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03 - Mattia de Luca

Mattia de Luca

Cazzo di merda

Olho para a garota ao meu lado e só agora me recordo quando a Giulia estava no último feriado em casa e tentava convencer a amiga a se juntar conosco por uma chamada de vídeo, conferi a imagem de relance, mas não decorei a sua fisionomia.

Depois do susto que tenho certeza que é Alessa a amiga da minha filha, ela é apenas uma garota e não uma mulher que não havia encontrado a pessoa certa para retirar a sua virgindade.

Sou um stupido, por não perceber que ela era apenas uma garota e que provavelmente desejava ter uma primeira vez mágica.

Tirei a sua virtude com ela de costas para mim e não fui nenhum pouco delicado, pelo contrário fui um búfalo que adorou sentir o prazer por ser tão apertada. Aproveito que Giulia se afastou e sequestro a amiga da minha filha, preciso me redimir com essa garota pela merda de homem que fui.

Mas quando a coloco sentada no banco do carro o meu cheiro ainda estava nela, via como ela estava desejando o meu toque, por muito pouco não tomei novamente os seus lábios nos meus.

Preciso pensar o que fazer para poder me redimir com ela, sei lá o que essa garota possa ter aprontado, posso ser apenas uma aposta para ela com seus amigos.

Dirijo o carro sem prestar atenção nas placas de trânsito, ouvia a respiração dela um pouco acelerada e o pouco que olhei para ela, via que estava presa em seus pensamentos e olhava para o lado de fora.

Não posso dizer que não estou da mesma forma tentando entender o que houve naquela biblioteca e principalmente agora, tirando a garota da festa e sem me justificar para a minha filha.

Ainda preciso pensar o que direi para a Giulia quando ela começar a me ligar. Respiro fundo e já avisto a entrada do prédio onde compre um apartamento para a Giulia, noto que ela parece nervosa.

— Nervosa mi, cara? — Sobrecarrego no sotaque.

— Acabo de ser sequestrada, como acredita que estaria? — Ela se vira na minha direção com os braços na altura dos peitos.

Sinto o pau endurecer apenas por notar que ela estava excitada, seus mamilos endurecidos e sua pele ganhando um tom roseado que a deixava ainda mais linda.

Volto a prestar atenção na direção, não posso sentir atração por uma garota, ainda mais pela amiga da minha filha. Tenho certeza que isso pode ser motivo de muita dor de cabeça. Não posso considerar ter essa garota novamente.

Giulia pode se magoar e principalmente a Alessa.

Porra até o nome dela é lindo, já não me basta que ela tenha uma beleza exótica com esse tom de loiro que tem, os olhos acinzentados e as poucas sardas que pintam o topo do seu nariz e as bochechas com sutileza.

Paro com o carro e espero que seja liberado a nossa entrada, quero conversar com ela sobre o que aconteceu, não a levarei para um hotel, o assunto já é delicado, só decidi trazê-la aqui por que fui um merda.

Com a nossa entrada liberada, estaciono o carro na vaga do apartamento, me viro em direção a minha passageira e espero que ela me olhe.

O seu olhar irritado e toda a sua postura que deixava claro que tinha vontade de me mandar a merda estava praticamente gritando, seguro uma risada antes de falar com ela.

— Não estou te sequestrando, mas gostaria muito de me redimir… — Ela franze a sobrancelha e antes que pudesse falar algo coloco meu indicado sobre os seus lábios.

— Vamos apenas conversar, estamos no apartamento que comprei para a Giulia. — Digo de uma vez.

A compreensão toma o seu rosto deixando suave, passeio com o dedo sobre a sua bochecha fazendo um carinho delicado assim como estava imaginando que ela seja.

— Espere, abrirei a porta para você! — Digo antes de sair do carro e abrir a porta para que ela possa sair.

Estendo a mão para que ela possa sair, vi que ela estava ainda olhando para o sapato que tinha em suas mãos, acho que estava na dúvida de calçava ou não. Reviro os olhos sem paciência e retiro o par de suas mãos.

— Ei, vou calçá-los. — Ela diz ao segurar em minha mão e sair do carro.

— Demorou de mais, agora vamos. — Passo a mão na base de sua coluna e a conduzo até o elevador.

Ela estava com os dedos entrelaçados na frente do seu corpo, conseguia sentir que ela estava nervosa, principalmente com o sinal sonoro assim que passava por cada andar.

