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04 - Alessa Sullivan

Alessa Sullivan

Sair da festa com o pai da Giulia e ir com ele sei lá para onde…

Não era o que estava planejando para aquela noite. Na verdade, nem dar a minha virgindade para um homem mais velho foi planejado.

Mas agora estou sentada aqui na frente dele, com a sua mão em meu queixo, procurando algum sinal de que estava insegura por estar ali na frente dele.

Não era a insegurança que estava me deixando pensativa, mas estou pensando no que dizer para a Giulia com o meu desaparecimento com o pai dela. Não quero perder a sua amizade, é algo muito importante para mim.

— Aceito a sua proposta… — Seus lábios grudam nos meus e deixo que ele conduza aquela dança sensual com a sua língua quente e envolvente.

Em pouco tempo estava deita embaixo dele no sofá com um tecido cinza e extremamente confortável roçando em minhas costas. Seguro com força a gola de sua camisa, mantendo ele ali preso em meu corpo.

Sinto quando ele se afasta dos meus lábios e quando abro os olhos ele parecia confuso olhando para mim.

— Isso é errado… — Ele não termina a frase.

— Talvez, mas agora é tarde demais. — Abro os primeiros botões da sua camisa.

Adoro ver que ele tem um peitoral malhado com pêlos escuros dando um ar tão másculo, me deixando ainda mais excitada do que fiquei quando o chamei para entrar na biblioteca.

— Você é apenas uma menina! — Ele exclama e sai de cima de mim.

Respiro lentamente para não deixar que o sentimento de rejeição se apodere de mim, afinal ele é um homem bem mais velho e provavelmente, deve ser o típico homem tradicional.

Puxo o vestido que estava embolado no meu quadril, para evitar que ele olhasse ainda mais para a minha intimidade que estava desnuda. O olhar desejoso dele o trai constantemente, mas acredito que ele deve ter um sermão para me dizer.

Me afasto o máximo que posso do corpo do homem que agora estava desejando, cada célula minha implorava para que ele me arrancasse desse vestido e fizesse o mesmo que fez na m*****a biblioteca.

Observo enquanto ele anda de um lado para o outro, por vezes se virava em minha direção e acabava ficando calado, provavelmente por não encontrar uma justificativa para o desejo que começou a ficar incomodo.

Me ergue do sofá e caminho até onde ele havia deixado o copo no chão. Sinto os seus olhos me seguindo até a garrafa que leio ser um uísque escocês doze anos.

— Tenho quase vinte e um anos, senhor De Luca, não pense que sou uma garotinha insegura e indefesa. — Digo ao servir uma dose da bebida.

Ele continua parado próximo à cortina que estava entreaberta, deixando as luzes entrando na sala escura.

— Sou uma órfã que precisou aprender o que a vida pode fazer, senhor de Luca. — Digo me aproximando e bebo um gole do uísque que desce queimando minha garganta.

— Você não está entendendo… — O interrompo lhe entregando o copo e fazendo com que ele beba.

— Sim, estou entendendo. — Sorrio ficando ao seu lado e observo a movimentação da rua. — Sou uma mulher segura e decidi entregar a minha virgindade para um homem que imaginei nunca mais ver. — Sinto o seu olhar em meu rosto.

Viro de frente para ele, apenas para que ele aceite o que direi.

— Mas, olha onde estou, você disse que seria gentil e deixou que a sua moralidade falasse mais alto…

Respiro fundo e dou um passo na sua direção.

— Se não vai cumprir o que falou, gostaria de voltar para a festa de onde me tirou! — Digo com segurança.

Posso não ter experiência sexual, mas não sou ingênua e muito menos estou preocupada com o que ele está pensando nesse momento.

Quero muito experimentar o que ele me propôs com carinho, mesmo que tenha sentido dor na minha primeira vez, no fim consegui sentir o prazer de um orgasmo.

