie me atualizando do que poderíamos fazer nos próximos dias e falando as inúmeras lojas que podíamos visitar no dia seguinte para comprar vestidos para o baile do partido. Eu estava,
BARTHOLOMEU PARKEREu olhei através da janela para o calmo e iluminado rui Tâmisa. Uma gota de suor deslizou pela minha testa, apesar do tempo frio. Eu estava nervoso. Desde a última visita de Harold à Londres para abortar qualquer esperança dele se casar com Eleanor eu andava assim. Diversas vezes eu me perguntei o que teria acontecido para que o meu filho desse uma guinada tão grande em sua vida. O pequeno Harold queria tudo isso. Seu sonho era se tornar primeiro Ministro, a pessoa que realmente detém o poder nesse reino.Eu estava feliz com o meu título e com o meu cargo no parlamento, mas é fato que a Câmara dos Comuns detém muito poder e muita visibilidade. Isso era o que Harold queria, mas em algum momento isso mudou e eu não sabia dizer o motivo. Ele nunca foi claro sobre isso e no início eu não me preocupei muito. Achava que era uma fase típica dos jovens de querer fazer de tudo um pouco, viajar, viver, explorar e, embora eu não quisesse que ele ficasse longe, era melhor que f
CAROLSexta-feira 22 de novembro de 2013Felizmente, Harold teve a brilhante ideia de pedir que o café da manhã fosse servido no quarto. Confesso que fiquei bastante grata por isso. Eu estou muito acostumada a não ter uma família feliz a minha volta. Além disso, eu e Harold nos empolgamos um pouco durante a noite. Então, foi bom dormir o máximo que eu pude. Ele me acordou quando o café chegou – O que eu posso esperar de hoje? – Eu perguntei, sem tentar esconder minha preocupação.- Vou levá-la às compras hoje pela manhã junto com Charlie e depois preciso passar no escritório. Quero que vá comigo.- Esse baile é tipo muito formal ou apenas uma festa.- Tipo muito formal.- Harold, eu posso ficar em casa e descansar.- Querida, isso não está sendo discutido.- Eu não vou me sentir à vontade no meio desse povo – Ele fez uma carranca, me repreendendo por ter, novamente, chamado a família e amigos deles de “esse povo” – Ok, desculpe-me. Eu não deveria ter dito isso. Eu estou apenas nervosa
Na minha avaliação o trânsito de Londres me pareceu uma loucura nas duas vezes em que eu tive que usar um veículo para me locomover nessa cidade. A famosa mão inglesa me deixou tensa. Felizmente o percurso do café até o prédio onde se situava o escritório de Harold não era muito longo. O padrão do prédio era muito parecido com o de Nova York e um contraponto com a arquitetura antiga da cidade. Sendo assim, o prédio parecia ser ainda mais esplendoroso. Como uma flor numa selva de pedras ou ainda uma parede de rocha em meio a um roseiral. Contrastava.O carro nos levou até o estacionamento interno e nós saímos do carro em direção aos elevadores. Harold apertou o botão para o último andar. A mão de Harold na minha estava me deixando ainda mais tensa depois da conversa que eu tive com Charlie. Eu queria, não, eu precisava de um momento sozinha para organizar as minhas ideias e pensar em tudo que ela me disse e até onde eu deveria dizer a Harold. Minha cabeça estava a mil por hora e eu seq
Eu olhei novamente o meu reflexo no espelho do closet. Estava satisfeita. O vestido parecia ainda mais perfeito agora, com a maquiagem adequada e com o penteado ideal, um meio preso com longos cachos caindo sobre as minhas costas e duas mechas grossas moldadas na lateral do meu rosto. Eu estava segura com a minha aparência, mas insegura de todo o resto.Eu percebi a presença de Harold no closet e seus olhos se prenderam ao meu reflexo no espelho. Ele soltou o ar pelos seus lábios entreabertos. A luxúria evidente em seus olhos – Deus! Você está linda. Só falta um pequeno detalhe – Ele disse mostrando uma caixa aveludada de joias – Assim que eu a vi com esse belo vestido esta manhã eu só conseguia imaginar como ficaria com pedras como essas – Eu me virei para olhar pra ele diretamente. Ele abriu a caixa e me mostrou um conjunto de colar e brincos de rubis (sim, eu não tinha dúvidas de que se tratava de uma pedra preciosa e, sendo vermelha, eu sabia que eram rubis) – São rubis – Ele diss