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02 - Alessa Sullivan

Alessa Sullivan

A festa já ia começar, estava tão empolgada com tudo o que estava acontecendo, nunca imaginei que conseguiria ganhar uma bolsa de estudos na George.

Sou apenas uma garota órfã que teve o azar de perder os pais, acabei recebendo a bolsa do governo para um internato particular e quando tivesse idade teria a faculdade custeada.

Sabia que meus pais eram pessoas importantes para o governo, mas não fazia a menor ideia de quem eles seriam de fato.

Minha amiga Giulia, já havia saído do nosso dormitório para ir para o salão preparado para a formatura da turma e a apresentação do nosso grupo que passou para o programa de residência.

Não sou uma nerd, mas dou duro para conseguir boas notas e me manter acima da média e continuar recebendo o benefício do governo.

Me olho no espelho após colocar as lentes de contato, as luzes me deixariam com dor de cabeça com o reflexo, por isso achei melhor vir trocar. Toco novamente no pingente do meu colar e olho para a foto que tenho com os meus pais.

— Estou quase me formando! — Digo ao tocar no porta-retrato.

Saio do quarto para me encontrar com a minha turma antes que inicie os discursos que estão previstos, teria um para o nosso pequeno grupo que é o orgulho de todos os nossos professores, é a primeira vez que um grupo maior consegue entrar no programa de residência.

Falta apenas dois semestres para poder me formar em medicina, quero muito me especializar em traumas e pesquisas contra o câncer, quero ser alguém que faz algo importante para todos.

Encontro uma das nossas colegas do grupo de estudos que conseguiu entrar para a turma de pesquisa para uma possível cura da diabete ainda na infância. Enquanto conversamos, um perfume amadeirado, estava ficando cada vez mais próximo.

Quando Bárbara se afastou para aproveitar que o seu namorado se aproximou comecei a caminhar um pouco mais rápido, odeio ficar sozinha.

Mas o perfume desconhecido se aproxima, olhar para aquele homem me trouxe uma familiaridade, talvez seja algum professor e não me recorde de que curso ele, seja.

Estou com quase vinte e um e nunca deixei que alguém se aproximasse de mim, não por esperar um príncipe encantado, mas porque não havia tempo para qualquer relacionamento, estou focada nas realizações que almejo.

Olhar para o rosto másculo e bem mais maduro que os garotos da faculdade, sinto o desejo crescendo e uma umidade entre as minhas pernas começando a me incomodar.

Posso ser virgem, mas estudo medicina, sei muito bem o que os feromônios fazem com duas pessoas que desejam liberar a quantidade de endorfina e dopamina que o corpo precisa naquele momento.

— Se que me foder, é só falar… — Digo enquanto ele analisa minha expressão.

Esse homem desconhecido parece tão necessitado como estava nesse momento, ele me prende em um beijo que me derrete e qualquer indício de que o que queria era errado, some.

Ele tem uma pegada que faz o meu corpo ficar a mercê do que ele deseja fazer comigo, porque não entregar a minha virgindade a um desconhecido.

— Vem… — Não preciso dizer mais nada.

Estávamos quase de frente para a biblioteca, no prédio tem uma área exclusiva para os estudantes com grupos de estudos e a minha equipe usa essa entrada em vez da entrada principal.

Sabia que estaria vazia, principalmente porque o campus inteiro está na festa que acontecerá daqui a pouco. Ele não aparece muito confiante no que estava planejando, mas se não fizer agora não terei coragem.

Principalmente se ele questionar a minha idade, ele deve ter uns quarenta, duvido que ele não dê prazer a uma garota de vinte. O levo em direção ao fundo da sala, onde os corredores dos livros são bem altos e se alguém entrar aqui, não seremos vistos.

Ouço os seus pedidos para me levar para um lugar diferente, mas jamais que darei o gosto para que esse homem tire a verdade de mim. Obedeço quando ele ordena com aquela voz pesada de tesão que me vire.