— Quer saber, que se foda…

Suas mãos seguram em minha coxa e me erguem tirando do chão, grudo meus lábios no dele, deixando o tesão tomar de conta dos nossos desejos.

Percebo quando ele caminha em direção diferente do sofá onde estávamos ainda pouco.

— Vou te dar prazer em uma cama, ragazza… — sua voz estava rouca.

Entre um beijo e outro vejo quando entramos em um quarto claro, com delicadeza sou colocada na cama e observo quando ele se afasta.

Mattia de Luca é um homem inegavelmente bonito, assim como a sua filha italiana, ele tem um charme que nunca encontrei nos rapazes de minha faixa etária, seu peito definido assim como o seu abdômen com os pêlos descendo e fazendo uma trilha pecaminosa.

Adoro ver quando ele se livra dos sapatos e da calça jeans que deixou aparente a bunda redonda que ele possui. Começo a ficar ofegante quando ele sobe na cama de joelhos apenas de cueca box.

— Faremos como eu queria, antes que essa língua esperta me seduzisse. — Mordo o lábio inferior para reprimir um sorriso.

— Sente-se, quero tirar esse pano que você chama de vestido. — Faço o que ele pede.

Nossos olhos estavam presos um no outro e não consigo negar que adoro como seus dedos tocam na lateral do meu tórax, tirando de mim vários arrepios.

— Você é linda. — Seu elogio massageia meu ego.

— Você também é… — Falo antes de ser beijada e deitada na cama.

Retiro o vestido e o vejo ser arremessada de qualquer forma no quarto, meus seios não são fartos, mas adoro o tamanho deles, já estava com os mamilos enrijecidos pelo tesão.

Não consigo segurar a vontade de apertar uma coxa na outra, mas sou impedida por uma mão forte e grande que se acomoda no meio de minhas pernas.

— Se acalme, darei o que precisa!!! — Ele fala grosso.

Seguro com força na colcha que estava cobrindo a cama e tento relaxar sentindo seus beijos leves em meu pescoço.

Ver esse italiano se acomodando entre as minhas pernas estava me deixando ainda mais necessitada de seu carinho. Os seus beijos em meu pescoço, a sua barba arranhando meus seios antes de sentir sua língua brincando com meus mamilos.

— Viu, podia ter feito isso mais cedo. — Ele reclama.

— Mas cedo, se soubesse quem era, não estaria fazendo isso agora. — Retruco rindo.

— Com certeza não!!!

Suas mãos apertam a minha cintura deixando com toda certeza, uma marca, meus dedos adentram no meio de seus cabelos antes que sua boca habilidosa chegasse a minha abertura.

Abro os olhos no instante que ele ergue a cabeça e passa o indicador na minha fenda molhada.

— Está doendo? — Seu olhar estava preocupado, toco em seu rosto sustentando o seu olhar.

— Agora estou cheia de tesão, não estou sentindo dor. — Falo suave.

— Já que diz, vou experimentar o seu sabor. — Seus dedos abrem os meus lábios e uma pressão no meu ventre se forma quando sua língua toca em meu clitóris.

Ofego quando sua língua e seu dedo arrancam de mim sensações que nunca havia sentido, me rendo a experiência e pequenos espasmos se formam em minhas pernas, minhas costas arqueiam da cama e uma explosão acontece.

— Isso é um orgasmo! — Ele diz enquanto suga meus fluidos. — Quer mais?

Filho da puta convencido do caralho…

Minha mente estava nublada e só conseguia xingar o italiano que me deu um orgasmo diferente daquele na biblioteca, não consigo dizer nem que sim e muito menos não.

Ele passa a língua mais uma vez na minha fenda e se ergue da cama, fico confusa, mas quando ele arranca a cueca e vejo o tamanho do seu pênis.

Céus, o homem é enorme, por isso minha buceta ficou tão ardida, ele praticamente me bandou em duas. Observo enquanto ele apanha um preservativo e se cobre.