Viro em sua direção e observo quando ela me fita, procuro em seus olhos algo que fosse o suficiente para me manter afastado dessa garota, mas ela estava tão necessitada como eu naquele momento.

Largo os sapatos no chão e me aproximo com o desejo tão pulsante, o qual é quase possível tocá-lo. Prendo o seu corpo contra o metal frio e faço o que estou desejando desde o momento que a vi ao meu lado.

O beijo cheio de desejo, mostrando o que realmente quero ter com ela durante essa noite, nesse momento o desejo que sinto e a realidade de que ela seja proibida, não é nada que estou querendo pensar nesse momento.

Sinto suas mãos se prendendo na gola da minha camisa, sugo com desejo o seu lábio inferior, deixo minhas mãos passearem por seu corpo enquanto desejo senti-la novamente ao meu redor.

O solavanco do elevador é o suficiente para nos fazer voltar a realidade, dou um beijo mais leve em seus lábios e noto o quanto ela estava com ele inchados com o meu desespero por desejá-los.

Mas o que posso dizer, ela tem algo que me deixou ainda mais enlouquecido do que o momento que a vi na frente do lugar onde a tomei como um cretino. Seguro em sua mão e a puxo em direção para o apartamento.

Minha cabeça estava tão tumultuada que não fazia ideia o que falar e pelo que via em seu rosto ela estava tão assustada como eu naquele momento.

Entramos no apartamento e deixo que ela conheça o lugar enquanto vou até o bar e me sirvo com um scott doze anos, a única garrafa que tem, já que fui eu quem trouxe hoje.

— Por que me trouxe aqui? — Ela pergunta e quando me viro, a via parada no meio da sala.

Viro o conteúdo do copo de uma única vez, sinto a queimação em minha garganta, encho o copo novamente e olho para a garota que estava aguardando a minha resposta.

O apartamento já estava todo mobiliado, quando o comprei pedi que tivesse três quartos, já que sabia que a Giulia dividia o seu dormitório com a sua amiga e imaginei que ela fosse convidá-la para morar juntas.

— Está aqui por que fui bruto com você. — Digo tomando um gole.

Estico a mão para que ela se sente na poltrona ao meu lado, vejo seu rosto ficar indeciso e deixo que ela faça as suas decisões.

— Não há necessidade de se redimir senhor De Luca, estou bem. — Percebo quando ela faz uma pequena careta e suas pernas se apertam.

— Não acredito em você, que tal se sentar para podermos conversar? — Falo um pouco mais baixo para convencê-la.

Ela respira fundo, acho que percebe que só sairá daqui quando realmente conversarmos, a observo enquanto ela tenta puxar o tecido para cobrir as pernas bonitas que têm.

— Vergonha senhorita? — Ela mantém os olhos presos em suas coxas e um rubor em suas bochechas.

— Não deveria estar aqui… 

Tomo o resto do que havia no copo e deixo o copo no chão, me ergo do sofá e caminho lentamente até onde a garota estava sentada com um ar de nervosismo.

— Não machucarei, você. — Digo ao me sentar ao seu lado. — Mas quero, sim, me redimir, mulher nenhuma merece uma primeira vez como foi a sua! — Digo em um tom mais baixo.

Ergo o seu queixo e espero que os seus olhos encontre os meus, preciso saber como ela está acima de tudo. Estou envergonhado por ser tão bruto como fui com ela.

Alessa tem um corpo que parece tão indefeso, fui um idiota como deixei que ela me envolvesse daquela forma e principalmente sei que ela deve estar toda dolorida.

— Não me olhe assim… — Ela diz indignada.

— Assim como? — Pergunto reprimindo uma risada.

Achei-a linda com o jeito irritado dela.

— Como se eu fosse uma garota inocente, que fui seduzida por alguém mais velho. — Dessa vez não resisto e deixo a risada sair.

— Muito pelo contrário, quem fui seduzido fui eu! — Me aproximo ainda mais de seu rosto.

— O que está fazendo? — Ela sussurra!

— Mostrando que posso ser gentil…

Prendo os nossos lábios novamente, sentindo quando ela se rende e passa os braços por meu pescoço.

— Aceito a sua oferta…

Era tudo o que precisava ouvir, que ela dissesse que aceita ser minha novamente.

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