Sinto quando um peso estranho se aloja no meu interior, apoio o pé para que ele possa aproveitar que estou sem lingerie, o meu vestido é muito colado no corpo impossibilitando o uso de qualquer outra peça.

Minha respiração fica cada vez mais acelerada, na expectativa do que acontecerá, ainda bem que estou de costas para ele, assim não vai ver o meu desconforto. Sentir a sua ereção tentando romper as minhas barreras fazendo com que acabe choramingando.

Pelo entusiasmo dele, acredito que deixei parecer que estava gostando, na verdade, estava sentindo como se estivesse me rasgando no meio. Tentei me concentrar no que viria depois e assim que ele rompeu as barreiras, comecei a sentir prazer no ato carnal que estávamos fazendo.

Meu orgasmo veio assim que consegui esquecer a dor e passei a sentir prazer, contrai os músculos das minhas coxas para controlar os espasmos que estava me deixando aérea.

Respiro fundo controlando o tesão e sentindo ele procurando o seu próprio ápice. Ele deixa um carinho nas minhas costas, mas não posso demorar mais do que já demorei.

Sinto minha buceta em chamas, não pelo fato de negar um pouco mais de prazer, mas pela forma como inaugurei a minha diversão heterossexual, agora precisava me limpar.

Assim que me afastei do desconhecido e ele olhou para o preservativo com a prova que era virgem, o seu olhar preocupado comigo, era até lindo.

Mas não é o que quero nesse momento, ele já serviu ao proposito, agora tenho que fugir dele. Me afasto dele o mais rápido que posso, não quero dar explicações sobre nada.

Olho mais uma vez para onde deixei o desconhecido e caminho para fora do prédio, mas ao invés de sair entrei em outra porta e o vejo sair de onde estávamos e caminhar pela rua olhando para todos os lados.

Encosto na parede e levo a mão no peito rindo da aventura que acabei de ter, perdi a minha virgindade com um homem mais velho em uma rapidinha na biblioteca da universidade.

— Porra, como isso doí! — Exclamo fechando as pernas para amenizar a dor que estava sentindo.

Estava no andar superior da biblioteca, caminho procurando um banheiro, tenho que ser rápida. Por sorte encontro um, entro no cubículo e aproveito que havia chuveirinho, a água fria ajudará a diminuir o desconforto que estou sentindo.

— Giulia ficará louca quando contar sobre a minha aventura. — Digo relaxando com o efeito que o chuveirinho estava me dando.

O desconforto diminui, tenho que ir para a festa ou perderei o melhor dela. Me seco o melhor possível e como desejo uma pomada de assadura, o desconhecido tem um pau grosso, pelo que senti, pena que não consegui olhar bem.

Saio do meu esconderijo e corro para onde a minha amiga estava, com certeza ela estava para enlouquecer, disse que seria rápida e que logo estaria ao seu lado. Infelizmente o tempo que demorei acabou fazendo com que o auditório estivesse lotado e não consegui me aproximar do meu grupo.

Fiquei no fundo, até conseguir andar entre os alunos e familiares dos formandos que começavam a sair, no palco o DJ contratado começava a fazer a sua batida. Finalmente encontrei a Giulia, ela conversava com um homem que estava de costas.

Mantinha os olhos baixo, desviando de todas as pessoas que estavam entre mim e a minha amiga, estava com um sorriso idiota no rosto, estava ansiosa para contar a ela o que acabei de fazer.

— Me apresentar para quem, espero que seja algum gostosão? — Digo sem olhar para o homem que estava a sua frente.

Mas o perfume que ainda estava impregnando no meu vestido me fez travar na hora, era a mesma fragrância que estava no homem que até ainda pouco mordia o meu ombro e me penetrava com força para amenizar o tesão que estávamos sentindo.

O homem se surpreendeu ao me ver, a mesma pessoa que havia retirado a virgindade da garotinha, que fugiu deixando ele sozinho na biblioteca. 