— Adoraria sentir o seu calor, mas tenho a sensação que não toma contraceptivos. — Confirmo com a cabeça.

Cubro meus seios com a mão e por algum motivo começo a sentir vergonha do homem que estava a minha frente. Ele se aproxima e fica entre minhas pernas deixando pequenos beijos até ficar quase deitado sobre mim.

— Me desculpe, por mais cedo…

Minhas mãos vão para o seu ombro, para tentar suportar a sua nova invasão, mantenho meus olhos conectados no dele, seu dedo toca novamente em meu clitóris enquanto sinto seus lábios em meu pescoço, deixando pequenas mordidas no meu maxilar até chegar em minha boca.

Me rendo e iniciamos um beijo cheio de tesão e luxúria, nada se comparava nos poucos beijos que já havia experimentado.

Era outra coisa…

Era muito quente…

E com toda certeza era um beijo de alguém que sabia muito bem o que estava fazendo. Sua ereção se aproxima da minha abertura. As coxas dele prendem as minhas para não se fecharem.

— Vou devagar… — Fecho os olhos e inclino a cabeça de lado.

Sinto quando ele guia seu pênis na minha entrada e doce engano achar que não iria doer mais, prendo a respiração quando desliza por minha carne recém lacerada.

— Está doendo. — Choramingo.

Seus lábios voltam a me beijar ao mesmo tempo que seus dedos brincam com o nervo que estava latejando de tesão, ouço seus gemidos de prazer e sabia que a última coisa que ele queria nesse momento é que pedisse para que parasse de entrar.

Mesmo que estivesse doendo, meu corpo começava a se acostumar com o tamanho dele dentro de mim, a dor estava se tornando algo suportável.

— Abra os olhos! — Ele pede suave. — Era assim que deveria ter acontecido.

Afirmo com a cabeça e meus lábios entreabertos sugando um pouco de ar, enquanto me deixo ser levada para um lugar brilhante com todo o prazer que estou sentindo.

Sua entrada mesmo lenta estava prazerosa, me acomodo melhor na cama e seguro em seus ombros, rebolo para sentir mais atrito e não sei bem o que fazer.

— Quer mais rápido? — Confirmo com a cabeça, puxo o ar pelo boca e deixo que ele se mexa como achar melhor.

Um misto de sensações estava me deixando confusa, sabia que ele não podia ser um homem para me apaixonar, teríamos esse único momento e voltaria para a minha vida de acadêmica.

Adorei vê-lo se esforçando para me fazer sentir bem nesse momento, mesmo que ainda via em seu olhar a confusão de sentimento que devia estar sentindo.

Um novo orgasmo estava começando a se formar, passei as minhas pernas pela sua cintura e deixei que fizesse o seu melhor, relaxei assim que me aproximei na borda do penhasco e de repente ele estava fora de mim arrancando o preservativo e se masturbando na minha frente.

Os jatos de esperma se espalham por minha barriga e virilha, estava tão ofegante e cansada do que acabei de experimentar que nem me importei pela bagunça.

Meu sorriso estava muito maior do que na hora que sai correndo dele na biblioteca.

Me afasto da cama e deixo que ele se deite ao meu lado, até porque ele deve estar exausto. Fico meio sem saber o que falar ou fazer e simplesmente levanto da cama e caminho até o banheiro que estava com a porta aberta.

— Ei, espera aí. — Não paro e apenas entro no banheiro.

Ligo o chuveiro e deixo que a água gelada acalme os músculos tensos que estavam em minhas costas e principalmente a minha intimidade, que agora estava em chamas.

Antes mesmo que pudesse entrar no chuveiro, as mãos que até ainda pouco veneravam cada uma das minhas curvas estava com a mão no meu ventre e me puxou contra o seu corpo.

— O que houve? — Sua pergunta é algo que não sei responder. — Fiz algo de errado?

Me desvencilho da sua mão e me viro de frente para ele.

