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Ainda naquela noite, o capanga-serpente do pai de Eliezer fez uma visita a um velho amigo. Encontraram-se em um parque quase vazio, sob a iluminação fraca de postes antigos. Sentaram-se em um banco de madeira, distantes o suficiente para parecerem desconhecidos, mas próximos o bastante para trocarem palavras em voz baixa.

Agiam como se não se conhecessem, mas a comunicação entre eles era silenciosa, fluindo pelas expressões e olhares afiados.

— Tenho uma proposta para te fazer — disse o capanga, cortando qualquer formalidade.

O homem ao lado virou levemente o rosto, revelando um sorriso sombrio. Sua voz saiu arrastada, carregada de sarcasmo:

— Uhh... perdeu os costumes, hein? Eu não gosto de gente mal-educada. Sempre cumprimente seus antigos amigos adequadamente.

O capanga bufou, impaciente.

— Eu não tenho amigos. E muito menos tempo para essa palhaçada.

O velho amigo riu baixinho, uma risada que soava como o arrastar de facas cegas.

— Não precisa se exaltar. Aqui e agora, eu poderia
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