— Bom, não sei se sou gostosão, mas acho que deva ser eu, quem a Giulia deseja apresentar! — Olho para a minha amiga com um olhar brilhante.

E só então me dou conta porque o achei tão familiar, ele é o pai dela. Olho de um para o outro sem reação enquanto Giulia vem para o meu lado e passa a mão por meu braço me deixando de frente para o senhor Mattia de Luca.

Como fui idiota, ergo a mão tremula em direção ao homem que estava com um sorriso de canto, provavelmente se sentindo vitorioso por conseguir me encontrar com facilidade. Isso claro se ele estava pensando em me procurar.

— Alessa esse é o meu pai! — Giulia diz sorrindo.

— Prazer senhor De Luca! — Forço a minha voz sair enquanto ele mantinha os olhos em cima de mim.

E pelo visto, ele estava tão assustado como estava, ele se deu conta que não sou uma familiar e sim uma das estudantes.

— Esperem só um pouco, trarei os outros para lhe apresenta, amiga fique aí com meu pai. — Me viro na direção dela para negar, mas ela já tinha saído.

— Como você está, porque não falou nada, antes… — Ele se põe na minha frente.

Me sinto incomodada com a atitude dele, não preciso que ninguém se preocupe com o que estou fazendo e nem pelo que decidi fazer.

— Não havia necessidade, agora se me der licença preciso ir a outro lugar… — Ele segura firme no meu braço e começa a me puxar.

— Você não escapará, temos que conversar. — Sinto quando ele aperta em meu pulso.

Começamos a nos afastar do lugar onde estávamos, olho em direção que a Giulia havia saído e me preocupo com o que ela pense se não nos ver ali.

— A Giulia vai estranhar. — Digo alto.

Ele estava com uma fisionomia irritada e não vejo se ele tem a intenção de parar e explicar alguma coisa.

Tento caminhar na mesma velocidade que ele estava, mas os saltos estavam atrapalhando e sem contar o excesso de pessoas que estavam ao nosso redor.

— Tira o sapato ou vou te colocar no meu ombro para facilitar. — Ele diz quando fica de frente para mim.

— Você não ousaria. — Digo o confrontando.

— Nunca duvide de mim senhorita! — Ele se inclina para me pôr em seu ombro e me afasto.

— Tudo bem, vou retirar. — Seguro em seu ombro para impedir que ele concretizasse o fato.

Retiro os sapatos e deixo que ele me conduza até o lado de fora do auditório. Olho para todos os lados na esperança que algum dos meus conhecidos apareçam e me resgatem desse homem que parecia um búfalo raivoso.

Caminhamos lado a lado, com ele me mantendo ali, paramos ao lado de um carro luxuoso e o vejo destravar e abrir a porta para poder entrar.

— Pode entrar com as próprias pernas ou posso te ajudar a entrar, o que decidirá? — Olho novamente para os lados e não havia ninguém. — Ok, vou te ajudar a entrar!

Dessa vez não pude dizer mais nada, ele me abriu a porta, passou um dos braços por trás do meu joelho e me colocou em seu colo, a atitude toda autoritária do pai da minha amiga acabou me tirando um sorriso.

— Não se mexa. — Ele me ameaça assim que me põe sentada.

— Ou o quê? — O desafio olhando em seus olhos.

— Ah, mia cara, não me teste, não gostará!

A voz grossa e o olhar penetrante que ele me fitava, foi o suficiente para que houvesse uma revoada de borboletas em minha barriga, antes que ele saísse do carro segurou em meu queixo, mantendo próximo de seus lábios. Umedeço o meu lábio inferior enquanto olho para o dele.

Uma tensão surge ali entre a gente mais em vez de ser beijada, sou surpreendida quando ele se afasta de mim e fecha a porta do carro, observo quando ele dá a volta e entra no banco ao meu lado. Ligando o carro e o põe em movimento.

— Agora vamos conversar, senhorita!

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