— Você foi maravilhoso e até mesmo quando nem fazia ideia quem era e que ainda era virgem. — Digo olhando em seus olhos. 

— Mas não posso deixar que meu desejo fale mais alto e decida ter algo assim outra vez, faça como que você se torne uma opção! — Falo da melhor forma que posso.

— Calma ai, estou com a mesma intenção. — Suas sobrancelhas estavam franzidas. — Mas quero me redimir pelo que fiz.

Ele insiste na mesma conversa, o que me faz negar com a cabeça.

— Senhor Mattia, sou a melhor amiga da sua filha, como acha que será a próxima vez que nos ver? — Pergunto sendo direta.

Seus lábios carnudos formam uma linha reta e podia ver que a sua mente estava tentando resolver a equação que acabei de colocar em seu colo.

— Foi o que imaginei, tomarei um banho e gostaria que pedisse um táxi para mim. — Digo me virando de costas para poder tomar um banho.

Mesmo que ele estivesse ali atrás de mim, tentando ser gentil, ficamos em silêncio, não demorei no banho e logo sai para poder me vestir, precisava urgentemente passar em uma farmácia para comprar algo para diminuir o incomodo que estava sentindo entre as minhas pernas.

Recolho o meu vestido do chão e quando olhei para a colcha via que ainda sangrou um pouco, sentei na ponta da cama olhando para a confirmação que não era mais virgem. Com Mattia ainda no banho, decidi esperar por ele na sala.

Caminho lentamente pelo espaço e vou até a porta que dava acesso para a varanda, a vista é linda deixando grande parte de Washington a mostra, caminho até o parapeito e estávamos a bons metros do chão, já que estava ocupada sendo beijada pelo pai da minha amiga, não vi o andar que paramos.

O perfume que ele usa chegou bem antes que pudesse ouvi-lo, espero que se aproxime até parar do meu lado.

— A escolha é sua em dizer o que aconteceu aqui para a Giulia. — ele diz e apenas meneio a cabeça.

— Não direi nada e gostaria que fizesse o mesmo, acredito que não iremos mais nos ver. — Digo segura sobre isso.

— Chamarei um táxi para você. — Nossos olhares se conectam novamente.

Podia perceber que assim como estava afetada com a presença dele, ele estava da mesma forma. Me viro em sua direção e olho para os músculos de seu peito, ergo a mão e toco suavemente. Ele fecha os olhos e não sei onde estava com a cabeça quando fico na ponta dos pés e beijo seus lábios.

Seus braços se fecham em minha cintura e me mantém presa contra o seu corpo enquanto sinto aquele beijo como sendo uma despedida. Me afasto quando começo a perder o folego, inalo o seu perfume uma última vez e sinto o beijo terno que ele deixa na minha testa.

— Obrigado por me entregar algo tão valioso como fez e me perdoe por ser daquela forma. — Sorrio com a lembrança.

— Você compensou muito bem! — Olho em seus olhos e podia ver algo ali.

Mas não vou me dar ao trabalho de criar uma ilusão.

Até porque seria um romance proibido de qualquer forma, a amizade com a Giulia é muito mais importante que ter um caso com um homem mais velho.

— Vou indo. — Digo me afastando e suas mãos me soltam com relutância.

— Tem como pagar… — Ele olha para todos os lados.

— Não se preocupe com isso, até um dia senhor De Luca, foi um prazer lhe conhecer. — Me despeço desse italiano quente como o inferno.

Sinto-o caminhando atrás de mim e resmungando algo em italiano que mal compreendo, ele se coloca ao meu lado para abrir a porta e seu olhar estava nítido que havia um pedido de ficar.

— Adeus…

Saio de sua casa sem olhar para trás. Por sorte o elevador vinha descendo e abriu as portas assim que apertei o botão.

Assim que me afasto vejo que essa foi a minha melhor aventura, agora me restar inventar alguma desculpa para a minha amiga. 

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